Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

- Ah meu Deus parabéns! - me levantei e a abracei. - Cara, Ucker deve ter pirado quando soube né?

- Sim, ele ficou tão feliz, mais feliz do que eu imaginava!

- E você como está?

- Acho que a minha ficha ainda não caiu 100%, acho que só vou acreditar quando minha barriga começar a crescer, e eu sentir o bebê dentro de mim. Você sabe como é né?

- Sim, eu me senti igual, mas logo você vai estar tão envolvida nesse lance de ser mãe que não vai conseguir pensar em outra coisa a não ser em conhecer seu bebê. - sorri.

- Eu tenho certeza que vai ser exatamente assim! - Dulce respondeu. - Mas vamos comer que eu estou morrendo de fome e sabe como é né? Agora to me alimentando por dois. - brincou.

- Sim, vamos comer. - assenti, voltando a me sentar.

Almocei com Dulce e o clima não poderia ter sido mais alegre. Ficamos conversando sobre qual seria o sexo do bebê, ela me pediu dicas sobre o que fazer quando estivesse enjoada ou com muito sono. Eu sorria com uma satisfação enorme em poder ajuda-la como minha mãe e Angelique me ajudaram no começo da gestação.

Aquele não foi nosso primeiro almoço juntas. Nos dois meses que se seguiram, eu acabei me aproximando de Dulce. Íamos ao shopping juntas, eu a ajudei a escolher o berço e as coisas pro quarto do bebê e usando tons neutros acabamos comprando até algumas roupinhas. Dulce, que agora estava no terceiro mês da gestação, se deliciava em ver que as pessoas começavam a notar sua barriguinha e não via a hora de descobrir o sexo do seu filho.

- Se for menino o quarto vai ser azul ou amarelo, se for menina rosa ou lilás. - ela disse certa vez.

- Bom, eu entrei em um acordo com Sebastian e Alfonso e o quarto do nosso filho vai ser verde e azul turquesa. - respondi naquele dia.

Era uma terça-feira e eu estava na editora trabalhando. Me levantei pra pegar uma pasta na estante e senti uma pontada na minha barriga.

- Ai! - coloquei a mão sobre ela.

Senti um liquido escorrer pelas minhas pernas e fiquei mais assustada ainda.

- Ah meu Deus não pode ser!

Peguei o telefone na minha mesa e liguei pra minha secretária.

- Chame o Miguel pra mim, por favor! É urgente! - ofeguei.

Sentei na cadeira e acariciei minha barriga, eu estava de sete meses, não podia estar na hora do meu filho nascer, era cedo demais. Uma nova pontada me fez gemer de dor.

Miguel entrou na sala com minha secretária atrás dele.

- Vai nascer Miguel! - falei colocando a mão na barriga.

Miguel arregalou os olhos e puxou minhas mãos me ajudando a ficar de pé.

- Vou avisar o que está acontecendo, senhora, não se preocupe. - minha secretária respondeu afoita.

- Obrigada! - assenti.

Enquanto saia da minha sala e entrava no elevador senti mais uma pontada, agarrei a mão de Miguel.

- Avisa o Alfonso... E o Sebastian, por favor!

Miguel pegou o telefone na mesma hora, saímos do elevador com ele falando com Sebastian. Quando entramos no carro, me sentei na frente com ele. Miguel ligou pra empresa e Roberta nos disse que Alfonso estava numa vídeo conferência.

- Está bem, mande ele ligar assim que sair da vídeo conferência, é muito importante Roberta.

- Pode deixar, irei avisar. - Roberta respondeu.

Miguel desligou e pisou fundo no acelerador, pela primeira vez vi que ele estava prestes a se descontrolar, que estava nervoso e sob pressão pela responsabilidade de estar levando a esposa de seu chefe pra maternidade. Se alguma coisa acontecesse comigo e meu filho, Miguel nunca se perdoaria independente se a culpa fosse dele ou não.

- Acho que nunca fiquei tão grata por Alfonso ter... Mandado você cuidar de mim! - ofeguei.

Miguel deu um leve sorriso.

- Vai dar tudo certo Any!

Sorri feliz por ele me chamar de Any, eu sabia que ele estava fazendo aquilo pra me agradar, normalmente ele me chama de Anahí ou senhora Herrera.

No caminho pro hospital as contrações foram ficando mais fortes e com um intervalo diminuído de uma pra outra. Miguel abriu a porta pra mim e quando tentei me levantar uma nova contração tirou meu fôlego.

Sem pensar duas vezes ele me pegou no colo e entrou comigo na maternidade.

Respirei fundo e apoiei a mão na barriga, uma enfermeira apareceu com uma cadeira de rodas e Miguel me colocou sentada nela. Quando começaram a me levar pro quarto, agarrei a mão dele.

- Avisa o Poncho!

- Eu vou avisar, se precisar eu busco ele naquela empresa e trago ele aqui, não se preocupe.

Assenti sabendo que ele faria o possível pra que Alfonso estivesse presente.

Enquanto eu era levada pro quarto, respirei fundo tentando manter a calma. Meu filho ia nascer e tudo ia ficar bem. Quando tudo isso acabasse eu teria meu garotinho nos braços.

Sai da vídeo conferência sentindo minha cabeça explodir, alguma coisa estava me deixando inquieto desde a noite passada quando mais uma vez sonhei com a minha mãe, dessa vez ela estava com um garotinho de olhos azuis.

- Senhor Herrera! - Roberta entrou na sala atrás de mim.

- Sim, algum problema?!

- O senhor Miguel ligou há algum tempo e pediu para o senhor retornar, parece importante.

Peguei meu celular e vi que tinha 7 ligações perdidas do Miguel e 6 do meu pai, todas elas feitas nos últimos 40 minutos. Alguma coisa muito errada estava acontecendo e na mesma hora temi por Any e nosso filho.

Disquei para o meu pai enquanto tentava me controlar pra não surtar.

- Pai, o que aconteceu? É alguma coisa com a Any não é? Ela passou mal....

- Seu filho vai nascer Alfonso! - meu pai respondeu.

Senti que o mundo a minha volta parou de girar.

- O que? Mas Any ta de sete meses, não é alarme falso?

- Não filho, a bolsa estourou e ela está tendo muitas contrações, vai nascer.

- To indo prai! - desliguei o telefone.