Fanfics Brasil - 18 - Agora Ou Nunca ! Subordinada Ao Prazer

Fanfic: Subordinada Ao Prazer | Tema: Once Upon A Time


Capítulo: 18 - Agora Ou Nunca !

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A tarde desbotou-se em crepúsculo e depois em noite, e Robin provou-se excepcionalmente atencioso comigo. Quando finalmente me liberou daquelas algemas, não tentei fugir, capturada pela explosão sexual que ele havia criado e que nunca deixava morrer. O bilionário se mostrou quase insaciável, e eu não tinha muita escolha a não ser enfrentar aquele desafio. Ele me acordou quatro vezes naquela noite, com a intenção de me fazer passar por aquele delicioso tormento, e por quatro vezes desabei depois, consumida. Na quinta vez, fui eu quem acordou primeiro, observando-o dormir e sem pressa de fazer nada mais. Ele estava relaxado no sono, seu rosto delineado pela luz que entrava pelo vidro opaco da janela. Deslizei meu dedo levemente ao longo de uma sobrancelha, parando apenas quando ele se mexia. Tão lindo e todo meu.


Por enquanto.


Uma coisa estava além de minha compreensão: como um homem como aquele poderia ter me notado; no entanto, ali estava ele, uma festa para meus olhos errantes. Os lençóis macios cobriam apenas seu estômago e eu explorei a visão de seu belo corpo, marcado apenas pelas pequenas linhas brancas de cicatrizes que eram pouco visíveis sob aquela luz esmaecida. Ao vê-las, imaginando pelo que ele deveria ter passado para consegui-las, meu coração se apertou dolorosamente. O conhecimento sobre sua vida passada no exército era uma coisa, mas essas cicatrizes eram o testemunho do fato de que ele tinha lutado e sido ferido, lembranças daquelas missões que ele realizou e dos perigos que ele deve ter visto, e que permaneceram gravadas em seu corpo para sempre.


Segui a linha esparsa dos pelos que levava até seu abdômen e vi, com alguma satisfação, o lençol por baixo de seu ventre se erguer quando ele começou a ficar duro de novo. Deslizando para a parte de baixo da cama, puxei os lençóis cuidadosamente por cima de minha cabeça e então a inclinei sobre o corpo dele, lambendo a ponta já bem grossa antes de puxá-lo inteiro para dentro de minha boca.


Os quadris de Robin rodaram, pressionando para cima contra minha boca. Entusiasmada, coloquei a mão ao longo da base e comecei a acariciar para cima e logo segui com a boca. Ele ficou ainda mais enrijecido e eu sorri, balançando minha cabeça sobre ele. Quaisquer inibições que um dia eu pudera ter tido haviam sido atiradas para longe pela janela. Pelo menos naquela noite.


Uma mão foi enfiada no meu cabelo e ouvi um gemido baixo em cima de mim. Coloquei minhas mãos sobre suas coxas para conseguir me alavancar enquanto eu o chupava profundamente e senti quando ele arqueou para cima, dentro de minha boca. Então as mãos me afastaram, tomando conta de meus ombros e me derrubando até que me vi deitada com Robin sobre meu corpo. Ele olhou para mim, e qualquer indício de sono já tinha sido apagado de seu belo rosto. Eu podia sentir a necessidade desesperada em seus movimentos quando ele abriu minhas pernas com um joelho, penetrando-me profundamente sem nenhum preâmbulo.


Jogando a cabeça para trás, eu me segurava em suas costas, cravando as unhas com força, enquanto ele se movia por cima e para dentro de mim. Meus músculos ainda doloridos pelos excessos da noite protestaram, mas não dei importância. Envolvi minhas pernas ao redor da cintura de Robin e implorei por mais enquanto ele empurrava seu membro duro bem fundo dentro de mim. Sua boca caiu sobre a minha, totalmente paixão e nenhuma finesse, e eu me levantei para encontrá-lo, meus braços entrelaçando-se em volta de seu pescoço. Nossa cópula dessa vez foi rápida, mas o orgasmo que nos sacudiu nos levou de volta para um sono profundo.


Quando por fim despertei, o sol já estava alto no céu e eu, sozinha na cama. Espreguicei-me, arqueando as costas e notei que as algemas de couro ainda estavam presas à cabeceira da cama. Aquela visão me fez sorrir, uma lembrança de tudo o que acontecera apenas algumas horas antes. Havia de fato algum desconforto das extremas brincadeiras da noite anterior e eu fui mancando até o banheiro, a fim de preparar um banho quente para dar ao meu corpo dolorido uma chance de ficar um tempo de molho... Preparei-me lentamente, sem pressa, permitindo-me um pouco de mimo e dedicando um tempo adicional para deixar que a água lavasse um pouco as dores musculares e os machucados.


Foi meu estômago que ditou, em última instância, que já era hora de descer as escadas, então me sequei, me vesti e, antes de sair do quarto, prendi o cabelo com uma presilha de plástico. Ouvi vozes lá embaixo e, curiosa, fui ver quem poderia ser o novo hóspede. Mas não havia ninguém na entrada que ficava junto à base da escada. Encolhendo os ombros, caminhei até a cozinha, fazendo uma linha reta em direção à geladeira.


— Tomei a liberdade de fazer algumas investigações sobre você, Srta. Mills.


Quase deixei cair o copo de leite que segurava em minhas mãos, girando-me rapidamente para enfrentar a mulher que tinha falado.


— Sra. Maguire – disse eu, enquanto seu escrutínio frio me fazia sentir como se tivesse sido pega roubando alguma coisa. – Não percebi que a senhora estava aqui.


Seus lábios se afinaram em uma linha rígida enquanto ela me olhava de cima a baixo.


— As mulheres de seu status econômico têm a tendência de atirar-se para meu filho. Ele normalmente tem uma boa presença de espírito, no entanto, para enxergar através de seus ardis. – Ela fungou com escárnio. — E você nem é assim tão bonita; pelo menos a assistente anterior tinha isso a seu favor. Diga-me uma coisa, você tem algo contra ele?


Minhas mandíbulas funcionavam, mas eu não sabia o que dizer.


— Eu... Desculpe-me, não...


A senhora revirou os olhos, demonstrando impaciência.


— Claro, não vejo por qual outra razão meu filho iria se associar a alguém como você. Os dois pais já falecidos, quase não se pode dizer que vocês eram de classe média. Você pode até saber falar francês, mas não parece possuir as credenciais necessárias para gerir qualquer tipo de negócio. Por acaso está grávida dele?


Aquela pergunta descarada me chocou tanto que fiquei sem palavras. A ira começou a se acumular dentro de mim, mas eu pouco podia fazer debaixo daquele olhar condescendente a não ser mover minha mandíbula silenciosamente. O escrutínio frio em seu olhar me ofendeu em todos os níveis, mas eu não conseguia começar a colocar em palavras todos meus pensamentos desordenados. Minhas mãos se fecharam em punhos rispidamente, porque o que eu mais queria fazer naquele momento era arrancar a tapas aquele sorriso no rosto hipócrita da velha, mas uma vida inteira ensinada a ter boas maneiras me manteve enraizada no lugar onde eu estava.


— Não, não estou grávida – consegui finalmente responder. No entanto, aquela resposta nem começava a articular o que estava queimando dentro da minha mente.


— Ah, então é apenas... Como vocês dizem, mesmo? Uma amizade colorida, uma transa...? – A senhora demonstrou seu desprezo, balançando a cabeça em descrença. — E pensar que ele trouxe você até aqui, para a casa da família. Veja, Srta. Mills, se tiver alguma noção de classe, irá sair desta casa imediatamente. Mas, tendo em vista o tipo de mulher que você é, realmente não devo esperar que isso venha a acontecer.


— Já chega, mãe!


Eu estava prestes a jogar a jarra de leite na cara daquela mulher presunçosa. Embora a intervenção de Robin justamente naquele instante não aliviasse essa vontade, pelo menos conseguiu distrair Ingrid. O rosto da velha senhora meio que se remodelou em uma expressão mais agradável quando seu filho passou pela porta de entrada, mas nem Robin nem eu fomos enganados.


— Você me disse que já estava indo embora – disse ele numa voz fria que pareceu envolver totalmente a mulher.


— Oh, mas eu estou, é que eu vi sua adorável assistente e parei para conversar com ela um pouquinho.


“Adorável assistente” uma ova! Minha mão tinha esmagado a alça de plástico da jarra de leite. Eu queria berrar na cara daquela velha horrorosa tudo o que eu pensava, mas a única coisa que podia fazer naquele momento era ficar ali, no lugar, tremendo e tentando não chorar de frustração.


— Por favor, saia, mamãe. – O tom de voz de Robin era firme, mas cansado. – Antes que eu decida impedi-la de entrar em casa definitivamente.


Ela rechaçou o comentário com desprezo.


— Oh, mas que bobagem, você não faria isso. Eu criei você nesta casa, que é tanto minha quanto sua. E, além disso, você sabe que eu só quero o que é melhor para você, porque eu te Aquela declaração me fez bufar de descrença, mas um olhar para a expressão cansada de Robin me disse que aquele era um argumento desgastado.


— Você tem algum respeito pelo seu filho? – perguntei.


Ingrid me lançou um olhar sarcástico:


— Você, fique fora disso – espetou ela –, porque não tem a mínima ideia do...


Bati o recipiente do leite no balcão de mármore, o plástico fazendo um barulho de estalo quando amassou.


— Seu filho é o dono desta casa e permite que você o visite quando melhor lhe aprouver, embora você o fique espezinhando como se ele ainda fosse criança. Eu conheço como agem os bons pais, e você não merece a óbvia lealdade de Robin.


O rosto de Ingrid se contorceu num grunhido.


— Sua putinha – murmurou ela, virando-se para mim e levantando a mão como se fosse me bater.


Então Robin estava lá, com a mão em torno do pulso de sua mãe, segurando-a firme. Eu mantive meu queixo erguido, a indignação queimando em meu ventre, encarando o brilho de ódio no rosto da mulher.


— Não vou permitir que você insulte meus convidados dentro de minha casa – disse Robin com voz baixa e irada, suas palavras novamente capturando a atenção de sua mãe. — Leroy – chamou, e um segurança correu para a cozinha. — Por favor, acompanhe minha mãe até o carro e cuide para que ela saia do complexo de forma segura. E informe ao pessoal do portão que a partir de agora ela só poderá entrar na propriedade depois de minha aprovação.


— Tire suas mãos de mim – disparou Ingrid quando o segurança tentou tomar-lhe o braço para conduzi-la. — Sua aprovação? Robin, seja razoável, isso que você está fazendo é uma bobagem.


Seu filho, no entanto, permaneceu em silêncio enquanto ela era escoltada para fora da cozinha, protestando em voz alta. Eu ouvi a porta se abrir e se fechar, e logo o silêncio voltava a reinar na casa.


Deixei escapar um longo suspiro.


— Desculpe por ter dado aquela bronca em sua mãe... – murmurei, pegando o frasco de leite outra vez.


A base dele mostrava uma grande fissura no plástico, mas por sorte não tinha se partido.


— Ela pode ser difícil.


A resposta que ele deu poderia parecer simples, mas continha uma riqueza de significados.


— Tudo bem, mas ainda assim é sua mãe – continuei falando. — Provavelmente, não cabia a mim dizer qualquer coisa.


O constrangimento daquela situação não era a maneira como eu esperava passar a manhã, a presença da matriarca tinha azedado tudo. Sem fome, coloquei o leite de volta na geladeira e então segui Robin para fora da cozinha.


— E aí, descobriu alguma coisa? – perguntei.


— Nada.


A resposta foi curta e grossa e, franzindo a testa, tentei descobrir mais:


— Will mencionou no outro dia que você tinha algumas fontes, então fiquei pensando se elas...


Robin se virou subitamente para mim.


— O que foi que ele lhe contou?


Pisquei, surpresa com a súbita mudança de humor.


— Nada – respondi rapidamente, e então minha frustração brotou: – Exatamente o mesmo nada que você me contou. Não sei de nada sobre como anda a investigação, exceto pelo fato de que quase morri e que agora estou presa nesta casa.


Os lábios de Robin se franziram.


— Nós estamos cuidando disso.


— Cuidando do quê? Ninguém conta nada para mim!


Ele passou a mão pelos cabelos, respirando profundamente.


— Eu lhe prometo – respondeu em voz baixa. — Nós vamos encontrar quem tentou envenenar você. Assim que essa ameaça for neutralizada, você estará livre para ir embora.


Apontei a porta de entrada que ficava próxima.


— Você pode passar por aquela porta todos os dias, mas me faz ficar aqui dentro?


— Alguém pode estar tentando matar você.


Suas palavras ressoaram pelo ambiente com o peso da verdade, mas não coincidiam com aquilo que eu tinha observado até então.


— Eu não sou o alvo – respondi de pronto, fazendo coincidir nossos olhares. – Você mesmo disse isso. Eu não estou pedindo para você pintar um alvo nas minhas costas e me soltar por aí no mundo, eu só quero algumas respostas.


— Porra, Regina!


Por uma fração de segundo, ele parecia prestes a explodir, exibindo uma selvageria em seus olhos que eu nunca tinha visto antes. Aquela visão me chocou, mas, tão rapidamente quanto surgiu, a emoção desapareceu; os portões desceram uma vez mais sobre essa característica de sua personalidade e, de repente, lá estava de volta o estoico executivo que eu conhecia. Ou que pensava conhecer, refleti, assustada por aquilo que acabara de presenciar.


— Eu prometi cuidar de você. – Sua voz baixa estava ainda mais neutra e calma do que o normal. – Eu só peço que você não faça mais nenhuma pergunta, para sua própria proteção. Quando tudo estiver seguro, então você poderá ir embora.


A derrota floresceu dentro de mim, me fazendo querer arrancar chumaços de cabelo. Robin virou as costas para mim e se dirigiu para fora da casa, fechando a porta levemente atrás de si. Com os dedos rígidos, passei minha mão pelos cabelos, fazendo soltar o clipe de plástico que despencou no chão, mas naquela hora não dei a mínima atenção para o fato.


A frustração que eu sentia era avassaladora. Tentei me acalmar respirando pausada e profundamente, mas nada conseguia apaziguar a súbita onda de raiva que se apoderou de mim por conta dessa situação. Aquela casa tinha se tornado minha prisão, e Robin, o diretor do presídio. Os vidros opacos das janelas poderiam muito bem ser as grades das celas; a tecnologia me mantinha aprisionada lá dentro do mesmo modo que as barras de ferro das celas de uma cadeia encerravam seus condenados. Eu não tinha visto o mundo lá fora desde que chegara, exceto por aquela minúscula janela do banheiro, e o pensamento absurdo de que eu poderia ficar presa desse jeito para sempre me impulsionou através da sala de jantar em direção à parede de janelas que ficava no fundo e até a porta que levava para fora.


Senti a maçaneta da porta que dava para o pátio gelada ao meu toque. E antes que pudesse refletir melhor sobre as consequências de minhas ações, girei o trinco e a abri, espiando a paisagem e o mar a menos de cem metros da parte de trás do edifício...


No entanto, a fechei imediatamente, aterrorizada pelo medo de não saber o que poderia estar esperando por mim lá fora.


Um soluço sacudiu meu corpo e coloquei uma mão sobre a boca para abafar os outros que pareciam estar vindo. Deixe de ser tonta, eu me censurei. Se Robin é capaz de fazer isso todos os dias, então você também é. Por um momento, eu o odiei com todas as forças por ter colocado aquela ideia na minha cabeça, a de que eu também poderia ser um alvo. Eu não sou ninguém; não há nenhuma razão para virem atrás de mim. O estresse da minha situação, no entanto, finalmente me atingiu, e eu me apoiei firmemente na parede enquanto tentava recuperar o controle sobre mim mesma. Demorou vários minutos, depois de respirar fundo muitas vezes, até que os soluços diminuíram, deixando-me desgastada e mais desesperada do que nunca para sair de lá. Preciso sair daqui ou vou ficar louca, isso era tudo que conseguia pensar.


Tinha certeza absoluta de que os alarmes iriam soar assim que eu abrisse a porta, mas, quando girei a maçaneta e segui em frente, não se ouvia um pio pela casa. Nenhuma sirene começou a berrar anunciando minha fuga, e uma parte de mim ficou muito desapontada com o fato de eu ter demorado tanto tempo para fazer isso. Que bela segurança, pensei com uma ironia amarga. Um pouco mais tranquilizada de que eu não seria capturada assim que saísse, entreabri a porta e espiei lá fora. Nenhum segurança estava visível. A porta dava diretamente para a água e para a garagem de barcos que eu tinha visto todos os dias através da pequena janela do banheiro que ficava no segundo andar. A propriedade era cercada por árvores altas, bloqueando a visão dos vizinhos para aquele complexo. Ao meio-dia, o frio do inverno carregava o ar e não havia nenhum barco visível no oceano que se abria à minha frente. Minha mão estrangulando a maçaneta da porta também não me levaria a lugar nenhum. É agora ou nunca.


 


Controlando os nervos, atravessei a porta e avancei pelo caminho através do pátio, descendo as escadas que conduziam à garagem de barcos, com passadas nervosas e irregulares. Olhei para trás e percebi que tinha me esquecido de fechar a porta da sala de jantar, mas sabia que, se voltasse até lá, não reuniria coragem para sair da casa outra vez. Era incrível estar fora de novo e, naquele momento, eu não me importava se os guardas me vissem. A garagem de barcos era ainda mais interessante quando vista de perto. O que eu pensava que fosse apenas um grande barracão era de fato um prédio de dois andares, que acompanhava o contorno do litoral, cujo piso inferior saía diretamente para um píer que se estendia sobre a água. O piso superior ficava ao nível do chão; as escadas colocadas ao longo da lateral do prédio podiam levar até onde os barcos eram guardados, mas não vi nenhum deles nas águas um pouco agitadas. Quando me aproximei, pude perceber que o andar superior da garagem de barcos se parecia mais com um pequeno alojamento, embora, pelas condições das paredes externas, eu tivesse um palpite de que ninguém morava lá havia um bom tempo. O estilo de construção da garagem de barcos era bem diferente da casa, muito mais antigo e muito mais desgastado, a qualidade do tempo lhe dando uma sensação de rusticidade que faltava à elegante mansão. Embora parecesse uma construção bastante robusta, a força da natureza tinha feito um belo trabalho, desbastando a pintura e acabando com a madeira; o musgo verde cobria partes do piso e do revestimento de madeira, assomando em meio aos restos de tinta que persistiam em se grudar à superfície.


Eu mal tinha chegado à passarela de tábuas da construção, a madeira velha demonstrando suavemente sua flacidez debaixo de meus pés, quando uma campainha soou de algum lugar dentro do complexo. Meu coração deu um pulo ao ouvir o som, e eu corri os últimos passos, procurando por uma entrada. Olhando para trás, eu vi três guardas correndo em direção à mansão que eu acabara de deixar, separando-se e desaparecendo pelos salões.


Estariam eles procurando por mim ou por um intruso? A ideia de ter um assassino vagando pela propriedade paralisou meu cérebro e eu reprimi a mim mesma mentalmente por aquela minha revolta imprudente: Idiota, idiota! O que você estava pensando, sua imbecil?!


Um rápido exame da garagem revelou uma entrada nas proximidades e eu corri para dentro do barracão, procurando por algum lugar seguro onde eu pudesse me esconder. A porta estava destrancada e a empurrei para dentro, fechando-a rapidamente atrás de mim. Apoiei minha cabeça na madeira da parede, observando pela janela quando mais guardas apareceram perto da porta aberta por onde saíra da mansão. A decepção floresceu nas minhas entranhas. Dessa vez, me meti em sérios apuros, pensei, subitamente me sentindo culpada.


Pelo canto do olho, vi algo se mover e, antes que eu pudesse reagir, uma mão cobriu minha boca. Eu gritei, ou pelo menos tentei fazer isso, enquanto era arrastada de perto da janela por um par de braços fortes. Eu chutei uma cadeira de vime e uma lâmpada durante o esforço para me libertar, mas meu agressor ignorou minha luta. Chutei para trás, mas meu débil ataque foi facilmente evitado. Oh, Deus, pensei tristemente, o desespero começando a me inundar, estou prestes a ser morta, não é?


Robin, desculpe, eu...


— Gostei de encontrar você em um lugar como este – disse uma voz jovial por trás de mim. – Eu realmente estava esperando que a próxima vez que nos víssemos fosse acontecer em melhores circunstâncias.


Chocada, parei de me debater assim que reconheci aquela voz.


— Você realmente precisa aprender algumas novas manobras defensivas – continuou meu agressor. – Você é muito previsível depois de algum tempo. Agora, por favor, não grite, minha querida, porque prefiro que as pessoas erradas não descubram nossa localização.


A mão que cobria minha boca se afastou e eu fiquei em silêncio, sem saber muito bem o que pensar. Seu aperto em meu braço, que estava preso bem alto nas costas, não suavizou um centímetro.


— Estou prestes a morrer? – sussurrei com o coração no alto da garganta.


— Isso tudo depende da rapidez com que meu irmão mais novo chegar. – Uma mão suave deslizou pelo meu torso para envolver meu pescoço, prendendo-me contra seu corpo. – Quer fazer uma aposta?



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Autor(a): thaystirling

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Eu tremia em seus braços, procurando por alguma coisa que servisse como arma. Em algum momento, aquela garagem de barcos tinha sido ocupada. Móveis, muitos dos quais meio escondidos por cobertores, se espalhavam pelo piso. Em determinado ponto, porém, o espaço tinha sido convertido em uma espécie de armazém, numerosos itens pontilhav ...


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