Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Anahí

Abracei Dulce, depois Maite e me sentei à mesa com minhas amigas.

- Que bom ver vocês meninas, não têm noção de como eu estava com saudades. - sorri.

- É, você praticamente abandonou a gente né? - Dulce resmungou.

- Não fala besteira Dulce, nós estamos correndo como loucas. - Maite me defendeu.

- Mas agora que você está grávida a gente tem que se encontrar mais vezes, quero acompanhar essa gravidez e não só te ver agora na maternidade. - Dulce brincou.

- Não seja exagerada, a gente ainda vai se ver muito até o bebê nascer. - sorri acariciando minha barriga.

- Você fez o ultrassom esses dias né? E ai ta tudo bem com o bebê?

- Sim, o doutor Moralles disse que ele está se desenvolvendo muito bem, que eu tenho que me alimentar muito bem nesses três primeiros meses de gestação, perguntou se eu tomei ácido fólico antes de engravidar, eu disse que sim e que ainda estou tomando.

- Faz muito bem... Será que vai ser uma Anyzita ou um Ponchito?! - Maite fez bico.

- Não sei meninas, mas só de saber que ta vindo já fico feliz, mas e vocês? Quando vão ter o de vocês?

- Eu ainda vai demorar um pouco! - Maite levantou as mãos.

- Eu e o Ucker estamos começando a pensar no assunto, quem sabe ainda esse ano ou ano que vem?

- Eu quero ser uma das primeiras a saber ouviram? - encarei as duas.

- Pode deixar! - Dulce bateu continência.

- Mudando de assunto um pouco, e o Alfonso como está? Primeiro o encontro com o assassino da mãe, agora a descoberta do bebê, não ta sendo muita coisa pra ele processar não?

- Graças a Deus com o bebê ele está lidando super bem, ta até me surpreendendo. Quer saber de tudo, questionou o médico enquanto estávamos na ultrassonografia e esclareceu um monte de dúvida. Quando está comigo, fica me perguntando o tempo todo se estou com vontade de comer alguma coisa, se estou enjoada, olha, vou sentir falta de tantos mimos. - sorri.

- Que bom que ele ta reagindo bem, eu já imaginava porque ele fala de ter filhos com você desde quando namoravam. - Dulce sorriu.

- É, o que me preocupa é o lance do assassino da mãe dele. Poncho ta muito obcecado com essa história. Eu tenho medo de até onde ele pode chegar com tudo isso, tenho medo dele arruinar a vida do Jonas e algum dia, lá na frente se arrepender disso.

- É, mas você concorda que o cara tem que pagar pelo que fez né? - Dulce me olhou.

- Sim, eu concordo, mas é que uma coisa é querer justiça, agora meu marido quer que o Jonas fique preso por trinta anos pelo menos. Alfonso fica diferente quando fala dele, eu tenho medo meninas.

- Às vezes isso é só uma fase Any, você vai ver que até o dia desse julgamento vai acontecer muitas coisas, até lá o Poncho vai estar sabendo lidar melhor com tudo isso. - Maite piscou pra mim.

- Tomara que você tenha razão. - suspirei.

- Não vamos falar de problemas, a gente não se reuniu pra isso. Eu quero saber quando nós vamos começar a planejar o quartinho deste bebê que está a caminho e começar a montar o enxoval. - Dulce sorriu.

- Quando vocês quiserem. - sorri. - A gente só tem que ir com calma, porque ainda não sabemos o sexo do bebê, vamos ter que ficar com algo mais neutro.

- A gente compra pra menino e pra menina, o que não servir fica pro próximo. - Maite respondeu.

- Claro e qual vocês duas terá o próximo bebê, primeiro?

As duas se apontaram ao mesmo tempo me fazendo rir. Encarei ambas só então me dando conta do quanto eu tinha sentido falta delas. Pelos próximos oito meses eu ia precisar me encontrar com elas mais vezes.

Mais tarde depois de almoçar com minhas amigas eu estava na editora revisando alguns trabalhos, quando meu telefone tocou. Era minha secretária, avisando que Christian estava aqui e querendo falar comigo. Pedi que o deixassem entrar e quando ele abriu a porta da minha sala, fiquei de pé.

- Algum problema?

- Eu não ia te contar nada, mas acho que você precisa saber antes que uma tragédia aconteça.

- O que foi dessa vez? - senti meu estômago afundar, certa de que o assunto envolvia Jonas e Alfonso.

Christian sentou na cadeira de frente pra minha e brevemente explicou que Alfonso não só descobrira sobre o advogado de Jonas como tentará suborna-lo.

- Eu não acredito que ele fez isso.

- E não para por ai Any, ainda tem mais. - Chris me alertou. - Eu sei que eu disse que ia ficar de fora dessa história, mas acabei tentando conversar com o Alfonso.

- Conseguiu alguma coisa?

- Não, ele ta furioso porque o advogado não aceitou o suborno, ele disse que vai mover céus e terras pra caçar a carteira de advocacia do cara.

- Christian você é o melhor amigo dele, vocês são como irmãos, você tem que fazer alguma coisa pra parar ele. Se ele continuar assim, ele vai acabar indo preso.

- Meu medo é esse também, mas não está mais nas minhas mãos Any.

- Vai acabar acontecendo uma desgraça se ele continuar assim. - suspirei. - Não é possível que nada do que a gente faça, faça o Poncho parar e ver que ele está indo longe demais.

- Se eu ainda conheço meu amigo só uma coisa vai fazer ele parar. - Christian me olhou.

O encarei de volta com medo do que ele iria me dizer em seguida.

- Que coisa?

- Você!

- Eu?! Eu sou a última pessoa quem ele escuta Chris, da última vez que tentei falar com ele, ele brigou comigo, me ignorou, subiu pro quarto e depois me pediu pra ficar do lado dele.

- Por isso que eu estou dizendo isso. Alfonso precisa de você, do seu apoio, se ele vir que você não está do lado dele, ele pode parar um pouco, talvez até concordar em parar de interferir.

- Eu já pedi pra ele parar e ele não me ouviu.

- Porque ele sabia que podia ir contra você que depois tudo iria acabar bem.

- Eu não sei o que fazer, não sei como ajudar. Eu entendo todo o sofrimento dele Chris, eu sei o quanto faz falta, eu perdi meu pai da mesma maneira que a dele, mas graças ao Poncho eu consegui seguir em frente, todos os dias eu consigo aos pouquinhos perdoar o Felipe, eu queria que com Alfonso acontecesse o mesmo, mas não sei se eu consigo fazer por ele a mesma coisa que ele fez por mim.