Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Sem ter o que fazer, eu subi pra tomar um banho e deixei que Rique me acompanhasse. Quando entrei no quarto que há poucos meses eu e Anahí dividíamos, senti a dor em meu peito aumentar. Encarei a cama onde tantas vezes dormimos juntos e suspirei. Pode parecer loucura, mas o quarto ainda cheirava como ela. Ficaram poucas roupas e acessórios no armário, após sair de casa Any veio aqui apenas duas vezes pra buscar o restante de suas coisas. Imaginei ela saindo do banheiro embrulhada na toalha, seus cabelos molhados, suas mãos macias me envolvendo pelo quadril e me abraçando por trás como ela gostava de fazer.

- Ai Any! - suspirei fechando os olhos.

Ouvi Rique se movimentar ao meu lado e quando abri os olhos me deparei com ele deitado na cama, do lado onde Anahí dormia. Na certa ele também sentia o cheiro dela que ficara ali.

- Rique, desce! - ordenei.

Meu cachorro obedeceu e sem escolhas eu fui pro banheiro tomar uma ducha.

Enxuguei o rosto me permitindo chorar depois de falar com Alfonso. Quando meu celular começou a tocar de novo, suspirei ao ver que dessa vez era a minha mãe.

- Oi mãe!

- Oi, meu amor, como você está?

- Bem e a senhora, Juan e meus irmãos? - respirei fundo.

- Também estamos bem, mas eu e Juan estamos preocupados com você querida.

- Não tem porque se preocupar mãe, já disse que ta tudo bem comigo e no fim de semana nos veremos.

- Estou morrendo de saudades de você.

- Meus irmãos estão por perto?!

- Só a Ana! - minha mãe respondeu. - Filha, sua irmã quer falar com você.

Ouvi barulhos na escada e sorri quando ouvi a voz de minha irmã.

- Tata, tudo bem?!

- Oi minha bonequinha, eu to bem e você?

- Também, quando eu vou te ver? - Ana perguntou daquele seu jeitinho rápido de falar.

- No fim de semana estou ai pra matar as saudades. - respondi.

- Não vejo a hora, você vai trazer meu bebê sobrinho?

- Claro, ele ainda não saiu de dentro de mim. - expliquei não conseguindo conter o sorriso.

- Hum, eu queria saber como vai ser o rostinho dele e se é menino ou menina.

- No fim de semana quando eu for ai, eu te conto está bem?

- Ta bem! Tata, a mamãe que falar com você, um beso.

- Outro minha gatinha, até mais. - sorri.

Ouvi quando Ana passou o telefone pra minha mãe.

- Você vem mesmo no fim de semana?

- Vou sim mãe, depois de amanhã estou ai não se preocupe.

- Vou ficar te esperando então, fica com Deus querida.

- Você também. Manda um beijo pro Juan e pro meu irmão. - sorri.

- Pode deixar filha, até mais.

- Até! - sorri e desliguei.

Pensativa, fiquei acariciando minha barriga até uma batida na porta me fazer acordar.

- Atrapalho? - Débora perguntou, colocando a cabeça pra dentro.

- Não de jeito nenhum. - sorri.

- O jantar está servido, vamos descer e comer alguma coisa?

Eu não estava com um pingo de fome, mas sabia que precisava me alimentar direito se quisesse que meu filho continuasse crescendo forte e saudável.

- Estou descendo. - sorri pra ela.

- Vou avisar Sebastian, vamos esperar você pra jantar.

Assenti e quando fiquei sozinha suspirei e mais uma vez conversei com meu filho.

- Eu te amo muito sabia? Tudo que a mamãe está fazendo é por você.

Sem ânimo me levantei e sai do quarto.

Anahí

No fim de semana cumpri minha promessa e fui pra Juarez visitar minha mãe. Assim que entrei em casa, meus irmãos desceram as escadas correndo e vieram me encontrar.

- Any! Any!

Me abaixei e abracei os dois, beijando seus cabelos, às vezes eu ficava impressionada em como eles se pareciam comigo e entre eles.

- Eu errei as contas ou tem dois gêmeos lindos fazendo aniversário essa semana?

Meus irmãos riram daquele jeitinho que as crianças sapecas riem.

- Sim tata, você acertou. - Arthur me respondeu.

- E quantos anos vocês estão fazendo mesmo? - me fiz de desentendida.

Os dois mostraram as mãozinhas exibindo quatro dedos.

- Que bom que não me confundi. - me abaixei e abri minha mala. - Porque acho que isso aqui é pra vocês!

Os dois tiraram os dois embrulhos da minha mão e correram até o sofá.

- Você devia me dar os presentes e eu entregava no dia do aniversário deles.

- Oi mãe! - a encontrei no meio da escada e a abracei.

- Como vocês estão? - ela acariciou minha barriga.

- Bem, seu neto está muito bem.

- Neto? É um menino, filha? - ela sorriu, seus olhos brilhando.

- Sim mãe. - assenti.

- Oh querida, meus parabéns. - ela me abraçou os olhos cheios de lágrimas.

- Obrigada, estou tão feliz mãe. - sorri emocionada.

- E não deveria ser diferente, ele vai ser um lindo menino, você vai ver. - sorriu.

Meus irmãos voltaram e me virei pra eles.

- E então? Gostaram do presente de vocês? - sorri.

- Muito, olha mamãe ganhei um carrinho de controle remoto.

- E eu uma cozinha de verdade, sai até água da torneira. - Anna sorriu.

- A gente pode tirar da caixa pra brincar? - Arthur perguntou.

- Claro, vão lá, mas filha não vai fazer muita bagunça hein. - minha mãe advertiu.

- Ta bom! - Anna respondeu, saindo correndo com a caixa.