Fanfic: __A vila__ | Tema: Suspense; Romance; Hot e RBD

Monterrey – A vila, 19 out 2013.

Pov. Alfonso:

   Estava preparado para fazer a ligação que Maite pediu quando a mesma me notificou que a herdeira chegaria. Fiquei aliviado pelos moradores, seria uma tragédia local essa Dulce não aparecer. Deixei marcada uma reunião com ela... queria fazer umas perguntas.

   Agora com esse problema parcialmente resolvido pude lembrar com mais clareza na loira incrível que me questionou na apresentação formal. Anahí. Realmente não queria um relacionamento agora, mas poderia curtir um pouco com ela. Torcer para ser solteira. 

   Olhei meu relógio da parede e vi que era oito e cinquenta. Levantei e fui direto para a casa mansão. Tive esperança de ver a gata loira, mas infelizmente não tive sorte. Marta, a empregada me levou até o escritório onde eu estava sendo esperado.

− Entre Sr.Herrera. – Maite estava sentada e a sua frente uma moça olhava-me indiferente.

   Essa é a herdeira? Realmente esperava mais da herdeira de uma das mais impressionantes empresas internacionais. Era uma garota baixinha, não aparentava ter dezoito anos. Cabelo ruivo preso e camiseta de banda. Era uma menina... eu esperava um mulherão.

− Bom dia senhora Maite, senhorita Dulce. – Acenaram para mim. – Tenho umas perguntas para fazer mais gostaria de expor meu ponto de vista também.

− Sente-se Sr. Herrera. – Indicou Maite. Fiz o que pediu.

− Então, acredito que essa situação seja estranha para ambas. Senhorita Dulce veio para Monterrey a contra gosto?

− Sim. – Começou a menina. – Blanca nunca me quis aqui e do nada deixa essa vila em minhas mãos.

− Entendo. O que te fez mudar de ideia?

− Não poderia ignorar isso, tenho coração. – Maite sufocou uma risada com a frase de Dulce. – Mesmo muitos não acreditando.

− Senhorita Dulce, estamos presos a sua vontade aqui. Mesmo cientes de suas limitações. Os moradores da vila não têm culpa pelo seu passado. Isso nos leva a senhora Maite.  

− O que tem eu? – Perguntou perdendo o ar superior que carregava nos olhos.

− Tudo. Sei que está sofrendo pela perca da senhora Blanca e estava estressada com a gravidez, mas poderia tentar entender o lado da senhorita Dulce. Ela foi forçada a estar aqui... vai devagar com ela. Sua mãe é um assunto delicado pelo que entendi.

− Entendo Sr. Herrera.

− Bom, agora sobre o assassinato. Sim, assassinato. A senhora Blanca tinha algum inimigo? – Maite levou a mão na boca em choque. Ser delicado não era meu forte.

− Não que eu saiba. Blanca era amada. Nunca a vi discutir com ninguém. Uma vez apenas se desentendeu com Christopher Uckermann, mas era afilhado dela... ela o amava.

− Blanca tinha um afilhado? – Dulce parece estar em choque com a revelação, realmente não conhecia nada da rotina de sua mãe.

− Sim Dulce, Christopher é irmão de Eddy. Mas não mora mais aqui atualmente. – Maite respondeu seca.

− Acho importante explicar o porquê ele não mora mais aqui para Dulce senhora Maite, é uma informação importante para a herdeira da vila. – Pedi mais para ver como os moradores via a história de dentro. Maite respirou fundo e resumiu, notável como ela gostava do meliante.

− Christopher Uckermann chegou na vida um ano depois de mim. Morava com seus pais e Eddy era um bebê. Cresceu aqui e Blanca tinha por ele um carinho enorme. Ela o mimava até. Bom, Christopher mudou depois que começou a namorar Belinda. Sempre querendo mais e mais dinheiro. Envolveu-se com um grupo ruim e pediu para sair da vila. Blanca tentou segura-lo, ele se alterou, mas não passou disso. Depois não voltou mais a por os pés aqui.

− Onde ele está agora senhora Maite? – Perguntei vendo que essa parte da história ela estava evitando.

− Christopher Uckermann está preso.

− Preso??? – Dulce gritou realmente surpresa. – Um membro da perfeita vila preso???

− Sim senhorita Dulce, Christopher foi preso por tentativa de sequestro. Está condenado por dois anos. – Dulce olhava para mim de boca aberta.   

− Provavelmente foi ele. Se não temos mais suspeitos... esse com certeza se encaixa. É perigoso demais. Mas só dois anos, poderia pegar perpétua se acrescentar a morte de Blanca?

− Se for provada sua culpa sim. – Confirmei e Maite entrou na conversa, praticamente chocada com nossa linha de raciocínio.

− Christopher não tem nada a ver com a morte de Blanca. Primeiro porque fazia quase dois anos que não pisava aqui; e segundo porque no horário em questão que a pericia deu a morte de Blanca, ele já estava preso e aguardava julgamento a dias.

[...]

 Monterrey – A vila, 08 nov 2013.

   Com o passar dos dias viver na vila era simplesmente tranquilo. Diferente do meu antigo trabalho, ali no distrito 7 eu tinha tempo até para estudar casos. Pedi a ficha completa desse Christopher Uckermann, mesmo com o relato de Maite ele continuava a ser meu suspeito número um sobre a morte de Blanca Espinosa.

   A herdeira estava se adaptando rápido a rotina, já era possível encontrar com ela sem Maite bufando sobre seu ombro. Os mais antigos a chamavam de “máquina de fazer amigos”, mesmo a baixinha não curtindo jantares entre os moradores, nem muito menos sair para boates. 

   A única coisa que não mudava era Belinda no meu pé. Por Deus, não entendia minhas indiretas e até diretas sobre não querer nada com ela. Fora as roupas cada dia mais justas. Aquela sexta porém já tinha atingido meu limite.

− Sr. Herrera, a senhorita Anahí deseja vê-lo.

− Mande-a entrar. – Nossa, ela estava ali, a garota que tanto queria ver. Acho que não disfarcei minha empolgação com a notícia, Belinda fechou a cara na hora. Anahí entrou na minha sala e Belinda também.

 − Sr. Herrera, desculpe o incomodo. Serei rápida. – Disse docemente, cheguei a ir mais para frente na cadeira para escuta-la melhor. – Bom, não sei se o senhor sabe, mas eu e mais duas meninas voltamos da faculdade entre as onze e meia e meia-noite. Nesse horário não existe vida pela rua e nos sentimos ameaçadas.

− Pelo que? – Belinda a interrompeu, perplexa.

− Pela noite em si. Somos moradoras da vila e do ponto de ônibus até a portaria da vila são dois quarteirões desertos.

− Entendo senhorita Anahí. E o que você me indica para sua proteção?

− Sei que o senhor faz uma ronda noturna, gostaria de indicar que a fizesse nesse horário. Ficaríamos mais tranquilas com sua presença.  

− Claro. Sem problemas nenhum. – Seria perfeito, teria uns minutos com ela todo dia. O pouco que sabia de Anahí era que estudava demais, e não era de sair. Essa seria minha oportunidade de me aproximar. – Posso modificar hoje mesmo o horário.

− Hoje não Alfonso, você prometeu me levar para sair. – Belinda chamou atenção para si. E de verdade agora gostaria de mata-la. Nunca concordei em sair com ela. Fora Anahí que abaixou a cabeça visivelmente desconfortável.

− Senhorita Belinda. Quando aceitei seu convite para sair hoje mesmo?

− Ontem, te chamei... você não disse que não.

− Também não disse que sim. Eu não disse nada. Pensei que meu silêncio já era resposta suficiente.

− Mas Alfonso...

− Sr. Herrera para você, não lembro de ter te dado intimidade nenhuma para me chamar pelo primeiro nome. – Belinda saiu da sala pisando firme, voltei minha atenção para a senhorita Anahí. – Desculpe pela cena, não gosto de ser mal interpretado. Estarei na ronda no novo horário a partir de hoje.

 − Obrigada Sr. Herrera. Será extremamente valiosa sua presença.

− Pode me chamar de Alfonso. Nunca te chamei pelo seu sobrenome. – Anahí ficou lindamente vermelha com minha resposta. Essa já seria minha.

− Então tá. Obrigada Alfonso. 

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Vondyanny__ Sim, Dulce é uma moleca, mas ela vai mudar muito. Principalmente depois que... (shiu autora. Hihi-haha). Bjo.

Anny__ Sou sim, muito malvada. Mas gosto dessa tortura. Bom, é uma fics muito longa essa... então devagar você vai encaixando os fatos. Mas lembre... nem tudo é o que parece ser. Bjo.