Fanfic: Together - Laliter | Tema: Laliter ♥

Capítulo 05. 

Já era noite quando, a passos de elefante, marchou em direção a delegacia. Seria educada, fria e direta. Pediria a ele que lhe devolvesse o objeto e assim partiria de volta para casa.

- Gostaria de falar com o capitão Lanzani. - Dirigiu-se ao policial, no balcão de espera.
- Juíza, o delegado disse que viria. – Aquele cretino! Exclamou mentalmente. – A sala dele fica no final desse corredor à esquerda.
- Obrigada. – Enquanto mantinha o passo pelo corredor frio, repetia mentalmente a frase que a incentivaria manter a classe. – Com licença.
- Veja se não é a Juíza Delícia.

Ao inferno com a classe e educação!

- Inferno de homem! – Berrou, logo após bater a porta da sala do mesmo. – Devolva meu celular nesse exato instante. – Relaxando na cadeira, Peter sorriu, cruzando as mãos umas nas outras e erguendo uma das sobrancelhas ao avalia-la.
- Você parece bem nervosa.
- Se eu quisesse um analista, procurava por um.
- E tensa. Me responda uma coisa, anda fazendo sexo? – O choque percorreu toda sua face, fazendo-a abrir a boca em espanto.
- Eu... Eu... Não, eu... – Estava gaguejando! E era motivo de risada para ele. – Não vou responder isso!
- Típica resposta de quem não faz. – Respondeu, se levantando.

- Seu... Seu... – Perigosamente ele se aproximava, encurralando-a entre ele e sua mesa de trabalho. – Está me sufocando. Eu... Preciso de espaço.
- Sabe o que? Acho que posso acabar com essa sua tensão. – Murmurou, deslizando o indicador pelo decote do terninho que ela usava. – O que acha?
- Pervertido! – Exclamou, empurrando-o pelo peito. – Meu celular, Lanzani.
- Um jantar, Espósito. Decente. – Reiterou, erguendo o indicador em sua direção. – Restaurante, luz de velas... Sua cama, ou a minha, como quiser. – Deu de ombros, prendendo os polegares nos bolsos do jeans.
- Nem pensar!
- Tudo bem, sem sexo, senhorita pureza.
- Eu não sou pura! – Erguendo uma sobrancelha, ele sorriu.
- Imagino o fogo escondido nesse corpo de matar. – Mordendo os lábios, ele percorreu os olhos pelo corpo de Lali. – Selvagem.
- Meu celular! Agora!
- O jantar.
- Nem pensar! – Dando a volta na mesa, Peter retornara a sua cadeira, voltando a atenção ao trabalho. – Meu celular, Lanzani.
- Está bem guardado.
- Saiba que vou revirar cada canto dessa delegacia!
- Esteja à vontade. Quer me revistar também?
- Vou matar você, Lanzani! Vou matar! – Exclamou, espalmando as mãos sobre a mesa de trabalho dele.
- De prazer?
- Cuide bem de seu pescoço. – Murmurou, dando-lhe as costas para sair da sala. Trincou os dentes ao ouvi-lo dizer.
- Delegado Gostosão? Sabe que eu gostei. Combina com Juíza Delícia. – Em resposta, ela apenas bateu a porta com extrema força.

A madrugada era a melhor hora para planejar o que tinha em mente. Já fora delegada na cidade antes, sabia que, naquele dia ele ficaria responsável pelo turno da noite e, se o celular não estava na delegacia, deveria estar em sua casa. Teria toda a noite para procurar.

A construção do prédio de Peter era muito semelhante a sua. Com uma estrutura antiga, a fachada era constituída de tijolos vermelhos e, ao lado, podia-se ver a escada de emergência, que cobria toda a lateral do prédio. Era por ali mesmo que ela entraria. Rezava para que a janela estivesse aberta.

Segundo Candela, ele ocupava o terceiro andar do lado esquerdo, sendo assim, não levaria muito tempo para alcançar o nível de seu apartamento. Um caminho que poderia ser feito em menos de dois minutos. Sem quaisquer interrupções.

- O que pensa que está fazendo, Juíza Delícia? – Oh merda!
- Peter... – Com uma risada, ela voltou a descer o lance de escadas. – Eu... Eu nada. Juro que não ia invadir seu apartamento. – Erguendo a sobrancelha, tamborilou os dedos nas algemas presas em seu cinto.
- Invasão a domicílio... Não esperava isso de você, docinho.
- Só estava tentando recuperar o que é meu.
- Não justifica o fato de que a senhorita estava tentando invadir uma propriedade privada. Ainda por cima, de um agente da lei. Acho que terá de me acompanhar até a delegacia.
- Você só pode estar de brincadeira. – Disse após uma gargalhada.
- Não brinco em serviço, docinho.
- Ora, vamos Juan Pedro... – Colocando no rosto uma expressão sexy, resolveu que, naquele momento, qualquer coisa valia a pena. Só precisava se livrar daquela enrascada. – Você não me levaria presa. – Sorrindo, ela se aproximou dele. Deslizando o indicador por seu tórax no intuito de dobrá-lo. Peter devolveu-lhe um sorriso lateral, erguendo uma das sobrancelhas para a mesma, que revirou os olhos, bufando ao se afastar. – É claro que levaria.

- Mariana, me acompanhe até o distrito. – Proferiu os direitos da mesma, enquanto retirava as algemas do cinto.
- Isso é realmente necessário? Veja, não sou perigosa.
- Você não quer que eu realmente acredite nisso, não é? Se me lembro bem, fui ameaçado dentro de minha delegacia, algo como ‘Cuide bem de seu pescoço’. Recorda-se? – Fuzilando o mesmo com o olhar, Lali esticou os punhos.
- Anda logo com isso.

Continua.......... - Capítulo 06 - Sábado - COMENTEM.