Fanfic: __A vila__ | Tema: Suspense; Romance; Hot e RBD

Cap. 16__ “O problema foi a história toda.”

Monterrey – A vila, 13 jan 2014.

Pov. Anahí:

− Nem para você me defender... que tipo de prima você é Anahí?

   Definitivamente Maria da Gloria estava me tirando do sério. Ok, não deveria ter me colocado a favor do Eddy morando na casa dela, mas não consigo ser a favor de traições. Não havia motivos para trair o garoto. Com tudo que presenciei, Eddy era um bom namorado, prestativo e fiel. Glorinha não deu valor, confessou que estava traindo-o a meses.

   Falei mesmo que Eddy merecia alguém que o amasse com o mesmo valor.

   Não me arrependo!!!

   O problema era ficar agora ouvindo os gritos dela o dia todo. Nem conseguia trabalhar nos meus projetos por conta disso. Precisava sair daqui o quanto antes.

   Ir para onde?

   Não consegui juntar muito para mudar como estava nos meus planos.

− Está me ouvindo Anahí? – Gritou Glorinha ao notar minha falta de interesse nos seus gritos.

− Estou, mas seus gritos não mudam minha opinião.

− Sua falsa. Você deveria me apoiar sabia? Me deve isso por morar aqui.

− Não. Não devo não. Você fez suas escolhas, não pode me impor a elas. E preciso sair, cansei dessa conversa.

− Vai chorar nos ombros do delegado Herrera. Isso é né... se ele notar seu interesse nisso. Fica aí dando uma de certinha e que esse nem te quer mais!

   Sai deixando Gloria gritando sozinha. A raiva aumentava quando envolvia o delegado nos seus chiliques. Era verdade que estava tentando algo com ele a um tempo e o mesmo nem se quer me dera um único selinho. Ficavam conversando horas e mais horas, e nada mudava.  Era o mesmo beijo no rosto todo final de noite.

   Andei até a casa mansão, não porque tivesse que ir, mas porque pareceu ser um bom lugar para me acalmar. No hall de entrada sr. Antônio ocupava o lugar que geralmente sorria Maite e seu barrigão de seis meses.

− Deseja algo menina? – Perguntou simpático como sempre.

− Não sr. Antônio. Precisava me distrair somente.

− Entendo. São dias pesados esses que estamos vivendo.

− Sim. Maria da Gloria está me deixando louca. Ela está erradíssima e ainda quer ter razão. Preciso arrumar um lugar urgente para sair dali...

− Não deve estar fácil, vejo pelo meu Christian que nem sai de casa para nada. Está se sentindo culpado por tudo o que aconteceu.

− Ele ama de verdade o Eddy né. Imagino que faria o mesmo se estivesse na situação de Christian.

 − Menina, você poderia tentar falar com meu Christian, quem sabe você ele escuta. Todos os outros não estão tendo sucesso nisso.

− Acho que também não terei... não somos muito próximos.

− Tente. Em troca a esse favor acharei um lugar bom para você ficar aqui na vila.

− Combinado. – Sorri apertando sua mão. Sr. Antônio era um homem de palavra.

[...]

Monterrey – A vila, 10 out 2015.

− O que? Mas quando é essa festa?

− Miga sua louca, você acha que a Mai me deu detalhes? Tá uma bagunça aqui hoje. Só vem preparada para fortes emoções. Beijos. – Christian desligou.

   Adorava esse jeito leve do Christian ver a vida. Provavelmente Maite deveria ter brigado com Dulce novamente. Essas meninas são fogo juntas.

   Peguei quatro novos vestidos longos que tinha na numeração de Dulce. Ela tinha um gosto simples, porém era o gosto sofisticado de Maite que eu teria que agradar. Coloquei na minha mala rosa de trabalho, presente de Paco, e estava saindo quando o mesmo chegou. Apesar de morar na mesma casa, Paco era o filho de Marta que menos parava ali. Bem o oposto de Olfo que não saia.

− Boa tarde Anny.

− Oi Paco... – Beijei seu rosto.

− Está de saída? 

− Sim. Casa mansão. Dulce tem festa com o comitê.

− Vish... vai na fé, da pra escutar os gritos de Mai da rua.

− Está sério assim?

− Eu não sei o que a Dulce fez, mas conhecendo a minha irmã, foi algo grave.

   Despedi-me de Paco já na calçada e caminhei pensativa até a casa mansão, puxando minha mala. Ele estava certo, logo na faixada se ouvia Maite dando aquele sermão.

   No hall de entrada só Christian e Eddy escutavam o que parecia ser um julgamento completo vindo do terceiro andar. Parei ao lado de Eddy e por uns minutos ninguém ousou dizer nada, até que Maite silenciou.

− De duas uma: ou Dulce está morta, ou Maite perdeu a voz. – Brincou Christian tirando sorrinhos de nós.

− O que aconteceu? – Perguntei a ele.

− Dulce dormiu fora da vila e chegou tem meia hora.

− E qual o problema? – Não entendi o que uma garota posar fora poderia causar toda aquela confusão.

− O problema foi a história toda. – Começou Eddy. – Dulce teve o pedido negado para a alteração do testamento. Saiu ontem de carro que nem uma louca e não atendia o celular. Mara pediu nossa ajuda. Tentamos resolver antes que Mai chegasse, mas não deu.

− Isso sem contar que Herrera esteve aqui a procura dela... – Completo Christian.

− E o que ele queria? – O interrompi mais interessada na visita do delegado do que na história.

− Boa pergunta. Não disse.

   Uma pontada de ciúmes bateu em mim. Será que Alfonso estava se interessando por Dulce? Aceito que Dulce era uma mulher de personalidade com suas camisetas e all star, também não se poderia negar sua beleza natural e principalmente o como ficava divina dentro das minhas criações.

   Resolvi subir e investigar por mim mesma. Sei que o delegado não era nada meu, mas não iria conseguir simplesmente assistir sua nova investida. Eu faria algo, mesmo se estivesse enganada.  

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Recadinho:

Me perguntaram hoje por que enrolava tanto para dar continuidade numa história e outras era mais rápida. Respondi que sou uma escritora má. Hihi-haha. Mas sendo sincera e respondendo, acredito que algumas sub-histórias são andamentos e outras são decisivas. Agora no caso de “A vila” ainda não chegamos na história principal, logo, todas as histórias são andamento. Então ainda temos seis histórias acontecendo.

Beijinhos.