Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

- E é justo o que ele fez à minha mãe? Ele tem que pagar Any.

- Eu não vou deixar você fazer isso! - ela levantou o tom de voz me surpreendendo. - Prometi à Elisa que tentaria ajudar.

- Como assim prometeu a Elisa? - estreitei os olhos.

- Ela me procurou hoje, depois de tentar falar com você. Alfonso eu falei com ela e vi o relatório, Jonas mudou, não é aquele garoto que você conheceu. Querer justiça é uma coisa, ferrar de propósito a vida dele é outra. Os filhos dele serão adultos de quase 40 anos quando ele sair da prisão, ele vai ser um homem beirando aos 60 anos, o que ele vai fazer da vida dele depois? Como vai recomeçar?

- É isso que eu quero destruir a vida dele, como ele destruiu a minha. Não adianta você, Christian ou qualquer outro tentar me convencer, não vou mudar de ideia. E se não quer que eu me irrite com você, é melhor pararmos por aqui. - dei as costas e subi pro quarto.

Na hora de dormir subi pro quarto ainda surpresa com as palavras de meu marido. Quando entrei, o encontrei trabalhando com o notebook no colo.

- Se eu estiver te atrapalhando...

- Não, fica aqui, você nunca me atrapalha Any e aqui é nosso quarto. - Poncho me encarou.

Me aproximei, troquei de roupa e me sentei na cama ao seu lado.

- Eu não quero brigar com você. - ele me olhou chateado.

- Eu também não gosto quando a gente discute.

Alfonso colocou o notebook de lado e quando se virou pra mim, segurou minhas duas mãos.

- Então fica do meu lado, não me deixa sozinho nessa. Eu preciso de você!

- Eu entendo que você queira fazer justiça, eu só não quero que você seja radical e implacável demais.

- Eu só estou fazendo o que é justo, tenta me entender. - ele suplicou.

- Tudo bem, não vamos mais falar disso está bem? Não quero brigar com você de novo.

Alfonso assentiu, puxou meu rosto pra perto do dele e me beijou. Com cuidado ele me virou na cama e ficou em cima de mim. Seus lábios percorreram todo meu corpo enquanto ele me despia. Senti como se a minha cabeça esvaziasse enquanto sua boca me tocava em todos os lugares possíveis.

Chamei seu nome repetidas vezes e o ouvi dizer o meu enquanto nós dois esquecíamos da briga de mais cedo e deixava o amor que sentíamos um pelo outro falar mais alto.

Acordei na manhã seguinte e a primeira coisa que fiz quando cheguei na editora foi telefonar para Christian. Após falar com ele e pedir alguns conselhos, liguei para Elisa e pedi que se encontrasse comigo no shopping na hora do almoço.

Eu estava olhando uma vitrine de uma loja de bebês, quando recebi uma mensagem dela, dizendo que estava me esperando na praça de alimentação.

- Obrigada por ter vindo me encontrar. - disse, quando a avistei de pé perto de uma das mesas.

- Eu quem agradeço pela senhora ter me ligado. - Elisa ficou de pé e apertou minha mão.

Forcei um sorriso e sentei na cadeira de frente para a dela.

- Eu tenho uma boa notícia pra você. Infelizmente não consegui persuadir meu marido, mas consegui um ótimo advogado para o Jonas. Alguém que não faz parte do círculo de advogados do meu marido e que aceitou defender o seu, ele vai cuidar para que a justiça seja feita.

- Senhora eu nem sei o que te dizer. - Elisa me encarou com seus olhos marejados.

- Apenas me garanta que se manterá forte pelos seus filhos e por você mesma.

- Eu farei isso. - ela sorriu.

- O advogado irá te ligar por esses dias, ele já está com o contato do seu marido e provavelmente lhe fará uma visita entre hoje e amanhã.

- Obrigada de verdade! - Elisa sorriu.

Vi dois garotos se aproximando correndo e Elisa tratou de enxugar o rosto às pressas.

- Senhora, deixe-me apresentar meus filhos, João Guilherme com sete anos e João Paulo com cinco.

- Olá meninos. - sorri para os dois.

- Você é muito bonita moça. - João Paulo sorriu pra mim.

- Obrigada, vocês também são muito bonitos.

- A senhora se importa de ficar e almoçar com a gente?! - Elisa me encarou apreensiva.

- Não, de maneira alguma, será um prazer. - sorri para os dois pequenos que sorriam de volta pra mim.

No fundo eu esperava estar fazendo a coisa certa ao ajudá-los.

Acionei o portão que destrava a porta e Christian entrou.

- Só to passando aqui pra te avisar que o juiz acabou de me telefonar, ele tentou falar com você, mas estava na reunião, por isso falei com ele por você.

- E então? - o encarei ansioso.

- O julgamento do Jonas foi marcado.

- Pra quando? - sorri ansioso.

- Será daqui dez meses. - Christian respondeu.

- É tempo demais.

- É um tempo relativamente curto, comparado a pessoas que chegam a passar anos esperando pelo julgamento, e você não tem com o que se preocupar, ele está preso e vai ficar assim até lá.

- Pelo menos isso. - suspirei.

- Alfonso você precisa me prometer que não vai se meter no julgamento, que vai deixar a lei decidir.

- Você faria isso no meu lugar? Se fosse a sua mãe quem tivesse sido assassinada diante dos seus olhos?

- Alfonso eu sei que você sofre muito por aquela noite, mas não pode cometer uma vingança dizendo que ta fazendo justiça. O caso foi reaberto, ele será julgado, você já conseguiu o que queria.

- Eu só vou ter conseguido o que quero quando souber que ele vai apodrecer atrás das grades.

- Eu desisti, não vou mais tocar nesse assunto, está bem assim?

- Vou achar ótimo se fizer isso mesmo.

- Então trate de não me contar nada do que está fazendo ok? Transfira tudo o que tiver haver com esse assunto para o Miguel, Joaquim ou Noah. Eu não quero saber o que você está fazendo.