Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

- É... Eu e a minha esposa a gente tem uma vida sexual ativa, bem ativa pra falar a verdade. Corre algum risco de, eu sem querer, acabar machucando o bebê durante o sexo?

- Não, não tem risco nenhum, é completamente normal e saudável vocês continuarem mantendo relação sexual durante a gestação. Alguns casais se evitam durante os nove meses e depois não sabem mais como agir um perto do outro, se tornam “desconhecidos”.

- Eu te garanto que isso não vai acontecer com a gente. - sorri. - Doutor e aquela história de que grávida fica com um apetite sexual maior, é verdade ou é mito?

- É verdade. Digamos que todo o corpo da sua esposa vai começar a se adaptar cada vez mais conforme o bebê for crescendo, isso vai fazer com que os hormônios e a libido dela ficam mais exacerbados. Se ela tiver desejo de ter relação com você, pode seguir adiante sem problemas, a única coisa que pode atrapalhar no futuro é a barriga e talvez a insatisfação dela com o próprio corpo.

- Any não precisa encanar com isso, ela é linda, sempre vai ser linda. - sorri, eu devia parecer um bobo apaixonado, mas foda-se, era a minha mulher, esperando um filho meu.

Anahí voltou com a enfermeira já vestida com a camisola própria pro ultrassom. Nos encaminhamos pra sala ao lado e Anahí deitou, fiquei de pé ao lado dela, segurando sua mão. Meus olhos acompanhavam o monitor, o movimento que o médico fazia com o aparelho e o rosto de minha esposa.

- Ai está! - ele congelou a imagem e começou a fazer algumas anotações. - Este pontinho é o bebê de vocês.

Sorri encarando aquela bolinha preta no centro daquela tela toda borrada. Quando encarei minha esposa seus olhos estavam marejados, me inclinei sobre ela e beijei sua testa.

- Eu te amo! - sussurrei e me afastei. Quando a olhei nos olhos percebi que ela estava me dizendo o mesmo, mas sem o uso de palavras.

O doutor descongelou a tela e continuou passando o ultrassom pela barriga lisinha de minha esposa, eu não via a hora em que fossemos começar a notar a gestação. Um barulho estranho começou a chamar minha atenção.

- É o que eu estou pensando doutor?! - perguntei.

- Sim, estes são os batimentos cardíacos do bebê de vocês.

Anahí enxugou o rosto e me dei conta de que meus olhos também estavam marejados. Continue encarando aquela tela, meus olhos vidrados naquele pontinho preto quase imperceptível, enquanto meus ouvidos eram preenchidos pelo som do seu coração batendo. Íamos mesmo ter um bebê, um pedacinho meu e do amor da minha vida estava crescendo dentro dela.

Mesmo que fosse cedo demais, fiquei pensando em inúmeras possibilidades. Como seria a cor de seus cabelos e olhos, se seria ele ou ela, se seria mais parecido comigo ou com ela. Fiz inúmeras suposições enquanto me apaixonava ainda mais pelo meu filho.

“Eu sempre vou cuidar de você!”, repeti em pensamento as palavras que minha mãe tinha me dito 23 anos atrás.

Christian

Cheguei na empresa na manhã seguinte e quando entrei na minha sala, encontrei Miguel me esperando.

- Algum problema?!

- Preciso falar com você. - ele respondeu ficando de pé.

- Pela sua cara as notícias não são boas.

- Eu sei que você não quer saber de nada em relação ao Jonas, mas preciso te contar uma coisa.

- O que foi Miguel?

- Alfonso tentou subornar o advogado que vai defender o Jonas. Ele não quer que o assassino da mãe dele tenha alguém que o defenda e possa salvá-lo de um veredito de 30 anos de cadeia.

- Não acredito que Alfonso fez isso. - suspirei. - Suborno é crime, meu Deus!

- Eu não sei como ele ficou sabendo do advogado, tem poucos dias que o Jonas conseguiu um, mas o que importa é que o Alfonso tentou suborna-lo.

- Você estava com ele quando aconteceu?

- Estava! - assentiu. - Ele convidou o advogado pra almoçar, parece que já o conhecia de vista.

- Ele sabe que foi indicação minha e que a Any passou o contato pra Elisa?

- Não, essa parte ele não ficou sabendo e é melhor assim, você sabe o que vai acontecer se ele souber. Por sorte o advogado manteve sigilo e apenas disse que se interessou pelo caso.

- Menos mal então. - suspirei. - Como Alfonso fez a proposta?

- Bom ele foi direto, daquele jeito que conhecemos, disse que sabia que o cara estava defendendo o Jonas e perguntou quanto ele queria pra largar o caso.

- Não acredito que o Alfonso fez isso. - respondi ainda indignado.

- O advogado achou que o Alfonso estava brincando, mas quando viu que ele estava falando sério, foi categórico e recusou a oferta. Ele disse que sabia que o Alfonso tinha interesses pessoais no caso.

- Que bom que o advogado não o acusou de nada.

- O que eu to estranhando é que ele podia ter sido preso, sabia disso e não se importou.

- Alfonso está passado de todos os limites pra conseguir manter Jonas preso.

- Sim, mas sabe qual o meu maior medo?

- Qual?! - encarei Miguel.

- Que ele leve essa sede por justiça, ou vingança e acabe assassinando o Jonas.

- Não, Alfonso não chegaria a esse ponto.

- Você pode afirmar isso? - Miguel me colocou contra a parede. - Ele já matou outras pessoas antes e até subornar o advogado ele fez, quem garante que não possa fazer coisa pior?

As palavras de Miguel me pegaram de surpresa e me deixaram sem fala. No fundo eu tinha medo de que ele tivesse razão, que o Alfonso que eu conhecia se perdesse nesse caminho de vingança.

OLÁ MEUS AMORES...COMO ESTÃO....SAUDADES DE VCS...

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