Fanfics Brasil - Capítulo 004 Desejo Proibido - Vondy

Fanfic: Desejo Proibido - Vondy | Tema: Hot,vondy,policial


Capítulo: Capítulo 004

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– Você não tem dormido bem, né?


Ben, um dos amigos mais próximos e mais irritantemente observadores de Dulce, sorriu meio triste enquanto o garçom colocava um expresso triplo diante dela.Apesar dos inúmeros bocejos que ela conteve durante todo o jantar, Dulce sabia que estava um caco. Nem mesmo sua maquiagem Estée Lauder conseguia esconder o cansaço em torno de seus olhos. Além disso, ele a conhecia havia seis anos e nada passava despercebido por ele.


– Eu tentei – respondeu ela, sacudindo um pacotinho de adoçante.


– Ainda está tendo pesadelos? – perguntou Maite, do lado esquerdo de Dulce.


May e Dul eram amigas desde o ensino médio, e, embora Maite tivesse retornado a Nova York havia apenas alguns meses, depois de passar quatro anos dando aulas no Texas, elas tinham retomado facilmente sua amizade.


Era bom tê-la por perto de novo, completando o trio de amigos, apesar de a preocupação dos dois ser um tanto sacal. Dulce sabia que ambos tinham boas intenções, mas isso, somado à inquietação da mãe em relação ao seu trabalho,estava se tornando exaustivo.


Ben meneou a cabeça.


– Você sabe que pode me ligar a hora que quiser.


Como irmãos protetores, ele e Maite se ofereciam para passar a noite com Dulce quando os pesadelos atacavam ou colocavam uma cama à disposição dela em suas casas; mas ela sempre recusava.


– E acordar você? – perguntou Dul, erguendo os ombros. – Por que eu ligaria para você?


– Porque somos seus amigos e nos preocupamos com você – respondeu Maite antes de enfiar uma grande colherada de crème brûlée na boca.


– Ainda mais com esse emprego – complementou Ben.


Maite o encarou.


– Não comece.


Ben ergueu as mãos.


– Quem está começando?


Dulce girou a colher dentro de sua xícara.


– Esse emprego...


– É importante para você, nós sabemos – interrompeu Maite. Ela estava um pouco mais perspicaz do que no ensino médio, mas os olhos pretos e o cabelo preto de corte maluco mostravam que ela ainda era a mesma menina que Dulce conhecia havia anos. – Mas nos preocupamos mesmo assim.


Ben colocou a mão sobre a de Dul.


– Você tem muita coisa pela frente nos próximos meses.


Dulce baixou os olhos e fitou a mesa.


– O aniversário da morte do seu pai não está longe. Só saiba que eu estou aqui, ok?E que nós amamos você.


– Eu amo você! – Maite sorriu. – Apesar de o William ter me comprado uma aliança, você sabe que sempre vai ser minha número um.


Ela agitou o dedo no qual trazia aquele anel de noivado com um diamante quadrado maravilhoso.


Dulce tentou sorrir.


– Eu sei. Obrigada, vocês dois.


Ben ofereceu seus serviços:


– E lembre-se: sou advogado. Se qualquer um naquele lugar atazanar sua vida, estou à sua disposição. Você sabe que eu conseguiria descobrir os podres do papa se você precisasse.


Ben e Dulce riram. Aquilo provavelmente era verdade. Ben ganhara muitas de suas causas através de favores e determinação ferrenha, investigando sujeiras a fundo. Farejava escândalos e extorsões como um cão de caça.


– Ei, sua mãe ligou? – perguntou Maite.


Dulce suspirou fundo.


– Três vezes só na noite passada.


May ergueu a sobrancelha.


– Ela ligou para mim também. Está preocupada, só isso.


Dul sussurrou sarcasticamente.


– Olha, eu sei que você joga no time da minha mãe...


– Não jogo no time de ninguém – retrucou May. – Eu apenas entendo seus motivos. Deve ser difícil para ela.


Dul se irritou.


– Difícil para ela? Ela está no meu pé desde que eu aceitei essa porcaria de emprego. “Não é seguro.” – Ela imitou o tom de voz da mãe. – “Você está colocando sua vida em risco trabalhando com aqueles animais”, blá-blá-blá. – Seusombros se curvaram. – Por que ela não pode me apoiar?


– As intenções dela são boas. Ela vai superar.


– Claro – respondeu Dul, nem um pouco convencida.


 


(...)


 


Christopher acordou; tinha dormido bem. Talvez tivesse se esgotado de ter aprontado para cima de Anthony Ward. Sorriu. Aquele babaca não tinha a menor ideia de com quem estava lidando.


Ele tinha que permanecer na cela até as quatro,faltavam duas horas,quando seu castigo de 24 horas acabaria. Por ter empurrado uma cadeira contra a parede. Que merda.


Talvez ele tivesse empurrado com mais força do que deveria, mas o professor de filosofia com certeza tinha exagerado. E o Ward? Bom, ele conhecia todos os calos de Christopher para pisar.


Sebastian logo chegou com uma visita reagendada de Poncho e uma expressão de decepção no rosto, o que fez com que o estômago de Christopher revirasse. Ele apreciava o gesto de Sebastian, considerando o que ele pensava de Poncho, e,novamente, se repreendeu por ter agido como um babaca com seu conselheiro.


Às vezes ele não conseguia ficar de boca fechada.


– Então, suponho que você não tenha gostado de filosofia? – perguntou Sebastian com um sorrisinho. – Não se deu bem com o Aristóteles, é?


– Não muito.


Sebastian assentiu com a cabeça e coçou a nuca.


– Por falar nisso, valeu por toda aquela confusão com o Anthony Ward. Fico lhe devendo uma.


– Quanto a isso – murmurou Christopher da cama. – Foi mal.


Era o mais próximo de uma desculpa que Sebastian conseguiria.


– Sim, foi mesmo – concordou Sebas. – Caramba, Christopher, você é melhor que isso.


Ucker suspirou desanimado e puxou os joelhos até o peito.


– O cara estava falando merda, S. Ele mereceu.


– Bem, qualquer que tenha sido o motivo, você tem muitas coisas para se redimir.


– Ah, é? – ironizou Ucker.


– Sim – respondeu Sebastian, enfático. – Inscrevi você nas aulas de literatura. Sei que gosta de ler. – Ele apontou para as prateleiras do lado direito da cela, repletas de livros surrados e cheios de dobras nos cantos das páginas. – E a professora é mulher, então talvez não haja tanta hostilidade.


– Hostilidade?


– Você sabe o que quero dizer – respondeu Sebastian secamente. – Você prometeu que ia tentar, então prove para mim que vai mesmo. Eu tive que bajular aquele filho da pu... – Ele deu uma olhada para o oficial que estava parado a meio metro de distância. – Tive que ter uma conversa amigável com o Ward para dar a você mais uma chance. Não me diga que perdi meu tempo.


Ucker se inclinou para a frente, passando a mão pelos cabelos.


Estava num beco sem saída. Não era só o pescoço de Sebastian que estava na reta do Ward, mas o dele também. Não tinha nada que quisesse mais do que espancar aquele panaca arrogante com seu livro de “regras”, mas não podia decepcionar Sebastian novamente. Ele estava estressado, frustrado.


– Você vai se sair bem – disse Sebastian em voz baixa, dando um passo em sua direção.


O guarda atrás dele se mexeu também.


– É – murmurou Ucker. – Vamos ver, né?


Mesmo após todo aquele tempo dormindo, a fadiga começou a tomar conta dele silenciosamente.


As paredes tinham começado e se fechar aos poucos, tornando sua cabeça pesada. Vinte e duas horas trancafiado em uma sala faziam isso com a pessoa.


Até mesmo com ele.


– Amanhã de manhã – disse Sebastian com um aceno encorajador de cabeça. – A professora é a Srta.Saviñon. Ela é muito boa. Só tente ser... Só tente, está bem?


– Está bem. – Ucker ergueu três dedos. – Palavra de escoteiro.


Sebastian sorriu.


– E, só para garantir, me certifiquei de que todas as cadeiras da sala de aula foram pregadas no chão.


Ucker riu alto.


– Bem pensado, S. – gritou ele antes de o guarda bater a porta da cela,deixando-o sozinho novamente.


As últimas duas horas do castigo se passaram em ritmo de lesma, e Ucker quase derrubou o guarda no chão quando ele finalmente abriu a porta. Ele esticou os braços para trás, estalou o pescoço e correu em direção ao pátio.


– E aí, Ucker?


A voz estrondosa de Riley Moore atravessou a quadra de basquete.


Ucker sorriu.


– Moore – respondeu ele, andando em direção ao grandalhão.


– Onde cê tava? – perguntou Moore com um tapa no ombro de Ucker. – Senti falta dessa sua cara sacana.


– Me dê um cigarro e eu conto tudo.


Riley pegou um cigarro no bolso e riscou um fósforo para Ucker. Eles seguiram até uma pequena área com bancos no fundo da quadra.


– Vazem! – rosnou Riley.


Ucker soltou uma risadinha quando os dois novatos que estavam sentados no lugar deles se dispersaram como folhas ao vento. Ele se sentou, fechando os olhos por conta do sol que o castigava, deixando a fumaça escapar por entre seus lábios.


– Então, o que rolou? Tava tocando uma em algum lugar desde ontem? – Riley riu e acendeu um cigarro.


– Quem me dera – respondeu Ucker, observando o jogo de basquete na quadra. – Não, foi o Ward.


brincando – murmurou Riley, meneando a cabeça.


– Tive um leve desentendimento com um dos nossos professores e ele me pôs de castigo por 24 horas.


Tamo junto, parceiro. – Riley fechou o punho e bateu de leve no de Ucker.


Eles se conheciam havia anos, tanto dentro quanto fora de Arthur Kill. Se Ucker precisasse dele, ele estaria lá.


Ambos se viraram quando ouviram uma série de assobios e cantadas vindos da quadra.


Riley soltou uma risadinha.


– Por falar em professores... – disse ele, erguendo uma sobrancelha.


Ucker seguiu os olhos dele pelo gradil e avistou uma mulher ruiva com a bu/nda mais gostosa que ele já tinha visto. Deliciosamente embrulhada em uma saia preta até o joelho, ela atravessou o estacionamento em direção a um belo Lexus esportivo. Suas pernas lindas desapareciam em sapatos de salto pretos que,do ponto de vista de Ucker, eram de causar uma ere/ção.


– Quem é aquela? – perguntou ele, tentando esconder o fato de que estava quase quebrando o pescoço para ver além dos outros detentos, que se amontoavam no gradil como crianças em um zoológico.


– Aquela é a Srta. Saviñon – respondeu Riley, debruçando para trás, sobre os cotovelos. – Minha professora de literatura. Ela é legal, na verdade.


Ucker soltou uma risadinha.


– Bem, ao menos esse é um ponto positivo.


Ele apagou o cigarro no banco.


– O quê? – Riley franziu a testa, confuso.


Ucker gesticulou na direção do carro que tinha desaparecido.


– A professora é um ponto positivo de estudar literatura.


Riley deu um sorriso.


– Vai estudar literatura também?


– Vou – respondeu Ucker, revirando os olhos. – Sebastian quer que eu prove para


os superiores que posso “melhorar”. Alguma porcaria relacionada a ajudar a antecipar minha liberdade condicional.Não tenho muitas esperanças disso.


– Me parece uma bosta.


– Concordo – respondeu Ucker, recostando-se e erguendo o rosto para o sol escaldante.


 


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Autor(a): alinepiccinini

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



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  • vondyanny Postado em 04/04/2016 - 17:41:24

    Ucker é Babado Tiroteio e Confusão KKKK' CONTINUA *-*

  • candydm Postado em 01/04/2016 - 23:26:38

    To amando, e estou louca pra ver o encontro delesss, posta mais porfaa!

  • vondyanny Postado em 30/03/2016 - 16:30:46

    *-* Continua <3

  • anapoliveirar Postado em 30/03/2016 - 09:24:48

    Muito boaaaa! Continua *-*

  • jessica Postado em 30/03/2016 - 08:26:22

    Continuaaaa to adorando sua fanf

  • kahrodrigues Postado em 29/03/2016 - 22:53:47

    Continuaa!!!

  • isauckermann Postado em 29/03/2016 - 22:19:16

    agora começei a entender continua

  • Dulce Perroni Postado em 28/03/2016 - 01:52:45

    Continua pleasse


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