Fanfic: Subordinada Ao Prazer | Tema: Once Upon A Time
No começo, eu não entendi muito bem o que ele quis dizer. A sala inteira ficou em silêncio por um momento, então Robin estalou os dedos e apontou para Marian. Imediatamente, os dois homens que a haviam escoltado para dentro do prédio agarraram os braços da jovem, segurando-a firmemente no lugar. Só então o significado daquilo que Daniel havia revelado foi absorvido, e eu engasguei com a revelação.
— Marian contratou o assassino... – A frase, que resumia meu próprio entendimento confuso da situação, veio de Robin. A incredulidade penetrou em sua voz, na hora em que ele repetiu as mesmas palavras, só que dessa vez com a entonação de uma pergunta: – Marian contratou o assassino?
— Nunca contrarie uma mulher... – respondeu Daniel, revirando os olhos e dando um suspiro. — Parece que a verdade inerente a esse velho ditado se estende para além de minha profissão atual.
— Eu fiz isso por você! – gritou a morena a Daniel, lutando para se libertar das garras dos guardas. — Eu pensei que era isso que você queria!
— O que eu queria? – zombou Daniel. — Você fez isso sozinha, não venha agora querer jogar a culpa para cima de mim.
Marian olhou para os seguranças à sua volta, mas continuou falando para Daniel:
— Você disse que o odiava, que queria que ele...
— Eu jamais quis vê-lo morto... – rosnou Daniel. Marian se encolheu.
— Você sempre falava dele... – persistiu ela. A morena mudou para o russo por um segundo, mas depois se conteve: — Quando ficava bêbado, você sempre falava sobre como queria voltar para casa e...
— E matar meu irmão me traria de volta para meu lugar? – o grito de Daniel se misturou a uma risada amarga. – Marian, você não é uma mulher burra, mas todas as evidências nesta situação mostram o contrário! Olhe para mim! – E ele abriu os braços. — Tenho milhares de pessoas mortas em minhas mãos. Pode ser que meu dedo não estivesse nos gatilhos, mas fui eu quem providenciou as balas, as armas. Estou coberto pelo sangue delas... Então, como eu poderia voltar para casa depois de tudo que fiz, de tudo que permiti que acontecesse?
O queixo de Marian tremia enquanto meu próprio coração ficava apertado com a óbvia dor daquele homem. Ela cantarolou baixinho alguma coisa em sua língua nativa e estendeu a mão para Daniel, mas ele a afastou com um tapa.
— Não fique se achando, minha querida. – Sua fúria fria cortou o ar, concebida apenas para infligir dor. — Eu nunca te amei. Por que alguém teria alguma afeição por uma ferramenta inteligente?
O sangue foi completamente drenado do rosto de Marian enquanto ela ficava boquiaberta, olhando para Daniel em descrença.
— Mas você me disse que...
Ele acenou com a mão no ar, revirando os olhos.
— As palavras significam pouco, você já devia saber disso. Sua utilidade, bem como minha paciência, acabou. Eu não preciso mais de seus dramas. – Ele a olhou friamente e, em seguida, fez um movimento de enxotar com as mãos. – Você pode ir embora agora.
Uau. Eu assisti a toda aquela cena sem saber o que pensar. Por mais que eu detestasse aquela mulher quando a conheci na França, meu coração estava com ela naquele momento... O que era de fato uma bobagem, levando em conta tudo o que ela tinha feito para nos ferir. Mas, não sei, naquela hora eu tive dificuldade para acreditar que a linda morena tinha feito uma coisa daquelas...
Marian assumiu uma cópia de sua altiva pose anterior, mas a devastação desenhada em seus olhos era terrível; a espinha dorsal de aço e a atitude que a sustentavam tinham desaparecido, quebradas pelas palavras de Daniel. Uma lágrima solitária abriu caminho naquele rosto de marfim.
— Eu lhe dei tudo – sussurrou ela, a voz entrecortada pelo forte sotaque. Os dedos com os quais ela agarrava a cruz ornamentada em torno de seu pescoço estavam tremendo, pálidos. — Eu me tornei tudo aquilo que você precisou, fiz coisas que envergonharam a mim e à minha família, tudo pelo seu amor. E agora você me diz que era uma mentira?
Lembrei-me de Will me contando que Marian era uma garota simples do campo quando Robin a contratou como intérprete. Olhando para ela agora, eu não vi a beleza arrogante e condescendente que ela exibira no baile, mas uma jovem jogada em um mundo contra o qual ela não tinha defesas. O jeito que ela se agarrava ao colar, um símbolo da religião à qual obviamente ainda se apegava, fez meu coração doer. É para esse lugar que eu também estou indo?
— Nós, os homens Maguire, corrompemos tudo aquilo que tocamos. – Daniel lançou um olhar de pena a Marian. — Você entrou na mira e isso foi uma infelicidade...
— Não era assim que as coisas deveriam ter acontecido... – sussurrou ela. — Ele disse que era isso que você queria, e que...
Ela parou de falar, mas no silêncio mortal que se seguiu, suas palavras foram levadas através da sala.
— Quem disse? – Daniel e Robin perguntaram ao mesmo tempo, ecoando um ao outro.
Naquele momento, várias coisas aconteceram simultaneamente. Todas as luzes da enorme sala se apagaram, lançando sombras estranhas na tênue luminosidade que entrava pelas janelas. Tive tempo para perceber que o vidro que revestia a janela do fundo da sala, que permanecera opaco durante os últimos dias, já não mais escondia a vista para o oceano atrás da casa e foi atingido. Ouviu-se um pequeno estalo e Marian tombou para a frente no chão, com um olhar atordoado colado no rosto. Então, de repente, fui agarrada e jogada de lado na cozinha, pressionada atrás da ilha com tampo de mármore no centro do aposento, por um corpo pesado. Algo assobiou passando perto de minha cabeça, o ar cantando com sua proximidade. Deixei escapar um grito assustado quando um pote de farinha colocado sobre o balcão atrás de mim explodiu.
O aposento se agitou com as pessoas correndo para procurar abrigo. Os seguranças mergulharam em direção à cozinha ou à porta de entrada, se empilhando na passagem estreita. Ouviu-se outro estalido e um dos jovens guarda-costas tropeçou, caindo imóvel no piso. Ele foi arrastado pela porta da sala por seus companheiros, desaparecendo de minha vista.
— Mas o que está acontecendo? – perguntei, o coração ameaçando explodir em meu peito.
— Atirador.
Oh, Deus! Eu tremia contra o corpo de Robin, que me puxou com força para mais perto de si. Ouvi um toc alto dentro da ilha e dei um pulo, mas nenhuma bala passou por nós. Bem atrás, um dos seguranças irrompeu de sua posição junto à porta e se dirigiu em nossa direção. Outro estalo se ouviu e o segurança girou, dando meia-volta e desabando pesadamente de costas perto de nossa cobertura. A surpresa e o medo brilharam brevemente em seus olhos antes que seu rosto ficasse frouxo, e a consciência assustadora e doentia de que eu tinha acabado de assistir a uma pessoa morrer era demais para suportar.
— Respire! – ordenou Robin, e eu deixei escapar o ar que não tinha percebido que prendera. Ele esticou a mão, verificou a pulsação no pescoço do segurança e pegou o pequeno fone. – Will, relatório!
— Alguém sabotou o sistema elétrico, incluindo os geradores de emergência. – A voz de Will estava fraca e metálica, mas eu estava perto o suficiente de Robin para ouvir. — Nós estamos trabalhando para resolver isso agora. Qual é a situação por aí?
— Um atirador de elite nos prendeu na cozinha – disse Robin entre dentes. – Preciso daquele vidro opaco como cobertura para sair.
Houve uma pausa.
— Entendido. O ajudante diz que a energia voltará em dois minutos.
Robin amaldiçoou, deixando cair o comunicador no colo.
— Dois minutos – repetiu e assentiu. — Poderia muito bem ser para sempre.
— Fazer uma visita a você é sempre um prazer, maninho.
A voz de Daniel parecia alegre e Robin virou a cabeça para encarar o irmão, mas o homem não estava nem olhando para nós. Toda sua atenção estava dirigida para Marian, ainda deitada de bruços no meio da sala, apertando a barriga que sangrava e gemendo baixinho. Daniel tinha de alguma forma conseguido derrubar a pesada mesa de café e uma das cadeiras para se esconder, mas nenhuma delas lhe proporcionava muita proteção. Marian esticou um braço em direção a ele, soluçando baixinho, enquanto a outra mão pressionava o ferimento de bala na barriga.
— Eu estou chegando, querida.
Daniel fez um rápido movimento com a cabeça, espiando brevemente por cima de sua proteção e agachando-se de novo, e um instante depois uma bala abriu um buraco na parede atrás dele. Ele xingou, então olhou de lado e agarrou uma almofada nas proximidades.
— Isso realmente seria mais fácil sem as algemas, mano – gritou.
Robin vasculhou os bolsos e jogou um chaveiro pequeno até o outro lado da sala, para pousar atrás da mesa de café.
— O que você está fazendo? – perguntou Robin.
— Provavelmente me matando – respondeu Daniel, rapidamente liberando seus punhos. Ele fez uma pausa para tomar fôlego e olhou de volta para Robin. — Deseje-me sorte – acrescentou, e em seguida jogou a almofada de lado, para a área aberta junto a ele.
A almofada explodiu, lançando pedaços de seu enchimento que voaram por toda a parte, mas Daniel já estava em movimento, agarrando Marian e puxando-a para seu esconderijo. Outro estalido passou pela janela, e Daniel assobiou, mas ele já estava de volta atrás de sua barreira e tinha conseguido arrastar Marian com ele para trás da longa mesa. Duas balas em rápida sucessão atingiram a mesa de madeira que protegia Daniel e Marian, fazendo estampidos altos, mas nenhuma delas pareceu atravessar o móvel.
Tomando cuidado para se manter escondido, Daniel mudou de posição para inspecionar o ferimento no estômago de Marian. A julgar pela expressão sombria em seu rosto, eu poderia dizer que a coisa estava feia. Marian soluçava suavemente, com uma mão flutuando acima de sua barriga, enquanto a outra segurava firme o braço de Daniel. Do outro lado, na entrada, os gritos de Ingrid tinham alcançado níveis verdadeiramente operísticos.
— Mãe, cale a boca! – gritou Robin. Os gritos pararam.
Eu me perguntei se o motivo de ela ter parado de berrar era medo por sua vida ou temor pela dos filhos, mas logo em seguida concluí que aquele não era o momento de pensar nisso.
— Fique comigo, Marian – murmurou Daniel, tirando cuidadosamente sua camisa e pressionando-a sobre a ferida.
— Eu sinto muito – sussurrou Marian, a mão ensanguentada vibrando fracamente no ar. Lágrimas escorriam pelo seu rosto até alcançar o cabelo, e a tristeza que se via em seus olhos era desoladora. — Eu devia saber, eu nunca desejei...
— Shh, não fale. Você vai ficar bem.
A mentira era óbvia, porque mesmo de longe eu podia ver a quantidade de sangue jorrando do ferimento e aumentando a palidez no rosto da mulher.
— Eu jamais devia ter dado atenção a ele, eu só queria que você fosse feliz...
— Você vai ficar bem – disse Daniel, mas a realidade da situação era cada vez mais evidente em seu olhar desesperado. Suas mãos abandonaram a camisa encharcada de sangue pressionada contra o estômago da morena para tocar seu rosto. — Quem disse para você fazer isso? Preciso de um nome. Marian, fique aqui comigo.
Ela não lhe respondeu quando sua respiração se tornou ofegante. Seu corpo ficou cada vez mais frouxo, a mão livre caiu sobre o peito.
— Eu lhe dei tudo – sussurrou ela, a respiração cada vez mais ofegante e irregular. — Não se esqueça de mim.
— Marian... – disse Daniel, alisando o cabelo dela para trás. – Fique comigo, Marian. Ei, você nunca me levou para aquela cidadezinha de onde você veio. Como é o nome dela mesmo?
Marian, no entanto, não parecia ter ouvido essa pergunta, seu rosto pálido perdendo energia a cada minuto.
— Fiz tudo... – repetiu ela, olhando para o nada. A mão escorregou da cruz ortodoxa que pendia logo abaixo do pescoço, ela deu um último suspiro entrecortado. — Eu vendi minha alma...
O rosto de Daniel se contorceu.
— Marian, fique comigo. Marian!
Mas ela já havia partido.
A respiração de Daniel saiu em um soluço irregular, e então ele bateu no piso de cerâmica da cozinha com um punho sangrento e soltou uma série de palavrões. Uma bala chocou-se contra a madeira da mesa atrás dele, mas ele não se abalou. Daniel parecia irritado, mas as máscaras todas tinham caído. Eu vi a profunda derrota nos traços marcados de seu rosto.
Na morte, o corpo pálido de Marian parecia tão pequeno e jovem... Eu nunca quis ver aquela mulher morta, mesmo depois de conhecê-la em seus piores momentos. Saber sobre a menina que fora um dia e então ver a jovem chorando no chão, tudo isso tinha apagado o que restara de sentimentos ruins com relação à morena. Suas palavras finais tinham sido um verdadeiro soco no estômago, e eu só podia imaginar que as coisas eram ainda piores para Daniel. Quem sabe ele não merece isso? Não sei. Esse pensamento era cruel, mas não pude evitar ficar imaginando o que ele teria pedido para a menina fazer em seu nome, manipulando os óbvios sentimentos que ela tinha por ele, sem se importar em correspondê-los. Será que o amor significa tão pouco para esta família?
As luzes da cozinha se acenderam quando a eletricidade voltou, mas o revestimento do vidro da parede dos fundos permaneceu desligado.
— Liguem o vidro de segurança! – gritou Robin, segurando-me firmemente contra ele.
Um segundo mais tarde, alguém apertou o botão e o vidro embaçado apareceu de novo, o oceano desaparecendo de vista. O atirador, no entanto, não tinha concluído seu trabalho: as balas continuaram a perfurar o vidro opaco, principalmente centradas em torno da localização de Daniel e Marian.
Aparentemente, o atirador não gostou de ser feito de bobo.
— Vamos – disse Robin suavemente, empurrando meus pés e impulsionando-me para a porta de entrada, que ficava a menos de dez metros de distância.
Ele me protegeu com seu corpo enquanto percorríamos a curta distância em direção à relativa segurança do saguão principal da casa. Daniel veio atrás de nós não muito tempo depois, com as mãos sangrentas penduradas rigidamente ao lado do corpo.
Ingrid estava na extremidade do saguão principal, com um dos seguranças garantindo que ela não saísse dali. A expressão frenética em seu rosto se derreteu assim que viu os dois filhos passando pela porta da sala de jantar, mas empalideceu logo que notou o sangue nas mãos de Daniel. Arrancando seu braço com força das mãos do guarda-costas, ela se dirigiu para o filho mais velho, o queixo se abrindo e se fechando impotente diante do choque, apenas para vê-lo erguer a mão e detê-la.
— O sangue não é meu – disse ele.
Não havia nenhuma emoção em sua voz. A morte de Marian devia tê-lo desgastado totalmente.
A incerteza ficou estampada no rosto da senhora, claramente em dúvida sobre o que fazer. Fiquei imaginando qual seria sua atitude, talvez tentar reconstruir aquele relacionamento com um abraço, mas sua personalidade venceu. O queixo foi erguido quando a máscara arrogante se reposicionou firmemente no lugar, e então ocorreu a mim que os membros daquela família escondiam certas partes de si do mundo, como se demonstrar alguma emoção verdadeira fosse permitir que outras pessoas as usassem contra eles. Talvez isso tenha acontecido no passado.
Will entrou pela porta da frente, cercado por outro segurança que ostentava um celular perto do ouvido.
— Conseguimos fazer o gerador voltar a funcionar, mas vai demorar algum tempo até que se possa consertar a bagunça que foi feita nas linhas de força principais – disse ele. — Há três feridos lá fora, a emergência está a caminho.
— Temos baixas aqui também, com pelo menos um morto. Leve os feridos para o andar de cima e garanta que todos recebam a atenção adequada. – Robin colocou suas mãos em meus ombros e me empurrou na direção de Will. — Cuide dela e de meu irmão, não temos tempo a perder.
— Senhor?
— Precisamos encontrar aquele atirador antes que desapareça novamente – Robin voltou os olhos para mim. — Você: fique com Will e faça tudo o que ele mandar.
Tive que me esforçar para liberar seu braço. O desejo de tentar enviá-lo de volta para a segurança da casa era muito forte, mas de alguma forma eu sabia que isso não iria impedi-lo de fazer o que precisava fazer. Ele precisava disso, precisava estar de volta às trincheiras caçando o inimigo. O fato de ser o alvo do atirador não importava a Robin, eu conseguia enxergar isso em seus olhos. Então, em vez de protestar, engoli meus medos e disse:
— Prometa-me que vai ficar em segurança.
Suas maneiras se suavizaram ao ouvir minhas palavras, não sei se por alívio ou qualquer outra coisa. Ele depositou um beijo sobre minha testa enquanto os seguranças feridos eram levados para dentro de casa.
— Eu voltarei para você, prometo – murmurou e então saiu pela porta.
— Leve-os lá para cima – ordenou Will, e os outros guardas subiram as escadas com os feridos.
— Mas que ótimo... – reclamou Daniel, olhando rigidamente para o chão. – Agora eu tenho o Capitão América dando uma de babá para cima de mim. Era só o que...
Will girou na minha frente, seu punho explodindo no rosto de Daniel e enviando o homem ao chão totalmente desnorteado.
— Havia anos que eu queria fazer isso – confessou Will em voz baixa.
Fiquei olhando para o homem em estado de desânimo.
— Mas será que você realmente tinha que fazer isso? – indaguei eu, dando um passo à frente para ver se Daniel estava bem. — Ele não era uma ameaça e...
Uma mão pesada envolveu minha cabeça, pressionando um pano sobre minha boca. Assustada, tentei lutar, abrindo a boca para gritar, mas, em vez disso, respirei um aroma adocicado. Quase imediatamente a sala começou a girar, e eu ouvi Will murmurando um suave “sinto muito por isso” enquanto minhas pernas cediam e eu era depositada no chão.
Escutei essa frase demais por hoje, foi meu último pensamento antes de perder a consciência.
Autor(a): thaystirling
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
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