Fanfic: Subordinada Ao Prazer | Tema: Once Upon A Time
As limusines eram bem mais espaçosas do que eu me lembrava. É claro, a última vez em que embarcara numa delas fora para ir ao meu baile de formatura no colégio e o veículo estava lotado até o teto com as amigas e seus respectivos acompanhantes.
Deixei escapar uma olhada furtiva ao belo homem sentado perto de mim no banco traseiro da limusine. Ele me ignorou nesse momento, concentrado no tablet pousado sobre suas pernas e me deixou à minha própria sorte. Minha bolsa de couro estava colocada em meu colo e eu abracei-a mais apertada, ainda me recuperando dos acontecimentos daquele dia. Eu estava realmente a caminho de Paris?
Os dois últimos dias foram uma loucura. Eu ainda não podia acreditar que Robin Maguire, diretor-geral das Indústrias Maguire, um conglomerado empresarial multinacional que rivalizava com qualquer coisa que Donald Trump já tivera produzido, estava sentado perto de mim na limusine escura. Eu ainda não tinha absorvido totalmente o fato de que estava a caminho do aeroporto para voar com ele para Paris. Como sua assistente pessoal. Com um contrato que em breve estaria pronto e cujas cláusulas giravam em torno da frase “o que ele quiser”.
Se eu fizesse um ranking dos piores dias de minha vida, este certamente estaria entre os cinco primeiros. Definitivamente, um forte candidato ao Mais Inacreditável e Confuso Dia de Todos os Tempos.
Não prestei muita atenção à nossa rota, uma vez que Manhattan na hora do rush era aquele emaranhado normal de pedestres e de veículos, além de me encontrar presa como estava em meus próprios pensamentos. Dei-me conta da diminuição do tráfego, no entanto, quando saímos de Manhattan e tardiamente percebi que estávamos indo em direção à Nova Jersey. Quando a limusine começou a passar pelos aviões que estavam por trás de um muro alto, olhei pela janela e vi com alguma surpresa a placa para o Teterboro Airport. O aeroporto de Nova Jersey não era tão grande quanto seu homólogo da cidade de Nova York e, embora jamais tenha voado por lá, sabia que ele atende a um grande número de voos e aviões particulares. Eu só tinha estado no JFK, então aquele aeroporto pequeno era uma novidade para mim. Vi um grande número de aeronaves fretadas estacionadas ao longo do asfalto, do tipo normalmente alugado para viagens e pelos muito ricos.
Bem, suponho que hoje seremos nós. O pensamento enviou uma onda de arrepios através da minha espinha e eu tremi, esfregando os braços. Oh, Deus, em que eu estou me metendo?
— Tem certeza de que eu não vou precisar de roupas? – perguntei pela terceira vez, assim que entramos no terminal do aeroporto.
Ele não me tinha permitido trazer nada comigo, além dos pertences pessoais que já estavam no escritório, ou seja, o que estava na minha bolsa e as roupas que vestira para ir ao trabalho. A saia e a blusa estavam limpas, mas dificilmente seriam suficientes para qualquer tipo de viagem ao exterior.
— Elas serão fornecidas – assegurou Robin. — Seu contrato vai especificar tudo isso.
Era a mesma resposta que eu recebia a qualquer momento que eu lhe fazia uma pergunta sobre essa viagem-surpresa. Nesse ritmo, meu contrato será mais longo do que uma obra de Tolstoy. Esse pensamento irreverente não fez nada para acalmar meus nervos. Eu não tinha assinado nada ainda. Então, ainda podia sair dessa, encontrar outro emprego.
A imagem repentina de eu fritar hambúrgueres numa lanchonete para ganhar a vida me fez estremecer. Uma onda de tristeza tomou conta de mim. É lá que eu vou acabar? Isto aqui é realmente a minha última chance? Eu olhei para cima e pude ver Robin me observando. Não havia nenhuma emoção em seu rosto impassível, mas seu olhar penetrante me fez sentir como se ele pudesse ler minha mente. Frustrada, e nem um pouco disposta a permitir que ele notasse minha indecisão, cerrei meu maxilar e me recusei a desviar o olhar primeiro.
A porta se abriu, interrompendo nosso concurso de olhares. Agarrei minha bolsa com força e saí do carro antes dele, mas pensei ter visto uma expressão divertida em seu rosto assim que passei. Então, ele gosta de conflitos, pensei enquanto éramos conduzidos para dentro do edifício. Ótimo, porque não vou rastejar implorando por um pouco de respeito.
Uma imagem surgiu na minha cabeça: eu de joelhos na frente dele, olhando para aquele rosto lindo. Senti uma vibração na barriga. Ah, caramba.
A rapidez com que passamos pela segurança foi uma experiência nova. A parte mais inconveniente do processo foi a segurança fuçando em minha bolsa e encontrando a calcinha do dia anterior, que eu tinha esquecido que ainda estava lá. Meu corpo inteiro enrubesceu com essa descoberta, mas eles se mantiveram profissionais. Uma vez que nos liberaram, atravessamos a pequena sala de espera e fomos levados pela pista até o voo que nos esperava.
Longo e elegante, mas ainda bem menor do que os aviões nos quais estava acostumada a viajar, a aeronave não era nada parecida com os jatos comerciais comuns. Eu nunca havia tido oportunidade de voar em algo como aquilo; as garotas normais como eu nunca estariam no interior de um desses aviões a menos que fizessem parte da tripulação. O interior era tão elegante quanto o exterior prometia, com bancos de couro duas vezes maiores que qualquer um que eu já tinha visto antes. O piloto permitiu-nos tomar nossos lugares antes de fechar a porta e recuou para sua cabine. Impressionada com o ambiente que me rodeava, comecei a brincar com os vários dispositivos e instrumentos ligados ao meu assento. Tinha inclusive um telefone acoplado sob um largo descanso de braço, coisa que me pareceu divertida.
Um tablet muito fino deslizou sobre a mesinha que eu acabara de desdobrar do assento dianteiro, era o mesmo no qual eu tinha visto Robin trabalhar mais cedo. Surpresa, lancei um olhar para ele, que estava sentado em um assento próximo.
— O que é isso? – consegui pronunciar, meu divertimento se desvanecendo rapidamente.
— Preparei seu contrato na limusine, mas você terá que assiná-lo antes de o avião decolar. – Quando hesitei, ele se inclinou para colher meu olhar. – Você sabia que isso iria acontecer.
— Não diga... – A resposta sarcástica desmentia minha tensão nervosa.
O que era aquilo? Eu estava assinando minha sentença de morte?
— Um carro a levará para casa se decidir pular fora. – Ele puxou uma caneta de prata do bolso do casaco e estendeu-a para mim. – A escolha é sua.
Segurei firmemente a caneta entre os dedos, apertando-a em meu punho para não trair minha agitação enquanto percorria o documento com os olhos. Eu tinha me especializado em decifrar o juridiquês durante a faculdade, mas aquela redação era bastante simples. O papel dava um arcabouço mais legal àquela frase “o que ele quiser”, mas a mensagem continuava a mesma, e previa inclusive um acordo de confidencialidade. Ao chegar perto do final, no entanto, acabei tropeçando com uma cláusula que não havíamos discutido.
— Cinquenta mil dólares? – guinchei, olhando para ele, surpresa.
Ele assentiu com a cabeça.
— Se você ainda continuar a meu serviço daqui a seis meses, terá direito a um bônus – respondeu ele, citando o contrato quase que literalmente. — Isso, juntamente com quaisquer salários semanais que lhe forem devidos, não será retirado de você caso rescinda esse contrato após esse período.
Quer dizer, mesmo se eu vier a desistir, ainda vou conseguir tirar alguma coisa disso tudo. Ver tudo isso por escrito ajudou minha mente a entrar em acordo com a decisão absurda. O contrato, embora um tanto vago com relação a meus deveres específicos, deu um aspecto profissional a toda a situação e me fez sentir, como direi, menos piranha. Quem sabe? Talvez este seja um modelo de contrato padrão entre os ricos e famosos. Como eu posso saber?
Ainda assim, hesitei. Eu ainda posso cair fora, pensei, encarando a caneta em minhas mãos. Posso acabar com esta farsa idiota, pegar um táxi e voltar para meu apartamento...
E depois?
Uma de minhas maiores preocupações depois que me mudei de minha cidade natal para viver com uma antiga colega de colégio foi o alto custo de vida de Nova York. A execução da hipoteca da casa de minha família me havia deixado praticamente sem recursos, e eu não tinha opção de viver em outro lugar, e poupar dinheiro, apesar de meus melhores esforços, tinha se provado ineficaz. Meus atuais arranjos de vida haviam sido projetados para serem temporários, e eu sabia pelas atitudes recentes de minha amiga que eu estava consumindo rapidamente o que restava de uma boa acolhida. Minha única esperança era pagar um pouco mais de minha dívida dos empréstimos estudantis e entrar em condições de começar a pagar aluguel. Até então, estaria perigosamente perto de viver em um abrigo, um pensamento que fazia meu sangue gelar.
Robin me olhava pacientemente, sua expressão indiferente a meus sentimentos quase se mostrando uma mudança bem-vinda. Desde que meus pais morreram, eu lutava não só para pagar as contas, mas também contra a opinião das pessoas com relação à minha situação, e eu estava cansada de ser aquela “pobre menina órfã” aos olhos de todo mundo. O diretor-geral tinha deixado muito claro o que esse contrato implicava, com minha “entrevista” sendo
realizada sobre a mesa dele, ocasião na qual tomou liberdades com meu corpo que me deixaram gemendo de prazer. A lembrança do ocorrido me fez querer me encolher e me esconder no primeiro buraco que encontrasse, porque eu nunca tinha sido esse tipo de garota e, ainda mais, me permitindo ser seduzida por um desconhecido não uma, mas três vezes em um período de 24 horas. O contrato diante de mim representava a independência financeira, mas apenas se fosse em troca de outra forma, mais pessoal, de liberdade.
Eu não tenho escolha.
Li inteiramente aquele contrato por duas vezes, a enormidade da decisão pesando sobre mim e, então, com dedos trêmulos, assinei meu nome digitalmente na parte inferior e devolvi o tablet. Robin estendeu a mão para pegá-lo e apertou o botão de atendimento. Imediatamente os motores começaram a se preparar para levar o avião adiante, e me assegurei de que meu cinto de segurança estivesse afivelado. Agarrei a poltrona com força e tentei ignorar minha própria inquietação sobre o voo e sobre o homem sentado à minha frente.
— Você não gosta de voar?
Eu mantive meus olhos fechados e fingi dormir quando os motores nos impulsionaram pela pista. O processo foi suave e o ruído não tão forte quanto eu tinha imaginado que seria para um avião tão pequeno, mas não respirei com mais tranquilidade até que estivéssemos no ar.
Nós ainda estávamos subindo quando Robin desafivelou seu cinto de segurança e se dirigiu para a área principal que ficava bem atrás de mim. Mantive meus olhos em linha reta, determinada a ignorar sua presença, até que uma mão segurando um copo com um líquido claro apareceu diante de mim.
— Eu não bebo – disse eu.
— Nem mesmo água?
Não achei nem um pouco charmoso seu ar divertido, mas peguei o copo de sua mão com um resmungo:
— Obrigada.
— Tem comida no bar, caso você precise de algo mais substancial.
— Não estou com fome, obrigada. – Meu estômago escolheu esse exato momento para reclamar em voz alta, revelando minha mentira. — Hã– Er... Tudo bem, talvez com um pouco de fome – completei.
Os lábios dele se comprimiram e fiquei com a sensação de que estava tentando não rir.
— Você não tinha nem ideia de quem eu era, não é mesmo? – perguntou ele.
De repente, percebi que não estava com disposição para conversar, deixei escapar um suspiro e encolhi os ombros antes de responder:
— Aparentemente, você não é tão popular quanto pensa...
Ele encarou minhas palavras sarcásticas com bom humor.
— E quanto eu sou popular?
Retorcendo-me na poltrona, olhei para cima a fim de ver a diversão enrugando os cantos de seus olhos. Ele fingia muito bem não sentir nenhuma emoção, exceto pelos olhos. Eles eram do verde mais lindo que eu me lembrava de ter visto em um homem, vibrante contra a pele clara. Ao me dar conta de que o admirava, limpei a garganta e lutei para encontrar uma resposta. As réplicas espirituosas me escaparam, no entanto, e dei de ombros uma vez mais, tomando um gole rápido da água.
Não fiz caso de sua risadinha.
— Talvez seja bom descansar – disse ele, porque este vai ser um longo voo.
Quando ele foi para a parte traseira do avião, fiquei em meu assento, reclinando-o e me aconchegando naquela enorme poltrona. Infelizmente, meu estômago, consciente de que existiam alimentos nas proximidades, não me dava descanso. Eu consegui enganá-lo por talvez meia hora, ocupando-me com aqueles diversos botões e outros dispositivos ao redor de onde eu estava, antes de finalmente me ver obrigada a levantar para verificar o que havia para comer.
Quando passei, meu chefe estava sentado em uma das largas poltronas do fundo, um copo com um líquido escuro em sua mão. Pude sentir seus olhos em mim assim que entrei no espaço reservado para a cozinha e peguei uma laranja antes de avaliar as comidas disponíveis. Escolhi um sanduíche de frango previamente preparado com ingredientes que me fizeram concluir que era feito com cuidado e comi ali mesmo.
Aquele homem me deixava nervosa e eu não confiava em mim mesma com ele por perto. Cada vez que ele se aproximava de mim, ficava imaginando cenas eróticas que só havia lido nos romances baratos e que via em minhas fantasias. Isso fora perfeito enquanto ele era apenas um desconhecido em um elevador e que eu via uma vez ao dia. Agora, eu tinha de tirá-lo de meus pensamentos, mas era mais fácil dizer do que fazer, uma vez que esse homem se tornara uma figura proeminente em minha vida de fantasias e meu corpo não me permitia esquecê-lo. Mesmo a situação desesperançada de minha vida atual não conseguia deter minhas reações à sua presença, as mesmas reações que, por acaso, tinham me metido nessa confusão.
Peguei uma garrafa de água, virei para sair daquela minúscula área e parei de repente quando o vi de pé ao lado da porta. Ele se aproximou de mim e eu recuei um passo, somente para me chocar contra a bancada.
— Eu... – gaguejei — tenho que voltar para meu assento e...
Seus dedos estavam brincando com o botão da camisa.
— Você poderia me ajudar com isso? – perguntou ele, indicando a camisa e ignorando minha declaração. — Parece que ficou preso.
Soltei um suspiro incrédulo. Sério? Suas palavras formavam uma frase quase absurda, dada a situação, mas outra frase que eu tinha ouvido naquela mesma tarde me veio à cabeça: tudo o que eu quiser.
Eu bufei. Quer dizer que agora eu teria de ajudá-lo a se vestir também? Não foi isso que pensei que teria que fazer quando assinei o contrato, mas com outro pequeno resfolegar de impaciência, estendi a mão e peguei o botão. Seus dedos tocaram os meus e eu tentei ignorá- los apesar do aperto que contraía minha barriga.
Surpreendentemente, o botão da camisa estava realmente preso, mas levei apenas alguns segundos para desprender. Soltei a camisa quando terminei, deixando o botão aberto, mas ele capturou minhas mãos antes que eu pudesse me afastar.
— E se você verificasse os outros botões, quem sabe...?
Olhei em seus olhos e então, rapidamente, para baixo de novo. Isso é estúpido demais, pensei, tentando ficar com raiva enquanto minhas mãos eram puxadas de volta para sua camisa. Supunha-se que eu deveria ser uma advogada, alguém que defendesse os mais fracos, foi para isso que peguei empréstimos pesados, para ajudar nos estudos e não para ser uma costureira ou...
Robin olhou para mim e eu procurei ignorá-lo... Mais fácil falar do que fazer. Dando lhe um olhar breve, que foi a maior valentia de minha parte, comecei a desabotoar a camisa. O tecido era fino, mas resistente, não era seda, mas algo igualmente caro. Não tinha chegado ao terceiro botão e as minhas mãos já haviam começado a tremer, não de medo, mas por causa da proximidade. Não levou muito tempo para que eu percebesse que não havia nada por baixo da camisa, a não ser a pele. Quanto mais botões eu abria, mais se revelava aquele peito de pele clara contra a camisa branca que se negava a permanecer fechada por conta própria. Ele deu um passo adiante, pairando acima de mim, e todo meu corpo começou a tremer. Oh, meu Deus.
Minha vida até aquele ponto não envolvia muitos homens exceto os da família e de uns poucos colegas de estudo. A escola secundária e depois a faculdade tinham sido totalmente voltadas para a vida acadêmica, e eu sempre estivera mais interessada nos livros e em estudar do que em formar qualquer tipo de relacionamento com o sexo oposto, mesmo que houvesse interessados. Só que a vida depois da morte de meus pais não foi mais do que um borrão, e eu nunca tive tempo para fazer outra coisa exceto trabalhar em vários empregos e me preocupar com meu futuro. Se alguém tinha se interessado por mim, certamente não notei, mas naquele momento eu definitivamente percebia aquele homem que estava diante de mim.
A luta contra a tentação de tocar na pele suave debaixo de meus dedos era uma batalha perdida. Ele deu um pequeno passo para o lado e eu me movi também, inconscientemente, girando lentamente com ele, quando tirou a camisa e a jogou sobre a poltrona ao lado. Eu já estava sem fôlego, enquanto meus olhos percorriam o corpo que a camisa havia coberto previamente, e então a vibração em minha barriga se converteu em faíscas quando seus dedos deslizaram até meus braços. Eu nem sequer percebi que estávamos em movimento, muito presa por causa de sua proximidade e por causa de seu contato, até que minhas costas foram empurradas contra algo muito rígido, uma parede. Minhas mãos se apertaram contra os músculos firmes de seu abdômen quando levantei os olhos e notei que ele estava me observando com uma intensidade que deixava meus joelhos amolecidos. Não havia nenhum pensamento de resistência quando ele pressionou seu corpo contra o meu e abaixou a cabeça para beijar meus lábios.
O que começou suave, apenas um leve roçar de nossas bocas, se transformou rapidamente em algo muito mais apaixonado. Impotente contra seu ataque, eu gemia em sua boca e deslizava minhas unhas por seu corpo rígido, respondendo ao seu beijo com um fogo que eu não sabia que possuía. Meu toque serviu apenas para inflamá-lo, já que ele apertou mais, sua língua saindo brevemente e deslizando sobre meus lábios e provocando minha boca aberta. Suas grandes mãos passeavam pelo meu corpo, fixando-se em minha cintura, seus dedos cavando em meus quadris e em meu traseiro, me puxando mais contra seu corpo teso.
Minhas mãos subiram ao redor de seu pescoço, enredando-se no seu cabelo, tão desesperada eu estava por seu toque, como ele parecia estar pelo meu. Uma perna se prendeu firmemente entre as minhas e eu fiquei ofegante e quase sem fôlego quando ela se apertou contra partes de meu corpo que estavam inchadas e sedentas por mais. Aquelas mãos que agarravam meus quadris me apertaram mais e de repente eu me vi levantada do chão, sendo pressionada contra a parede e apoiada apenas por seu corpo e por seus braços. Enrolei as pernas ao redor de sua cintura enquanto seus lábios deixavam os meus, os dentes roçando para baixo ao longo da suave pele macia de minha garganta enquanto empurrava seus quadris contra os meus. Um pequeno grito brotou de minha garganta, e logo outra vez, quando seus dentes se aferraram ao meu ombro através da minha blusa e depois de fazer revirar seus quadris novamente.
Minhas mãos buscaram seu rosto e eu o beijei de novo, fazendo-o soltar ofegantes gemidos de sua boca, enquanto continuava a esfregar-se contra mim. Minha saia estava quase na cintura e seus dedos se arrastaram até o meio de minhas pernas, apertando-se contra a delgada barreira de minha calcinha em direção ao meu clitóris inchado. Gemi em sua boca, mordendo seu lábio e arqueando meus quadris em sua mão, desesperada por mais.
— Será que você pode ajudar com meu botão da calça também?
As palavras ditas em voz baixa levaram um momento para serem processadas, mas conseguiram ultrapassar a névoa da luxúria que obscurecia meus pensamentos. Interrompi o beijo, percebendo o que quase permiti que acontecesse de novo e olhei nos olhos dele. A necessidade ainda quente fazia minhas entranhas derreterem, mas quando eu o empurrei levemente pelos ombros, ele deu um passo atrás, baixando-me suavemente para o chão. Minha saia se ajustou ao redor de meus quadris, e eu me apressei para arrumá-la enquanto deslizava para fora de seu alcance.
— Você realmente devia descansar um pouco, é um longo voo até Paris.
Olhei de volta para ele. Ele ficou lá de pé, gostoso o suficiente para ser devorado, aparentemente tão confortável nu quanto se estivesse usando um daqueles ternos caros. Por que diabos eu estou me afastando dele outra vez?
Princípios. Moral. Ah, claro. Caramba.
Acenando-lhe de forma brusca, me obriguei a voltar ao meu assento. Agarrando um travesseiro de um armário perto, sentei-me no meu lugar e empurrei a poltrona, de forma que pudesse ficar totalmente reclinada. Não pensei que conseguiria dormir, mas finalmente caí em um sono agitado enquanto o sol passava pelo horizonte, o brilho laranja se extinguindo terra abaixo.
Em algum momento, acordei para descobrir que estava escuro do lado de fora das janelas e que um cobertor tinha sido colocado sobre mim, às pontas dobradas em volta de meu corpo. Franzi a testa, certa de que isso não estava lá quando me sentei, e olhei para o assento atrás do meu, onde Robin dormia profundamente. Ele estava novamente vestido com a camisa, o paletó dobrado cuidadosamente sobre uma poltrona perto da sua. Ele ocupava mais espaço do que eu, de forma que não fora capaz de dobrar-se sobre si mesmo como eu fizera, mas parecia confortável reclinado como estava. O sono tinha suavizado a expressão dura de seu rosto, e ele parecia diferente, mais jovem, mais relaxado.
Eu gostaria muito de poder odiá-lo, mas não havia raiva em meus pensamentos. Aquele homem dormindo simplesmente me chantageara para que eu assinasse um contrato que lhe permitia tomar todas as liberdades que quisesse, mas havia momentos de ternura que se sobressaíam. Ele nunca fez nada que eu não quisesse, pensei, tocando o cobertor ao redor de meu corpo. Eu gostaria de saber qual dos dois é o verdadeiro Robin: o executivo sério que me entrevistou enquanto eu estava inclinada sobre sua mesa ou o homem que me cobriu com esta manta.
Eu engavetei essa conversa, deixando-a para outro dia, uma vez que a exaustão tornava meus olhos pesados. Bocejando discretamente, puxei o cobertor até o queixo, aninhada na poltrona confortável, e entrei novamente em um sono profundo.
Autor(a): thaystirling
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
— Você tem algum objeto a declarar? Considerando que eu não tivera permissão para trazer nada comigo, respondi: — Não. O homem verificou meu passaporte uma vez mais, então o devolveu para mim, chamando a pessoa seguinte enquanto eu passava pelo guichê. As letras em negrito colocadas acima de mim mostravam a minha localiz ...
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