Fanfic: Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA) | Tema: Ponny - AyA

Respirando fundo, saiu correndo em direção a varanda, deixando que a garoa e o vento, a essa altura mais intensos, atingissem seu rosto e seus cabelos. Quando alcançou Anahi, não resistiu ao riso divertido que ela soltou e puxou-a para si, tomando-lhe os lábios com má paixao quase violenta.

Por um momento, Anahi apenas agitou as mãos no ar, aturdida com a pressão do corpo másculo de Alfonso junto ao seu e com urgência daqueles lábios quentes colados aos seus. Porém, não demorou muito para se render mais uma vez aquela sedutora aura de desejo, retribuindo o beijo com a mesma intensidade.

- Alfonso...

Ele ouviu o murmúrio em meio a tormenta que varria seu corpo e sua mente, feito ondas batendo contra rochas sólidas. De fato, foi somente o som da voz de Anahi que o fez despertar para a realidade e se lembrar de onde eles se encontravam.

- Com sua família por perto, não poderei fazer isso por algum tempo - explicou ele, prendendo uma mecha das cabelos dela atrás de sua orelha delicada.

Anahi sentiu um carinho todo especial naquele gesto e o sorriso que curvou seus lábios foi de puro encantamento. Já não se importava que Alfonso percebesse que ela estava apaixonada por ele. Aquele sentimento era bonito e intenso demais para continuar sendo mantido apenas em seu coração.

- Bem, pelo menos isso exigirá que eu também me comporte. Mas sei que não vai ser fácil... - acrescentou dando u último beijo nele.

Com um sorriso, segurou-o pela mão e o puxou para dentro.

O interior da mansão, apesar de grandioso, era inisitadamente aconchegante. Pelas paredes, via-se espadas e escudos antigos polidos ao ponto de brilhar. Afinal, tratava-se da casa de um guerreiro. Um aroma de flores e de madeira recendia pelo ar, tornando o ambiente ainda mais agradável.

- Anahi!

Anna Portilla desceu à ampla escada, sorrindo com satisfação. Os cabelos quase brancos estavam penteados para trás, em um coque elegante, e os olhos castanhos transmitiam um brilho de sabedoria impossível de passar despercebido. Ao se aproximar, ela abriu os braços para envolver a neta em um abraço.

- Oh vovó ... - Anahi fechou os olhos com carinho, adorando sentir o familiar perfume de lavanda da avó. - Como consegue ficar cada vez mais bonita? - disse ao se afastar.

Anna afagou o braço dela com carinho e sorriu.

- Uma mulher tem de saber manter um pouco de vaidade, menina. Mesmo se tratando de uma com a minha idade.

- Não consigo vela como uma mulher velha. Está sempre tão linda. Não é mesmo Alfonso?

- Sem dúvida. - anuiu ele com um sorriso.

- Ora, um elogio vindo de um lindo jovem é sempre bem vindo, mesmo que seja por pura gentileza. - gracejou ela mantendo o braço em torno da cintura de Anahi, ela estendeu a mão para cumprimentar Alfonso. - Olá Alfonso, não deve se lembrar muito bem de mim. Acho que você não tinha mais do que dezesseis anos da última vez em que o vi.

- Isso mesmo. - confirmou ele, apertando a mão dela. - Mas me lembro muito bem da senhora. Estávamos em um baile de primavera em Newport, e a senhora foi muito compreensiva comigo, quando eu a cumprimentei e disse que preferiria ir a outro lugar.

- Ah, então você se lembra. - Anna sorriu. - Agora fiquei mesmo lisonjeada. Venham se aquecer meninos. Devem estar com frio depois de haverem tomado essa garoa.

- Onde está vovô e Matthew? - Anahi quis saber.

- Ah. - Anna riu baixinho enquanto os conduzia ao aposento que a família costumava chamar de "Sala do Trono". - Daniel levou o coitado para nadar com ele na piscina. Disse que Matthew estava precisando se exercitar um pouco, e você sabe como o seu avô leva sério esse negócio de nadar diariamente. Vive dizendo que é isso o que o mantém jovem.

- Tudo o mantém jovem. - Anahi riu.

A melhor palavra para definir aquele aposento era "apropriado", pensou Alfonso. Uma cadeira de espaldar alto, com certeza pertencente ao velho Daniel, dominava a sala forrada por um felpudo tapete vermelho escuro. Os móveis eram antigos, feito de madeira maciça e trabalhada. As luzes do lustre antigo se encontravam acesas, assim como a lareira de pedra, cujo calor deixará a sala com uma temperatura extremamente agradavel.