Fanfic: Falling (vondy) | Tema: Rebelde

31 de dezembro de 2002

Não sei que porra estou fazendo preso aqui, véspera de ano novo e eu trancado nesse inferno, deus, eu não poderia ter nascido em um lugar melhor em vez dessa merda de trailer com pais que bebem seu peso em Whisky? Não aguento mais esse lugar, esse cheiro de coisa velha, suor e sujeira impregnado. Bem vindo a minha vida, onde nada que você deseja quando é criança se realiza. Tenho pais alcoólatras que não ligam se eu como, me visto, se eu vou bem na escola, nem se estou vivo na realidade. Eu já escutei deles mais de uma vez que eu sou o maior erro da vida deles, que acabei com a vida deles pois eles foram forçados a casarem por minha causa.

- Onde pensa que vai pirralho? - grita meu pai já bêbado da cozinha

- Não interessa - respondo no mesmo tom

Pego meu casaco a chave do carro dos meus pais e vou pra rua, não me importo se me prenderem não seria a primeira vez, e garanto que não sera a ultima. Dirijo por ai ate encontrar uma loja de conveniência, compro bebidas ninguém pede minha identidade, porque não aparento ter 16 anos. Tenho 1,80, tenho um corpo definido pra minha idade, deve ser das brigas de rua que me meto por ai, meu rosto é incrível de acordo com as meninas e meus olhos são hipnotizante de segundo mulheres mais velhas que peguei.

Minha vida tem sido assim desde que me lembro, mais fazer o que não escolhemos a família que vamos pertencer o que me resta é aceitar a merda de vida que terei, continuo dirigindo e bebendo ate que de longe vejo que esta acontecendo uma festa da fogueira na praia, pronto achei onde vou passar a virada do ano, e dai se não conheço ninguém na merda da festa, não será a primeira vez que entrarei de penetra em uma festa, o segredo é pegar bebida, uma garota disponível e se misturar.

Estaciono na calçada e caminho em direção a festa, é virada de ano e noventa e cinco por cento dos adolescentes estão bêbados, e os que não estão ate o final da noite estarão.

Pego um copo vermelho com algo que acho que é cerveja e começo a cumprimentar pessoas que nem conheço, mais elas estão tão bêbadas que nem percebem que não me conhecem, eu sei o que a bebida pode fazer com uma pessoa ela transforma criando um monstro, eu sei porque já fui um desses monstros.

De repente sinto uma mão nas minhas costas e uma voz manhosa

-Oi baby, nunca vi você por aqui, o que fez um gostoso como voce aparecer por essas bandas?

Olho pra traz e vejo uma loirinha, mais muito gostosa, peitos lindos e grandes, boca beijavel e a bunda....... daqui a pouco eu tiro minha conclusão.

- Meninas como você talvez

- Meninas como eu?

- Sim anjo, meninas lindas como você e então olho bem nos olhos verdes dela e já sei que esta noite não fico sozinho.

- que olhos lindos que você tem?

- é pra te enxergar melhor anjo- respondo tem tom de brincadeira

Ela ri e me chama de bobo,

- Prazer me chamo Christopher e você anjo?

- Me chamo Rebeca gostoso. E essa sua boca, é pra que?

- É pra te beijar anjo- e então a beijo, de um jeito que quando termino a deixo sem folego enquanto abro meus olhos eu há vejo, a menina mais linda que já vi na vida

Ela esta caminhando na praia com sandálias na mão e um vestido branco, de longe parece que seus cabelos são pretos, e quase no mesmo instante eu sinto uma força me puxando pra ela, na hora meu cérebro envia uma mensagem para minhas partes baixas, e eu tenho, não eu necessito descobrir que é essa menina.

- Ual que beijo- responde a loira que eu estava beijando a trinta segundos atras

- AH, ta ok, eu tenho que ir roberta

-o que? Meu nome não é roberta- falou a loira

- Eu eu não estou nem ai agora licença que eu tenho algo urgente pra fazer

Saio correndo das garras da loira e começo a procurar o anjo de cabelos negros, a vejo andando pra parte mais escura da praia, será que essa menina não pensa, que merda ela esta andando tão longe das pessoas, em um lugar escuro onde qualquer maniaco como eu possa atacar ela?

Assim que chego perto o suficiente pra ela me ouvir eu digo

- Você sabia que é perigoso andar sozinha em um lugar tão escuro, ainda por cima em uma praia? - e então ela vira, e seu achava que seu corpo e cabelo eram lindos, nada me preparou para seu rosto

Seus olhos de um profundo castanho estavam olhando curiosamente em minha direção, seu nariz arrebitado estava franzido pra mim.

- Me desculpe senhor guarda costa, não sabia que eu o tinha contratado

Deus essa voz, minhas calças ficaram ainda mais apertadas, eu tenho que levar essa menina pro motel mais próximo, ou no meu carro, sim carro ele está mais perto

- Mas serio, porque você esta aqui sozinha longe da festa?

- Serio que o penetra da festa vai me mandar voltar pra festa? Isso é cômico!

- Como você sabe que eu sou penetra?

-Desculpa guarda costa, mais vamos dizer que você não é uma pessoa que passa despercebido

- Então me viu, durante tipo esses 10 minutos que fiquei na festa

E o ela riu, deus sua risada, fechou o prego do caxão, to que quatro por ela.

- Durante esses 10 minutos, 5 foram desperdiçados enfiando sua lingua dentro da garganta da rebeca

-Haaa, então esse é o seu nome, por isso ela ficou brava.

A deusa de cabelos negros virou e continuou a andar na praia como senão estivéssemos conversando.

- Ei, qual seu nome? Perguntei

- Se você for uma companhia interessante, ate o fim da noite decido se te falo meu nome

- E como eu poderia ser uma boa companhia pra você, docinho

Ela virou de frente pra mim com uma carranca no rosto

- Primeiro, sem docinho, isso é nojento, quantas meninas você já chamou de docinho?

-Mais nem sei seu nome, do que quer que eu te chame então

- Pessoa, pode me chamar de pessoa

- Pessoa? - Meu deus onde fui parar, essa menina acho que não bate bem da cabeça não

Então a deusa de cabelos negros do nada começou a olhar pro céu escuro

- Você não acha que a noite ta linda hoje?

- Não sei não reparei

- Então olhe pro céu baby, e sinta a tranquilidade de estar aqui no escuro e no silencio, só com a lua iluminando

Então olhei pro céu e vi que sim a lua estava linda, mais eu não entendi a filosofia dessa menina, então voltei a encara-la e ela estava concentrada no céu.

- Então- ela me perguntou, o que te fez entrar em uma festa como penetra?

- Coisas da vida gata, desculpe, pessoa - e ela fechou os olhos e riu

E continuávamos andando na praia escura, conversando sobre nada de importante, besteiras sem nexo, mas que naquele momento me fez esquecer da bagunça que esta na minha vida.

- 10,9,8,7,6,5,4,3,2,1...... Feliz Ano novo!!!! -escutamos as pessoas gritando. Então ela olhou pra mim sorriu e me abraçou - Feliz Ano novo estranho!

-Feliz Ano Novo Pessoa estranha! - a abracei passando meu nariz em seu pescoço, e senti sua pele se arrepiando,e o cheiro de seu shampoo de morango.

- Bom acho melhor você voltar pra festa que esta de penetra- ela disse falando no meu ouvido

-Nah, aqui esta melhor. - a apertei ainda mais

-Duvido

-você não tem ideia.

Se afastando de mim, ela me olhou com o cenho franzido como se não acreditasse em mim

-Tem certeza? - Eça perguntou

-Claro pessoa, que tal nos sentarmos por aqui e aproveitar a noite?

- Eu não vou transar com você aqui nem em lugar nenhum, então se esta procurando isso pode ir atras da rebeca la na tenda.- disse a deusa revoltada

-Não, eu não transarei, a menos que você queira. Pode confiar em mim

- OK, estranhamente estranho, eu confio em você, acho que o meu senso de sobrevivência bugou hoje.

-Você não acha que se eu quisesse fazer algo mal eu não teria já feito?

Ela mordeu seu lábio inferior, e isso fez estragos na minha intenção de não dormir com ela.

-OK, vamos nos sentar e conversar- sentei do lado dela na areia molhada então ela começou a encarar a minha camiseta. -Sabe passar virada do ano de preto não me parece que de muita sorte.

- Se você tiver um pouco dela pra doação, eu aceito- comecei a brincar com a areia.

-Porque acha que não tem sorte?

-Se você vivesse a minha vida, entenderia.

- Bom cada um tem seu fardo pra carregar, mais uma hora a sorte pode bater na sua porta, ou janela em alguns casos, só deve observar as coisas de outros ângulos

- que tal a gente deixar esse papo depre pra outra hora,

-legal, você vem sempre aqui? - ela me perguntou inocentemente, e eu gargalhei, serio essa menina existe? Onde ela estava escondida?

- Serio? Você vem sempre aqui, mora aqui, faz o que aqui.

-Bom, eu moro aqui, estudo, serei capitão do time de basquetel no meu novo colegio

-Humm..... popular então, capitão do time e bonito, química perigosa

-Então me acha bonito?

- Eu seria cega se não achasse

-E você, mora aqui?

- Não, eu vim passar as ferias de fim de ano, moro em uma cidade a 750 km daqui

-Então depois dessa noite nunca mais a verei

-Provavelmente- ela me disse olhando pra mim

Não sei o que eu estava pensando na hora, eu juro, juro que queria manter minha promessa, mais na hora que ela me disse que nunca nos veríamos novamente, algo estalou na minha cabeça, e eu tive que beija-la.

Coloquei a mão na sua nuca e a puxei pra mim e quando nossos lábios se encostaram, uma corrente elétrica passou pelo meu corpo, ela congelou, ate achei que me afastaria, mais pra minha surpresa ela começou a me beijar de volta, se não mais ansiosa que eu, perdi a noção do tempo que ficamos assim, experimentando um ao outro, ate que o nosso corpo reclamou por ar. "Corpo porque você precisa de algo tao banal como ar? Logo agora?" Ela se afastou deixando nossos narizes se tocarem.

- Ual, - eu disse, totalmente chocado com a potencia desse beijo

- Ual - a pessoa deusa respondeu, e olhou em meu olhos- eu pensei que tinha prometido que não faria nada

- Eu prometi que não iria transar, beijo é algo totalmente diferente - comecei então a beijar a base de seu pescoço

-sim, bem diferente - ela disse com um suspiro e entrelaçando as mãos em meus cabelos, e eu continuei explorando seu pescoço. Depois de algum tempo dando uma grande atenção a essa parte da anatomia dela, eu voltei a beija-la

Depois de algum tempo nos beijando, resolvemos continuar a nossa caminhada pra lugar nenhum, entrelacei meus dedos nos delas e começamos a conversar novamente, acho que nunca conversei tanto tempo com uma menina

- Então, - Ela me perguntou, já esta tarde, né?

-Nem são só uma e pouco da manha, e se eu só terei essa noite com você eu quero aproveitar

-Porque quer passar esse tempo comigo?

-Não sei só sei que quero, tem algum problema?

-Não, nenhum, é que normalmente eu não recebo atenção de um cara como você?

-Cara como eu? Como assim?

-Bom na minha cidade vamos dizer que não sou uma das mais populares, na realidade é o oposto, sou uma das menos populares da escola, e caras como você, que são bonitos, altos, confiantes não prestam atenção em mim.

- Esses meninos da sua cidade estão todos cegos só podem, se morasse aqui, não me escaparia

- Quer dizer que você não da importância a rótulos, tipo nerd, capitão do time, líder de torcida, emos etc?

- Não nenhum problema. Pra mim são pessoas são todas iguais

-Isso é legal da sua parte, populares podem ser malvados as vezes.

-Bom eu não, e pra provar isso nerdzinha, eu vou te convida-la pra dançar pra te provar isso, me daria a honra de me acompanhar a essa dança, minha enigmática dama? - parei na sua frente e fiz uma reverencia

- Dançar, como não tem musica?

-Imagine minha misteriosa dama - e então estendi a mão pra minha misteriosa deusa, e ela aceitou.

Começamos a girar na areia, como dois retardados, mais nesse tempo que eu estou com ela, eu não pensei na merda de casa, ela me deu um começo de ano totalmente inesperado, foi como um sopro de sobrevida, no caos que minha vida se encontra atualmente.

Ficamos assim rodando, correndo, roubando beijos um do outro, rolamos na areia, gritamos, nos abraçamos e era por volta das 4:30 da manhã que voltamos para o lugar da tenda.

- Foi muito bom te conhecer estranho.

-Você não quer dormir atras da minha picape? E juro não vou transar com você nem tentar, eu sou quero passar o resto da noite com você, eu tenho cobertor no banco traseiro, e podemos deitar na parte de trás, por favor?

A deusa olhou em meus olhos, se aproximou de mim e colocou sua mãos na maças do meu rosto

- Claro, eu também não estou pronta pra noite terminar ainda. E me beijou

Chegamos na picape dos meus pais, uma chevy antiga, porem sua "caçamba" é larga e cabe bastente coisa

- Isso é seguro? - Ela olhou pra minha picape desconfiada

-Claro, apesar de ser velha, ela não vai desmontar com a gente em cima

- Só uma curiosidade, porque você tem cobertores no seu carro? - ela me perguntou enquanto eu tirava os cobertores do banco traseiro e colocava na parte de trás da picape, arrumando-os

- Serio?- olhei pra ela

- ok, ja entendi o porque dos cobertores, outra pergunta, quando eles foram limpos? Se eu colocar uma luz negra ai, não vai ter fluidos suspeitos?

- Eles estão limpos pessoa, pode deitar aqui do meu lado. - e deitei, ela fez o mesmo colocando sua cabeça em meu peito, ficamos assim, em silencio, ela fazendo carinho no meu peito,e eu cafune na sua cabeça.

-Sabe, você ainda não vai me falar seu nome?

E quando eu percebi que demorou muito pra minha deusa responder, eu olhei pra ela, e percebi que estava dormindo, se já era bonita acordada, com o rosto relaxado ela era espetacular, como eu queria que ela morasse aqui. Sua tranquilidade me acalma, e só o pensamento de não vê la nunca mais, não é confortável, normalmente eu daria graças a deus a uma menina não me encher depois de ficar com ela, mais essa, eu queria ter a oportunidade de paquera-la, leva-la pra jantar, mais como o mundo não foi generoso na parte sentimental da minha vida, que uma das únicas meninas que fiquei interessado mora a 750 km de distancia, e não me fala seu nome. Bom melhor assim mesmo, eu não saberia cuidar, e amar alguém, ate porque nunca recebi isso, nem sei se existe... E com esse pensamento eu acabei adormecendo com minha deusa de cabelos negros ao meu lado e nos meus pensamento.

Acordei com os raios de sol em meu rosto, e sem saber onde eu estava ate que me lembrei da minha deusa de cabelos negros e me levantei assustado, porem ela já tinha me deixado

-Droga!Droga!Droga - gritei como assim ela foi embora sem se despedir? Sem me dar a porra do seu nome?

Comecei a arrumar os cobertores para poder voltar para minha triste vida, coloquei eles no bando traseiro e fui para o banco do motorista, porem quando fui sentar tinha um bilhete, dela minha deusa, com elas bem desenhadas eu levantei o bilhete e comecei a ler

Obrigado pela noite mais magica da minha vida, você me convenceu a te deixar meu nome. Ele é Dulce, você ficou me devendo o seu, vou querer saber quando nos vermos de novo, espero que isso aconteça rápido.

Ate logo

-Sua Dulce

-Dulce, nos vamos nos ver de novo, pode apostar