Fanfic: Subordinada Ao Prazer | Tema: Once Upon A Time
Nós não ficamos em Utah Beach nem perto do quanto eu gostaria. Robin não saiu um minuto sequer de meu lado, enquanto eu o puxava de um objeto em exposição a outro. Mas senti-me enfraquecer depois de menos de uma hora e então pedi para descermos até a praia antes que eu ficasse totalmente exausta. Ele concordou em fazer minha vontade, mas suspendeu a visita tão logo percebeu que eu tinha tropeçado duas vezes e estava tremendo incontrolavelmente por causa do vento frio, apesar de estar vestindo várias camadas de roupas.
Robin prometeu que voltaríamos ali quando eu estivesse completamente recuperada, ou quando não estivesse tão frio, e eu acreditei na promessa.
Dormi praticamente durante toda a viagem de avião de volta à Nova York, acordando apenas quando pousamos no aeroporto. Fiel à sua palavra, Robin nunca saiu de perto de mim enquanto caminhávamos rapidamente pela segurança do aeroporto até a limusine que estava nos esperando e, assim que embarcamos, saiu em disparada para lugares desconhecidos, pelo menos para mim. Descansei minha cabeça no ombro de Robin enquanto sua mão se movia em torno de minha coxa, agarrando-se a ela rapidamente. Não havia nada abertamente sexual nesse gesto, mas eu podia sentir a posse em seu aperto e não me importei nem um pouco com aquilo.
Quando vi as belas e enormes casas ao longe, pelas janelas do carro, levantei a cabeça para olhar mais atentamente a paisagem que passava. Um pouco da luz do sol atravessava as nuvens daquele dia nublado e refletia na água das proximidades, então cruzamos uma marina com veleiros de grande porte e muitos iates.
— Para onde estamos indo? – perguntei finalmente.
— O apartamento em Manhattan é conhecido demais para nos manter seguros. A casa de minha família em Hamptons vai permitir muito mais privacidade, até que possamos chegar ao fundo dessa confusão.
Robin rosnou a parte final de sua reposta e eu engoli em seco, lembrando-me do que estava em jogo. Levando minha atenção de volta para as casas que estavam passando... Casas não, mansões e enormes propriedades para descrever melhor... Tentei não pensar muito em como minha vida tinha se tornado tão estranha.
Eram muito poucas as casas palacianas pelas quais passamos que mantinham alguma semelhança com suas vizinhas além de seu tamanho, em termos de arquitetura, de extensão da propriedade ou de sua grandeza. Eu nunca tinha estado naquela parte de Long Island, ou em qualquer parte mais rica e nobre de Nova York, mas tinha ouvido descrições de amigos e visto imagens das mansões na TV e na internet. Muitas casas ao longo da costa possuíam cais e atracadouros particulares que levavam para a água, sendo que para chegar até lá você tinha que atravessar enormes áreas de lazer que mais pareciam parques, com gramados verdes muito bem cuidados pontilhados com mesas e cadeiras. Apesar da óbvia riqueza dessa região, muitas das propriedades mais antigas à beira da água mostravam um aspecto caseiro e bem ornado, leve e feliz... Bem diferente da cidade grande que ficava a apenas umas duas horas de carro dali.
A propriedade para onde nossa limusine se dirigiu, no entanto, não era menos grandiosa, apesar de ser mais ameaçadora do que as de seus vizinhos. O pequeno exército de guardas no portão, o qual nos fez baixar os vidros das janelas do carro, não me fez sentir melhor. Mas Robin parecia contente com a segurança.
— É sempre desse jeito? – perguntei quando os grandes portões se abriram.
— Fiz com que o Will trouxesse pessoal de sua empresa de segurança para ajudar. A maioria deles é composta por ex-soldados, por isso eles sabem o que devem vigiar.
— Oh... – disse eu vagamente, sem saber muito bem o que eu deveria responder. Quer dizer então que ele tinha um exército particular. — Isso é... Hum... Ótimo.
A entrada de automóveis, apesar de não muito longa, era ladeada por sebes e árvores que ocultavam a propriedade. Ao fazer uma curva para a direita, eu contive um resfolegar com a visão. Minha família era de classe média, e nossa casa sempre foi muito agradável, embora não fosse grande. Então, o fato de que nossa antiga casa correspondia a menos de um quarto do tamanho da construção diante de mim me fez perder o fôlego. Eu podia sentir o olhar de Robin pousado em mim e senti que deveria dizer alguma coisa, mas naquele momento as palavras me faltaram e não consegui pensar em nada. A casa me fazia lembrar um castelo inglês, toda feita de pesadas pedras cobertas de hera. A visão dos vizinhos estava bloqueada pelas árvores e por arbustos espessos, mas os jardins se estendiam para além da casa em direção à água. Na parte de trás e ao lado, era possível ver algumas estruturas menores que deduzi serem o alojamento do pequeno exército que nos rodeava. O solo inclinava-se acentuadamente em direção à água, e uma casa de barcos se projetava horizontalmente da pequena colina sobre o mar.
Um carro vermelho, e caro, já estava estacionado perto da entrada principal, e ouvi a meu lado Robin soltar um suspiro irritado. A limusine estacionou atrás do carro vermelho, e enquanto nosso motorista dava a volta para vir abrir a porta para nós, notei uma mulher magra e loira sair do outro veículo.
— Quem é ela? – perguntei.
— Família.
A palavra resmungada continha uma riqueza de significados, mas Robin já estava saindo do carro antes que eu pensasse em pedir mais detalhes. Ele me ajudou a sair enquanto a mulher caminhava em nossa direção. Ela aparentava ser mais velha do que eu pensava, embora fosse difícil dizer sua idade exata, seus lábios eram muito carnudos e a pele de seu rosto parecia artificialmente repuxada e esticada. Apenas a pele meio flácida do pescoço e as clavículas proeminentes, cortesia de um corpo supermagro, é que denunciavam sua maturidade.
— Querido, é tão bom ver você. – A mulher abriu os braços e abraçou um Robin rígido, que não retribuiu o gesto. – Os homens lá na frente disseram que você estava chegando, então decidi esperar. Você acreditaria se eu lhe dissesse que eles não deixaram os Dallas entrar? Eles estavam tão ansiosos para dar um passeio pela propriedade...
— Os Dallas não estão na lista de convidados aprovados. – A voz de Robin soava educada, mas demonstrava tensão, como se ele estivesse controlando seu temperamento. — O que você está fazendo aqui?
Aquela recepção fria não pareceu perturbar a mulher nem um pouco.
— Eu já lhe disse, querido, eu estava apenas pretendendo levar os Dallas para um passeio pela propriedade. Eles estavam tão ansiosos por isso e eu acho que você acabou por ferir seus sentimentos, fazendo com que fossem mandados embora. Será que agora podemos chamá-los de volta?
Minha presença ainda não havia sido notada, o que foi um alívio. A mulher estava vestida com esmero em uma blusa e uma saia sob medida que combinavam perfeitamente com seus sapatos e a bolsa pequena. Eu, por outro lado, usava roupas amassadas e bastante desgastadas pela longa viagem, e tinha perdido peso suficiente durante minha estada no hospital para que elas não caíssem bem em meu corpo. Eu não tinha cuidado de meu aspecto até então, por isso tentei me manter o mais invisível possível. Com o tempo, tinha dominado muito bem essa minha habilidade; a mudança de minha família do Canadá para o norte de Nova York durante meu primeiro ano no colégio secundário tinha sido bastante difícil, fazendo-me lutar bastante tempo para perder um sotaque que eu nunca soube que possuía. Seja como for, sempre fui mais do tipo solitário, e essa capacidade de me camuflar em grandes grupos era algo fácil de usar, pois eu jamais fui o centro das atenções.
Robin suspirou diante da declaração da outra mulher.
— Esta não é mais sua casa.
Aquela declaração soava antiga, e a mulher deu de ombros.
— Bobagem, querido, eu ainda estou autorizada a visitar esta velha casa de tempos em tempos. – Seu olhar se voltou para mim, prestando atenção em minha aparência abatida e desgastada, então seus olhos gelaram. – Francamente, Robin, você precisa mesmo trazer suas biscates a tiracolo quando vem para a casa da família? E se a imprensa estivesse aí fora e a visse?
Minha boca se abriu ao ouvir aquelas palavras e minhas mãos se fecharam em punhos, a indignação se espalhando pelo meu corpo. Essa cadela! Eu estava tão furiosa que não consegui pensar em nenhuma resposta para ela que não fosse um palavrão ou que não levasse a algum tipo de agressão física.
Mesmo Robin se mostrou irritado com a implicação daquelas palavras, avançando e se colocando no meio de nós duas, como se para nos proteger uma da outra, enquanto eu soltava fumaça, o corpo tenso.
— Já chega, mãe – disparou ele.
Suas palavras meio que enviaram um choque elétrico para dentro de meu corpo, e eu fiquei olhando para aquelas duas pessoas, incrédula. Quer dizer que aquela megera é a mãe dele?
A mulher fungou de irritação, revirando os olhos diante da reprimenda.
— Bem, então... – perguntou ela, depois de uma breve pausa, mas ainda contrariada. – Você não vai nos apresentar?
Robin parecia alguém que tinha acabado de morder um limão, mas suas boas maneiras prevaleceram, mesmo que não estivesse gostando nada da situação.
— Esta é a Srta. Regina Mills, minha nova assistente. Regina, esta é minha mãe, Ingrid Maguire.
— De volta a essa farsa, mais uma vez? – A condescendência no tom de voz da mãe era palpável.
Robin não parecia estar disposto a insistir no assunto, mas de repente eu me senti sem medo de dizer àquela mulher um pouco do que eu pensava sobre ela. Abri a boca para me defender dela enquanto aquela senhora revirava os olhos de enfado, e então a inspiração me veio e eu colei um sorriso em meu rosto.
— Olá – disse suavemente em francês, colocando um falso charme na minha expressão. – Sabia que seus lábios e seus peitos parecem feitos pelo mesmo médico, só que ele se confundiu e inverteu as posições...
Ingrid piscou, obviamente surpresa.
— Ah, você é da França?
Meu sorriso aumentou quando percebi que ela não tinha a menor ideia daquilo que eu estava dizendo.
— Posso entender agora por que seus filhos têm tantos problemas – despejei, apontando para seu conjunto que se combinava imaculadamente. – É um milagre que você ainda tenha permissão para entrar, se é com isso que ele tem que lidar a cada visita.
— Regina ajudará com os segmentos franceses dos negócios – interrompeu Robin suavemente, quando os olhos de sua mãe se estreitaram em suspeita. Ele me deu um olhar enviesado, mas não pude deixar de manter o sorriso de satisfação em meu rosto. — Venho contratando tradutores há muito tempo e preciso de alguém em casa que fale fluentemente.
Mantive o sorriso em meu rosto, mas olhei de relance para Robin. Será que ele estava falando sério? Foi o que me perguntei, mas então descartei o pensamento. Aquilo provavelmente era outra manobra para desviar a atenção de sua mãe. Mas seria o tipo de trabalho que eu adoraria fazer, no entanto. Talvez nós realmente pudéssemos misturar negócios com prazer.
— Ah, bem. – Ingrid alisou suas roupas já impecáveis com suas mãos finas. – Eu ainda acho que sua melhor assistente era aquela menina, a Marian. Ela no começo era um pouco ingênua, mas depois começou a pôr as coisas em ordem com uma ajudinha aqui de sua mamãe. Uma vergonha quando você a deixou ir embora...
Ingênua? Bufei. Essa não seria a palavra que eu usaria para definir a Srta. Laing. Robin, porém, parecia desaprovar o novo rumo que aquela conversa estava tomando; uma linha se formou entre suas sobrancelhas quando ele franziu a testa para a mãe. Ingrid apenas deu de ombros, aparentemente alheia ao descontentamento de seu filho com a mudança de assunto.
— É um prazer conhecê-la, minha cara – disse ela, mas seu rosto não parecia nem um pouco satisfeito. — Vamos combinar de almoçar algum dia?
Nem morta, madame. Cerrei os dentes, mantendo de alguma forma o sorriso no lugar quando Robin passou o braço no meu.
— Você vai nos dar licença, mas preciso mostrar a Regina o quarto dela.
— Você não vai telefonar primeiro aos Dallas para se desculpar? Eles ficaram bastante confusos e desapontados e...
— Tenha um bom dia, mãe.
Robin conduziu-me para a porta de entrada da casa, não mais interessado do que eu em ficar com a mulher. Houve um som frustrado atrás de nós, então eu ouvi a porta do carro bater assim que cruzamos as enormes portas de madeira que levavam para dentro da mansão.
Quando entrei naquela casa, não tinha bem certeza do que iria ver. As paredes eram revestidas com painéis de madeira, e os móveis esparsos eram também escuros, mas o teto alto e as paredes pintadas de uma cor pálida evitavam que a atmosfera das salas ficasse severa demais. Uma grande escada se torcia em ambos os lados da entrada, e a luz penetrava na casa pela abertura existente embaixo do mezanino, espalhando-se pelo resto da casa. Passando a escada e atravessando o saguão, havia uma enorme cozinha com armários de madeira escura e uma grande ilha no centro. A sala de estar era dominada por uma televisão gigantesca, mais alta até do que Robin, e que cobria praticamente toda a parede. Já a do fundo era quase totalmente revestida de janelas e portas de vidro, que levavam para um grande pátio com vista para o oceano.
Essa visão me deixou sem fôlego, mas a meu lado Robin rosnou aborrecido:
— Por que esse vidro está claro? – perguntou ele, segurando meu braço para me impedir de entrar na sala.
— Perdão, senhor – respondeu um dos homens atrás de nós. — Foi sua mãe quem pediu que ficasse assim e...
— Esta não é mais a casa de minha mãe. Arrume isso.
Um segundo mais tarde, a vista para o oceano desapareceu e o vidro esfumaçou de repente. Assustada com aquela mudança repentina, enrijeci o corpo, mas Robin pigarreou e me levou para o quarto.
— Vidro inteligente – explicou, respondendo à minha pergunta silenciosa. — Ele usa correntes elétricas para deixar as janelas opacas. Instalei em toda casa, para privacidade.
Eu nunca tinha visto nada parecido com aquilo antes. Ao mesmo tempo que eu perdia a vista, a luz ainda se espalhava por todos os cantos e iluminava a sala. Do outro lado da sala de TV, havia uma sala de jantar com uma gigantesca mesa e cadeiras, ao lado da qual ficava uma lareira com um largo parapeito. A parede alta por cima dela parecia vazia demais e eu me perguntei o que estivera pendurado ali.
— Mais alguma coisa, senhor? – perguntou Will, e, quando Robin balançou a cabeça negando, o segurança desapareceu de volta para a porta da frente, deixando nós dois sozinhos.
— É muito lindo este lugar – suspirei, olhando para Robin. — Foi aqui que você cresceu?
— Sim, foi um dos lugares. – Robin entrou na cozinha enquanto eu olhava em volta, admirada pelo enorme espaço aberto. — Acha que eu gostaria de saber o que você disse para a minha mãe? – completou ele, depois de um momento.
Sorri com essa pergunta.
— Não foi nada, fiz apenas algumas observações agudas, nada mais do que isso – respondi, oferecendo a ele um olhar divertido. Mas quando percebi que ele não me devolveu o sorriso, simplesmente assentindo com a cabeça em resposta, um pouco do meu prazer diminuiu. — Juro a você, não disse nada que fosse grosseiro – acrescentei mais sobriamente, sem querer ofendê-lo. Ela era a mãe de Robin, afinal de contas.
— Ela pode ser difícil às vezes, mas não foi sempre assim. – Robin desviou o olhar para longe, momentaneamente perdido em seus pensamentos. – Manter a casa para meu pai, ser obrigada a conviver sob sua ditadura tirânica... Eu acho que foi por isso que ela se identificou tanto com Marian; acho que aquela garota a lembrava de como ela era. – De repente, ele mudou de assunto: – Você está com fome?
Um pouco surpresa com aquela mudança súbita, refleti por um instante e neguei com a cabeça, perguntando:
— Você sabe cozinhar? Com um lugar como este, achei que você teria seu próprio chef de cozinha.
— Meus pais costumavam ter um chef quando eu era pequeno, mas descobri que era um desperdício. – Robin abriu o refrigerador para examinar o que havia lá dentro, depois a despensa, fazendo um ruído de aprovação, e então olhou de volta para mim. – Como está se sentindo?
Bocejei e me espreguicei.
— Cansada.
Eu tinha dormido no avião, mas aparentemente não havia sido o suficiente. Observando Robin e pensando na cama, entretanto, senti um arrepio que percorreu todo meu corpo e era algo que não tinha nada a ver com o envenenamento. Humm... Talvez eu não esteja tão cansada quanto pensei... Ele havia tirado o terno e a gravata que usara em algum momento durante o voo, e então vestia um par de jeans bem caros e uma camisa esporte branca. Quando eu o vi pela primeira vez com essa roupa, a mudança foi um choque para mim, mas um choque bom; a forma como o corpo dele preenchia a calça fez minha boca se encher d’água, e minhas mãos coçarem de vontade de tocá-lo.
— Então, deixe-me mostrar seu quarto lá em cima.
Ele colocou a mão nas minhas costas e me escoltou para fora da cozinha e em direção às escadas. Eu apoiei meu corpo no dele enquanto subíamos, enrolando meu braço em volta de sua cintura. Ele parecia rígido ao meu toque, sem resposta. Eu levantei os olhos e vi que Robin estava olhando para a frente, uma ruga profunda em sua testa. Confusa, retirei minha mão e fiquei desapontada ao perceber que ele relaxou depois que fiz isso. Mas o que é que está acontecendo?, fiquei me perguntando, perplexa com a reação de Robin. Achei que finalmente tinha começado a compreendê-lo, mas ele me parecia um estranho novamente.
O quarto para onde ele me conduziu era enorme sob qualquer ponto de vista, com uma cama king size e um banheiro completando o conjunto. As janelas tinham a mesma opacidade e percebi que o tal vidro inteligente que eu tinha visto mais cedo realmente fora aplicado em toda a casa. Alguma coisa me deu a impressão de que este não era o quarto principal da casa; embora fosse bastante espaçoso, faltava a ele a grandeza que eu esperava em uma suíte de casal. Eu estava a ponto de perguntar sobre minha situação durante a estadia – eu seria uma hóspede, nosso arranjo seria um segredo? –, mas, quando ele me instalou na cama, tive a sensação de que iria dormir sozinha. Agindo de forma espontânea, peguei sua mão e trouxe-a para meus lábios, colocando um beijo nos espessos nós dos dedos.
Ele se enrijeceu ao meu toque, congelando por um momento; pensei ter visto um lampejo de anseio correr pelo seu rosto, mas se isso aconteceu foi um momento fugaz. Puxando gentilmente a mão que eu segurava, ele pressionou-me de volta para a cama.
— Você precisa descansar – murmurou.
Eu preciso de você.
Esse pensamento fez os cantos de minha boca se curvarem com o desapontamento. Ele parecia um pouco relutante em me tocar, o que me magoava bem mais do que eu tinha imaginado, mas, de fato, estava cansada. Será que era essa sua maneira de garantir que eu dormiria?
Respirando fundo para relaxar, eu me aconcheguei debaixo das cobertas e fechei os olhos, esperando que minhas preocupações sobre o comportamento de Robin não me mantivessem acordada. Como pude descobrir então, meu corpo realmente precisava de mais descanso, e antes que Robin tivesse saído do quarto, apaguei totalmente.
Autor(a): thaystirling
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
O sol brilhava através da janela mais próxima, e eu acordei sentindo-me mais bem disposta desde meu desastrado encontro com a champanhe envenenada. Espreguicei-me debaixo das cobertas antes de puxá-las para o lado e ficar de pé sobre o tapete. Na cabeceira de minha cama repousavam uma toalha e um roupão, assim como uma elegante maleta cinza ...
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