Fanfic: ♥ Intenso - O Caso Portillo II ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Any

Acariciei minha aliança e meu anel de noivado. Quando Alfonso não estava comigo aqueles dois objetos supriam um pouco a sua falta. Eu entendi suas viagens a trabalho, mas isso não ajudava para que eu as detestasse menos.

- Três anos. Em uma semana. - suspirei.

- E continua com a mesma cara de apaixonada. - Angelique sorriu debochando de mim.

- Olha só quem fala, tem mais tempo de relacionamento do que eu, uma filha e só falta babar quando vê o Chris. - rebati.

- Ok, culpada. - ela sorriu se rendendo.

Maite e Dulce estavam atrasadas, então Angell e eu estávamos jogando conversa fora.

- Christian deve estar muito atarefado hoje cuidando da empresa sozinho?

- Cuidando da empresa sozinho? Não, ele está com o Alfonso. - Angelique estreitou as sobrancelhas.

- Christian foi com o Alfonso? Mas o Poncho me disse que o Chris ia ficar. - pisquei confusa.

- Pois é, também não entendi nada. - Angelique deu de ombros.

- Você sabe o que eles foram fazer em Guadalupe? Alfonso não me falou que ia pra lá até ontem.

- Também não sei, Chris não me explicou. - respondeu retorcendo a boca.

- Às vezes você sente que o Chris ta escondendo alguma coisa de você?

- Freqüentemente, mas eu entendo que é o trabalho dele e talvez tenha coisas que não possa me contar.

- Queria pensar o mesmo em relação ao Poncho. Encontrei um relatório dos últimos três anos do Felipe lá no escritório dele.

- O cara que seqüestrou seus irmãos e fez você ir parar naquela escola?

Os momentos dentro daquela escola voltaram à minha me fazendo ter um arrepio. Graças a Deus eu tinha um marido inteligente, que bolara um plano praticamente perfeito.

- O próprio. - assenti.

- E por que Alfonso ainda investiga a vida dele?

- Enquanto Felipe estiver vivo, Alfonso vai controlar a vida dele, mesmo que seja de longe, apenas pra ter certeza de que ele não vai se aproximar de mim. É a cara do meu marido fazer isso, acho que por isso não fiquei surpresa quando encontrei o relatório. - suspirei.

- E você precisa se preocupar com alguma coisa desse relatório?

- Não, Felipe está cada dia mais louco, não representa perigo. Acho que Alfonso não me contou para que eu não fique pensando nele e em todas as coisas que ele me fez.

- Alfonso e sua eterna mania de proteger você. - Angelique sorriu. - Ele não deve ter feito de propósito, só quer que vocês tenham uma vida feliz e em paz como tem sido nos últimos anos. Você transformou Alfonso depois que o conheceu, mas juro que nunca o vi tão relaxado como nesses últimos anos.

- Sim, por isso não fiquei brava com ele. - sorri, e voltei a encarar meus anéis.

- Uh desculpem a demora. - Dulce chegou junto com Maite esbaforida.

- Tudo bem, o transito está um caos. - Angelique sorriu.

- Nem nos fale, já fizeram os pedidos? - Maite perguntou.

- Não, estávamos esperando vocês, ainda bem que chegaram porque eu tava quase desistindo. - sorri.

- Então pode chamar o garçom, antes que eu desmaie de fome. - Dulce sorriu.

Poncho

Quando o dia finalmente começou a chegar ao fim, minha ansiedade cresceu exponencialmente. Eu estava na casa onde minha equipe traria aquele homem até mim. Os monitores mostravam a saída da empresa de automóveis onde o filho da mãe trabalhava.

Meu coração disparou quando o portão automático se abriu e os homens uniformizados começaram a partir. Levei uma das mãos até a boca, estudando, procurando quem eu queria.

Travei a mandíbula quando o encontrei indo para o ponto de ônibus. A imagem da câmera mudou mostrando apenas a rua por onde ele estava seguindo. O caminho era deserto, ele o fazia sozinho como tínhamos descoberto. Ele cavara a própria cova e não tinha idéia do que estava prestes a acontecer.

O carro preto com vidro fume da minha equipe estacionou rende a calçada. O assassino da minha mãe parou assustado e levantou as mãos quando meus homens foram na direção dele. Um deles colocou um saco na sua cabeça e os outros o seguraram e o guiaram até o carro. Eu podia ouvi-lo implorando, completamente perdido sem saber o que estava acontecendo. Exatamente como eu fiquei na noite em que ele assassinou a minha mãe. Pela primeira vez na vida senti um prazer diferente ao ver o desespero daquele homem.

No meu trabalho eu estava acostumado a encurralar assassinos, terroristas e vê-los implorando por clemência ou alguns mais audaciosos, zombando de mim. Mas nada se comparava ao prazer de finalmente ter o assassino de minha mãe capturado. Dentro de alguns minutos ficaríamos cara a cara.

Any

Abri a porta do apartamento e me joguei no sofá. Ouvi os passos apressados de Rique e seu peso afundou o sofá quando ele pulou em cima de mim exigindo atenção.

- Pronto, pronto já estou em casa. - sorri acariciando sua cabeça.

- Com licença senhora.

- Oi. - encarei a empregada.

Amanda ficava no apartamento das 09 às 17 horas, arrumava tudo, deixava o jantar pronto, na maioria das vezes, e nesse meio termo se tornava uma espécie de companhia para que Rique não ficasse sozinho e agitado. Devo confessar que era muito bom chegar e encontrar tudo pronto.

- O jantar está pronto, a senhora só precisa esquentar quando desejar comer.

- Está certo, obrigada. - sorri. - Já pode ir se quiser.

- Com licença senhora. - Amanda sorriu e deu as costas.