Fanfics Brasil - 1 - Subordinada Ao Prazer Subordinada Ao Prazer

Fanfic: Subordinada Ao Prazer | Tema: Once Upon A Time


Capítulo: 1 - Subordinada Ao Prazer

509 visualizações Denunciar


Ultimamente, o ponto alto de meus dias no escritório era ver aquele lindo desconhecido todas as manhãs.


 Eu corria pelo saguão do prédio tão rapidamente quanto o decoro e meus saltos altos permitiam, passando pelas escadas dobráveis e pelas equipes de manutenção que estavam trabalhando no antiquado sistema elétrico daquele antigo edifício. O estranho de cabelos castanhos chegava ao elevador pontualmente às 8h20 todos os dias, e nessa manhã não foi exceção. Esforcei-me para abrir caminho através da multidão até que consegui ficar perto dele, mas não tanto que ele percebesse, e fiquei olhando fixamente para as portas do elevador, fingindo que o estava ignorando. Aquilo não era bem um jogo, embora de vez em quando se parecesse com um. Homens bonitos como aquele sempre ficavam muitos degraus acima de minha esfera de influência, e ele não era diferente.


Mas isso não significava que uma garota não pudesse sonhar...


As portas do elevador se abriram e eu entrei com uma pequena multidão, certificando-me de que o botão do andar até onde eu iria estava pressionado. Aquele velho prédio, ou “prédio histórico”, como algumas pessoas preferem chamar, estava em meio a uma completa renovação. Tudo estava sendo atualizado para novas e mais modernas instalações, mas, por enquanto, eles ainda mantinham os elevadores de estilo antigo. Menores e mais lentos do que os modelos atuais, a caixa de metal, no entanto, fazia o seu trabalho bem, enquanto resfolegava, esforçando-se para chegar até os andares mais altos.


Rearranjei minha enorme bolsa em meu braço, enquanto deslizava um olhar lateral, que, de repente, encontrou o dele. Será que ele sabe que eu vivo o observando? Corei, desviando meu olhar para frente mais uma vez, enquanto o elevador abria suas portas para deixar outra torrente de pessoas descerem em seu andar. Minha parada estava ainda a 11 andares de distância; eu tinha um trabalho temporário de analista de dados nas Indústrias Maguire. A empresa tinha eliminado a maior parte dos cargos de escalão mais alto, mas o meu pequeno cubículo ficava escondido em um canto esquecido perto dos níveis médios. Eu adorava a aparência bem-apessoada dele, e o homem de cabelos claros estava sempre impecavelmente vestido de terno e gravata, que provavelmente custavam mais do que eu ganhava em um mês. Tudo nele escancarava sua posição de elite, muito longe de meu alcance, mas isso nunca impediu que minha vida de fantasia o incluísse. Aquele belo desconhecido fazia parte de meus sonhos, o rosto que eu via quando fechava os olhos na hora de dormir. Como eu não tivera nada que não fosse movido a pilhas entre as minhas pernas por mais de um ano, minhas fantasias estavam ficando cada vez mais... Depravadas... Fiquei pensando nelas por um momento e um lento sorriso se estendeu pelo meu rosto. Não demorou muito para que eu me deixasse levar pelas fantasias, e aquela imagem em minha mente, sendo empurrada contra a parede e sendo devassada... Oohhh...


Os ocupantes continuaram a desembarcar e, no mesmo instante em que as portas do elevador se fecharam, arranquei-me de meu devaneio quando percebi que, pela primeira vez, estava realmente sozinha com o homem desconhecido. Limpando a garganta nervosamente, alisei a saia-lápis com a mão livre enquanto o velho elevador continuava seguindo seu caminho até o andar em que eu trabalhava. Respire, Regina, apenas respire. O desejo se contorcia em meu estômago, alimentado pelos pensamentos de todos os tipos de coisas impróprias que podiam acontecer em elevadores... Fiquei me perguntando se esta antiga caixa de metal estava equipada com câmeras...


Ouvi um suave farfalhar atrás de mim, então um braço musculoso apareceu a meu lado e apertou um botão vermelho no painel. Imediatamente, o elevador se deteve e, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, dois braços surgiram ao redor de minha cabeça e uma voz baixa próxima de meu ouvido murmurou:


— Vejo você todas as manhãs neste elevador, à mesma hora. Não é coincidência, suponho...


Surpresa e em silêncio, eu só conseguia piscar meus olhos arregalados, imersa em total confusão. Devo me beliscar para ver se acordo? Isto realmente está acontecendo? Como estava sendo pressionada contra as portas do elevador por um corpo pesado por trás de mim, o metal frio contra meus mamilos subitamente duros e sensíveis provocou um gemido ofegante:


— Mas o quê...? – comecei a falar e imediatamente parei, esquecendo o que ia dizer quando senti algo duro e comprido apertando-se contra meu quadril.


— Eu posso sentir o cheiro da sua excitação – rosnou ele, aquela voz sexy e baixa fazendo meu estômago se apertar. — Todas as manhãs você entra neste elevador e eu posso sentir o cheiro de sua vontade. – Uma das mãos dele desceu e entrelaçou-se com a minha enquanto ele baixava a cabeça em direção ao meu pescoço. — Como você se chama?


Por um instante, um branco em minha mente me fez esquecer a mais simples das respostas. Oh, Deus, essa voz é puro sexo, pensei descontroladamente, erguendo as minhas mãos para me abraçar encostada contra aquela superfície rígida que estava diante de mim. A voz dele era baixa e tinha um tipo de melodia indefinível, meu peito ficou apertado de tesão:


— Regina – consegui finalmente responder, esperando que meu cérebro tivesse se recuperado do curto-circuito.


— Regina... – repetiu ele. Deixei escapar um suspiro trêmulo ao ouvir meu nome sendo dito com aquela voz tão sexy. — Preciso descobrir se você tem um sabor tão bom quanto seu cheiro.


Não havia nem sinal de pedido de permissão em sua voz, apenas uma exigência implacável, e eu inclinei minha cabeça para lhe permitir o acesso. Seus lábios deslizaram pela pele suave atrás da orelha, sua língua se movendo para tocar-me, seus dentes beliscando o lóbulo e eu gemi, pressionando-me contra ele. Ele girou o quadril e minha respiração acelerou, meus arquejos ardentes interrompidos no silêncio.


— Deus, você é gostosa demais.


A mão dele se arrastou para a lateral de meu corpo, desceu pelo meu quadril e para baixo de minhas coxas até encontrar a barra de minha saia. Essa mão então refez o caminho de volta, roçando ligeiramente por toda a pele lisa da minha coxa, puxando o tecido para cima até a altura de meu quadril. Sem pensar, abri minhas pernas para lhe dar acesso e ofeguei em voz alta enquanto seus dedos deslizaram ao longo da parte exterior de minha calcinha encharcada, pressionando-se contra o volume inchado no meio das pernas.


Isso está realmente acontecendo? Meu corpo resistia, preso entre as portas metálicas do elevador e aquele corpo quente por trás de mim. Era como se todas as fantasias que eu já tivesse criado estivessem sendo representadas em uma pessoa, e eu não podia fazer nada para deter minha resposta condicionada.


Seus dedos pulsaram, deslizando pelo meu clitóris com frequência crescente, e meus quadris se moveram por vontade própria, desejando mais daquele toque. Gritei baixinho quando seus dentes se afundaram em meu ombro, e então seus dedos deslizaram sob o algodão fino e apertaram e acariciaram minha pele úmida, puxando minha abertura macia de uma forma que me fez gemer bem alto dentro do elevador.


— Goze para mim – murmurou naquela voz baixa e rouca, lábios e dentes correndo ao longo de meu pescoço e ombros expostos.


Seus dedos entravam cada vez mais profundamente, o polegar agitando-se sem parar. Com um grito estrangulado gozei. Minha testa descansou contra o aço rígido da porta enquanto eu estremecia inteira, de repente me sentindo mole e sem energia.


Logo abaixo do painel cheio de números à minha direita, o telefone tocou.


Endireitei-me em estado de choque, aquele tom estridente da campainha atravessando a névoa turva que me recobria. O desejo deu lugar à mortificação. Eu me pressionei contra a porta para me libertar. O estranho de cabelos castanhos recuou um passo, dando espaço para eu me mexer, e apertou o botão vermelho novamente. Rapidamente arrumei minhas roupas enquanto o elevador se arrastava para cima de novo, e, alguns segundos mais tarde, o telefone parou de tocar.


— Você tem um sabor ainda melhor do que eu imaginava.


Virei-me, impotente contra o som daquela voz, para vê-lo lambendo os dedos. O olhar que ele deu me deixou de pernas bambas, mas o som do telefone tocando tinha me despertado, então procurei atrapalhadamente os botões do painel e apertei todos aqueles que estavam a meu alcance. Isso só pareceu diverti-lo ainda mais, mas quando as portas se abriram para um corredor vazio dois andares abaixo do meu, eu tropecei para fora. Nenhuma pessoa estava à vista, para meu alívio... Não estava muito certa de que poderia receber mais algum tipo de atenção naquele momento.


Um assobio rápido atrás de mim me chamou a atenção e me virei para ver o estranho pegar minha bolsa do chão e segurá-la para mim. Ela havia escorregado de meu braço e caído, esquecida no piso do elevador enquanto nós dois... Limpei minha garganta e a peguei com toda a dignidade que pude reunir.


Ele sorriu, a simples expressão transformando seu rosto inteiro. Eu olhava fixamente, muda por sua magnificência absoluta, enquanto ele piscava para mim.


— Nos veremos outra vez em breve – disse ele, enquanto as portas do elevador se fechavam, deixando-me temporariamente encalhada no andar inferior.


Respirei profundamente e me perdi em pensamentos arrumando minha roupa, colocando a camisa para dentro da saia com os dedos trêmulos. Minha calcinha era uma causa perdida, eu ficaria com uma mancha de umidade em minha roupa se continuasse a usá-la. Centrando minha atenção nisso e não no constrangimento crescente de minhas ações, procurei e encontrei um banheiro nas proximidades onde poderia me limpar.


Poucos minutos mais tarde, já recomposta, mas vulnerável sem minha roupa de baixo, subi os dois lances de escada até meu andar. Os corredores que levavam até meu setor estavam abarrotados com pessoas atrasadas, mas consegui chegar até minha baia sem grandes problemas. Estava um minuto atrasada de acordo com a hora mostrada no computador, mas ninguém pareceu se importar com isso, então comecei meu dia, afogando-me em meu trabalho para tentar esquecer minha exibição escandalosa de algum tempo atrás.


OQ


O dia transcorreu em uma confusão mental completa. Não importava quanto eu tentasse me concentrar em meu trabalho, simplesmente não conseguia. Fui obrigada a checar tudo duas vezes, e depois três, para me certificar de que tinha feito às coisas certas. Minha tarefa, de fazer a entrada de dados, era um trabalho tedioso e que não exigia o uso do cérebro, mesmo assim eu devia continuar inserindo todos eles. Minha mente de vez em quando me dava alguns flashes do elevador, daquele belo desconhecido e do primeiro orgasmo público que eu tivera, mas, quando me obrigava a voltar aos eixos, não conseguia me lembrar do que eu havia digitado no computador.


Isso que eu fizera no elevador era tão diferente de mim... Eu sempre fui uma criatura sexual, mas nunca do tipo que soubesse o que fazer com relação a isso. Os rapazes nunca me chamavam para sair; eu não costumava ser convidada para festas ou algo semelhante, mesmo na faculdade. Os poucos namorados que tive, se é que eles poderiam ser chamados assim, não tinham ficado comigo por muito tempo. Minha vida naquele momento era chata, mais por causa da necessidade, afinal, os empréstimos para quitar a faculdade não se pagavam sozinhos, e o fato de viver perto da cidade só fazia com que as coisas fossem ainda mais apertadas, mas eu não conseguia manter muitas relações com a maioria dos homens. Eles queriam sair para ir a festas, eu queria ficar quieta, lendo; eles liam revistas de esportes, eu preferia a National Geographic.


Namorar, além de ser a menor das minhas preocupações no momento, definitivamente não era um de meus pontos fortes.


Apesar de minhas tentativas para esquecer toda a situação no elevador, na hora do almoço eu queria desesperadamente meu vibrador e um chute no traseiro. Minhas ações e minha resposta instantânea para aquele desconhecido eram muito problemáticas, independentemente daquilo que eu fantasiasse em minha vida. Esse era o tipo de coisa que jamais poderia acontecer novamente, não importava quanto eu quisesse que se repetisse. Eu precisava desse trabalho, mesmo sendo monótono, e não podia me dar ao luxo dessas distrações. O problema é que meu trabalho não era algo que exigisse muito esforço intelectual, para início de conversa, e eu não conseguia parar de lembrar como os lábios dele eram suaves, e como os dentes mordiscando a pele de meu pescoço causavam arrepios em minha espinha. Suas mãos enormes traziam uma promessa dupla de força e de ternura que meu corpo se recusava a esquecer.


Aquele foi um longo dia.


Ao final do expediente, assim que consegui cumprir minha cota diária mínima de processos finalizados e arquivados, estava contemplando a ideia de descer os 14 andares pela escada até o térreo quando finalmente optei pelo elevador, verificando antes se estava livre do desconhecido. Atravessei o estacionamento do subsolo enquanto a maior parte da multidão se dirigia para correr atrás dos táxis na frente do prédio. Poucas pessoas podiam pagar o estacionamento no subsolo; e certamente não uma temporária novata, mesmo se eu tivesse um carro. Mas cruzar pela garagem era uma rota bem mais rápida até a estação do metrô que ficava a duas quadras de distância, e ninguém jamais havia me alertado de que pegar atalhos era algo fora dos limites.


Desci depressa o último lance de escadas até sair para o ar frio da tarde que preenchia a garagem do subsolo. O guincho de pneus veio de algum lugar naquele complexo de vários níveis, mas não vi mais ninguém, apenas as fileiras de carros. Esfregando meus braços, a chicoteada do ar gelado prometendo temperaturas mais baixas assim que o sol se pusesse, eu me virei em direção à guarita, desejando que tivesse trazido algum casaco para cobrir meus ombros. Era o fim da primavera, mas o tempo de repente tinha ficado mais frio nos últimos dias e eu não estava vestida apropriadamente.


Alguém agarrou meu braço e me empurrou para o lado, para dentro das sombras atrás de mim. Antes que eu pudesse emitir algum som, uma mão se fechou sobre a minha boca e fui arrastada para um pequeno recanto meio escondido do restante da garagem, que era reservado para as motocicletas. Lutei, mas os braços que me prendiam eram implacáveis, como ferro atravessando meu corpo.


— Eu disse que nos veríamos de novo em breve.


A voz era profunda e familiar, e eu a reconheci imediatamente. Estivera dando voltas dentro de minha cabeça durante todo aquele dia, fazendo parte de fantasias que tentei, em vão, bloquear.


Assim que ouvi aquela voz, uma onda de alívio se apoderou de mim, seguida rapidamente por uma raiva confusa. Por que diabos eu iria confiar naquele homem? Frustrada por minha própria estupidez aparente, pisei tão forte quanto pude sobre o peito do pé do desconhecido. Ele gemeu, mas não me soltou, ao contrário, girou-me e pressionou-me contra a parede de concreto frio. Seu corpo moldou-se às minhas costas, as mãos segurando meus pulsos contra o concreto.


— Você consegue lutar – murmurou ele, passando os lábios ao longo da parte posterior de minha orelha. — Gosto disso.


A indiferença relaxada daquele homem me incomodou. Joguei minha cabeça para trás, tentando bater no rosto dele, mas saiu do caminho com uma risadinha impertinente. Outra tentativa de pisar no pé dele com meu salto foi frustrada quando sua perna começou a serpentear entre as minhas, deixando-me incapaz de lutar. Os dedos em torno de meus pulsos, mais suaves do que algemas de ferro, mas não menos firmes, atearam fogo em minha pele sem me dar qualquer espaço para me movimentar.


— Me larga ou vou gritar – exigi em uma voz abafada, tentando virar a cabeça para chamar atenção.


Fiquei louca da vida ao perceber que não estava nem irritada nem com medo do jeito que eu sabia que deveria estar; aquele homem estava uma vez mais provocando os sentimentos errados para a situação. Eu devia ter algum problema na cabeça se pensava que poderia confiar em um sujeito cujo nome nem mesmo sabia!


Ele se inclinou para frente, pressionando o rosto contra o meu cabelo e inspirando profundamente. O ruído agradecido ressoando no fundo de sua garganta reverberou por todo meu corpo.


— Eu não consegui parar de pensar em você durante o dia todo – murmurou, sem dar sinais de que dera alguma importância à minha ameaça. Seus polegares faziam círculos suaves em meus pulsos e meu corpo se tencionou com aquele movimento quase terno. — A rapidez com que se excitou, seu cheiro, seu sabor.


Eu engoli saliva, tentando ignorar a agitação súbita que crescia na minha barriga. Não, eu pensei desesperadamente, não posso ficar com tesão por isso. Mas a visão dele pairando sobre mim... Seu corpo quente e rijo pressionando minhas costas... Isso estava fazendo com que minha cabeça começasse a girar em um turbilhão e minhas pernas quisessem se dobrar ao redor dele. Droga.


— Me solta – disse eu entre dentes cerrados, tentando ignorar as reações traidoras de meu corpo. — Isso é errado, eu não quero...


Ele deu um beijo suave atrás de minha orelha que me acalmou, um contraste marcante com o aperto inquebrantável que mantinha em meus pulsos. Minha respiração ficou presa na garganta enquanto lábios e dentes se arrastavam para meu pescoço; seus quadris rolavam contra os meus, seu membro enorme e duro deslizando ao longo do vinco de minha bunda.


— Eu jamais tomaria uma mulher que não me quisesse – murmurou ele, movendo-se para sussurrar em meu outro ouvido. —Diga “não” e deixarei você em paz para sempre.


Ele correu os lábios para o outro lado de meu pescoço, dando uma mordiscada suave em meu ombro enquanto esperava pela resposta.


A essa altura eu estava tremendo, mas não por causa de medo ou angústia. Quando uma de suas mãos soltou meu pulso e deslizou ao longo de meu antebraço, eu não me mexi, desfrutando das sensações produzidas por aquele contato. Sua mão se moveu até a parte de trás de minha coxa, por baixo da saia, as unhas raspando a pele, e um dedo deslizou entre as partes carnudas e firmes de meu traseiro. Ele deu um gemido, apertando minha bunda com as mãos e abrindo as nádegas, para em seguida pressionar entre elas o volume rígido ainda escondido por suas calças. Um gemido escapou de meus lábios enquanto eu arqueava meus quadris para trás, usando a parede como alavanca para chegar mais perto.


As mãos largaram minha bunda e fui virada para encará-lo. Tive um vislumbre fugaz daquele rosto bonito e familiar com olhos verdes, e então seus lábios se apertaram contra os meus no que foi o beijo mais quente de minha vida. Eu respondi, arqueando-me mais, e assim me vi encostada a seu corpo. Deslizei minhas mãos pelo seu tronco, movendo-as para cima através de seus cabelos, mas ele as agarrou e estendeu-as acima de minha cabeça. A perna entre as minhas coxas me empurrou mais para cima e eu encaixei meus quadris, esfregando-me contra aquela coxa firme como rocha. Gemidos entrecortados escaparam de meus lábios enquanto ele movia seus lábios para baixo, sugando e mordiscando a pele sensível de meu pescoço.


— Quero sentir sua boca em mim – murmurou o desconhecido, deslizando seus lábios até meu pescoço e a linha da mandíbula. — Eu quero ver você de joelhos, essa boca perfeita ao redor do meu pau...


Dessa vez, quando tentei me libertar, ele não me deteve, ao contrário, deu um passo atrás e me firmou sobre meus pés. Minhas mãos foram imediatamente para sua cintura, baixando o zíper da calça rapidamente. Ele estendeu a mão para me ajudar, e quando puxou seu membro para fora, libertando-o das calças, deixei-me cair sobre meus calcanhares e dei uma pancadinha na cabeça do pênis com minha língua. O sabor estava agradável. A inalação brusca acima de mim me disse que ele estava gostando do que eu fazia. Sua necessidade era a minha. Senti uma nova onda de calor entre minhas pernas quando movi minha cabeça para frente, chupando a cabeça do pau profundamente.


— Deus...


O corpo dele estremeceu e, de repente, mais ousada, envolvi a mão ao redor da base grossa e puxei-o mais para dentro de minha boca. Minha língua rodou ao longo da base e brincou com a ponta do pau. Então comecei a sugar ritmicamente aquele pênis grosso. Seus quadris se sacudiam, movendo-se ao mesmo tempo em que minha boca; uma mão pousou por trás de minha cabeça, puxando insistentemente, mas eu controlei o ritmo. Abri o botão de sua calça e enfiei a mão lá dentro, pegando suas bolas. Ele se sacudiu por cima de mim, seu pau saltando em agradecimento, e logo ambas as mãos cravaram em minha cabeça, me puxando para mais perto e silenciosamente pedindo mais, mais profundo. Dessa vez obedeci, liberando a base e puxando-o para dentro o máximo que eu podia, balançando e movendo a cabeça e a língua. Minha mão livre desceu até o meio de minhas pernas, deslizando através das dobras molhadas e pressionando contra o clitóris latejante.


— Você está se tocando? – eu o ouvi ranger acima de mim.


As estocadas dentro de minha boca ficaram mais frenéticas ao mesmo tempo em que eu acelerava meus próprios movimentos, aquele enorme membro na minha boca abafando meus gritos. O desconhecido ficou em silêncio pela maior parte do tempo, mas os poucos gemidos que deixou escapar enquanto eu girava minha língua ou massageava a cabeça do pau dele com a parte de trás de minha garganta eram gratificantes de ouvir.


Parte de meu cérebro, uma parte muito pequena, se perguntou o que diabos eu estava fazendo, mas me desliguei disso rapidamente. Já tinha passado tempo demais sem que ninguém prestasse atenção em mim; até mesmo meus colegas de trabalho me ignoravam. Assim, o fato de um homem tão bonito quanto esse me notar, e ainda se aproximar de mim dessa forma, era mesmo algo inebriante. Não me permiti saber por que ele me escolhera ou o que poderia acontecer a seguir, o que eu queria exatamente naquele instante era sentir. Dedos se cravavam em meu couro cabeludo e meu orgasmo se precipitou enquanto suas bolas se contraíam, perto de seu próprio gozo.


As mãos me empurraram, costas contra a parede de concreto, e me soltei com um estalido de surpresa. O homem diante de mim se inclinou e passou os braços em volta de meu tronco, me levantou no ar e me empurrou contra a parede, um corpo duro se ajustando entre as minhas pernas. Virei meus olhos assustados para o belo rosto do estranho, a apenas alguns centímetros do meu, e então senti seu membro sondando a minha entrada. Ele pressionou a cabeça do pau para dentro e eu contive um grito de prazer intenso. Os músculos que não viam ação havia muito tempo relaxaram, a própria umidade lhe dando fácil acesso. Seus lábios se esmagaram contra os meus, tragando meus gritos quando me golpeou de novo na parede de concreto. O orgasmo que eu vinha persuadindo com meus dedos disparou para a superfície com todo aquele roçar e retesar e esfregar. Meu grito foi capturado pelos lábios do desconhecido quando gozei com força, as ondas de prazer rolando pelo meu corpo. Beijei-o violentamente, mordendo os lábios e arranhando com as unhas a parte de trás do paletó do terno. Minha resposta trouxe uma selvageria semelhante nele e o desconhecido martelou dentro de mim, liberando minha boca e fechando seus dentes em meu ombro. Meus gritos, mais débeis após o orgasmo, ainda ecoaram pelas paredes na pequena alcova.


Ele ofegou contra minha pele, logo retirou o pênis e gozou no chão debaixo de mim, com a mão livre esfregando os últimos fluxos de orgasmo. Presa entre seu corpo quente e o concreto duro, só então percebi o frio da pedra e, nas profundezas do complexo de garagens, o som dos carros percorrendo seu caminho até a saída. O vento gelado contra minhas coxas molhadas serviu como uma chamada de atenção para aquilo que eu tinha permitido que acontecesse; eu apertei debilmente meus ombros rígidos, meu corpo ainda mole depois do orgasmo.


Ele se afastou, ainda apoiando meu peso com suas enormes mãos sob meu traseiro, e então lentamente me baixou ao solo. Vacilei por causa dos saltos altos, segurando os braços dele para me firmar antes de dar um passo para trás. A enormidade daquilo que eu acabara de fazer de novo provocou rodopios em minha mente. Eu tremia, só em parte por causa do frio, e então dei um pulo de susto quando alguma coisa quente e pesada cobriu meus ombros. Olhei rapidamente para o desconhecido, sem o paletó, mas fui incapaz de pronunciar qualquer palavra de agradecimento. Ele ajudou a segurá-lo para mim, enquanto lentamente vestia. Apesar de não ser um daqueles casacos de inverno, ainda estava quente com o calor do corpo dele e afastou o pior daquele vento gelado, o que já ajudava muito.


— Deixe-me levá-la para casa.


No momento em que ouvi aquelas palavras, balancei a cabeça, afastando-me dele. Meu corpo ardia de vergonha e eu não conseguia nem mesmo olhar para o homem.


— Preciso... Pegar o metrô – murmurei.


Um dedo apareceu por baixo do meu queixo e forçou minha cabeça para cima até que eu estivesse olhando para as linhas marcantes daquele rosto bonito. Mesmo depois de andar no elevador com ele tantas vezes, eu nunca tinha estado assim tão perto, e aquela visão me tirou o fôlego. A pele, seja por causa da genética ou por ter sido acariciada pelo sol, servia apenas para acentuar os profundos olhos verdes emoldurados por cílios negros e sobrancelhas claras. Seus cabelos espessos castanhos claros, quase caindo em mechas por toda a testa, e naquele momento despenteados graças ao trabalho feito por minhas mãos. Uma leve sombra ao longo de sua mandíbula e a pele espinhosa ao tato pareciam completar o quadro, e meu coração deixou de bater por alguns milésimos de segundo. Sua expressão dura não combinava muito bem com a preocupação em seus olhos lindos enquanto me encarava, o polegar acariciando a pele de meu queixo.


— Por favor – disse ele em voz baixa.


Meu corpo ainda respondia ao seu toque; eu queria encostar meu rosto contra a pele áspera de sua mão. Lágrimas picaram meus olhos com aquele tolo sentimento... Será que eu estava assim tão desesperada? Então dei mais um passo para trás, afastando-me de seu toque. Limpando minha garganta e me forçando a não agir como uma garota tonta de sorriso afetado, olhei-o nos olhos.


— Preciso pegar o metrô – mantendo a cabeça erguida, mesmo coberta de vergonha que fazia desejar me arrastar para longe e me enfiar no primeiro buraco no chão, comecei a caminhar em direção à saída e parei. — Seu casaco – murmurei, e comecei a tirá-lo.


Ele levantou a mão para me impedir.


— Fique com ele – um sorriso um pouco confuso cintilou em seus lábios e pareceu, por um momento, que eu tinha sua total atenção... E aprovação. — Você precisa mais dele nesse momento do que eu.


O ar estava frio e eu sabia que minha aparência era um desastre com um casaco muito maior que eu pendurado em mim, mas naquele momento eu precisava daquilo. Murmurando meus agradecimentos, andei rapidamente para fora daquele recanto nas sombras e me encaminhei para a saída. Levantei uma mão trêmula até minha cabeça; meu cabelo estava solto, mas parecia estar em ordem. Eu precisava encontrar um espelho em algum lugar rapidamente, porque tinha certeza de que estava um espanto.


Ouvi o som de um carro se aproximando por trás de mim e parando. Agindo de uma forma muito pouco sensata, olhei para trás e vi um motorista sair de uma limusine preta comprida e abrir a porta do passageiro, e então o belo desconhecido se abaixou e entrou no carro. Fiquei ali de pé, olhando a cena como uma idiota, enquanto o motorista fechava a porta e arrancava em direção à saída. As janelas do carro eram escurecidas, de forma que não pude enxergar dentro quando passou por mim, e fiquei assistindo enquanto meu fugaz amante passava pelas guaritas do estacionamento e mergulhava no pesado tráfego lá fora. Mas quem diabos é esse homem? Fiquei me perguntando durante algum tempo, depois afastei o pensamento e saí da garagem vazia.


Entrei num café nas proximidades e me tranquei no banheiro para me arrumar um pouco. Minha saia e minha blusa até que estavam apresentáveis e logo voltaram a alguma aparência de ordem. Alisar meu cabelo se mostrou impossível, às escuras mechas se recusando a cooperar depois de terem sido tão deliciosamente maltratadas, e então vasculhei dentro de minha bolsa em busca de um elástico de cabelo e fiz um rabo de cavalo frouxo. Eu não me incomodei em reaplicar a maquiagem, mas pelo menos limpei as manchas ao redor de meus olhos escuros, de forma que minha aparência voltasse a ser apresentável. Quinze minutos depois, saí do café de volta para a rua, com a bolsa pendurada pela alça em um braço nu e o casaco que eu vestia dobrado sobre ela. Apesar do frio, eu me sentia estranha vestindo aquilo. Peguei o metrô mais tarde do que o habitual, mas na maior parte do tempo me senti imersa em uma névoa, meu cérebro repetindo sem parar um único pensamento:


O que diabos eu estava fazendo?


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): thaystirling

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Na manhã seguinte, cheguei ao trabalho meia hora mais cedo e me assegurei de que o desconhecido não estivesse no elevador que tomaria. Nervosa como estava de que alguém pudesse comentar sobre minhas atitudes do dia anterior, foi um alívio ser ignorada como de costume pelas pessoas que me rodeiam. O edifício a essa hora da manhã tem a ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 0



Para comentar, você deve estar logado no site.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais