Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Poncho

Cheguei na empresa e passei direto por Roberta indo até minha sala.

- O que houve agora?

Entrei e me deparei com Christian de pé na janela

- O que você ta fazendo aqui?

- Não vou deixar você ir sozinho e fazer uma besteira. - Christian respondeu.

Suspirei querendo e ao mesmo tempo não querendo que ele fosse comigo.

- Está bem, mas não tente me fazer mudar de idéia. - respondi.

- Eu sei que não vou convencê-lo a mudar de idéia, assim como você não vai mudar a minha.

O encarei a contragosto e sentei atrás de minha mesa.

- Só pra confirmar... Any sabe o que você está planejando fazer? Por que está indo pra Guadalupe?

- Não! - respondi seco.

- Foi o que eu imaginei. - suspirou.

O encarei por sobre meus papéis para que ficasse claro para ele que eu não toleraria que ele viesse me recriminar.

- Você deveria ser o primeiro a estar do meu lado. - respondi.

- Eu só acho que antes de querer fazer justiça com as próprias mãos deveria procurar outro caminho.

- E o que sugere? - perguntei impaciente.

- Você leu o relatório sobre ele que a sua equipe te mandou?

- Não!

- Pois deveria. - Christian respondeu se aproximando. - O cara nunca foi preso, passou 01 ano internado em uma clínica de recuperação para dependentes químicos, depois disso passou mais 02 anos fazendo terapia e se aconselhando com psicólogos. Hoje em dia ele tem um emprego, é casado e com dois filhos.

- Ele matou a minha mãe e nunca pagou por isso. - esbravejei.

- Eu entendo sua sensação de injustiça, mas talvez o assassino que esteja buscando não exista mais.

- Você não vai me fazer mudar de idéia. - devolvi ficando de pé. - Eu vou pessoalmente buscar aquele desgraçado e jogá-lo na cadeia, vou me certificar de que ele apodreça lá.

Christian suspirou derrotado, ele me conhecia muito bem e sabia que eu não mudaria de idéia.

- Já que está insistindo em ir comigo, verifique se o avião está pronto, quero ir o mais rápido possível.

Christian me encarou e deu as costas. Que bom que ele ainda me obedecia.

Any

Entrei no elevador quando cheguei à editora e revirei minha bolsa ao ouvir meu celular tocando. Sorri.

- Oi Dulce.

- E ai como estão as coisas?

- Bem e com você e Ucker? Como vai a vida de casados? - perguntei ambos haviam se casado há 06 meses.

- Por enquanto tudo bem, um já conhecia as manias do outro então...

- Ai sinto falta de chegar na empresa e encontrar você. - suspirei, as portas do elevador se abriram.

- Você deveria estar feliz por mim, Pedagogia sempre foi minha praia.

- Eu sei e estou feliz por você. - sorri.

- Falei com a Mai e ela topou almoçarmos juntas hoje o que acha? Eu, você e a Angelique.

- Eu adoraria. Alfonso vai viajar agora de manhã, não queria almoçar sozinha.

- Então fechou, a gente se encontra naquele restaurante de sempre ao meio-dia pode ser?

- Combinado, eu preciso desligar agora, mas conversamos mais tarde.

- Está bem, até logo, beijos. - respondeu e desligou.

Coloquei o celular de volta na bolsa e segui pelo corredor. Assim que entrei na minha sala, minha secretária entrou atrás de mim.

- Senhora Herrera, sua mãe ligou e pediu pra perguntar se a senhora e seu marido irão comparecer ao aniversário dela, semana que vem.

- Ai eu me esqueci de avisá-la, vou ligar pra ela, obrigada. - sorri.

Quando fiquei sozinha peguei o telefone e disquei pra minha mãe, infelizmente ela não me atendeu. Encarei o porta-retratos de minha mãe, Juan e meus irmãos em cima da minha mesa e sorri. O porta-retratos ao lado tinha uma foto minha e de Alfonso. Estávamos abraçados e sorridentes.

- Amo você! - sussurrei apaixonada.

Uma batida na porta chamou minha atenção, era minha secretária de novo.

- Desculpe incomodar outra vez senhora, mas a equipe de Designers está esperando na sala de reuniões.

- Obrigada, estou indo. - sorri me levantando.

Poncho

Aterrissei em Guadalupe e Miguel e Javier já me esperavam no aeroporto.

- Onde estão os outros?

- Vigiando a casa senhor. - Miguel respondeu.

- A mulher e os filhos estão em casa? - Christian perguntou.

- A esposa dele sim, os filhos estão na escola. - Noah respondeu.

- Vamos pra lá. - respondi indo na direção do carro.

Christian permaneceu calado nos 40 minutos que levamos para chegar ao bairro onde o assassino morava. Entrei no prédio e Miguel nos levou até o quarto onde a equipe estava instalada. Encarei as duas mesas com os monitores e a luneta perto da janela.

- Nenhum dos vizinhos, nem os moradores desconfiaram de algo?

- Não senhor, estamos tomando todos os cuidados. - Miguel respondeu.

- Estamos de olho nele há 04 dias. Pelo que observamos a esposa não trabalha. Os filhos ficam a manhã toda na escola e chegam por volta da hora do almoço.

- E ele? - perguntei.

- Ele sai para trabalhar sempre às oito horas da manhã e chega em torno das 17 horas.

- Aonde ele trabalha? - perguntei encarando as câmeras que vigiavam todo o quarteirão.

- Numa empresa de automóveis há 10 quarteirões daqui. O seguimos e ele vai até lá no ônibus fretado pela empresa. O cargo dele é na parte de funilaria, ele fez um curso para conseguir o cargo. - Noah explicou.

- Quero que peguem ele na saída do trabalho, eu vou arrumar um lugar discreto onde poderemos conversar.

- Alfonso o que você vai fazer? - Christian me olhou preocupado.

- Você vai saber logo. - respondi.

Christian me olhou negando com a cabeça. Ele estava odiando aquilo tudo, mas eu não ligava pra opinião dele.

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