Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

- Eu compartilho Chris.

- Não as coisas pesadas. Você tem que parar de ser altruísta! É difícil, mas eu me casei com uma mulher igual à sua e tive que aprender a compartilhar as coisas com a Angelique. Às vezes demonstração de força não é você ir lá e carregar tudo sozinho, mas deixar que outra pessoa te ajude. Sua esposa quer ser essa pessoa na sua vida. Não a trate como se ela não fosse capaz disso. Se continuar agindo assim, você vai perde-la.

Suspirei abaixando a cabeça.

- Não quero perdê-la Chris, não quero estragar nosso casamento. Me diz o que eu faço pra ela perdoar minhas burradas. - o encarei desesperado.

- Eu sei que você é capaz de fazer qualquer coisa por ela. Então comece a contar as coisas, se seguir esse caminho você vai deixar de fazer burradas e ela vai te perdoar. Para de carregar o fardo sozinho.

- Eu vou fazer isso! - assenti e de repente fui tomado por um medo terrível. - Espera! Você não acha que é tarde demais né? Eu ainda consigo concertar as coisas, não consigo?

- Pra sua sorte você está casado com uma mulher que te ama de todo coração. E essa mesma mulher tem um coração enorme e vai acabar te perdoando. - sorriu.

- Obrigado Chris. - suspirei aliviado. - Às vezes você é um pé no saco, mas não sei o que faria sem você.

- Que bom que você sabe. - sorriu com ironia. - Agora se me permite te dar um último conselho, ao invés de ficar andando de um lado pro outro como um leão enjaulado, comece a pensar em algo bem bonito pra fazer pra sua esposa, pra que você possa começar a ganhar o perdão dela.

- Tem razão! Preciso pensar em alguma coisa pra surpreendê-la quando ela voltar. - passei a mão pelos cabelos, queria fazer algo à altura dela.

Anahí

Angelique apertou minha mão e sorriu em solidariedade. Estávamos em uma confeitaria perto de casa.

- Eu precisava sair, inventei que tinha que trabalhar apenas pra poder ficar um pouco longe, ver se eu esfrio a cabeça. Não queria falar algo que pudesse me arrepender depois. Obrigada por ter vindo. - sorri.

- Quando Poncho ligou pro Chris, imaginei que as coisas não tinha acabado bem entre vocês.

- Você acha que eu to pedindo muito do Poncho?

- Não, é que pra ele é complicado. Alfonso sempre foi acostumado a fazer tudo sozinho e quando se apaixonou por você enfiou na cabeça que precisa te proteger. É como um pai super protetor.

- Mas eu não sou uma criancinha indefesa. Achei que depois daquele lance em Juarez ele tivesse entendido isso. Eu tento compreendê-lo sabe? Eu imagino o que esteja passando na cabeça dele agora, entendi porque ele não me falou dos relatórios do Felipe, mas to cansada de ficar às cegas, de ter que ficar tentando adivinhar o que ta acontecendo. Se ele tivesse se aberto comigo não teria se esquecido do nosso aniversário.

- Eu sei e não sei mais o que te dizer. Acho que o Chris já deve ter perdido a paciência com o Alfonso também. Mas eu acho que o que aconteceu hoje, vai fazer ele abrir os olhos.

- Eu não sei! - suspirei.

- Alfonso pode ser cabeça dura, mas ele morreria por você. Se ele acreditar que pode te perder, tenho certeza que vai se esforçar e vai começar a se comunicar com você. - ela sorriu e forcei um sorriso de volta.

A garçonete apareceu interrompendo nossa conversa e trouxe os dois pedaços de bolo que eu e Angelique havíamos pedido. O bolo era todo feito de chocolate. A cobertura, o recheio e raspas em cima do bolo eram de chocolate branco. Angelique sorriu devorando o bolo com os olhos antes de atacá-lo.

Sorrindo peguei um pedaço generoso do bolo com o garfo. O gosto ao contrário da aparência não estava muito bom. Meu estômago revirou e tive que me esforçar pra engolir tudo ao invés de botar pra fora.

- O que foi? - Angelique me encarou.

Tomei um gole do suco de laranja que não ajudou meu estômago a se sentir melhor.

- Esse bolo não ta bom não.

- Como não? Ta uma delícia! - ela piscou pasma.

- Pode ficar com o meu então! - empurrei meu pires pra longe. - Nossa até o cheiro dele ta começando a me enjoar! - fiz uma careta e me encostei na cadeira.

Tomei mais um gole do suco e respirei fundo. O cheiro da laranja pareceu bloquear o cheiro enjoativo do chocolate e comecei a me sentir melhor. Angelique me olhou desconfiada, mas continuou comendo.

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