Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

- Tudo bem então! - assenti.

- Ótimo, vou cuidar dos outros assuntos que são da minha conta. - Christian me encarou e deu as costas.

Quando fiquei sozinho suspirei e me sentei na minha cadeira. Fechei os olhos e me lembrei de uma tarde quando sai com a minha mãe. Eu deveria ter uns sete anos e resolvi sair correndo na grama.

[...] - Cuidado Alfonso, você vai se machucar!

Não dei ouvidos à minha mãe e continuei correndo. Não vi um buraco bem no meio do meu caminho, acabei tropeçando nele e desci o restante da grama rolando. Quando parei comecei a chorar.

- Filho!

Minha mãe veio correndo até mim e se ajoelhou ao meu lado, sem se importar em sujar sua roupa.

- Você está bem? - ela segurou meu rosto e me examinou detalhadamente.

A abracei me sentindo mal por não ter escutado ela, por tê-la feito vir correndo atrás de mim.

- Me perdoa mamãe, eu prometo que na próxima vez vou te obedecer.

- Tudo bem querido, o que me importa é que você esteja bem.

Fiz que sim com a cabeça e voltei a abraça-la. Mesmo com sete anos, minha mãe me pegou no colo e subiu a parte com grama comigo, até chegarmos em casa. Ela era tão linda, tão forte e sempre tão atenciosa comigo. Enquanto passava mertiolate no meu curativo, ela não perdeu a paciência nem sequer por um segundo, nem mesmo quando eu comecei a chorar porque estava queimando.

Meu pai que se juntou a nós dois logo em seguida, ficou acariciando meus cabelos e dizendo pra eu ser forte que logo ia passar. Quando meu curativo ficou pronto, eu sorri gostando do adesivo azul colocado em meus joelhos.

- Obrigado mamãe, por você sempre cuidar de mim! - a abracei.

- Eu sempre vou cuidar de você, meu amor, sempre! - ela acariciou meus cabelos. [...]

Abri os olhos sentindo as lágrimas quentes embaçarem minha visão e escorrerem quentes pelo meu rosto. O telefone tocava e me dei conta que ele era quem tinha me trazido de volta. Limpando a garganta atendi.

- Herrera!... Sim, Roberta diga à eles que já estou indo.

Desliguei e fui até o banheiro anexo na minha sala. Assim que consegui me recompor, fui pra reunião.

No fim da tarde, depois de mais um dia cansativo no trabalho, fui até o apartamento de Christian e Angelique. Assim que Angelique abriu a porta, Olívia veio correndo na minha direção.

- Madrinha!

Me abaixei ficando da sua altura e sorri quando ela me abraçou.

- Como você está minha boneca?

- Bem, você vai brincar de pintar comigo? - Olívia sorriu.

- É claro, só preciso falar com seu papai e sua mamãe antes, pode ser? - Olívia assentiu e a coloquei no chão.

- Como você está? - Angelique se aproximou.

- Bem, mas precisando falar com seu marido.

- Sou todo ouvidos. - Chris entrou na sala e se aproximou de mim.

- Vamos sentar, Any quer beber alguma coisa? - Angelique ofereceu.

- Não obrigada, na verdade eu passei aqui rapidinho pra te agradecer pela ajuda Chris. Muito obrigado por ter me dado o contato daquele advogado. - sentei no sofá.

- Não tem problema, mas eu preciso te falar uma coisa. Eu desisti dessa história do Jonas.

- Como assim desistiu?

- Não adianta eu tentar argumentar com o Alfonso, nada é suficiente para fazer ele mudar de ideia. Eu entendo o lado dele e toda a situação em si, mas ele ta fora de controle Any. Eu prefiro não ficar sabendo como estão as coisas, do que saber e acabar brigando com ele de novo.

- Eu entendo você e apoio sua decisão. - o encarei.

- Te dar o contato daquele advogado foi a última coisa que eu fiz. Eu não quero mais ficar no meio desse fogo cruzado, Alfonso é como um irmão pra mim.

- Tudo bem, eu espero que contratando o advogado, Jonas tenha um julgamento e uma sentença justa.

- É o que eu também quero Any. - respondeu.

Olívia se aproximou de mim e apoiou as duas mãos nas minhas pernas.

- Por que o meu padrinho não veio?

- Porque ele estava com alguns problemas pra resolver, mas ele vem te visitar logo, logo ok?

- Vem você pintar comigo, então? - ela me puxou pela mão.

- Filha pega seus desenhos e traz pra cá. - Angelique sorriu.

Olívia gostou da ideia e se afastou, sorri quando Christian puxou Angelique pra perto e beijou seus cabelos.

- Vai se acostumando, quando você tiver a sua ou o seu vai ser pior.

- Não fala assim amor, nem parece que você quer dar um irmãozinho pra ela. - Angelique rebateu,

- Eu quero amor, não quero que ela cresça como filha única, mas você tem que concordar comigo que a mocinha dá trabalho. - Christian respondeu e acabei rindo da discussão deles.

Olívia voltou cheia de cadernos e uma caixa com lápis de cor. Christian a ajudou a organizar tudo sobre a mesa e enquanto ela pintava, nós três ficamos conversando. E u tentei recusar, mas Christian fez questão de preparar lanchinhos caseiros pra gente e um copo de suco pra mim que não podia beber nada alcoólico.

Na manhã seguinte quando cheguei ao consultório do Doutor Moralles eu estaria mentindo se dissesse que não estava no mínimo ansioso e preocupado com algumas questões que pairavam na minha cabeça. O cara era fera no ramo da obstetrícia e fora o responsável por trazer ao mundo minha adorada afilhada, agora ele tinha uma outra missão, cuidar de minha esposa e trazer nosso filho ao mundo.

- Fiquei muito feliz quando soube que vocês esperavam um bebê, pelos seus exames você está entrando na quinta semana de gestação. Vamos fazer o primeiro ultrassom pra saber se está tudo bem.

Anahí assentiu super animada, enquanto ela se trocava eu encarei o Doutor Moralles.

- Enquanto a minha esposa não vem, será que eu posso tirar uma dúvida com você?

- É claro Alfonso.