Fanfics Brasil - 2 - Tudo O Que Eu Quiser Subordinada Ao Prazer

Fanfic: Subordinada Ao Prazer | Tema: Once Upon A Time


Capítulo: 2 - Tudo O Que Eu Quiser

216 visualizações Denunciar


Na manhã seguinte, cheguei ao trabalho meia hora mais cedo e me assegurei de que o desconhecido não estivesse no elevador que tomaria. Nervosa como estava de que alguém pudesse comentar sobre minhas atitudes do dia anterior, foi um alívio ser ignorada como de costume pelas pessoas que me rodeiam. O edifício a essa hora da manhã tem apenas uma fração de seus ocupantes habituais, e então corri para minha mesa a fim de evitar confrontos indesejados com certas pessoas de olhos verdes.


Passei a maior parte da noite tentando descobrir se eu devia ou não ir trabalhar na manhã seguinte. A franca estupidez e imprudência de minhas ações me perseguiram durante toda a noite, fazendo-me chegar tão longe a ponto de começar a questionar a minha sanidade. Essa não é a pessoa que sou. Nunca havia sido alguém que agisse de forma tão impensada, e uma libido desesperada não foi uma resposta convincente para mim.


Comecei a procurar novas oportunidades de trabalho, algo a que eu poderia recorrer se minha situação atual azedasse de vez, mas o mercado estava tão complicado como sempre. A metade apropriada de meu cérebro exigiu que eu deixasse esse trabalho, mas a parte lógica dele sustentou que eu precisava do dinheiro. Minhas contas estavam ficando atrasadas, e eu não tinha nenhuma poupança que me permitisse um tempo sem trabalhar enquanto procurava um emprego melhor.


Veja só, Regina, em que ponto você chegou...


Passei um tempo fazendo algum trabalho que não precisasse de login no computador, porque não queria que minha chegada antecipada fosse notada pela administração. Meus colegas de trabalho chegaram, conversando entre si enquanto passavam pela minha baia minúscula, mas fiquei em meu cantinho na maior parte do dia, contente por não ser notada. O dia passou sem incidentes até quase quatro horas da tarde, quando minha chefe colocou sua cabeça por cima de minha mesa:


— Venha comigo, por favor, Srta. Mills.


A presença dela me assustou. Eu a via quase que todos os dias, mas depois de minha entrevista inicial, ela praticamente ignorou minha presença no escritório. Naquele momento, ela havia decidido falar comigo, fazendo meu mundo girar e meu estômago dar nós. Seu tom de voz não admitia contestações, porém, com um apressado “sim, senhora” e uma breve pausa para me recompor, levantei-me com as pernas trêmulas e segui atrás dela.


Ela contornou a porta de sua sala e caminhou para fora de nossa seção, em direção ao saguão externo. Fui atrás dela em silêncio, com medo de perguntar do que se tratava tudo aquilo, temendo descobrir que o prédio inteiro já sabia de minhas aventuras sexuais do dia anterior. Não conseguia pensar em nenhuma outra razão para ser chamada assim daquele jeito, e duvidei que fossem me tirar de minha seção apenas para me demitir.


Entramos no elevador em silêncio. Minha apreensão aumentou enquanto nos aproximávamos do topo do edifício. A gerente não conversou comigo nem uma única vez e era impossível ler o que se passava em sua expressão... Não que eu tivesse tentado muito, porque estava com medo do que poderia descobrir... No momento em que as portas do elevador se abriram, sabia que estava em um mundo completamente diferente. Os corredores estreitos e sem vida sumiram no momento em que pisei em um corredor bem largo, forrado com painéis de madeira escura e que tinha o nome da empresa, MAGUIRE, em letras garrafais por toda a parede. Aquela ampla entrada levava em direção a uma recepção em uma grande sala aberta. Portas de escritórios se alinhavam na parede e duas grandes salas de reuniões envidraçadas se posicionavam em cada um dos cantos daquele enorme espaço. Havia uma sensação de luxo do velho mundo em tudo aquilo: madeira escura e detalhes em ouro misturados com arte e iluminação modernas.


— O Sr. Maguire está nos esperando – disse minha chefe para a senhora na recepção, que assentiu com a cabeça e pegou um telefone assim que nós passamos.


Literalmente tropecei naquelas palavras, as minhas pernas de repente se recusando a trabalhar. Quer dizer que estávamos na área administrativa do edifício? Eu nunca tinha lido nada sobre a empresa, afinal aquele era apenas um emprego temporário, mas eu sabia que aquele não era um andar qualquer. O lugar tinha aquele ar de Donald Trump, mais uma área de recepção do que um escritório. Não havia nenhuma maneira, no entanto, de eles terem me enviado até ali se soubessem o que eu tinha feito.


A confusão e a agitação continuaram a aumentar enquanto eu seguia a gerente a uma distância cautelosa. Ela dirigiu-se para um dos escritórios e bateu antes de colocar a cabeça dentro da sala.


— O Sr. Maguire vai ver você agora – disse ela, sinalizando para que eu entrasse.


Eu fiquei ali, encarando-a em silêncio por um momento e então caminhei lentamente em direção à porta. Lancei lhe um último olhar confuso enquanto entrava na sala. Estaquei quando um horror renovado tomou conta de mim. Oh não, não, não, não...


— Obrigado, Ariel, isso é tudo por enquanto.


Assentindo com a cabeça uma vez, a gerente fechou a porta enquanto eu, horrorizada, fiquei dentro de um gigantesco escritório. Minha boca se moveu sem fazer ruído enquanto eu encarava a figura familiar sentada atrás da mesa. Meus olhos pousaram na placa de identificação que vi sobre ela. “Robin Maguire”, anunciava ao meu corpo entorpecido pelo choque.


O homem de cabelos escuros atrás da mesa levantou olhos calmos para me avaliar.


— Srta. Mills – disse ele em resposta, apontando para uma cadeira colocada à sua frente. — Sente-se, por favor.


Meu pulso acelerou ao ouvir aquela voz, o que confirmou meus piores temores. Incapaz de emitir uma única palavra, encaminhei-me para a cadeira que ele apontara, com movimentos hesitantes e espasmódicos, e sentei-me. Ele me ignorou, correndo os olhos através de alguma coisa que lia no tablet que segurava. Ficamos sentados em um silêncio tenso. Aproveitei para examinar a sala. Janelas cobriam do teto ao chão a parede atrás da mesa do executivo, oferecendo uma visão panorâmica das ruas abaixo. A mesa era feita de uma madeira escura e resistente, coberta esparsamente com um laptop, a placa com o nome, e um berço de Newton, as esferas de aço imóveis. A cadeira em que me sentei era luxuosa e de um tecido grosso, com rodízios na parte inferior.


— Srta. Regina Mills – disse o desconhecido, assustando-me. Robin Maguire, lembrei a mim mesma, todavia ainda não conseguia fazer com que meu cérebro abrangesse toda aquela situação. — Atualmente funcionária temporária para inserção de dados, indicada pela agência de empregos Management Solutions, contratada há um mês por Ariel Swisher. Correto até agora? – Depois de meu aceno espasmódico, ele continuou. — Eu vejo que você usou seu passaporte como identificação. – Ele olhou para mim. — Passaporte?


Era difícil falar com a de repente boca seca, mas, ainda assim, tentei:


— Sempre carrego eles comigo.


Vi a sobrancelha dele se levantar.


— Eles? – perguntou o executivo, sua expressão sondando em busca de mais informações, mas eu apenas dei de ombros, as palavras me faltando.


Houve um momento de silêncio antes que ele voltasse a falar:


— Cresceu em Nova York, frequentou a Universidade de Cornell por três anos antes de sair. Empregos humildes e subalternos desde então e se mudou para a cidade há três meses. Por que você saiu?


Aquele resumo de minha vida era frio e breve, as palavras perfurantes me atravessando. A pergunta no final da frase navegou diretamente para mim, e a pausa generosa me fez olhar para seu rosto em expectativa.


— O quê? – perguntei, amaldiçoando-me internamente por não ter ouvido.


— Por que... – repetiu ele, pausadamente – você largou a faculdade, Srta. Mills?


O tom da voz dele deixava claro que exigia uma resposta, mas aquele era um assunto complicado e pessoal, trazendo à tona lembranças com as quais eu lutava já havia quase três anos. A pergunta era uma invasão de minha privacidade e eu sabia que, legalmente, não era obrigada a responder, mas me pareceu que meus lábios se moviam como se tivessem vontade própria:


— Meus pais morreram...


Houve uma longa pausa dessa vez, enquanto eu olhava para minhas mãos, tentando não chorar... Uma tarefa difícil, tendo em vista a situação estressante em que havia me metido. Será que eles teriam vergonha se vissem onde estou agora? Perguntava-me, engolindo as lágrimas. Eles haviam sacrificado tanta coisa para me colocar sempre em primeiro lugar, a maioria das quais só fui descobrir depois que morreram. Perder a casa em que eu tinha crescido, aquela que estivera na família por duas gerações, porque não dava mais para pagar a enorme hipoteca que fizeram para pagar meus estudos, havia sido um golpe revoltante. Eu havia tentado de tudo para evitar que a casa caísse nas mãos do banco, mas... Engolindo o nó que estava em minha garganta, lutei para recuperar a compostura.


— Sinto muito pela sua perda – disse Robin depois de um longo momento de silêncio. Ele limpou a garganta, e ouvi-o inclinar-se para trás em sua cadeira de couro. — O que a trouxe até Nova York?


Pensei ter detectado uma nota de preocupação em sua voz, mas ainda não conseguia me levar a olhar para o rosto dele. Mesmo que todo aquele assunto representasse uma questão pessoal e não fosse da conta dele, mesmo assim eu respondi:


— Perdi a casa de minha família e tive que me mudar; uma velha amiga da faculdade que vive em Jersey City me disse que eu poderia morar com ela.


— Entendo – Robin coçou o queixo por um momento. – Você sabe por que eu lhe pedi para vir, Srta. Mills?


Essa era a pergunta que eu temia e que não poderia responder. Engoli em seco, ergui a cabeça de forma que pudesse encontrar seus olhos verdes, mas a coragem me falhou.


— Não... – respondi, mais como pergunta do que como resposta.


Ele abriu a boca para dizer alguma coisa, fez uma pausa, depois tentou de novo:


— Deixe-me dizer-lhe como o seu dia teria sido hoje antes dessa nossa reunião. – Ele cruzou os braços sobre a mesa antes de continuar. – Você teria trabalhado até meia hora antes do fechamento do expediente, quando teria sido chamada à sala de sua supervisora. Ela teria lhe explicado que seu contrato de trabalho temporário havia sido rescindido e que hoje foi seu último dia. Você teria recebido o seu último salário e seria escoltada para fora do prédio.


Pela segunda vez naquela manhã, o chão sumiu sob meus pés.


— Você está me despedindo? – perguntei com uma voz débil, incapaz de acreditar em minhas próprias palavras. A ira brotou diante da injustiça de minha vida. — E isso é porque nós...Robin levantou a mão para deter minhas palavras e balançou a cabeça.


— A decisão sobre as demissões foi tomada há um mês. Nós já não precisamos mais da maioria dos temporários de seu departamento. – Seus olhos se estreitaram quando ele acrescentou, mais para si mesmo: — Eu assinei as diretivas no início desta semana, antes de saber quem era você.


— Nenhuma empresa está contratando neste momento... – sussurrei, esquecendo que minha busca por outro emprego deveria ser um segredo.


Mas não havia mais razão para ocultar. A raiva ficou difícil de sustentar quando percebi que teria que enfrentar mais um duro golpe depois de tantos que havia recebido recentemente.


— Avaliei seu arquivo e você fez um bom trabalho – continuou Robin enquanto eu olhava, entorpecida, para o tampo de sua mesa. — Nós lhe daríamos uma excelente recomendação para seus futuros empregadores.


Sem outras palavras para usar, incapaz de pensar no que dizer, levantei os olhos e encarei o executivo.


— Por que você está me contando tudo isso? – murmurei. — Por que mandou me trazerem até aqui?


— Porque eu tenho outra oferta para você, um trabalho, se estiver interessada. Estou precisando de uma assistente pessoal.


Pisquei várias vezes, tomada de surpresa com a oferta. Olhei para o rosto dele, mas era como uma máscara de granito, eu não conseguia perceber nada sobre o que ele poderia estar pensando. Mas uma suspeita alojou-se em meu estômago enquanto perguntei:


— Que tipo de assistência pessoal?


— Tudo o que eu quiser.


Respirei profundamente com essas palavras, minha mente me levando para todos os lugares dentro dessa frase. Ele não estava querendo dizer que... Certamente ele não está insinuando o que estou pensando. Mas em algo nos olhos dele, apesar daquele comportamento empresarial casual, estava implícito exatamente aquilo que eu estava imaginando. Seu olhar prometia todos os tipos de coisas perversas... Ou talvez fosse minha mente brincando comigo de novo, tentando fazer com que minhas fantasias se transformassem em realidade. Eu precisava ter certeza:


— Sobre ontem, quando nós... Hã...


Robin se inclinou para a frente e apoiou um queixo forte sobre seus dedos.


— Sim – disse ele simplesmente, essa única palavra respondendo a todas as minhas perguntas.


Tentei me mostrar indignada com essa proposta, estava procurando descobrir alguma forma de protestar e de manter algum pingo de dignidade, mas eu era uma pessoa muito prática. Naquele momento, precisava desesperadamente de um emprego e ali estava uma oferta de trabalho, e eu não podia me dar ao luxo de abrir mão dela sem saber quando receberia outra. Meu coração ficou apertado quando relembrei como, e durante quase dois anos, dediquei cada centavo ganho a manter a casa de minha família, apenas para acabar perdendo-a e ficar sem nada. Sem qualquer membro da família capaz ou disposto a me ajudar, se não fosse por aquela antiga colega de classe oferecer dividir a sua casa comigo, eu teria acabado morando na rua. E aquilo que tinha sido planejado para ser uma solução temporária, porém, havia se estendido por mais tempo do que qualquer uma de nós planejara; pressionada entre as cobranças constantes dos credores e o alto custo de se viver em uma cidade grande, nunca consegui guardar um centavo do que ganhei.


Mas isso não queria dizer, porém, que eu iria simplesmente responder sim.


— O que você está oferecendo? – exigi, levantando meu queixo e esperando que ele não notasse o rubor que cobria meu rosto.


Não posso acreditar que eu esteja realmente considerando essa proposta!


Um sorriso lento marcou o canto de sua boca.


— Benefícios, um aumento de salário e todas as despesas de viagem pagas. – Ele anotou alguma coisa em um pequeno post-it e passou-o para mim. – Acho que isso deve ser suficiente para um salário inicial.


O montante que estava anotado no post-it quase me fez desmaiar... Eu poderia pagar em apenas alguns meses os empréstimos que tinha feito para cobrir meus estudos e teria dinheiro mais do que suficiente para voltar a estudar em um ano. Minha mandíbula não funcionava direito quando comecei a procurar as palavras, incapaz de pensar no que dizer. Isso é uma oportunidade, uma parte de mim insistia em me dizer, enquanto a outra parte, aquela que normalmente soava como meus pais, gritava para mim: “FUJA DAÍ!”. Sentei-me em silêncio por um momento, ponderando minhas opções, em seguida, dei um suspiro:


— Eu quero isso por escrito.


Algo me dizia que não tinha sido a resposta que ele esperava; inclinou a cabeça para o lado e seus olhos se enrugaram, o único sinal que vi de alguma emoção. Aquele lindo rosto permaneceu imutável enquanto ele assentia com a cabeça.


— Muito bem – disse Robin –, mas primeiro preciso fazer uma entrevista adicional para essa posição. – Ele se inclinou para frente e apoiou o queixo sobre os dedos juntos. — Levante-se, curve-se e ponha seus cotovelos sobre a mesa.


OQ


Congelei, a frase anterior, “tudo o que eu quiser”, ainda ecoando em minha cabeça. Depois de um momento de tensão, durante o qual lutei comigo mesma e perdi, me coloquei de pé e aproximei-me da mesa, inclinando-me para colocar os cotovelos ao longo da borda da madeira escura. Nervosa, fiquei observando enquanto Robin se levantava e dava a volta na mesa.


— Fique assim até que eu diga para você se mover de novo. Quantas palavras você consegue digitar em um minuto?


A pergunta me pegou de surpresa, mas como andava preparando meu currículo ultimamente para procurar um novo emprego, sabia a resposta:


— Oitenta.


— Quais são os pontos fortes que você traria para essa posição?


Ele desapareceu atrás de mim, quebrando minha concentração. Eu poderia virar a cabeça para vê-lo, mas mantive meu olhar sobre a mesa enquanto respondia àquela pergunta comum de entrevistas de emprego:


— Sou muito detalhista e dedicada para realizar o trabalho, não importa o que aconteça.


Uma risadinha surgiu atrás de mim por conta daquela resposta obviamente ensaiada.


— E onde você se vê daqui cinco anos?


Comecei a responder, mas fiquei em silêncio, surpresa, enquanto uma mão deslizava para cima em minha coxa, esgueirando-se debaixo de minha saia e sobre a minha bunda antes de se afastar. Engoli em seco, a respiração irregular, mas ainda consegui responder:


— Terminando a faculdade de Direito, de preferência, ou fazendo um trabalho de que goste.


Isso causou um “humm” baixo, mas depois silêncio. Minha pulsação aumentou e eu fechei os olhos, tentando me manter sob controle. Era exatamente como no elevador, apenas um toque e eu estava perdida, meu corpo desejando seu contato.


— O que você considera o emprego dos sonhos?


Dedos deslizaram entre minhas coxas, correndo ao longo do fino algodão da calcinha, e um gemido escapou da minha boca. Meus quadris pressionaram, buscando mais contato, mas novamente a mão desapareceu, e eu contive outro gemido. A trégua permitiu-me reunir meus pensamentos para responder, embora fosse difícil:


— Em algum lugar onde eu fizesse diferença, onde eu pudesse ajudar as pessoas.


— Boa resposta – murmurou ele.


Então, a mão estava de volta, pressionando a carne macia entre as minhas pernas, me fazendo estremecer de tesão. As palmas de minhas mãos queriam se afundar na mesa, as unhas cravando-se na madeira fria enquanto eu sentia subir uma onda de calor pela barriga. Uma das mãos alisou minhas costas e desceu pelo quadril enquanto os dedos continuavam a me provocar e a me atormentar. Mantive meus braços trêmulos na mesa enquanto algo duro pressionou contra meu traseiro. Os dedos finalmente se moveram sob a calcinha e penetraram em mim, deslizando facilmente ao longo das dobras molhadas. Engasguei com outro grito, tentando manter o silêncio.


— Meu escritório é à prova de som e a porta está trancada – murmurou ele, respondendo a uma pergunta que eu não tinha pensado em fazer. Dedos penetraram mais fundo dentro de mim, fazendo meu corpo tremer. – Antes de irmos mais longe, no entanto, é preciso nos livrar disto aqui.


A fina calcinha de algodão que eu usava foi puxada para baixo até as pernas e, sem pensar, saí dela assim que tocou o chão. Um sapato apertou-se contra a parte interior de meu pé, ampliando a minha postura enquanto seus quadris empurravam meus quadris. Os dedos entre minhas pernas nunca deixaram de fazer sua exploração; minha respiração estava áspera enquanto Robin levantava a saia para prendê-la na minha cintura, seu volume empurrando minha bunda.


O polegar, que tinha até então massageado com força meu clitóris, deslizou de volta para minha abertura traseira. Fui lançada adiante em choque, estando prisioneira entre a mesa e seus quadris enquanto o polegar procurava abrir o buraco apertado. A ideia de que um homem pudesse estar interessado lá atrás nunca tinha me ocorrido; não que eu fosse tão ingênua a ponto de ignorar totalmente o fato, mas é que realmente nunca tinha me ocorrido. No entanto, parar para pensar nisso era difícil, pois ele continuou a manipular meu corpo até eu ficar tremendo de desejo.


Lábios encostaram-se em meu pescoço.


— Em breve – ronronou com sua voz profunda, as palavras uma promessa, enquanto acariciava a abertura uma vez mais, e logo levou seu polegar de novo ao meu clitóris.


A essa altura, cada respiração era como um gemido, então levantei meus quadris, precisando desesperadamente ser preenchida. Seus dedos provocavam e atormentavam, mas nunca me deixavam cair no orgasmo.


Alguma coisa mudou por trás de mim, Robin baixou seu corpo ao longo de meu traseiro nu, e então dentes roçaram a pele sobre uma nádega enquanto as mãos abriam mais as duas. Antes que eu pudesse compreender o que estava por vir, senti pela primeira vez na vida uma língua contra meu lugar mais íntimo, lambendo o vinco, e em seguida empurrando-se contra a abertura. Eu avancei contra a mesa com outro grito e não consegui impedir mais outro enquanto ele controlava as respostas de meu corpo com sua língua e seus dedos. Aquela sensação exótica e desconhecida, diferente de tudo que eu já tinha experimentado em minhas atividades limitadas, foi demais para mim. Eu gozei com força, as unhas arranhando a dura superfície da mesa e meu corpo se contorcendo incontrolavelmente.


Descansei a cabeça nas mãos assim que ouvi o ruído da embalagem do preservativo sendo rasgada, e então, no momento seguinte, o comprimento duro de seu pênis deslizou entre minhas nádegas. Os dedos foram retirados apenas para serem substituídos por uma presença espessa, que forçou caminho dentro do espaço apertado. Eu gemia de novo quando ele empurrou seu pênis para dentro, enquanto seu braço grosso chegava até minha cintura e me puxava, apertando-me contra seu corpo. Ele me pressionou contra a mesa quando deslizou para fora e, em seguida, para dentro, eletrificando e alargando a pele macia. Ainda mergulhada na onda do orgasmo, seus movimentos me deixaram ofegante e frenética, empurrando minha bunda de volta contra ele descontroladamente.


— Porra, você é um tesão... – murmurou ele em meu ouvido enquanto enfiava forte, ganhando outro grito de mim.


Eu me apoiei contra a borda da madeira escura enquanto ele continuava, suas estocadas sacudindo meu corpo inteiro. Uma mão levantou meu pescoço, inclinando a cabeça para trás contra seu ombro e parcialmente restringindo minha respiração, mas isso não impediu os entrecortados gemidos que emiti quando outra onda se apoderou de mim e meu corpo estremeceu pela segunda vez em minutos.


Minha cabeça caiu para o lado e senti dentes arranharem meu pescoço, correndo ao longo da linha de meu ombro, enquanto a mão dele afastava o tecido de minha blusa. O toque suave de seus lábios em toda a minha pele era um contraste direto com as estocadas fortes de seus quadris, mas eu me deleitava com a experiência, o que lhe permitiu definir e controlar o ritmo. Dois orgasmos deixaram meu corpo mole, com a energia totalmente drenada pela experiência, mas Robin me segurou facilmente com seus braços fortes. Arqueei-me de volta contra ele, mesmo que minha pele estivesse um pouco sensível demais para suas investidas, porque o prazer era extremo.


Assim como antes, seus dentes se afundaram em meu ombro quando ele estremeceu, seus duros golpes quase me levantando do chão. Ele soltou um gemido áspero e, com uma última estocada, sacudiu-se contra minha bunda e gozou para dentro de mim. A mão que segurava meu pescoço afrouxou e o sangue correu para a cabeça novamente, deixando-me tonta. Ele colocou-me cuidadosamente em cima da mesa, descansando seu corpo pesado em cima do meu enquanto ambos lutavam para recuperar o fôlego.


Depois de um momento, ele retirou seu pênis e afastou-se, deixando-me sozinha contra a madeira fria. Demorou um pouco antes de eu finalmente tomar consciência do quanto estava exposta, mas eu ainda passei um minuto buscando retomar a respiração antes de baixar a saia. Eu estava molhada o suficiente para saber que, se eu me sentasse na cadeira, mancharia a roupa, então procurei me equilibrar sobre meus sapatos de salto, usando a mesa como apoio.


— Isso conclui a entrevista. A propósito, você está contratada.


Ainda respirando com dificuldade, virei minha cabeça e pude ver Robin Maguire parado perto de uma pequena bancada onde havia bebidas e café, situada em um canto de seu escritório. Seu terno e suas calças estavam de volta no lugar, tão impecáveis como se nada tivesse acontecido. A expressão em seu rosto era curiosa e investigativa, mas eu não conseguia definir o que procurava descobrir. Eu tentei sentir vergonha, raiva, indignação com minhas ações lascivas e com a atitude dele de se aproveitar de minha situação, mas tudo que me ocorreu foi um profundo cansaço e uma sensação de segurança.


Estou tão ferrada...


Uma mão em meu cotovelo me girou com suavidade, um copo de água foi colocado em minhas mãos.


— Vá se limpar – disse Robin enquanto eu sorvia aquele líquido gelado, com uma voz mais suave do que eu havia escutado até então. — Vou fazer os arranjos necessários e podemos partir assim que você voltar.


Meu cérebro não estava funcionando completamente, por isso pensei que tivesse deixado passar alguma coisa.


— Arranjos para quê?


— Você disse que sempre carrega seu passaporte, certo?


Pisquei, ficando confusa de novo. Uma pergunta estranha.


— Hum... Sim, isso mesmo.


Ele acenou com a cabeça, como se isso respondesse tudo.


— Perfeito. Então, você virá comigo hoje e pode ser minha acompanhante.


Eu tomei um gole da água, ainda perplexa com a direção que a conversa vinha tomando.


— Sua acompanhante para onde?


— Paris. Partimos em uma hora.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): thaystirling

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

As limusines eram bem mais espaçosas do que eu me lembrava. É claro, a última vez em que embarcara numa delas fora para ir ao meu baile de formatura no colégio e o veículo estava lotado até o teto com as amigas e seus respectivos acompanhantes. Deixei escapar uma olhada furtiva ao belo homem sentado perto de mim no banco traseiro da ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 0



Para comentar, você deve estar logado no site.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais