Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Peguei meu paletó, vesti às pressas e comecei a andar de um lado pro outro sem saber o que fazer. Peguei o telefone na mesa e liguei para Christian.

- Vem aqui, preciso de você! - desliguei. -  ROBERTA! - gritei.

Minha assistente apareceu afoita.

- Cancela todos os meus compromissos, qualquer ligação, reunião, qualquer coisa.

- Algum problema senhor?

- Meu filho vai nascer Roberta! - ofeguei.

- O que? - Christian entrou na sala naquele momento.

- Meu filho vai nascer... Eu, eu... Eu preciso que você fique aqui e cuide de tudo. Eu tenho que ir... Que, que ir pro hospital! - falei correndo, pegando as chaves do carro, conferindo carteira e celular.

- De jeito nenhum, você vai se matar se for ao hospital nesse estado, eu vou com você. - Christian respondeu.

- Ta! - assenti e saiu correndo da sala.

- Boa sorte senhor, vai dar tudo certo. - ouvi Roberta me dizer.

Entrei no elevador e nunca vi um elevador demorar tanto pra descer. Nem dei tempo pra portas se abrirem e sai correndo indo pro estacionamento. Christian veio atrás de mim e me segurou.

- Fica calmo, ou vão medicar você na maternidade.

- Entra logo na porra desse carro Chris. - segurei ele pelo colarinho.

Christian se soltou, deu a volta no carro e de tanto que pressionei ele, ele saiu dali acelerando. O transito não ajudou e senti como se todo mundo quisesse sair de casa naquele momento. No caminho pra maternidade arranquei a gravata e o paletó, me sentindo sufocar e comecei a rezar para Deus e para minha mãe, para que eles protegessem minha esposa e meu filho.

Quando chegamos na maternidade mal dei tempo para Christian estacionar e desci correndo do carro. Só parei de correr quando encontrei meu pai no corredor com Miguel.

- Como a Any e meu filho estão?

- Fica calmo Alfonso.

- Me fala como eles estão porra. - xinguei.

- Anahí estava com a pressão um pouco alta e não tinha dilatação nenhuma. Os médicos acharam mais seguro leva-la pro centro cirúrgico e fazer uma cesárea.

- Eu quero vê-la! - tentei passar pelo meu pai, mas ele me deteve.

- Anahí esta sedada e com uma junta médica especializada com ela, não vão deixar você entrar.

Me soltei do meu pai e comecei a andar de um lado pro outro, eu não ia aguentar ficar aqui sem receber notícia nenhuma dela.

Na meia hora que se seguiu Angelique, Maite, Derrick, Dulce e Christopher apareceram no hospital. Todo mundo tentou me acalmar, mas eu não conseguia parar de andar de um lado pro outro, me sentindo como um animal enjaulado. Já fazia uma hora que eu estava ali e eu estava prestes a invadir o centro cirúrgico quando o obstetra da Any apareceu.

- Doutor Moralles pelo amor de Deus como está minha esposa e o meu filho? - perguntei desesperado.

- Sua esposa está bem, já foi levada para o quarto. É com o bebê que estou preocupado.

- O que aconteceu com meu filho?!

- Seu filho nasceu prematuro de 28 semanas, pesando 950 gramas e 37 centímetros. Os pulmões dele não tiveram tempo de amadurecer e assim que nasceu ele teve uma parada cardiorrespiratória.

Passei a mão pelos meus cabelos e senti meu coração se apertar, dei as costas pro médico não querendo ouvir ele me dizer que meu filho estava morto.

- O que aconteceu com meu neto? - meu pai teve coragem de perguntar.

- Conseguimos reanima-lo e agora ele está na incubadora. - doutor Moralles respondeu e senti a esperança crescer dentro de mim de novo.

- Ele vai ficar bem não vai? - agarrei o jaleco do obstetra.

- Vamos fazer o possível para que ele fique bem, terá que ficar na incubadora até ganhar peso e para que seus pulmões amadureçam e ele consiga respirar sem a ajuda de aparelhos.

- Ele vai ficar bem! - repeti tentando segurar as lágrimas. - Quero vê-lo, quero ver meu filho e minha esposa.

- Você pode ir ao quarto onde sua esposa está primeiro. Depois a enfermeira virá avisá-lo para que possa ver seu filho. - assenti enxugando o rosto. - Venha comigo, vou te levar até o quarto dela.

Assenti enxugando o rosto e acompanhei o doutor Moralles. Ele me levou até o quarto e mostrou a porta.

- Ela ainda está dormindo devido a anestesia, mas deve acordar dentro de uma hora ou duas.

Assenti e abri a porta do quarto. Assim que vi Anahí deitada naquela cama, dormindo, comecei a chorar.

- Me perdoa por não ter estado lá dentro com você. Eu praticamente deixei você levar essa gestação sozinha, me perdoa, meu amor. - sentei na cadeira e acariciei seu rosto. - Você e o nosso filho são tudo pra mim, me perdoa se eu não consegui ver isso antes. - abaixei a cabeça e chorei.

Queria que Anahí acordasse, que ela visse que eu estava ali e não ia sair do lado dela e do nosso filho, mas nos quinze minutos que fiquei com ela, Any não acordou.

- Com licença!

Me virei e vi uma enfermeira parada na porta.

- Sim?!

- O seu filho está na incubadora, se o senhor quiser vê-lo, lhe mostro onde está.

- Eu quero! - assenti enxugando o rosto e fiquei de pé. Acariciei a mão de Anahí, olhando pra ela. - Eu já volto, meu amor! - me inclinei sobre a cama e beijei sua testa.

Acompanhei a enfermeira e cheguei a ala onde ficavam os bebês prematuros. A enfermeira deu a volta e entrou na sala, abriu a cortina e me mostrou em qual incubadora estava meu filho.

Ele era tão pequeno, tão frágil que não aguentei e comecei a chorar de novo, de alguma forma eu me sentia responsável pelo estado dele. Se tivesse sido um pai mais presente, cuidado mais da Any desde o começo, talvez nosso filho não teria vindo ao mundo antes do tempo. Mal dava pra ver ele ali dentro, cercado de fios que eu sabia que estavam mantendo-o vivo.

Senti uma mão apertar meu ombro e quando me virei vi meu pai, seus olhos marejados e o abracei.

- Ele vai ficar bem filho! - ele respondeu.

Maite, Dulce e Angelique também estavam chorando. As três sensibilizadas com o estado do meu filho e a fragilidade dele. Suas mãozinhas e perninhas eram tão pequenas que um aperto talvez poderia quebra-las.

Apoiei as mãos no vidro querendo chegar mais perto dele, pegá-lo no colo, mesmo sabendo que não podia. Comecei a rezar para Deus e para minha mãe de novo, para que eles salvassem meu filho. No meu desespero e tomado pelo medo do meu filho não sobreviver eu fiz uma promessa.

Jurei a Deus e à minha mãe que se meu filho se salvasse, que se ele ficasse bem, eu perdoaria Jonas por ter matado a minha mãe e iria parar com essa história de me vingar dele.

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AMORES É COM MUITA TRISTEZA QUE AVISO QUE A FIC ESTÁ ENTRANDO NA RETA FINAL