Fanfic: __A vila__ | Tema: Suspense; Romance; Hot e RBD

Cap. 15__ “Não chora Christian. ”

Monterrey – A vila, 27 jan 2014.

Pov. Christian:

   Depois do showzinho que fiz na festiva de natal, pensei seriamente em desistir da vidinha do Christian Chávez. Já fazia um tempo que me questionava se todo o dinheiro do mundo valia enganar um homem tão bom quanto o sr. Antônio. Eu realmente me sentia envolvido com aquelas pessoas da vila. Sentia-me parte daquele mundinho.

    Preferi me isolar o final do ano. Não retornei as ligações, muito menos recebi as inúmeras visitas de Eddy, Dulce e Mai. Conversava apenas com Antônio e a cada conversa me sentia pior.

    O que aconteceu naquela segunda-feira porém modificou totalmente minha visão sobre minha própria vida.

− Filho. Anahí, a prima da Glorinha, está aqui para vê-lo.

− Anahí? O que a Anahí teria para conversar comigo?

− Não sei filho, mas pelo bem ou pelo mal, acho que você deveria enfrentar seus problemas em vez de ficar aqui trancado.

   Sr. Antônio tinha razão. Para um homem criado pela vida, já estava fazendo graça demais me escondendo assim. Fui ao banheiro me colocar em dia e encontrei Anahí sentada no modesto e único sofá da casa.

− Até que fim, ele está vivo.  – Disse ela brincando comigo. Inicialmente assustei, achava que Anahí iria tomar partido da prima e me receber aos gritos. Seu sorriso atiçava minha curiosidade.

− Ainda estou... –Disse apenas.

− Christian, sei que não tenho nada a ver com sua vida, mas vi que era a única que não havia tentado falar com você. Faz mais de um mês que você está aqui, trancado. A vila precisa de você.

− A vila quem? – Desabei no sofá ao seu lado. – Compliquei a situação da Dulce, acabei com o namoro do meu melhor amigo, envergonhei meu avô. Não faço falta para ninguém.

− Você que pensa menino. Dulce está se vendo perdida sem sua ajuda e tendo Maite quase de licença, sua volta poderia facilitar muito. Seu avô não se sente envergonhado pelo que aconteceu, ele mesmo me pediu para vir e conversar. Agora Eddy está realmente precisando de você...

− Por quê? Ele está doente?  

− De certa forma está. Vive pros cantos, ele perdeu as duas pessoas que mais confiava de uma vez só. Estamos dando apoio para ele, mas não é a mesma coisa. Confesso que quando ficamos sabendo o que Maria da Gloria fazia com Eddy, todos tomamos partido favorável a ele. Sei que estamos falando de minha prima, mas não aceitei e acabei saído da casa dela.

− Sério? Onde está morando?

− Com Marta, mas é temporário. O importante é que estou bem. O quarto de solteiro da Mai estava livre. Paco até me ajudou na mudança.

− Que confusão eu causei.

− Não pense assim... você fez o que era certo. Só exagerou no álcool. – Anahí riu com a própria piada.

   Descobri então que Anahí era mais do que uma menina focada em moda, era uma pessoa divertida e preocupada com seu redor. Ela também me atualizou sobre os demais acontecimentos do começo do ano e quando levei-a a porta finalizou da seguinte forma nossa conversa.

− Eu já vou indo. Bom, se eu fosse você...eu procuraria o Eddy.

− Por que você acha que devo?

− Sei lá, mas acho que ele é a pessoa que sente mais sua falta.

[...]

Monterrey – A vila, 28 jan 2014.

   Acordei disposto consertar as coisas. Tomei meu banho e fui para a casa mansão. Marta estava no hall e deu graças a Deus ao me ver cruzando a porta.

− Voltei Marta. – Disse sorrindo ao abraça-la.

− Já estava na hora, isso aqui já não era a mesma coisa sem você.

− Obrigada. Marta, antes de procurar as meninas para me desculpar, gostaria de falar com Eddy. Você o viu?

− Sim. Está um caco o pobrezinho. No segundo andar conferindo os mantimentos para as compras de fevereiro.

   Agradeci e subi as escalas dois degraus a cada passada. Era engraçado pensar que estava ali a alguns meses e nunca havia entrado no segundo andar. Não demorei para encontra-lo. Estava em pé com uma prancha de anotações. Fiquei parado um tempo apenas olhando, parecia levemente mais magro. Sabia que a culpa era mim, eu o fiz sofrer.

   Uma tristeza tomou conta de mim e resolvi que aquele não seria o momento para conversarmos. Enquanto saia, derrubei uma caixa que estava apoiada de qualquer jeito em uma pilha com outras caixas. Não fez muito barulho, mas foi o suficiente para chamar sua atenção.

− Christian?

− Errr... – Parei onde estava, entretanto não conseguia olhar para ele. − Eu precisava falar com você, mas acho que não é o momento. Volto depois...

− Não... fica. Por favor, fica.

   Eddy andou até mim e me abraçou. Senti seu cheiro. Seus braços. Aquela sensação de conforto que só naquele instante percebi que era tudo que queria. Apertei mais seu corpo. Era bom demais para pensar em soltar. Queria simplesmente morrer naquele abraço apenas para não saber a dor que seria seu fim. Encostei meu nariz em seu pescoço. Precisava registrar aquele cheiro. Precisa guardar tudo que aqueles minutos poderiam me dar. Selei meus lábios ao seu cheiro, sei que não deveria estar assim, mas nosso momento estava acabando. Senti seus abraços afrouxando ao meu redor. A ideia do fim me consumia. Um soluço involuntário me veio a boca.

− Não chora Christian... – Eddy subiu a mão até meu rosto, fazendo com que nossos olhos ficassem no mesmo nível. – Eu também não sei o que está acontecendo com a gente, mas não da pra simplesmente ignorar.

− E a gente faz o que então? – Perguntei.

   Ele sorriu tímido.

   Eu não sei o que Eddy pensava enquanto me olhava; ou se a sua decisão já havia sido tomada antes do nosso abraço; ou ainda se estava agindo por puro e sincero impulso. Pra mim nada mais importava quando notei que era ele se aproximava... que as mãos que me puxavam eram as dele... que foram seus lábios que tocavam os meus.

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Recadinho:

   Pra quem não conhece meus textos, eu gosto de escrever sobre todo tipo de romance. Pra mim amor é amor e pronto.

   Agora ao visualizar Christian e Eddy, tipo, é muito lovinho. Sabe aquela adoração de olhares que só se tem uma vez na vida, então... imagino isso.  

Obs: Sempre atentos com as datas amores.

Comentem, façam perguntas... vou adorar responder.  

Bem-vindos novos leitores...sz