Fanfic: __A vila__ | Tema: Suspense; Romance; Hot e RBD

Monterrey – A vila, 23 set 2013.

Pov. Maite:

   Positivo. Claro e visível. Positivo.

   Minha vida era perfeita, casei com o amor da minha vida e conseguimos permanecem na vila que tanto amava viver. Na minha vida reconheço que sempre tive de tudo pelo apoio de uma grande mulher. Eu tinha cinco anos quando Blanca me viu pela primeira vez, vendia bala no semáforo quando seu carro parou e ela desceu para conversar comigo. Dizia que eu parecia com sua filha e que não me deixaria assim. Minha família foi a primeira a se mudar pra vila. Minha mãe foi contratada como empregada da casa mansão, enquanto eu, Olfo e Paco meus irmãos finalmente começamos a frequentar uma escola.

   Assisti a vila aumentar de tamanho e população, e sempre fomos modelos de como poderia ser bom morar lá.  Will era da sétima família. Seu pai era alcoólatra e mal tratava sua mãe, suas irmãs e a ele também. Dona Blanca tratou o vicio dele e ajudou Will a ter um futuro, meu engenheiro civil.

   Olhei para o teste de gravidez novamente. Não planejávamos um filho agora, mas queríamos ter no mínimo um casal. Até nomes escolhemos para quando acontecesse. Helena se fosse menina e Henrique se fosse garoto. Um dos dois estava a caminho.

   Sabia que apenas uma pessoa merecia saber primeiro da grande notícia. A madrinha do meu bebê. Entrei no serviço mais cedo, estava tudo quieto demais na casa mansão. Achei estranho porque apesar de não ser nem sete da manhã, sempre tem pessoas trabalhando, conversando...vivendo. Bati na porta do seu quarto no terceiro andar. Ninguém respondeu. Bati com mais força e a porta abriu. Estava destrancada.

- Blanca? Posso entrar?...- Entrei vagarosamente para não assusta-la. Blanca estava dormindo, mas não se mexeu quando chamei. – Blanca. Bom dia. – Ainda continuava imóvel. Um desespero tomou conta de mim, coloquei minha mão sobre ela e estava fria como uma pedra. Morta.   

   Estava tremula quando o delegado Juarez encontrou no quarto com a equipe médica ao seu lado. Contei como a encontrei e que estranhei o fato de sua porta estar aberta. Blanca era muito preocupada com trancas, nunca ficava num lugar sem trancar qualquer porta que passasse. Juarez pediu para um enfermeiro me dar um calmante, recusei informando minha gravidez. Will apareceu para me buscar, não estava longe da vila e soube rápido o que aconteceu. Tudo ficou escuro quando seu olhar entrou em no meu campo de visão...

[...] 

Monterrey – A vila, 17 out 2013.

   A paz na vila nunca foi afetada como nesse mês de outubro. Começando por Will que queria por toda lei me deixar em repouso por conta do bebê. Expliquei que eu estava gravida não doente e queria trabalhar, ou ficaria louca. Depois o sumiço do delegado, ninguém entendeu nada. Fora ainda o quanto a filha de Blanca estava me ignorando. Será que essa garota não tinha coração? Liguei mais uma vez para ela...chamava até cair a ligação. Bruxa. Mal amada.

   Aproveitei a primeira tarde livre em dias para conhecer o novo delegado. Sr. Herrera parecia ser comprometido com o trabalho. Serio demais para sua idade, isso deixava claro o porquê era solteiro ainda. Ri ao ver Belinda se insinuar para o delegado e o mesmo a ignorar totalmente. Não que tivesse algo pessoal contra ela, mas a vida de Christopher ia bem antes dessa aí entrar colocando ideias idiotas na cabeça oca dele. Éramos tão verdadeiramente felizes quando nós três, Christopher, Will e eu curtíamos a escola juntos. Amigos para toda hora. Pensei em como Christopher deveria estar agora pagando pelos seus crimes e assustei ao ver que o Sr. Herrera falava comigo.

   Até o final da tarde acabei instalando Sr. Herrara na vila, era bom saber que teríamos o delegado tão próximo para qualquer situação. Após ele me acompanhou pela casa mansão, entrando junto a mim no salão de festas. Sr. Antônio Chávez já havia arrumado tudo para a reunião, era o empregado mais leal de Blanca, e estava radiante esses dias por ter encontrado seu neto perdido Christian. Antônio sentou ao meu lado para ouvir o delegado falar.

− Bem tranquilo esse menino com o público né Maite?

− Sim, quem sabe ele acalma a comunidade. – Nesse momento parei de respirar, a prima da Conceição fez ao Sr. Herrera a pergunta que todos queriam saber a resposta. Homens...comeu a menina com os olhos antes de responder. Conversei brevemente com ela quando chegou no mês passado, mas depois dessa gostaria de conhece-la melhor, sem Blanca sentia uma carência enorme de amigas.

− Gostei dessa garota... – Antônio sussurrou para mim. − ...seria uma ótima menina para meu Christian....mesmo achando que meu neto prefira meninos.

− E ele como esta? – Procurei o cara na multidão e encontrei conversando com Eddy.

− Muito bem. Não é muito de contato, mas não me deixa sozinho. É esforçado o pobrezinho, me ajudou a colocar tudo em ordem.

− Fico feliz que estão se conhecendo.

   Depois da conversa com o delegado Herrera, os moradores da vila estavam um pouco mais calmos. Will que chegou no meio da palestra sentou do meu outro lado. Meu amado estava preocupado comigo, desconfio que os meus pesadelos noturnos estejam acordando ele também. Em casa ele cuidou de mim, mantendo-me na cama com comida.

− Amor, eu estou ótima...juro.

− Mai...você anda estressada demais, pode irritar nosso bebê. Fica em casa amanhã. Por mim. Eu falto também.

− Eu estou bem, de verdade. Mas se caso me sentir mal...te ligo na hora.

− Tá dona teimosa. Ain se eu ficar sabendo que passou mal. – Me ameaçou beijando meu pescoço. – E o tal delegado, aceitou ajudar?

− Sim, vai entrar em contato com a Dulce. Tomara que não o ignore também. – Estava me entregando aos beijos quando meu celular tocou. Pulei da cama quando vi o nome Dulce Maria na tela. Atendi o mais rápido que pude.

− Alô...

− Maite, aqui é a Dulce. – Respirou fundo. – Desculpe a hora, sei que é noite aí ainda. Chego ás 20:00 horas, alguém poderia ir me buscar no aeroporto?

− Claro, providenciarei tudo. Mas alguma coisa?

− Sim. No tempo que estiver aí, não quero morar na casa de Blanca. Não sei se tem uma casa vaga, ou um hotel por perto, mas não durmo no mesmo lugar que aquela mulher dormia.  Estou indo com minha criadora Mara e não quero nada de luxo. Pode arrumar isso também?

− A casa mansão é maravilhosa Dulce, nada será mais confortável que lá.

− Pode ou não Maite? – Grossa, como gostaria de te dizer umas verdades. Como queria não precisar dessa mulher.

− Sim Dulce. Casa 21, nossa nova casa. Foi terminada faz uns dias. Dois quartos, sala, cozinha, nada de luxo...posso mobilha-la pela amanhã.

− Excelente. Às 20:00 em ponto.

− Ok Dul... desligou na minha cara...bruxa.

− Era Dulce amor? – Will estava com um sorriso de canto a canto do rosto.

− Sim, chega amanhã. – Voei para seus braços e pela primeira vez desde a morte de Blanca...dormi como um pedra.

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Amores, eu comecei a trabalhar e a vida virou de pernas pro ar.

(Não vou abandonar fics nenhuma, podem ficar sussa.)

Estou tentando atualizar minhas fics hoje. (AiAiAi)

Obs: Sei que parece confuso porque são seis pessoas contando a história, mas é essa a intenção... faço meus leitores sofrer um pouco. 

Bjos.