Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

OIEEEEEEEEEEE AMORES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! SAUDADES!!!!!!!!

Alfonso

Acordei na manhã seguinte e suspirei ao ver Anahí dormindo de costas pra mim. Estava acostumado a acordar abraçado à ela, mas na noite passada fui obrigado a me contentar em dormir na mesma cama que ela. Estava me perguntando quando ela iria me perdoar.

Mesmo com receio de que ela ficasse brava comigo, me aproximei e acariciei seus cabelos. O dia de hoje prometia ser turbulento. Sem resistir beijei seu ombro, Anahí se mexeu acordando.

Foi duro ver a cara de espanto com a qual ela me olhou ao se afastar da cama.

- Desculpa não queria te assustar.

- Tudo bem! - ela mexeu nos cabelos e saiu da cama.

- Você quer ir no hospital agora de manhã ou quer deixar pra ir mais tarde?

- Acho que eu prefiro ir agora, só me dá um tempo pra eu poder tomar banho.

- Ok, vou preparar alguma coisa pro nosso café da manhã.

Anahí assentiu e deu as costas indo pro banheiro. Suspirei fechando os olhos.

[...] - Amor! - a voz dela ecoo do segundo andar.

Seus pés descalços batiam contra os degraus conforme ela descia. Sorri ao vê-la enrolada em uma toalha. Se não tivéssemos um compromisso provavelmente eu a carregaria pro quarto e arrancaria aquela toalha.

- Você viu aquele meu par de sapatos pretos? Eu não acho em lugar nenhum.

- Meu amor, você tem vários pares de sapatos pretos.

- Aquele com o salto vermelho que você adora. - respondeu afastando o cabelo do rosto com uma mão, com a outra ela segurava a toalha.

- No escritório, esqueceu? - sorri com malícia, lembrando da nossa brincadeira na noite passada.

- Ah é! - ela sorriu, estreitou os olhos e rumou pro escritório.

- Any espera! - corri atrás dela. - Deixa que eu pego e levo lá em cima pra você.

- Não, eu preciso ver se eles vão combinar com o vestido que eu separei.

Anahí abriu a porta do escritório. Tarde demais. Christian se virou quando a porta abriu dando de cara com minha esposa só de toalha. Anahí arregalou os olhos.

- Caramba! O Krav Maga e a academia estão mesmo surtindo efeito. - meu amigo elogiou encarando as pernas de minha esposa, realmente elas estavam maiores e mais torneadas.

Atravessei o escritório e fui até Christian.

- Hei tira o olho que aqui não é seu departamento. - empurrei seus ombros e o fiz virar de costas.

Com a cabeça apontei o canto do escritório onde estavam os sapatos que minha esposa queria.

- Obrigada! - ela correu até eles e os pegou. - Desculpem!

- Tudo bem! - mandei um beijo pra ela.

Anahí me assoprou um beijo, antes de dar as costas e sair correndo.

- Posso me virar agora? - Christian perguntou.

- Pode! - respondi rindo. [...]

Sorri voltando ao presente me lembrando daquele fim de tarde e que minha esposa ficou uma semana sem conseguir encarar Christian nos olhos. Meu amigo levou tudo na brincadeira, foi Any quem ficou envergonhada pelos dois.

Suspirando e sentindo uma falta enorme de climas descontraídos como aquele me levantei e fui pra cozinha.

Anahí

Sai do banho e agradeci por Alfonso não estar no quarto. Não que eu não quisesse ficar perto dele, mas o lance do assassino de sua mãe e o fato de ter esquecido nosso aniversário de casamento ainda me magoavam muito. Eu precisava de tempo pra pensar melhor em tudo isso, pra tentar entender por que, de alguma forma, Alfonso ainda achava que não podia dividir seus fardos comigo.

Poxa ele fez tanta coisa por mim, porque eu não podia compensá-lo sendo, não só sua esposa, mas alguém com quem ele poderia contar e confiar incondicionalmente. Eu não estava pedindo nada demais.

Quando entrei na cozinha, Rique veio na minha direção. Me inclinei e acariciei sua cabeça, meus olhos focados em Alfonso que estava de costas pra mim. Encarei as asas tatuadas em suas costas se mexerem conforme seus músculos se tencionavam. Tive que cerrar os punhos para não percorre-las com as pontas das unhas, ou abraça-lo por trás e enche-las de beijos como fiz inúmeras vezes.

Rique latiu exigindo atenção e denunciando minha presença, Alfonso se virou e forçou um sorriso.

- Fiz pão na chapa com manteiga, do jeito que você gosta. - colocou os pratos na mesa. - É melhor comer logo antes que esfrie.

- Obrigada! - forcei um sorriso.

Os músculos do abdômen e do peito dele se tencionaram quando ele virou de lado e abriu o armário. Quando ergueu os braços pra pegar os copos consegui ver nitidamente a escrita feita do lado esquerdo, sobre sua costela. Sua segunda tatuagem, a que ele havia feito pra mim, na semana em que nos casamos.

”Meu coração, meu corpo e a alma que aqui habita pertencem a minha amada”.

Pisquei abaixando a cabeça. Alfonso fechou o armário e puxou a cadeira.

- Senta! - apontou a cadeira vazia na sua frente.

Eu não deveria me sentir envergonhada na frente do homem que era meu marido há três anos, com quem eu me relacionava a quase quatro, mas era assim que eu estava me sentindo.

Tinha dormido mal durante a noite, já havíamos brigado inúmeras vezes nesses três anos, mas foi a primeira vez que dormimos um de costas pro outro e a sensação foi horrível. Estava acostumada a dormir abraçada com ele ou próxima o suficiente pra sentir o calor dele. Nunca havíamos passado a noite toda de costas um pro outro. Ao mesmo tempo em que eu queria acabar com aquela distância, eu sabia que talvez continuar com ela fosse bom pro nosso relacionamento. Alfonso precisava entender de uma vez por todas que podia e tinha que confiar em mim plenamente. Eu não queria um marido que me tratasse como uma criança.

- Você está quieta.

Levantei os olhos do copo de suco e peguei Alfonso me encarando intensamente.

- Estou pensando na visita que vamos fazer. - menti.

- Não precisa se preocupar com isso.

Forcei um sorriso e assenti, obrigando-me a continuar comendo. Quando terminou de comer Alfonso subiu até o segundo andar da casa. Respirei fundo quando fiquei sozinha na cozinha. Rique resmungou e sentou ao meu lado. Acho que até ele percebia que alguma estava errada.

Acariciei o pelo de sua cabeça, sentindo minha garganta se fechar cada vez mais. Perdi a fome e me levantei.