Fanfic: Desejo Proibido - Vondy | Tema: Hot,vondy,policial
Quando Christopher era um adolescente teimoso, arrogante e agressivo, ele curtia ter tal reputação. Agora, a animação e o entusiasmo haviam minguado. Tribunais,centros de detenção e prisões não eram mais novidade e ele estava ficando entediado com a justiça como um todo. Se não mudasse as próprias merdas,passaria dos 30 tentando imaginar o que tinha acontecido com sua vida.
Sebastian pigarreou.
– Você teve alguma visita recentemente?
– Christian veio na semana passada. Poncho vai vir na segunda.
– Christopher – suspirou Sebastian, tirando os óculos – Você precisa tomar cuidado com o Poncho... Ele não é bom para você.
Indignado, Christopher bateu a mão na mesa.
– Você acha que tem o direito de falar uma merda dessas?
Christopher sabia que Sebastian considerava Alfonso Herrera uma doença, infectando todo mundo à sua volta com seus problemas com drogas, seu longo histórico criminal e sua habilidade de afundar os amigos na merda,o fato de Christopher estar em Arthur Kill era um desses casos. Mas Christopher devia muito a Poncho.
Estar na prisão era simplesmente quitar uma dívida, e ele faria de novo sem pestanejar.
– Não – abrandou Sebastian. – Não é isso que acho, de jeito nenhum...
– Então, ótimo – interrompeu Christopher. – Porque você não tem a menor ideia do que o Poncho passou, do que ele ainda passa. A menor ideia!
Ele deu uma tragada longa no cigarro, encarando Sebastian por cima da brasa.
– Sei que ele é seu melhor amigo – disse Sebastian após um momento de silêncio tenso.
– Sim – concordou Christopher com um aceno firme de cabeça. – Ele é.
E pelo que Ucker tinha ouvido dos caras que tinham vindo visitá-lo,Poncho precisava dele agora mais do que nunca.
(...)
Mesmo quando Dulce Saviñon estava dormindo, o mundo à sua volta era sombrio e opressor, enchendo seus sonhos de medo. Suas mãos pequenas agarraram os lençóis, torcendo-os em desespero. Seus olhos fechados se estreitaram e seus pés começaram a se mexer enquanto dormia, à medida que ela se percebia correndo, apavorada, por uma viela escura.
Um gemido saiu de sua garganta, enquanto via as imagens ininterruptas daquela noite quase dezesseis anos atrás.
– Por favor – choramingou ela no escuro.
Mas ninguém viria para salvá-la dos cinco homens sem rosto que a perseguiam. Ela se ergueu com um grito, suando e sem ar. Seus olhos percorreram o quarto escuro antes de perceberem onde estavam; ela os fechou e colocou as mãos no rosto. Com a garganta dolorida, suspirou, secou as lágrimas e tentou se acalmar, respirando longa e lentamente.
Tinha acordado assim todos os dias nas últimas duas semanas, e a dor que a atingia cada vez que ela abria os olhos era familiar demais. Ela balançou a cabeça, exausta.
A médica advertira que não parasse de tomar os comprimidos para dormir de uma vez só, mas que diminuísse a dose gradativamente. Dulce tinha ignorado o conselho dela, determinada a conseguir passar uma noite sem o auxílio de remédios. Parecia que sua determinação tinha se esgotado. Ela bateu com o punho no colchão, frustrada, e então acendeu o abajur na mesa de cabeceira.
Mas a luz não amenizou o medo e o completo desamparo que os pesadelos traziam.
Com um suspiro de derrota, ela se levantou e foi até o banheiro, piscando por causa das luzes ofuscantes. Deu uma olhada em seu reflexo no espelho e franziu a testa. Jesus, ela aparentava ter muito mais que 24 anos. Seu rosto parecia cansado; os olhos entorpecidos e sem vida. Ela passou os dedos pelas olheiras em torno deles, depois correu a mão pelo cabelo. Em vez do ruivo volumoso de costume, estava fraco e seco, pouco abaixo dos ombros.
Sua mãe falara que ela havia perdido peso, mas Dulce tinha ignorado aquelas palavras. Ela sempre tinha que fazer algum comentário.
Dul não era nem um pouco magricela,sempre foi mais curvilínea do que pele e osso, mas suas calças jeans tamanho 38 realmente andavam mais largas nos últimos tempos.
Ela abriu o armário e pegou um frasco de comprimidos. Ansiava pela noite em que não precisaria depender de remédios para dormir. Não que os comprimidos ajudassem muito; eles apenas entorpeciam uma dor que nunca desapareceria. Depois de tomar duas pílulas roxas, ela se arrastou pelo piso de madeira de volta para a cama.
Dulce tinha percebido havia muito tempo que não existia sono profundo o suficiente para escapar dos pesadelos. Estavam enraizados, eram parte dela; nunca conseguiria se livrar deles. Sabia que nenhuma pílula ou terapia jamais apagaria a escuridão e a dor dentro de si. Ela havia se tornado uma mulher impetuosa e de personalidade forte. Era uma maneira segura de manter outras pessoas a distância, escondendo seu desespero e seu medo por trás da sagacidade e de uma língua afiada.
Ela afundou nos travesseiros de penas. Será que algum dia tudo aquilo ficaria mais fácil?
Dulce não sabia. Só conseguia se concentrar no fato de que o nascer do sol significaria um novo dia, mais um para se distanciar de seu passado.
Autor(a): alinepiccinini
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Na manhã seguinte, Dulce entrou em seu carro, estacionado do lado de fora do seu prédio. Os pesadelos sempre a deixavam triste e tensa, pensando em por que diabos tinha aceitado um emprego para dar aulas em uma prisão. Quando começara a dar essas aulas, havia pouco mais de um mês, os pesadelos voltaram e os conflitos com sua mãe ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 8
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
vondyanny Postado em 04/04/2016 - 17:41:24
Ucker é Babado Tiroteio e Confusão KKKK' CONTINUA *-*
-
candydm Postado em 01/04/2016 - 23:26:38
To amando, e estou louca pra ver o encontro delesss, posta mais porfaa!
-
vondyanny Postado em 30/03/2016 - 16:30:46
*-* Continua <3
-
anapoliveirar Postado em 30/03/2016 - 09:24:48
Muito boaaaa! Continua *-*
-
jessica Postado em 30/03/2016 - 08:26:22
Continuaaaa to adorando sua fanf
-
kahrodrigues Postado em 29/03/2016 - 22:53:47
Continuaa!!!
-
isauckermann Postado em 29/03/2016 - 22:19:16
agora começei a entender continua
-
Dulce Perroni Postado em 28/03/2016 - 01:52:45
Continua pleasse