Fanfic: Together - Laliter | Tema: Laliter ♥

Capítulo 14.

“Meu domínio é desenvergonhado, então perca seus medos. Nada é demais ou de menos, muito leve ou severo”

Na medida do possível a sala conseguiu restaurar um pouco de ordem. Alguns processos haviam se misturados, mas nada que horas a mais de trabalho não recuperassem o tempo perdido. Com um sorriso no rosto, ao pegar o trapo que havia se tornado a calcinha de Lali, Peter concluiu que sim, valeria a pena algumas horas extras.

- Do que está rindo? – Perguntou ela, enquanto tentava fechar a própria saia.
- Isto aqui. – Respondeu, erguendo a peça em frangalhos. – Acho que está meio inutilizável. – Sem graça, Lali baixou o rosto, encostando-se a mesa dele.
- Minha saia... Você quebrou o fecho. – Meneando a cabeça, ela riu quando o mesmo se aproximou, cercando seu corpo ao colocar as mãos sobre a mesa em que ela se apoiava. A boca buscou a sua em um simples beijo lento. – Juan Pedro...
- Epa. Você nunca me chamou pelo primeiro nome. – Murmurou, sorrindo do jeito com o qual ela saíra de uma louca que quase o atacara sexualmente, para uma mulher completamente envergonhada. – Vamos dar um jeito na sua saia e depois eu levo você para casa.
- Na verdade eu vou para a casa de Cande. – Disse enquanto ele retirava de uma das gavetas um coldre de cintura.
- Já sei. Coisas de meninas?
- Sim. – Respondeu, enquanto ele prendia o acessório em sua cintura, a modo de prender a peça de roupa. – Coisas de meninas.
- Certo, então vamos. – Lali parou para pensar por poucos segundos, antes de aceitar a mão que ele esticava para ela. Tomou coragem para enfrentar todos os policiais ali fora, antes de sair de mãos dadas com ele. – Vou deixar a juíza em casa. Sem gracinhas, volto logo.

O caminho até a casa da amiga fora feito em um silêncio confortante. Preocupados em entender o que se passava em suas cabeças. Peter começou a entender que, talvez, aquela coceirinha passava a se tornar uma estranha sensação em seu estômago. E Lali... Achava que simplesmente estava ficando louca.

- Bem... Está entregue. – Cortou o silêncio Peter, tamborilando os dedos na direção do Land Rover.
- Obrigada. – Respondeu, retirando o coldre e entregando a ele. Sem jeito, Lali não soube como se despedir e, no intuito de beijar-lhe o rosto, acabou roçando os lábios levemente nos dele, antes de abrir a porta para sair. Voltou, lançando-lhe um olhar doce. – Sabe Peter, eu acho que posso gostar de você.
- Tem razão. – Enquanto ela saia, ele concluiu que também precisava ser sincero com ela. – Lali, eu gosto de você. Bastante. – Respirando fundo, encostou a testa no volante, esperando que ela entrasse, para ir embora.

Quando Cande abriu a porta, franziu o cenho ao ver Lali ali e, ao olhar para o carro parado na rua, em frente a sua casa, confundiu-se ainda mais. Intercalou os olhos entre a amiga e o veículo, que logo partiu.

- Aquele, por acaso, era o delegado?
- Sim. – Respondera sem graça. – Será que eu poderia entrar? Estou com alguns problemas aqui. – Completou, sinalizando a saia com o fecho destroçado.
- Oh meu Deus! – Exclamou, saindo do caminho para que ela passasse. – Que tipo de sexo vocês fizeram?!
- Intenso. – Respondeu, com uma gargalhada, sentando-se no sofá da amiga. – Ele é um completo idiota, um asno, egocêntrico, mas eu tenho de admitir, tem uma energia e tanto na cama... E na mesa.
- Escuta, que parte da história eu perdi? Desde quando vocês transam?
- Desde o dia seguinte ao nosso jantar. O verdadeiro jantar. – Voltando o olhar para sua roupa, ergueu os olhos suplicantes para ela. – Tem alguma coisa para eu vestir?
- Acho que você deixou alguma roupa na última vez que dormiu aqui. – Respondeu, controlando uma risada, enquanto caminhava até o quarto. – Becks... Você... Hm... Sabe se eu deixei alguma... Calcinha minha?!
- Mariana!

Devidamente vestida, aconchegada ao sofá, Dulce explicou toda a história à amiga, que gargalhava ao se surpreender como todos estavam sujeitos a uma grande surpresa na vida. Inclusive ela própria.

- Então o que vocês têm exatamente?
- Levando em consideração a nossa compatibilidade sexual, diria que algo em torno de sexo fixo.
- Um relacionamento?
- Não! Isso não... Seria envolver-se demais.
- Querida, no momento, está transando com mais alguém além dele?
- Não.
- E ele está transando com outra pessoa além de você? – Lali deu de ombros.
- Acho que não.
- Lali... – Murmurou, arqueando as sobrancelhas.
- Não gosto do modo como você está colocando as coisas.
- Eu sei. Você tem medo do compromisso.
- Eu tenho medo de compromisso com pessoas como ele.

- Você deveria temer quem promete demais... – Respondeu cabisbaixa. – Quem jura não te abandonar quase sempre está pensando nisso.
- O que houve, Cande? – Engolindo a seco, voltou a erguer os olhos para Lali.
- Victorio voltou. – Respondeu, começando um choro silencioso. – E eu me sinto tão ou mais perdida que antes.

O que diabos ele estava pensando quando dissera aquilo a ela?! A verdade é que havia sido pego de surpresa quando Lali dissera tal coisa ao sair do carro. A necessidade de responder algo o levara a responder, por impulso, algo que sequer ele pensava que estivesse sentindo. Descartou qualquer pensamento semelhante assim que colocou os pés na delegacia e deparou-se com os sorrisos indiscretos de seus subordinados.

- Qual é a piada da vez? Me contem que também quero rir. – Resmungou cruzando os braços.
- Nenhuma, capitão. – Respondera Nico, controlando o riso. – A propósito, o aguardam em seu escritório, é o filho de Charlie D`Alessandro.
- Certo, eu já vou. E vocês... Procurem o que fazer, suas velhas fofoqueiras.

Continua. - Capítulo 15 - Sexta - COMENTEM.

Sweet Tempatation 

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Together 

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