Fanfics Brasil - 49 Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA)

Fanfic: Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA) | Tema: Ponny - AyA


Capítulo: 49

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Os dedos de Alfonso se movimentavam com agilidade sobre o teclado. Tivera menos de três horas de sono, mas sentia-se renovado e com a mente clara. Seu primeiro roteiro mais importante havia sido como que arrancado de seu ser, palavra por palavra, em um processo quase doloroso. Mas dessa vez estava sendo diferente. As palavras fluíam com a mesma facilidade de um bom vinho sai do de uma garrafa para um cálice fino, pronto para ser saboreado e elogiado.


A peça estava cheia de vida. E pela primeira vez em muito tempo, também era assim que ele estava se sentindo.


Estava conseguindo ver tudo com perfeição: os cenários, o posicionamento dos atores no palco e o modo de eles interpretarem seu texto. Estava criando um mundo em três atos. 


Havia energia em tudo aquilo, dentro de cada um daqueles personagens que se formavam nas páginas de seu roteiro e que já criavam vida no palco, dentro de sua mente. Conhecia cada um deles é a maneira como seus corações iriam se entregar e se desiludir.


O tênue fio de esperança que permeava suas vidas ainda não havia sido planejado, mas se encontrava lá, em algum recanto da mente de Alfonso, e pronto para ser expressado.


Escreveu até se sentir zonzo. Então olhou para a sala, meio desorientado. Estava escuro, exceto pela pouca luz oferecida pela luminária sobre a mesa e pela tela do computador. Não tinha ideia de que horas eram e nem mesmo da data, para dizer a verdade.


Seu pescoço e ombros estavam doloridos, seu estômago vazio e seu café havia sido esquecido na xícara sobre a mesa.


Ficando de pé, massageou a nuca e foi até a janela, onde afastou as cortinas. Somente então notou que havia uma tempestade se preparando para castigar a cidade. Os flashes de alguns relâmpagos anunciavam que ela não tardaria a chegar, fazendo os pedestres acelerarem os passos, devido ao receio de serem apanhados pela chuva.


Um camelo na esquina não perderá tempo em anunciar seus guarda chuvas, objeto do qual todo mundo em Nova York só parecia se lembrar no último instante em que precisava dele.


Imaginou se Anahi também estaria olhando a cidade através da janela e vendo aquela mesma cena. Então começou a devanear, vendo em sua mente a imagem de Anahi interpretando um fato simples, como uma chuva na cidade, sob um aspecto todo engraçado e gozador.


Provavelmente ela criaria "O homem do guarda chuva", concluiu ele, com um sorriso se insinuando nos lábios. Criaria toda uma biografia para ele, vestiria o sujeito de preto, daria-lhe um nome esquisito e criaria uma sério de histórias com ele. Então ele passaria a fazer parte do mundo de Anahi.


Sem dúvida, ela tinha o dom de trazer as pessoas para seu mundo. Ele próprio estava fazendo parte dele no momento. Não conseguira deixar de passar por aquela porta colorida que dava acesso a vida de Anahi e entrar naquele universo de confusões, alegrias e muita energia. Anahi parecia não compreender que Alfonso não pertencia àquele mundo.


Quando se encontrava dentro dele, cercado pela energia contagiante de Anahi, era como se pudesse ficar ali para sempre. A vitalidade de Anahi fazia tudo parecer simples e extraordinário ao mesmo tempo.


Como uma tempestade sobre a cidade, pensou ele. Mas tempestades passavam.


Ele quase se deixara levar naquela manhã. Quase se renderá ao desejo de continuar naquela cama quente, junto aquele corpo perfeito que se aninhara ao seu durante o sono.


Anahi era tão carinhosa e receptiva... O que lhe invadiu a alma enquanto ele a olhava sob a luz suave da lua entrando pela janela, fora um tipo diferente de desejo. Um desejo que ameaçava ficar e, perigosamente, estabelecer território. Por isso, fora mais seguro para ambos ele sair e deixá-la dormir sozinha.


Fechou as cortinas com um gesto decidido e desceu para o andar de baixo. Preparou café fresco, procurou algo para comer e pensou em tirar um cochilo. No entanto, as lembranças da noite que passara ao lado de Anahi não lhe saíam da mente e ele sabia que os efeitos disso não o deixariam descansar por algum tempo.


O que ela estaria fazendo naquele momento? Não iria bater à porta do apartamento dele e interromper seu trabalho só porque o dele estava terminado. Só porque a visão daquela chuva o fizera se sentir inquieto e sozinho. Só porque ele a queria.


Gostava de ficar sozinho, lembrou a si mesmo, enquanto atravessava a sala. Necessitava da solidão para realizar seu trabalho.


Ainda assim, o desejo de se sentar ao lado de Anahi para observar aquela chuva continuou a torturá-lo. Sentiu o corpo esquentar ao se imaginar fazendo amor com ela com o barulho da chuva batendo contra a janela do quarto. Perfeito.


Ele a queria, admitiu, e com intensidade demais para seu próprio conforto. Quando uma mulher entrava tanto assim na vida de um homem, mudava-o inevitavelmente, deixando-o vulnerável a cometer erros e a expor partes de si que seria melhor serem mantidas na obscuridade.


Mas Anahi não era Pamela. E ele não era nenhum idiota que acreditava que toda mulher fosse mentirosa e manipuladora. Se conhecia alguém sem nenhum potencial para a crueldade e o fingimento, esse alguém era Anahi Puente. Mas isso não mudava o fator principal.


A distância entre querer ter por perto e amar era muito curta. Quando um homem passava por isso e sofria uma grande decepção, aprendia a manter o equilíbrio entre ambas as coisas, para seu próprio bem. Não queria aquela sensação de desespero e de vulnerabilidade que andava de mãos dadas com a verdadeira intimidade.


Mas já se acreditava incapaz de sentir tais coisas, o que significava que não havia com que se preocupar. Tomando um gole de café, olhou para a porta como se pudesse enxergar através dela. Anahi não estava pedindo nada além de paixão, companheirismo e prazer. Exatamente como ele. Estava ciente de que o envolvimento entre eles era temporário. De que ele iria embora dentro de algumas semanas e que suas vidas retomariam a rotina de antes, seguindo por caminhos diferentes. Ela com sua multidão de amigos, ele com sua segura solidão.


Colocou a xícara sobre a pia com mais ímpeto do que o necessário, e foi somente então que se deu conta de que a ideia não o agradara. 


Poderia  continuar se vendo de vez em quando, disse a si mesmo, andando de um lado para outro. Sua casa, em Connencticut, era um refúgio seguro, longe de toda aquela loucura da cidade. Não fora justamente por isso que a escolherá?


Ja passará tempo demais na cidade, e não havia motivo para continuar ali além do necessário. Além disso, havia também a possibilidade de Anahi acabar encontrando outra pessoa, concluiu, enfiando as mãos nos bolsos. Afinal, por que uma mulher maravilhosa como ela iria ficar esperando suas visitas esporádicas?


Mas isso não o incomodava, pensou ele, sentindo as têmporas latejarem. Quem estava pedindo a ela que o esperasse? Claro que Anahi tinha liberdade de se envolver com o primeiro idiota que a procurasse, provavelmente por indicação de alguma amiga ou vizinha abelhuda.


Ah, mas isso não, concluiu. Não mesmo.


Sem hesitar, foi até a porta do apartamento dela com a intenção de deixar algumas coisas bem claras. E a abriu bem a tempo de ver Anahi caindo nos braços de um homem alto e atlético.


- Continua sendo a garota mais linda de ano a York - disse ele, fitando-a com um olhar carinhoso. - Agora me dê um beijo.


Anahi se mostrou mais do que disposta a obedecer, segundo Alfonso pôde notar de onde estava.


 


 



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Autor(a): karolkah 🐝

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 16



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  • michaelle_rbd Postado em 06/05/2016 - 13:27:54

    Eu simplesmente adorei, finalmente eles vão se casar e o avô da Anahí ficará muito feliz com a notícia. Pena que acabou, mais a felicidade dos dois já compensa.

  • karol_ponny Postado em 30/04/2016 - 18:46:13

    Olá Fran, seja bem vinda :)

  • franmarmentini♥ Postado em 28/04/2016 - 20:21:32

    Olaa :)

  • michaelle_rbd Postado em 24/04/2016 - 18:05:06

    As vezes Alfonso magoa a Anahi sem ao menos perceber. Ele é mesmo lerdo pra essas coisa, e ainda deixou ela triste; quando é que vão se acertar definitivamente? Eu realmente não sei. Continua

  • michaelle_rbd Postado em 22/04/2016 - 18:56:52

    Acho que Anahi queria sim se casar, e com o Alfonso. Mais ela deve pensar que ele não a acha suficiente para ele ter seus filhos e se casar com ela. Continua

  • karol_ponny Postado em 21/04/2016 - 20:47:53

    Desculpa a demora pra postar people, pra compensar maratona!!!!!!!!!! E por favor comentem!!!!! XoXo

  • milizinhaherreraportillo Postado em 20/04/2016 - 01:24:51

    Posta mais amores não me deixa assim kkk táva sumidinha kkk doente aff

  • leonardosantos Postado em 07/04/2016 - 12:38:23

    Eu comecei a ler agora e me apaixonei

  • karol_ponny Postado em 02/04/2016 - 23:15:21

    Vcs estão gostando dessa história? Posso continuar postando?

  • karol_ponny Postado em 02/04/2016 - 23:13:13

    milizinhaherreraportillo a gente sempre ama o Herrera né, mesmo se ele for ranzinza é mau humorado rsrsrsrs seja bem vinda!!!


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