Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

OIEEEEEEE LINDAS  POSTANDO...

- É claro, você sabe que pode ser honesto comigo. - sorri.

- Alfonso só me contratou por uma razão.

- Que razão? - encarei Miguel sem entender do que ele estava falando.

- Para eu ficar de olho em você Any, pra eu cuidar de você da forma como ele gostaria de estar cuidando.

- Não entendi! - pisquei.

- Toda a vez que Alfonso me vê, ele pergunta como você está. Se está se alimentando direito, se você parece bem, se ainda sente enjoos ou tonturas, ele não me contratou para cuidar da sua segurança e do bebê, ele me contratou para cuidar de você, como ele cuidaria. Ele pode até ficar com aquela pose de cara frio, botando medo em todos os funcionários dele, mas dá pra ver que ele sente sua falta Any. Todos os dias!

- É difícil acreditar em você quando diz isso. - suspirei.

- Ele camufla muito bem e acha que está com a razão em estar fazendo tudo isso, pra ele a errada é você por não apoiá-lo. - Miguel respondeu me encarando.

- Eu queria que ele voltasse a ser o de antes, você acha que tem alguma chance disso acontecer?

- Talvez quando Jonas for condenado, ele pare e volte a ser o de antes, mas você vai aceitar ficar com ele se ele conseguir condenar o cara a 30 anos de prisão? - Miguel ergueu as sobrancelhas.

- É disso que tenho medo, que as coisas piorem até o dia desse julgamento, que não dê mais tempo da gente se entender. - suspirei. - Tenho medo de não consegui perdoá-lo e ele nunca mais voltar a ser o de antes.

- Posso afirmar com toda a certeza que ele ama você, que essa separação está acabando com ele. Hoje de manhã quando nos vimos, deu pra ver que ele estava mal e arrependido por não ter ido ver sua ultrassonografia. Ele está vendo que está perdendo coisas importantes, talvez ele pare com essa vingança.

- É o que eu espero. - suspirei.

Atravessamos o portão do cemitério em silêncio. Sem mais saber o que dizer, mudei de assunto.

- E você? Como está com seus relacionamentos? - sorri.

Miguel sorriu e deu pra ver que consegui deixa-lo constrangido. Um homem de 32 anos, alto e todo musculoso envergonhado com uma pergunta simples como aquela.

- Quando você vai casar?

- Quando achar a garota certa? - ele sorriu e deu de ombros.

- Todas as que você já se envolveu eram erradas então? - cruzei os braços.

- Basicamente! - ele assentiu.

- Eu gosto muito de você Miguel e verdadeiramente iria gostar muito se soubesse que você está namorando alguém. Tenho uma admiração muito grande por você e acredito que merece ser feliz.

- Fico muito feliz em saber disso Any, quem sabe uma hora ou outra a garota certa aparece? - sorriu.

- Eu vou adorar conhece-la, qualquer que seja a garota que conquiste seu coração, ela já tem minha admiração. - sorri parando em frente ao carro.

Miguel deu risada enquanto abria a porta pra mim. Contrariando-o fechei a porta de trás e fiz questão de ir na frente com ele.

- Você é meu amigo, deixe de cerimônias. - sorri.

Miguel negou com a cabeça e deu a volta no carro. Sentando ao meu lado, ele girou a chave e partimos.

Cheguei em casa no fim da tarde e foi duro entrar e encontrar aquele apartamento vazio, minha única alegria era Rique que como sempre veio correndo na minha direção abanando seu rabo.

- Oi garotão! - me abaixei pra ficar na altura dele e acariciei seu pelo.

Rique ficou de pé nas patas traseiras e apoiou as dianteiras na minha calça. Sorri me lembrando do tempo em que ele era pequeno o suficiente para andar no meu colo.

Sentei no sofá e Rique pulou sentando ao meu lado. Ficou me olhando com aquela cara de pidão.

- Você também sente falta dela né?

Rique resmungou como se concordando comigo.

- É eu sei cara, também sinto falta dela. - suspirei.

Rique bateu na minha mão com sua pata e se inclinou até ficar com a cabeça deitada no meu colo. Comecei a acariciar seu pelo e ele deu um resmungo triste.

Sem conseguir parar de pensar em Anahí decidi ligar pra ela. O celular tocou ao terceiro toque.

- Oi Any!

Senti quando ela prendeu a respiração ao escutar minha voz.

- Como você está?

- Bem! - ela respondeu do outro lado da linha, podia visualizar sua expressão.

- Miguel me avisou que vocês foram ao cemitério, como foi lá?

- Não fiquei muito. Entrei, deixei as flores no tumulo e logo fui embora.

- Entendi... Eu queria ter ido com você. - confessei.

- Foi melhor você ter ficado, o clima não está dos melhores entre a gente.

- Any em relação à ontem...

- Eu não quero falar disso Poncho, o dia de hoje na editora foi corrido, eu to cansada.

- Eu entendo, não queria te atrapalhar, só queria saber se você estava bem depois de ter ido lá.

- Eu estou bem sim!

- Nosso filho como está? - apertei o telefone na mão.

- Está bem, não sei se você leu o prontuário, mas ele está crescendo forte e saudável.

- Que bom, eu juro que to arrependido de ter esquecido o ultrassom.

- Não vamos falar disso, eu vou desligar ta bom?

- Espera um pouco. - pedi sem querer parar de falar com ela. - Quando você vem visitar o Rique?

- Não sei! - ela suspirou, pude visualizar ela fechando os olhos.

- Ele está com saudades de você.

- Eu também sinto falta dele, se der passo ai essa semana. - respondeu indiferente.

- Se quiser vir num horário que eu não esteja...

- A gente combina outra hora, até logo Alfonso.

- Até Any! - suspirei e desliguei o telefone. - É amigão ela ta furiosa comigo.

Rique resmungou se sentando no sofá como se conseguisse me entender.

- Tomara que ela apareça aqui em um momento em que eu também esteja. - suspirei.