Fanfics Brasil - 60 Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA)

Fanfic: Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA) | Tema: Ponny - AyA


Capítulo: 60

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Aquilo era apenas indignação, pensou Alfonso, ou haveria algo mais por trás da reação de Anahi?


- Por que está brava?


- Por que estou brava? - repetiu ela, sem saber se começava a chorar ou gritar. - Como é possível que uma pessoa que escreve sobre os sentimentos dos outros com tanta precisão, com tanta sensibilidade, faça uma pergunta dessa? Por que estou brava, Alfonso? Porque você está sentado aí, na cama que acabamos de dividir, completamente chocado com o fato de que alguém que me ama possa querer que exista algo mais do que apenas sexo entre nós.


- Claro que há mais do que sexo entre nós. - declarou ele Comecando a vestir o jeans.


- Há mesmo? Há mesmo Alfonso?


 O tom frio de Anahi o levou a olhá-la fixamente. Sentiu. Uma onda de culpa ao ver a sombra de tristeza nos olhos dela.


- Eu gosto de você anahi. Você sabe disso.


- Voce me acha divertida. Não é a mesma coisa.


Sim, era mais do que indignação, concluiu Alfonso. Anahi estava magoada. De alguma maneira, ele a havia magoado novamente sem querer. Segurando o braço dela, virou-a de frente para ele, com delicadeza.


- Eu gosto de você.


A expressão de Anahi se amenizou.


- Tudo bem. - passou a mão sobre a face dele, forçando um sorriso. - Vamos esquecer tudo isso, sim?


Alfonso queria concordar com ela e resolver aquilo de maneira simples. Mas o sorriso de Anahi não foi espontâneo. A sombra de tristeza continuava presente nos olhos dela.


- Anahi, não posso lhe oferecer mais do que isso.


- Não estou lhe pedindo mais. - Aproximando-se da janela, ela mudou de assunto: - a lua apareceu e não há nenhuma nuvem no céu. Poderemos caminhar pelas colinas amanhã. A paisagem fica linda nessa época do ano. - Contendo um arrepio, massageou os braços. - Puxa, está ficando frio aqui. Talvez sejamos-lhes eu pôr mais lenha na lareira.


- Pode deixar que eu ponho.


As chamas da lareira ainda estavam bem ativas, mas mesmo assim Alfonso acrescentou mais um pedaço de lenha a elas. Então ficou parado por um momento, vendo as chamas crepitarem, começando a consumir o novo pedaço de lenha.


Durante algum tempo, o único som que se ouviu no quarto foi o da Madeira crepitando em meio às chamas da lareira. Por fim, Alfonso foi o primeiro a falar:


- Poderia se sentar por um instante?


- Prefiro ficar aqui, olhando as estrelas - Respondeu Anahi, diante da janela. - Não conseguimos ver muitas estrelas em Nova York, com todas aquelas luzes. Acabamos nos esquecendo de olhar para cima e nem nos lembramos de que existem estrelas. Em Maine, onde fui criada, o céu vivia repleto delas. Nunca me dei conta de quanto sentia falta daquela visão até ir morar na cidade. É possível passar os longos períodos sem uma porção de coisas e nem mesmo nos darmos conta de quanto elas nos fazem falta.


Anahi se tornou tensa ao sentir as mãos de Alfonso sobre seus ombros. De fato, teve de se esforçar para voltar a relaxar e não demonstrar quanto a proximidade dele a afetava. Ao virar-se para ele, conseguiu até sorrir.


- O que acha de sairmos para vê-las melhor?


- Anahi, quero que se sente e que me ouça.


- Está bem. - Esforçando-se para parecer casual, ela caminhou até uma das duas cadeiras ao lado da lareira. - Sou toda ouvidos.


Alfonso sentou-se ao lado dela e inclinou-se um pouco para frente fitando-a nos olhos.


- Eu sempre quis ser escritor, e não me lembro de haver pensado em me tornar outra coisa. Mas eu não queria escrever romances, como meu pai desejava. Eu queria escrever roteiros de teatro. Tudo estava muito claro na minha mente. O palco, cada cenário, o movimento dos atores, o ângulo e a intensidade das luzes... Com frequência, talvez até demais, aquele era o mundo em que eu vivia. Você vem de uma família proeminente, Anahi. Uma família com obrigações e exigências sociais.


- Acho que é verdade.


- Eu também vi. De uma família assi. Tolerei aquilo durante algum tempo, chegava até me divertir de vez em quando, mas, durante a maior parte do tempo, sentia como se não pertencesse aquele mundo cheio de eventos sociais.


- Eu sei, você valoriza sua privacidade - anuiu ela. - Comlreendo isso. Meu pai e Matthew também são assim.


- Eu gostava de ficar sozinho. Precisava disso. Adoro meus país e minha irmã, por mais que nos desengodamos de vez em quando. Sei que os magoei muitas vezes com atitudes inconsequentemente, mas eu os amo, Anahi.


- Claro que sim....


- Minha irmã, Jenna, sempre foi muito sociável. Ela é uma pessoa adorável. Mal havia completado vinte e um anos quando se casou com meu melhor amigo da época da faculdade. Na verdade fui eu quem os apresentou.


Alfonso ainda lamentava se lembrar daquilo. Lamentava que o primeiro de todos os infortúnios que passaría depois houvesse sido uma iniciativa sua. Olhou para o jarro de água sobre a mesinha desejando que ele fosse uma garrafa de uísque.


- Os dois se dá Am muito bem, estavam apaixonados, cheios de planos para o futuro. Jacob nasceu um ano depois. E menos de um ano depois, Jenna ficou radiante quando engravidou novamente.


Alfonso enfiou as mãos nos bolsos e foi até a janela. Mas não viu as estrelas.


- Naquela época, minha primekra peça estavá sendo produzida. Era um pequeno grupo local, mas haviam conseguido fechar um contrato com um importante teatro. Meu pai é um escritor importante, por isso o trabalho do filho dele despertou um certo interesse nas pessoas.


- Um interesse que acabou se transformando em admiração, diante de seu talento.


Alfonso olhou para ela, agradecido pelo elogio.


- Sim, talvez tenha razão. Mas no início não foi assim. Para mim, era uma questão de honra ter meu talento reconhecido pelo que ele era, e não por eu ter o sobrenome de Meu pai. Reconheço que parte disso era orgulho. Mas parte também era o desejo de ser respeitado. Aquela primeira peça era muito importante para mim.


O fato de Alfonso ficar algum tempo em silêncio levou Anahi a querer se manifestar de alguma maneira, demonstrando sua solidariedade.


- Não consegui dormir nem um pouco na noite anterior à estréia dos meus quadrinhos no jornal. Por mais que eu adorasse meu trabalho, não teria suportado se as pessoas começassem a insinuar que eu estava usando o sobrenome de meu pai para obter prestígio.


- Algumas pessoas sempre dirão isso. Mas você não pode se deixar influenciar por esse tipo de opinião. O trabalho tem de ser o mais importante é aquela primeira peça era o mais importante para mim. Eu me envolvi em absolutamente todos os aspectos: cenários, montagem do palco, elenco, ensaios, iluminação.


Anahi sorriu.


- Imagino que deva ter deixado todo mundo maluco, inclusive você mesmo. - Alfonso também sorriu.


- Pode acreditar que sim. Os atores eram muito talentosos. A atriz que desempenhou o papel principal era linda, e me deixou fascinado. - Olhou diretamente para Anahi e prosseguiu - Eu havia acabado de completar vinte e cinco anos e fiquei apaixonado por ela. Cada minuto que eu passava ao lado dela era um presente para mim. Vê-la no palco, encenando o texto que eu havia escrito, deixava-me encantado a cada apresentação. Durante os ensaios, após uma determinada sequência ela costumava sorrir pra mim e perguntar se era mesmo daquela forma que eu havia imaginado a cena. Quanto mais eu me envolvia com ela, menos a peça foi tendo importância para mim.


Alfonso suspirou. Mesmo depois de tanto tempo, lembra-se daquilo ainda tinha um efeito esquisito sobre ele.


- Ela era gentil, é muito envolvente. Chegava a ser até um pouco tímida quando estava no palco. Eu inventava desculpas para ficar com ela e logo comecei a perceber que ela estava fazendo o mesmo comigo. Nós nos tornamos amantes em uma tarde de domingo, na casa dela. Naquele mesmo dia, ela chorou no meu ombro e disse que me amava. Naquele momento, eu teria sido capaz de tudo por ela se fosse preciso.


 



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Autor(a): karolkah 🐝

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 16



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  • michaelle_rbd Postado em 06/05/2016 - 13:27:54

    Eu simplesmente adorei, finalmente eles vão se casar e o avô da Anahí ficará muito feliz com a notícia. Pena que acabou, mais a felicidade dos dois já compensa.

  • karol_ponny Postado em 30/04/2016 - 18:46:13

    Olá Fran, seja bem vinda :)

  • franmarmentini♥ Postado em 28/04/2016 - 20:21:32

    Olaa :)

  • michaelle_rbd Postado em 24/04/2016 - 18:05:06

    As vezes Alfonso magoa a Anahi sem ao menos perceber. Ele é mesmo lerdo pra essas coisa, e ainda deixou ela triste; quando é que vão se acertar definitivamente? Eu realmente não sei. Continua

  • michaelle_rbd Postado em 22/04/2016 - 18:56:52

    Acho que Anahi queria sim se casar, e com o Alfonso. Mais ela deve pensar que ele não a acha suficiente para ele ter seus filhos e se casar com ela. Continua

  • karol_ponny Postado em 21/04/2016 - 20:47:53

    Desculpa a demora pra postar people, pra compensar maratona!!!!!!!!!! E por favor comentem!!!!! XoXo

  • milizinhaherreraportillo Postado em 20/04/2016 - 01:24:51

    Posta mais amores não me deixa assim kkk táva sumidinha kkk doente aff

  • leonardosantos Postado em 07/04/2016 - 12:38:23

    Eu comecei a ler agora e me apaixonei

  • karol_ponny Postado em 02/04/2016 - 23:15:21

    Vcs estão gostando dessa história? Posso continuar postando?

  • karol_ponny Postado em 02/04/2016 - 23:13:13

    milizinhaherreraportillo a gente sempre ama o Herrera né, mesmo se ele for ranzinza é mau humorado rsrsrsrs seja bem vinda!!!


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