Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

- Absoluta, o exame de sangue que o senhor pediu é cem por centro confiável, vocês terão um bebê! - afirmou. - Você não tem percebido nada de diferente de uns dias pra cá senhora Herrera? Você já está com um mês de gestação, pelo menos o seu ciclo tem que estar atrasado.

- Sim, mas eu nunca fui muito regular e depois que parei com o anticoncepcional... - comecei, mas parei de falar.

- Há quanto tempo interrompeu a ingestão do medicamento?

- Dois meses! - respondi, estava me sentindo amortecida pela notícia. - Não achei que seria tão rápido.

- Varia de caso pra caso, algumas mulheres levam meses e algumas anos pra engravidar. - o médico explicou. - Bom vou deixar os futuros pais a sós. - ele sorriu e se retirou.

Eu ainda estava processando as palavras do médico, quando senti a mão quente do meu marido cobrir minha barriga. Quando olhei para Alfonso, seus olhos estavam marejados.

- Não acredito que a gente vai ter um bebê.

Sorri e acariciei seu rosto.

- O primeiro de muitos? Ou você mudou de ideia sobre aquele papo de termos pelo menos quatro filhos?

- Se bobear eu vou aumentar pra seis. - brincou.

- Você não acha que ta exagerando não? - sorri cruzando os braços.

- Eu acho que sei porque você ficou grávida tão rápido. - sussurrou aproximando seu rosto do meu.

- Por quê? - sussurrei de volta.

- Eu quase respondi pro doutor, eu fodo minha esposa todos os dias por isso ela está grávida.

- Poncho! - dei um tapa em seu ombro. - Você e a sua boca suja, será que nosso filho vai ser assim também?

- Se for menina ela terá que ser uma princesinha linda e educada como a mãe, mas se for menino...

- Claro você vai ensinar a ele desde cedo como ser irresistível como você né? - cruzei os braços.

- É o charme dos Herrera’s meu amor. - deu de ombros, aquele sorrisinho torto que eu amava estampando seu rosto, deixando-o ainda mais bonito. - É algo que vai nascer com ele, eu só vou aperfeiçoar.

Acariciei minha barriga pensando em como seria se fosse um menino e como ele seria lindo e irresistível como o pai. Eu provavelmente ficaria com ciúmes em ver tantas meninas em volta do meu garoto, como Alfonso sentiria se tivesse uma menina que herdasse pelo menos metade do charme dele. Aquela história de andar armado dentro de casa se tivéssemos uma filha, ia se transformar em realidade.

Sorri. Eu nem sabia o sexo do nosso bebê e já tinha dó das garotas que teriam seus corações partidos pelo nosso filho, e dos garotos que teriam que enfrentar meu marido pra chegar perto da nossa filha.

- Se ela for menina, eu quero que se chame Paola.

Alfonso desviou os olhos da minha barriga e me encarou. Era uma coisa que eu sempre disse que faria, caso, tivéssemos uma filha e agora tinha surgido a oportunidade de dizer à ele.

- Você tem certeza? - ele forçou sua voz a sair, poucas vezes vi meu marido prestes a perder o controle como agora.

- Absoluta, sempre quis fazer isso. - sorri.

- Acho que me apaixonei ainda mais por você. Se isso for possível.

Sorri com os olhos marejados e envolvidos por aquele clima de felicidade e esperança que a chegada de uma criança causa na gente, esqueci da briga que tivemos, do momento tenebroso que passei naquela clínica, da magoa que sentia e de todo o resto. Foquei apenas em mim, no meu marido e no serzinho que crescia dentro de mim.

- Meu pai tem que ser o primeiro a saber. Ele vai pirar Any!

- Ou vai virar pra nós e dizer: finalmente!

Alfonso sorriu concordando comigo e me beijou. Nunca achei que pudesse sentir uma felicidade tão grande assim. Era uma vontade de chorar, de rir descontroladamente, de gritar e sair correndo, tudo ao mesmo tempo. Mas ao invés de fazer tudo isso, eu beijei meu marido com todo o amor que sentia dentro de mim.

Alfonso

Entrei em casa, peguei Anahí no colo e a levei pro quarto.

- Alfonso, o que você está fazendo?

- Levando a mãe do meu filho pro quarto, você precisa descansar. - respondi subindo as escadas.

Ela riu e revirou os olhos pra mim, na certa achava minha atitude exagerada, mas eu estava pouco me importando. Entrei com Anahí no quarto e a coloquei deitada na cama.

- Alfonso precisa mesmo disso?

- É claro que sim, você está grávida, meu amor. - respondi.

Anahí riu e negou com a cabeça, se ajeitou na cama, de modo que ficou sentada.

- Christian está vindo pra cá, mas assim que falar com ele, eu subo aqui de novo ta? - beijei sua testa.

Anahí assentiu e derreteu-se toda quando me inclinei e beijei sua barriga. Acho que não tinha um momento melhor pra gente descobrir que íamos ser pais. Aquele bebê tinha unido eu e a Any ainda mais e acabado com o nosso desentendimento. Estávamos bem de novo e eu ia cuidar pra que ficássemos assim.

Quando voltei pro primeiro andar, a campainha tocou. Abri a porta para Christian e na mesa hora o abracei.

- O que deu em você?

- Eu vou ser pai, a Any está grávida, por isso ela passou mal.

- Poxa parabéns! - meu amigo me abraçou, me cumprimentando.

- Cara eu não acredito que vamos ter um bebê, tudo bem que a gente estava planejando, mas... Nossa!

- É eu entendo como você ta se sentindo. - Christian sorriu. - Onde está a futura mamãe?

- Descansando, mas o que você queria falar comigo?

- Quer ir lá pro seu escritório?

Assenti e sai na frente, Christian me seguiu e quando entramos, fechei a porta.

- Quer beber alguma coisa?

- Não obrigado! - negou.