Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

- Eu to me sentindo aliviado e bem de um jeito que eu achei que não fosse possível. Acho que aquele peso que eu sentia desde que minha mãe morreu finalmente saiu das minhas costas, agora eu só preciso que a Any me perdoe para eu poder seguir em frente à minha vida com ela.

- O que você está esperando então? Vai atrás dela. - meu pai incentivou. - Eu amo ter meu neto dormindo logo ao meu lado, mas sabemos que Anahí e Enrique Sebastian estão no lugar errado.

- Ela está tão relutante em voltar pra mim que às vezes eu acho que é tarde demais pra ficarmos juntos.

- Algo me diz que ela só estava esperando esse momento passar, vai falar com ela Alfonso. - Chris sorriu.

- Eu vou e acho que tive uma boa ideia pra fechar o dia de hoje. - sorri.

Eu estava de pé no quarto do meu filho, tinha acabado de dar de mama à ele e estava ajudando-o a arrotar. Débora entrou n quarto com um sorriso de orelha a orelha.

- Jonas foi condenado à oito anos de prisão! - declarou.

- Alfonso não interferiu. - suspirei aliviada.

- Eu disse à você que ele tinha mudado, acabou esse pesadelo Any.

Sorri para Débora sem acreditar que tudo tinha terminado bem. Que a justiça seria feita, mas que a vida de Jonas e sua família não seria destruída por isso. Quando saísse da cadeia Jonas ainda teria tempo para reconstruir sua vida ao lado da esposa e dos filhos.

- Agora só falta você perdoar Alfonso e retomar sua vida com ele. - sorriu.

Forcei um sorriso e não respondi à ela, pensando o que Alfonso poderia estar fazendo naquele momento. Meu filho resmungou chamando a atenção, tirei o paninho sobre meu ombro satisfeita quando vi as manchas de leite.

- Posso pegar ele um pouquinho?!

- Claro! - sorri. - Se importa de ficar com ele enquanto eu tomo um banho, estou cheirando a leite.

- É claro, pode ir, qualquer coisa eu te chamo. - sorriu, piscando pra mim.

Sai do quarto e fui até o meu. Não queria tomar banho apenas porque estava cheirando a leite, mas no fundo, porque queria que Alfonso me visse bem e bonita. Não com o cabelo preso, o rosto sem maquiagem e a blusa manchada de leite.

Claro que eu não sabia se ele ia voltar pra casa do pai dele depois do julgamento, mas por precaução achei melhor me aprontar e não fazer feito.

Quando sai do banho uns 20 minutos depois, o que era um luxo nos últimos tempos, eu já estava vestida com um shorts preso de cintura alta e uma blusinha branca. Fui até a penteadeira, escovei meus cabelos e fiz uma maquiagem bem básica. Apenas um corretivo com pó e um batonzinho cor de boca.

Estranhando o silêncio no quarto do meu filho logo ao lado, fui até lá, imaginando que ele estava dormindo de novo. Abri a porta e tomei um susto quando vi Alfonso de frente pra janela e de costas pra mim, ele segurava nosso filho e conversava com ele. Sorri ao ouvir Enrique Sebastian resmungar.

- É o papai sabe como é ruim ser tão pequenino e não saber falar, acredite, um dia eu também já fui do seu tamanho e você vai crescer e se transformar num rapaz muito mais esperto e bonito do que eu e sua mãe. - Alfonso disse à ele, sua voz carregada de ternura e paciência.

- Run!

Alfonso se virou e o sorriso que ele deu quando me viu, fez meu coração disparar. Abaixei a cabeça envergonhada, prendendo uma mecha de cabelo atrás da orelha e agradecendo à minha intuição. Estava feliz por Alfonso me ver daquele jeito e não como eu estava meia hora antes.

- Faz tempo que você chegou?

- Uns cinco minutos. - ele respondeu, seu dedo indicador estava preso entre a mãozinha do nosso filho.

- Eu soube do veredicto do Jonas, fiquei feliz em saber que você não interferiu.

- Eu te disse que não faria isso. - ele me encarou nos olhos, daquele jeito intenso, que mexia comigo.

- Run... Você sabe lidar bem com ele, difícil ele ficar tão calmo assim com alguém. - forcei um sorriso, fazendo aquele comentário sem saber o que mais eu poderia dizer.

- Que bom, porque o que eu mais quero é ter um excelente relacionamento com nosso filho. - ele respondeu me olhando, porque ele tinha que ficar me olhando daquele jeito?

Abaixei a cabeça e retorci as mãos, nervosa.

- Eu tenho um convide pra vocês dois. Nosso filho já topou. - ele brincou.

- Claro, como se ele pudesse te responder. - ironizei, quebrando aquele clima. - Mas qual seu convite?

- Topa dar uma volta comigo? Pensei em fazermos um piquenique no parque, nós três. Débora ta preparando tudo pra gente. - sorriu daquele jeito irresistível.

- Porque a gente não chama o Chris com a Angelique e a Olívia? Ela tem adoração pelo nosso filho e só o viu uma vez desde a alta do hospital.

Eu vi a decepção estampada no rosto de Alfonso e me recriminei por estar fugindo dele e de um momento a sós com ele. Se me mandassem explicar porque estava agindo assim, nem eu me entenderia.

- Tudo bem, liga pra eles então. - Alfonso respondeu desanimado.

Arrependida do que tinha acabado de fazer, peguei o celular na cômoda e disquei. Angelique atendeu e enquanto fazia o convite pra ela, não sabia se torcia pra ela recusar ou aceitar.

- Claro que eu topo! - ela respondeu animada e parte de mim quis chorar e a outra suspirar de alívio.

- Fala pra ela que nos vemos em meia-hora e que não precisa levar comida, porque eu já cuidei de tudo. - Alfonso respondeu e passei o recado pra Angelique.

Meia-hora depois nos encontramos no parque, assim que montamos a cesta de piquenique, Alfonso se sentou sobre a toalha com Christian e Olívia ao lado dele. Poncho tirou nosso filho do bebê conforto e colocou sentado em seu colo, sorri vendo Olívia brincar com ele.

- Preciso dar um irmãozinho ou irmãzinha à ela. - Angelique comentou parando ao meu lado.

- Sim... Obrigada por ter aceitado vir com a gente. - respondi.

- Chris me disse que Alfonso ia fazer uma surpresa pra você, porque sinto que houve uma mudança de planos? - ela me encarou desconfiada.

- Pode me chamar de covarde, mas...

- Você ta fugindo dele e de qualquer oportunidade de ficar a sós com ele acertei? - cruzou os braços.

- Sim... Não sei o que ta acontecendo comigo, eu amo o Alfonso, acho que mais do que antes, mas quando eu penso de voltar pro apartamento, me bate um medo e... Eu não sei o que fazer! - suspirei.

- Eu entendo você estar com medo, mas não pode continuar agindo assim. Ele é louco por você e você morre de amores por ele, não é o suficiente para vocês darem uma segunda chances à vocês? Você quer passar a sua vida toda longe dele? Quer que o Enrique Sebastian cresça migrando entre a casa do avô e do pai?

- Não! - suspirei.