Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso
O motorista nos esperava quando Alfonso e eu saímos do prédio. Fiquei o caminho todo em silêncio, olhando a rua enquanto Alfonso fazia alguma coisa em seu celular.
Quando o carro estacionou, a porta se abriu e desci. Vista de fora, a penitência psiquiátrica onde Felipe estava internado parecia um hospital. Havia um prédio todo pintado de branco, à frente dele um jardim com uma entrada de pedra. O muro era todo entalhado de pedra e pintado de marrom. Alfonso apertou o botão do interfone, trocou duas palavras com a pessoa do outro lado e os portões brancos de ferro se abriram.
De repente pensar em entrar naquele lugar e rever o assassino do meu pai começou a me fazer mal.
- Você está bem? - Alfonso me encarou.
- Sim, eu só estou um pouco nervosa com toda essa situação. - respirei fundo.
- Vamos entrar e acabar com isso de uma vez. - ele me estendeu a mão.
Peguei na mão dele e sem resistir o abracei. Como ele era bem mais alto e eu não estava usando salto, Alfonso conseguiu apoiar seu queixo no alto da minha cabeça. Com um suspirou ele me abraçou com força.
Fechei os olhos encontrando nele as forças que eu precisava pra seguir com aquilo. Eu estava com medo do que aquele reencontro ia causar em mim, não queria reviver aquela dor e a raiva de novo. Nada faria meu pai ou Lionel regressar, eu só queria seguir em frente e guardar apenas as lembranças boas.
Lembrei da noite do assassinato do meu pai e eu entrando na cozinha toda feliz, após o nascimento dos meus irmãos e me deparando com todo aquele sangue e Lionel morto. Lembrei do grito que eu dei, a dor queimando dentro de mim naquele dia, voltando com tudo outra vez.
Estremeci e quando dei por mim estava chorando de soluçar, minhas mãos agarravam a camisa de Alfonso. Ele ficou em silêncio, apenas me abraçando com força, acariciando meus cabelos.
Não conseguia entender o que estava dando em mim pra chorar daquele jeito. Provavelmente minha briga com Alfonso, a distância entre a gente e essa situação estava acabando com meus nervos.
Alfonso me afastou pra poder segurar meu rosto entre as mãos, enxugou minhas lágrimas e trouxe meu rosto pra perto. Quando vi que ele ia me beijar, virei o rosto, mesmo desejando aquele beijo.
- Any...
Envolvendo um braço em torno da minha cintura ele me trouxe pra perto. Com a outra mão ergueu meu queixo. Encarei seus olhos e fechei os meus, não consegui mais resistir.
No começo o beijo foi apenas um toque suave de sua boca contra a minha. Suspirei entreabrindo os lábios, a deixa perfeita para a língua de Alfonso invadir minha boca. Minhas mãos subiram, acariciando suas costas e agarrei sua camisa. Alfonso me abraçou e o beijo ficou mais intenso. Ele sugava meus lábios, mordiscando-os apenas pra me incitar. Levei uma das mãos aos cabelos dele, puxando-o pra perto de mim. Eu mal conseguia respirar, mas não queria me afastar dele. Alfonso era tudo o que eu precisava naquele momento.
Com um gemido ele envolveu os dedos em minha nuca, me imobilizando. Sua língua brincava com a minha, acariciando toda a minha boca. Puxei seus cabelos querendo cada vez mais.
Uma voz soo no interfone nos atrapalhando. Com muito custo Alfonso se afastou de mim, me enchendo de pequenos beijos. A distância entre a gente estava acabando com ele tanto quanto estava acabando comigo.
Limpei os lábios e passei a mão pelo rosto, temendo pela maquiagem que deveria estar toda borrada.
- Vamos? - Alfonso me estendeu a mão.
Peguei na mão dele e deixei que meu marido me guiasse. Passamos pela entrada de pedra e subimos alguns degraus. Duas portas de madeira estavam abertas e ao atravessá-las chegamos ao hall.
- Senhor e senhora Herrera!
Nos viramos e uma mulher de aproximadamente cinquenta anos veio na nossa direção.
- Que bom rever o senhor. - ela estendeu a mão para meu marido, em um cumprimento.
Usava um vestido marrom até os joelhos, saltos baixos em tom pastel e um jaleco branco por cima.
- Senhora Herrera, ainda não nos conhecemos, sou a Dra. Maria Castanhã, supervisora da área psiquiátrica.
- Prazer! - forcei um sorriso estendendo a mão pra ela.
- Fui eu quem cuidou e ainda cuida de Felipe Najera. - sorriu.
Só a menção do nome dele pareceu suficiente para embrulhar meu estômago. Engoli, sentindo minha boca secar.
- Ela quem enviava e assinava os relatórios que eu recebia. - Alfonso explicou.
Assenti sem conseguir dizer mais alguma coisa.
- Vamos lá? O paciente está ansioso para vê-la. - Dra. Maria sorriu.
- Ele não estava doente? - perguntei confusa.
- Está muito mal de saúde sim, ele está morrendo, mas ainda tem forças para fazer algumas coisas como caminhar pelo jardim e se alimentar sozinho. Há dias ele está dizendo que quer te ver. Não dissemos que ele está morrendo, mas acho que ele sabe disso.
Aquilo só serviu pra me deixar pior. Alfonso me encarou, respirei fundo e assenti pra que continuássemos.
Dra. Castanhã saiu na frente. Seguimos pelo corredor de madeira, pelas janelas eu vi o jardim que se estendia lá fora. Um arrepio me percorreu ao ver vários pacientes andando pelo lugar. Alguns tinham o olhar perdido, outros brincavam com as flores e as árvores espalhados pelo lugar. Uma senhora sentada num banco pintado de branco, balançava os braços como se estivesse com um bebê no colo.
- O que houve com ela? - apontei curiosa.
Se todos que estavam ali tinham cometido algum crime, qual teria sido o dela?
- Aquela pobre? Dois homens invadiram a casa dela. Assaltaram o lugar, mataram o filho dela de um ano e estupraram e mataram a filha de seis. Antes que pudessem matá-la também, ela conseguiu pegar a arma de um deles e os matou. Infelizmente ela enlouqueceu logo depois.
Senti minha garganta apertar. Alfonso e eu ainda não tínhamos filhos, mas eu tive uma leve noção da dor que aquela mulher tinha sentido. Eu acho que também enlouqueceria se visse o que ela viu.
- Ela não tem marido? - perguntei em choque.
- Ele vem às vezes visita-la, não passa de um pobre que teve a vida destruída, nas sessões com o psicólogo ele diz que preferia ter enlouquecido também, que assim seria mais fácil lidar com a dor.
Senti minha garganta apertar. Então haviam inocentes ali, pessoas que haviam matado em defesa própria e enlouquecido depois, provavelmente a única forma que encontraram de lidar com a dor que sentiam.
- O quarto dele é este! - Maria parou na porta de madeira branca, com o número trinta e dois na frente.
- Vamos entrar sozinhos? - Alfonso perguntou.
- Não precisam se preocupar, um enfermeiro está lá dentro e Felipe está sedado, mesmo que queira, não poderá fazer nada contra o senhor ou sua esposa.
Autor(a): franmarmentini♥
Este autor(a) escreve mais 12 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Alfonso assentiu, Dra. Maria abriu a porta pra nós e indicou que entrássemos. Alfonso segurou minha mão e me conduziu pra dentro. Um enfermeiro estava de pé perto da cama, mas a cama estava vazia. Da janela do quarto, um homem de calça e blusa branca encarava o jardim. A mão apoiada nas grades de proteção, seu outro br ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 140
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
franmarmentini♥ Postado em 03/07/2017 - 17:06:31
;)
-
Valéria_Traumadinha Postado em 06/01/2017 - 21:01:03
Foi tanto bêbe que a minha mente bugou '-'
-
Anahi Postado em 06/01/2017 - 02:53:49
Ai deus n acredito q ja acabou :'(:'( n pode quero uma terceira temporada. Ah q epilogo foi esse eu amei any gravida a Paola q fofa deu pra montar um cenário dela correndo rindo ^_^ tao perfeito, fiquei super emocionada com a declaracao do poncho como sempre perfeito, amek do início ao fim bjs <3
-
franmarmentini♥ Postado em 04/01/2017 - 20:18:37
postado!!!!!!!!!!!!! ;(
-
Anahi Postado em 04/01/2017 - 18:19:27
Ai mds q lindo ate q enfim a any voltou pra cs, n to preparada psicologicamente pro epílogo :'(
-
Anahi Postado em 04/01/2017 - 18:15:47
Ai mds q cena linda me derreti toda aqui agr com o poncho com o Henrique no colo falando com ele *_* ai mds a any n facilita tbm ne era um piquenique em familia so os 3 afff espero q ela pare de bobagem e perdoe e volte logo com o poncho bjs
-
franmarmentini♥ Postado em 04/01/2017 - 18:08:21
POIS É LINDA TA ACABANDO MESMO... ;( POSTANDO MAIS UM POUQUINHO....AI QUE DOR EM FINALIZAR ;(
-
Anahi Postado em 04/01/2017 - 18:02:11
Ai mds q lindo o quartinho, as palavras do poncho amei, espero q a any consiga perdoar ele e q volte logo pra cs. Amei o nome q eles escolheram e n me diga q ta acabando q ja da uma dor no coracao
-
franmarmentini♥ Postado em 04/01/2017 - 17:15:37
vou postar mais agora ;)
-
Anahi Postado em 04/01/2017 - 17:09:08
Oh mds q emoção ele nasceu <3 ai mds pensei q ia acontecer o pior quanta aflição espero q ele saia dessa, e o poncho mds se sentindo culpado tadinho. N acredito q a fic ta chegando ao final isso n e justo eu n quero q acabe, ansiosa por mais bjs