Fanfic: Filha da Máfia | Tema: Máfia
Vou até a WinTech procurar por Megan, ao chegar vou até o antigo escritório que é uma verdadeira sala de vidro com algumas cortinas e janelões, deixo minha bolsa sobre o sofá e vou do meu pai e peço que Megan me encontre lá. Sento na cadeira de meu pai e fito a porta de vidro incansavelmente. Vai ser um pouco difícil esclarecer o que sinto com relação a Megan, já foi difícil esclarecer para mim o que sinto. Pego uma dose de conhaque e rodo na cadeira, então escuto a porta se abrir. Um largo sorriso toma conta dos meus lábios ao ver Megan entrando na sala com seus fios acobreados e sua franja lateral, seus olhos verdes brilhantes, batom rosa rosa nos lábios destacados na pele clara, com um vestido cinza escuro no corpo esbelto e baixo.
Ela me abraça forte então fita meus olhos.
--Oi..
--Oi. - diz sorrindo.
Me perco em seus olhos. Eu nunca tive muito haver com ela. Megan sempre tão interessante e eu aqui igual a todo mundo. Sei que sou apaixonada por Megan e ela sabe disso mas quer que eu esclareça isso. Que eu preciso ser sincera com relação ao que sinto por ela.
--Eu preciso te dizer uma coisa.. - consigo dizer.
--Então diz. - sorri.
--Eu... Eu... Eu... - respiro fundo. --Eu não...
Me telefone toca, enfio a mão no bolso da jaqueta de couro preta e vejo que é Sebastian. Tento continuar mas não sei como dizer, então é melhor demonstrar isso. Guardo o telefone, mas ele insiste.
--Lua, temos uma extração. - diz a voz dura do outro lado.
--Entendido. - digo desligando.
Megan me encara cética e baixa a cabeça como se estivesse me reprovando.
--Desculpa. - abro a porta. --A gente conversa depois.
Megan respira fundo e continua fitando a porta que Lua está parada. Fito ela sentada no sofá.
--Ótima conversa. - diz ironicamente.
****
Ao chegar no ponto de encontro, um galpão abandonado no Brooklyn. Estaciono a Ducati Diavel modelo 2013 no galpão. Deixo o capacete sobre o banco e adentro no galpão. Alguns caixotes da GoTech empresa do Sebastian, o único som que eu escuto é o do meu salto fazendo contato com o chão, abro a outra porta e vejo Duke, John e Sebastian.
Duke é alto, forte, com algumas tatuagens no braço, cabelos pretos curtos, barba rala, olhos claros e pele clara. John é um pouco mais baixo que Duke, porém tem o corpo bem definido, olhos azul gelo e pele bronzeada.
--Chegou quem estava faltando. - diz Duke.
Duke, John e Sebastian estão de pé ao redor da mesa, de seu escritório. Duke mostra o notebook para Sebastian e aponta algo na tela. Lua joga a jaqueta sobre o sofá e fica ao lado de John que sorri. ''Acho que ele esqueceu em que em menos de 24 horas quase deu um tiro em minha cabeça'' pensa a jovem.
--Um avião? - pergunta Lua. --Por que querem um avião?
Sebastian sorri cinicamente. Duke pega a garrafa de uísque e se serve de uma boa dose. Ele bebe tudo em um só gole.
--Não quero o avião em si. - Sebastian vira o notebook para Lua --Quero a carga!
A jovem olha o computador mais atentamente, e vê que o quê John hackeou foi o sistema de um banco em Memphis. O banco iria transportar uma carga de 180kg de ouro em barras, para o Banco Central de Nova York.
As barras seriam transportadas em um avião fretado da NetJets.
--Ficou doido? - grito batendo na mesa. --Vai tá cheio de polícia!
--John, mostre a ela. - pede Duke.
John pega uma maquete detalhada de toda area do Aeroporto de Memphis. Ele coloca uma miniatura do boeing 747 e pega outros modelos de carros, duas caminhonete e uma van.
Sebastian e Duke já haviam tentado outro assalto desse tipo em setembro do ano passado, com mais três homens porém a policia matou dois em uma troca de tiros, o terceiro membro da quadrilha foi preso. Sebastian com medo que ele o delatasse deu ordens para o matar Marco na prisão em novembro de 2015.
--As armas estão vindo do Paraguai, mandei o Charles comprar. - diz Sebastian.
1 ANO ANTES:
Reformatório - Michigan nos Estados Unidos
--Hora de cair fora, Bittencourt. - gritou o a guarda.
Despertei com ele esmurrando a porta de metal, isso fez minha cabeça latejar. Sentei na cama e me estiquei até onde as grossas correntes me permitiram. Dois guardas armados entraram em minha solitária, fui colocada lá por me considerarem perigosa demais. Eles me conduzem por milhares de portões, tiraram as correntes dos meus punhos e tornozelos.
Tirei aquele macacão verde ridículo e vesti regata, jaqueta, calça jeans, ajeitei os cabelos e coloquei os óculos escuros. Peguei meus pertences retidos e sai pelo portão do inferno. Ao sair encontro Charles ao lado de uma caminhonete S10 fazendo gestos obscenos para o guarda de prontidão no portão. Duke estava encostado no BMW, com o ar debochado.
--Sempre com o nariz empinado. - debocha Duke. --É irmã do Stevens.
Ele joga as chaves para mim então ligo o BMW e acelero, o guarda me encara e volta o olhar para frente.
Presente...
--Toda a ação tem que ser precisa. - diz Sebastian. --Tudo vai ser cronometrado. - acende o cigarro e dá um trago. --A ação tem que durar no mínimo 5 minutos.
Duke pega um carrinho e o move pela maquete, olhando atentamente com um sorriso em seus lábios. Sebastian emburra um notebook para mim.
--Vai desabilitar as câmeras de segurança! Não podemos correr riscos de nos verem. - diz ainda sorrindo.
****
--Para não levantar suspeitas, o ouro será transportado como carga convencional. - diz Duke servindo-se de mais uma dose de uísque. --Ou seja tem tudo pra dar certo, se você cooperar.
--Se eu cooperar? - pergunto rindo. --Vai, o que vocês querem de mim?
--Você é rápida, vai pra campo com a gente também - Sebastian sorri. --e se tudo correr bem com eu espero, será muito bem recompensada.
O que Sebastian está propondo é algo ousado demais. Ele sabe que se alguém perder um minuto, coloca toda a operação em risco. Nesse caso literalmente, tempo é dinheiro.
Há alguns anos, o bandido brasileiro Marcelo Moacir Borelli arriscou uma ação tão ousada quanto a de Sebastian. A ação de Borelli foi bem sucedida no começo, mas logo a polícia descobriu e o prendeu.
Dizem que pouco tempo antes de Borelli morrer, ele estava planejando outro assalto cinematográfico como o primeiro.
--Estive pensando em um grupo de dez homens. - Sebastian diz andando em sua sala. --Os melhores que eu tenho, inclusive você.
--Tudo isso vai acontecer em um mês. - comenta Duke. --Temos que correr com os preparativos.
--Qual o valor da carga? - pergunto virando uma dose de uísque em um único gole.
--Aproximadamente uns 70 quilos de ouro. - comenta John.
Sebastian me entrega uma maleta preta, abro-a e ela está cheia de malotes com euros. Encaro Sebastian com um sorriso nos lábios e coloco a maleta dentro de uma mochila. As pessoas não imaginam o quão fácil é, ganhar dinheiro com está vida. Tenho 16 anos e tenho tudo o que a maioria sonha, coloco a mochila nas costas e continuo me servindo do uísque.
--Eu pego a outra parte da bilheteria depois.
Caminho na direção da porta. O eu faço o que é certo. Vejo e revejo meus conceitos. Os bandidos temem meu nome, para mim não existe nada impossível. Vivendo cada momento atenta e aprendendo. Vencendo nunca perdendo.
--Fale com Alecksandr. - digo. --Tem um carregamento pronto pra sair amanhã. Vai pra Alejandra Escobar.
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Autor(a): L. Borges
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Termino de me vestir, short jeans de cintura alta, bota, camiseta branca e jaqueta de couro preto. Vou até a sala me despedir da tia Alice. --Nossa! - diz rindo. --Onde você vai? --Me divertir um pouco. - pego as chaves. --Você deveria fazer o mesmo, cê tem só vinte anos e vive em casa. A segunda fase inicia-se com o desaparecimento ...
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