Fanfics Brasil - 5 - Tire o Roupão Subordinada Ao Prazer

Fanfic: Subordinada Ao Prazer | Tema: Once Upon A Time


Capítulo: 5 - Tire o Roupão

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Deixei-me afundar na água quente, agarrando os lados da enorme banheira de porcelana para evitar deslizar por baixo da superfície. Montes de espuma borbulhante me faziam cócegas no nariz enquanto eu me ajeitava em uma posição mais cômoda e sorria, soprando a espuma para que ela dançasse em pequenos jatos pelo ar. A banheira profunda era supreendentemente confortável e eu me acomodei, soltando um suspiro de alívio e brincando com as torneiras de água com os dedos dos pés.


Robin tinha me mandado subir para o quarto, dizendo que teria que cuidar de algumas coisas antes de juntar-se a mim. Eu estava seguindo o funcionário do hotel, que me conduziu a meu quarto. Quando ele abriu as portas, eu me vi sem palavras. O interior da suíte era o lugar mais opulento, berrante e exagerado que eu já tinha visto, com seus espelhos dourados e pinturas, painéis brancos adornados com candelabros de ouro e lâmpadas de cristal e molduras rococó e filigranas ao longo de cada canto e de cada painel. Tapeçarias cobriam as paredes e cada centímetro do quarto gritava “Olhe para mim! Sou caro!”. Golpeavam-me a cabeça com sua elegância exagerada e sua decoração extravagante e escabrosa.


Eu absolutamente adorei tudo.


Enquanto o funcionário do hotel me mostrava os aposentos, eu mal o escutava, ocupada demais em explorar por conta própria os detalhes. A suíte continha diversas salas de estar e era mobiliada com móveis que pareciam muito caros, mas também muito desconfortáveis. Todas as comodidades que alguém poderia pensar estavam lá, e muitas mais que eu jamais teria considerado, tudo fornecido gratuitamente. Cheguei a pensar que morrera e subira aos céus quando vi o banheiro, com seu teto alto e seus espelhos, bancadas e piso de mármore, e uma banheira quase tão grande quanto uma hidromassagem bem no meio de tudo. O funcionário teve tempo de me apontar o armário onde ficavam as roupas de cama e os roupões antes que eu conseguisse enxotá-lo para fora o mais educadamente possível, a fim de preparar eu mesma o banho de espuma. Minha mãe costumava colecionar velhos frascos de perfume e fiquei encantada ao notar que o hotel utilizava esses mesmos frascos para colocar seus óleos de banho. Escolhi um aroma de lavanda antes de me despojar de minha roupa de trabalho, pegando um roupão e trancando a porta.


Eu me permiti desfrutar da temperatura e do aroma suave da água por um tempo antes de tomar um banho de verdade. Usando os dedos dos pés para mexer com o registro da água quente, mantive a temperatura no nível ideal enquanto esfregava a pele e lavava os cabelos. O banho foi demorado, mas finalmente meus dedos enrugados me convenceram a sair da banheira, observando que as bolhas de espuma eram então apenas uma fina película branca boiando na água. Deslizando para dentro do roupão de banho e enrolando o cabelo em uma toalha, aventurei-me a investigar as bancadas e as gavetas em busca de outros tesouros que pudessem estar escondidos naquele banheiro.


Três batidas cortantes contra a porta trancada me fizeram pular de surpresa:


— Gostaria de ver você aqui fora.


A voz profunda de Robin atravessou a espessa porta de madeira, suas palavras contendo um tom de comando que esperava ser obedecido.


Eu congelei, a tensão que eu tinha conseguido lavar durante o banho voltava de uma vez, como uma vingança. Uma rápida olhada ao redor do aposento ornamentado me fez perceber com crescente horror que eu não tinha roupa, além do roupão e da toalha; eu as tinha deixado no quarto ocupado pelo meu chefe.


Engolindo em seco, dei uma olhada para mim mesma no espelho. Meu rosto estava livre de toda a maquiagem, brilhante e limpo, mas completamente nu sem minha máscara habitual. Debaixo da toalha enrolada ao acaso em torno da cabeça, meu cabelo estava uma bagunça e ainda muito molhado para que pudesse ser penteado e escovado.


Eu não posso deixar que ele me veja assim, ele vai me chutar para fora do hotel!


Eu apressadamente puxei a toalha da cabeça e gritei “só um minuto”, para que ele não pensasse que eu o estava ignorando. Por que você se importa com o que ele possa estar pensando? Um lado racional de meu cérebro tentou perguntar isso enquanto eu me atrapalhava toda tentando arrumar o cabelo úmido e alisava as sobrancelhas que precisavam desesperadamente de um lápis... Você não quer ficar longe dele, afinal?


Talvez, mas eu gostaria pelo menos de ter uma aparência decente quando estivesse indo embora.


Deixando meus longos cabelos com alguma aparência de ordem e alisando o roupão, certificando-me de que a faixa na cintura estava amarrada de um jeito bem firme, caminhei até a porta. Fazendo uma pausa por um momento, dei uma última olhada no espelho para checar minha imagem – sério, você nunca foi vaidosa desse jeito antes! – e então destranquei a porta e saí para o quarto.


Robin estava do outro lado do quarto, perto de um pequeno carrinho de prata com alguns pratos cobertos por redomas. O leve aroma da comida flutuava até meu nariz, me enchendo a boca d’água. Ele levantou a vista enquanto eu me aproximava, seus olhos avaliando meu roupão e meus cabelos molhados.


— Gostou do banho?


Resisti ao impulso repentino de responder com sarcasmo, encolhendo os ombros ao dizer:


— Não é bem o que estou acostumada...


Seu olhar firme me deixou inquieta, como se tivesse me apanhado em uma mentira, o que exigiu um grande autocontrole para me manter quieta. Ele se virou e empurrou o carrinho até a mesa e, de repente, fui capaz de respirar de novo. Pare de permitir que ele a afete dessa maneira. Minhas respostas eram sempre uma bobagem atrás da outra, mas eu não conseguia evitar me sentir ameaçada, como se eu fosse a presa, e ele, o predador.


— Eu tenho algo para você.


Isso chamou minha atenção.


— O café da manhã? – Meus olhos pousaram sobre os pratos ao lado dele. Meu estômago roncou em antecipação.


— Daqui a pouco, talvez. – Ele se endireitou e me olhou fixamente nos olhos. – Tire o roupão e venha até aqui.


Tudo dentro de mim esfriou. Abracei o roupão que cobria meu corpo, tentando adiar o inevitável.


— Por quê?


Ele não disse nada, e eu olhei para cima a fim de ver se ele estava me observando. Não havia nenhuma emoção em seu olhar; naquilo que lhe dizia respeito, eu devia me despir e caminhar até ele simplesmente porque me ordenara a fazer isso. Por conta de ter assinado um documento dizendo que faria tudo o que ele mandasse. Naquela ocasião, eu achara que ele tinha me dado uma escolha, mas agora sentia como se tivesse sido empurrada a um estratagema cuidadosamente orquestrado. Aqueles adornos brilhantes ao meu redor não faziam nada para dissimular o que realmente eram: uma gaiola, projetada para me manter fora de equilíbrio e à sua mercê.


Finalmente, fiquei louca da vida.


— Por que eu? – Fiz um gesto que abrangia o quarto todo. – Para que tudo isso?


Ele inclinou a cabeça para o lado.


— Por que não você?


Ele estava devolvendo minhas perguntas e isso me irritou profundamente.


— Eu não era nada em sua vida, apenas um par de mãos para digitar seus dados, e então seria jogada na rua quando já não fosse mais útil. Então, por que estou aqui?


Seus lábios cerraram, ele não disse nada. Movendo-se através do quarto espaçoso em direção a uma grande mesa de mármore, ele pegou uma jarra de cristal e se serviu de um líquido âmbar, que despejou lentamente em um copo.


— Meu trabalho consiste de sair à procura de potencial – disse ele, agitando o líquido no copo enquanto me olhava friamente. — Consiste em encontrar negócios, empreendimentos que eu possa comprar ou patrocinar, arrumar e então vender para conseguir lucro.


— Então, o que eu sou, um projeto?


Um meneio de sua cabeça confirmou minhas suspeitas.


— Você era ambiciosa e inteligente quando estudante universitária, acostumada a certo tipo de existência. A vida a tratou com mão pesada, levou você ao ponto mais baixo que achou que seria possível. – Ele me saudou com o copo antes de tomar um gole da bebida. – Você nunca teria rejeitado a chance de voltar a ter as rédeas da própria vida, não importa quanto isso lhe custasse.


— Então me dê um emprego – retruquei, o sarcasmo pingando de minha língua. — Você não precisava me arrancar toda a dignidade, me fazer... O elevador, a garagem...


O golpe do copo de vidro na bandeja me surpreendeu e me arrancou de minha ira.


— Você embarcava no elevador todas as manhãs – disse Robin em voz baixa, olhando fixamente para a jarra de cristal. — Lançando-me aqueles olhares, chegando perto, mas nunca perto demais. – Seus olhos se encontraram com os meus, respirei fundo ao notar o fogo que residia lá. – Eu conhecia seu cheiro, sabia quando aquela necessidade rodava por todo seu corpo. Aqueles pequenos sorrisos secretos, sem saber o que estava se passando pela sua cabeça...


Minha respiração ficou suspensa quando ele parou de falar, os dedos apertando com força a parte superior do vidro branco. Eu não acredito em você.


— Eu não sou ninguém – retruquei, minhas próprias palavras atirando punhais em meu coração.


Sua mão livre apertou-se em um punho contra a perna rígida enquanto sua mandíbula se contraía, mas logo seu corpo relaxou. Aproximou-se de mim, e eu dei um passo atrás, tentando em vão manter meus últimos resquícios de ira como um escudo entre nós. Ficar tão perto dele era intimidante demais, e meu coração deu um salto dentro de meu peito enquanto eu olhava para o lado, incapaz de resistir por muito mais tempo.


Um dedo pousou debaixo de meu queixo e forçou minha cabeça para cima até eu ficar olhando para seu rosto, que continuava tão implacável como sempre, mas a voz era suave quando repetiu seu pedido anterior. Pedido, não. Ordem.


— Tire o roupão.


As palavras reverberaram pelo meu corpo, a proximidade daquele homem provocando coisas estranhas em minha mente, e de repente eu me vi obrigando minhas mãos a desatar a faixa do roupão de banho. O tecido macio deslizou por meus braços e caiu no piso, acumulando-se ao redor de meus calcanhares. Totalmente exposta a ele pela primeira vez, fechei os olhos enquanto ele certamente me avaliava, uma lágrima se espremendo entre meus cílios.


Quando Robin colocou os braços em volta de mim, fiquei rígida, mas suas mãos permaneceram nos meus ombros enquanto ele me girava.


— Quero que veja uma coisa – disse ele e, quando percebeu que eu não abri os olhos, insistiu: – Olhe.


Havia um grande espelho ovalado diante de mim, e eu me encolhi com a visão de meu reflexo.


— O que você está vendo? – perguntou ele.


Eu via uma barriga flácida, coxas e quadris largos, seios que precisavam de um sutiã para manter uma boa aparência.


— Eu – respondi.


Sempre fui minha pior crítica: meu cabelo escuro estava muito capenga depois daquele extenso voo cruzando o oceano. Nunca em minha vida me senti confortável completamente nua, e naquele momento, certamente, não seria exceção. Olhar-me no espelho se mostrou tão difícil quanto a comparação com a beleza masculina de Robin. Minha normalidade me deixava infeliz.


Notei que ele franzia a testa ao olhar para o espelho.


— Você sabe o que eu estou vendo? – perguntou, inclinando a cabeça para estudar meu reflexo com mais cuidado. — Eu vejo um rosto bonito – murmurou, passando um dedo pelas linhas de meu rosto e ao longo de meu pescoço. — Vejo pele suave, as curvas certas. – Ele se inclinou até perto de minha cabeça e respirou fundo. — Também tem um cheiro gostoso, bom o suficiente para comer – acrescentou, suas palavras quase um rosnado.


Minha respiração ficou presa, suas palavras fazendo meu ventre se contrair. Uma grande mão cobriu meu peito, com os dedos beliscando um mamilo. Dessa vez ofeguei em voz alta. Ele pressionou a mão em meu ombro enquanto a outra circulava pelo meu seio e descia roçando meu ventre, deixando um rastro de fogo por onde passava.


— Tão bonita – murmurou Robin, e minha cabeça caiu para trás sobre seu ombro enquanto a mão espalmava sobre meu quadril, os dedos escavando profundamente minha pele. Eu vi o reflexo dele no espelho, meu batimento cardíaco soando forte em meus ouvidos, enquanto sua mão alisava meu monte púbico, sem descer mais baixo, mas sentindo sua forma.


Abruptamente ele se afastou e me deixou ir, deixando-me confusa e totalmente fora de equilíbrio.


— Não se mova – disse ele, sua voz um chicote, e eu congelei.


Minha obediência instintiva me perturbou, mas eu fiquei de pé, enquanto Robin pegava a caixa que eu o tinha visto carregar no lobby do hotel e entregava-a para mim.


— Eu ia guardar isso para mais tarde – disse ele –, mas agora é um momento melhor.


Desconfiada, peguei o pacote e o abri, tirando o papel de seda. Meus olhos se arregalaram enquanto eu corria um dedo ao longo de um par de meia-calça de náilon e, por baixo delas, as tiras de cetim de um espartilho branco. Sem palavras, olhei para ele e depois de volta para o conteúdo da caixa, sem ter muita certeza de como responder àquilo.


Robin pegou suavemente a caixa de minhas mãos quando fiquei sem reação por alguns segundos.


— Vire-se – ordenou.


Eu fiz o que ele disse. Robin então retirou os diminutos artigos da caixa e logo, para minha surpresa, começou a me vestir. Em primeiro lugar, o espartilho branco, que ele atou por trás de mim, cobrindo meus seios e meu ventre, com tiras que pendiam sobre minhas coxas. Entrei em uma calcinha minúscula, e então na meia-calça que subiu pelas pernas e que ele prendeu às tiras do espartilho. Havia algo de extremamente sensual em tudo aquilo, apesar do comportamento profissional que ele adotou o tempo todo. Eu nunca em minha vida vestira lingerie daquela maneira, certamente não para um homem, e aquilo foi uma experiência bastante interessante.


Quando terminou, ele me pegou pelos ombros e me girou, de forma que fiquei de frente para o espelho novamente.


— E agora, o que você está vendo? – perguntou, inclinando-se perto de meu ouvido.


Pisquei meio descontroladamente. Uau, então é assim que você fica com essas lingeries elaboradas... O tecido branco conseguiu esconder o que eu sempre odiei e acentuar aquilo que nunca me dera conta que possuía. Minhas mãos percorreram minha cintura, desceram ligeiramente pelas cintas ao longo de minha coluna e correram pelos meus quadris, os dedos alisando as tiras que prendiam as meias às pernas. O conjunto todo não era demasiado restritivo, mas o suficientemente apertado para empurrar algumas partes para dentro e puxar outras partes para cima, a saber, o meu peito, que eu nunca considerei particularmente expressivo. Agora sim vocês estão bem, pensei, deslizando os dedos sobre cada um dos seios firmes.


Lembrando de repente que ele havia feito uma pergunta, eu limpei a garganta para dar a resposta, mas não sabia o que dizer. Cruzei os olhos com os dele no espelho e ele acenou com a cabeça, obviamente vendo minha resposta neles.


— Fico feliz que tenhamos nos entendido olho no olho – murmurou, passando as mãos em meus braços e subindo até os ombros. — Agora que já resolvemos isso...


Uma mão retorceu meu cabelo e minha cabeça foi puxada para trás. Deixei escapar um pequeno grito, minha mão cobrindo a dele por causa da surpresa quando olhei para Robin. Seu rosto tinha ficado impenetrável como granito, os olhos de um verde intenso, mas a voz estava suave como seda:


— Não gosto de ser contrariado. Quando eu disser para você fazer alguma coisa, espero que seja feita imediatamente ou haverá consequências. – A mão no meu cabelo se apertou. – De joelhos.


 


 



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Autor(a): thaystirling

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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