Fanfic: De repente (adaptação) | Tema: Vondy
Peguei meu jeans preferido e uma camisa xadrez e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo antes de mandar uma mensagem de texto para o meu pai avisando que passaria na casa dele para conversar depois da faculdade. Eu poderia ter ligado, mas, normalmente, ele dormia até tarde. Peguei a mochila e os sapatos e fui para a sala. Poncho estava sentado no sofá, comendo cereais.
— Oi. Será que você poderia me dar uma carona até a faculdade? Não sei se minha caminhonete vai conseguir chegar até lá.
— Claro. — Poncho tirou os olhos da televisão. — Você está preocupada que as pessoas não saiam do seu pé?
— Não. Acho que eles podem fazer perguntas, mas acho que não é nada de mais.
— Você acha que não é nada de mais?
Encolhi os ombros e sentei ao lado dele. Enquanto amarrava as botas, ouvi uma batida na porta da frente. Comecei a me levantar para atender, mas Poncho me interrompeu.
— Deixe que eu atendo. — Poncho foi até a porta e olhou pela janela, que ficava no topo da porta, antes de abrir um pouquinho. — Pois não?
— Eu sou Duvall. Sua Alteza enviou-me para falar com a Lady Salviñon.
Poncho virou-se para mim.
— Você está esperando um cara chamado Duvall, Lady Salviñon?
Revirei os olhos.
— Por favor, deixe-o entrar, Sir Afonso.
Poncho deu um passo para trás e Duvall entrou na nossa casa. Ele usava um terno preto e o pequeno aparelho no ouvido, de novo. Andou diretamente até mim e entregou-me minhas chaves e duas pastas.
— Bom dia, Lady Salviñon. A duquesa enviou isso para a senhora olhar. Ela achou que a senhora pudesse ter mais algumas perguntas sobre a sua família. E o Príncipe Christopher enviou esta outra pasta.
— Bom dia.
Murmurei as palavras e, imediatamente, folheei a pasta menor, enviada por Christopher. Eram artigos sobre o sistema de saúde do seu país, relatórios sobre quimioterapia e medicamentos contra câncer que não estavam disponíveis nos Estados Unidos. Será que ele próprio havia juntado esse material? Ou será que teria pedido a alguém para fazê-lo? Será que isso realmente importava? Não importava como ele tinha juntado o material, ele havia enviado as informações que sabia que me fariam querer ir embora.
Todos estavam olhando para mim enquanto eu folheava a pasta, por isso limpei a garganta e fechei o material.
— Obrigada por trazer estas coisas para mim, e por trazer o meu carro. Acho que vou levá-lo para a oficina mais tarde.
— Acho que o motor de arranque estava quebrado. Sua Alteza pediu para que ele fosse rebocado para uma oficina na noite passada e pediu para que o consertassem hoje pela manhã.
— Ah. Eu mesma teria levado o carro para a oficina. — Pagar pelo estacionamento então nem passava pela cabeça dele. Eu teria que pedir dinheiro emprestado para pagar essa dívida.
— Quem devo pagar pelo conserto?
— O Príncipe Christopher já cuidou disso, senhora.
— O quê? E pare de me chamar assim. — Franzi a testa para ele. — Por favor. Sou apenas Dulce.
— Como quiser. — Duvall balançou a cabeça. — A que horas é a sua primeira aula?
— Daqui uma hora. Por quê? — Eu podia sentir minhas sobrancelhas se juntando. — Posso ter um tempo para respirar? — Eu ainda estava processando a informação de que Christopher pagou pelo conserto do carro.
— Eu queria avisar a equipe sobre o horário em que nós vamos sair.
Duvall deu alguns passos para trás e falou com a boca na manga da camisa. Literalmente, falou em um punho de sua camisa da mesma maneira como o Serviço Secreto costuma fazer.
— Com licença? — Eu me levantei. — Como assim nós?
— A duquesa ordenou que ficássemos com a senhora. Ela está preocupada porque terá que enfrentar problemas por causa da maneira como a imprensa abordou essa história. — Duvall cruzou as mãos. — Tenho um grupo de seis pessoas, incluindo eu, e três carros.
— Qual história? Não existe nenhuma história. Três carros? Apenas para eu ir até a faculdade? — Coloquei as mãos na cintura e vi Poncho tentando sair da sala. — Poncho! Você é formado em psicologia. Não concorda que se eu agir como se nada estivesse acontecendo as pessoas vão se comportar dessa maneira também?
— Bem — disse ele. Seu rosto parecia um pouco apavorado. — Eu tenho certeza de que isso não é a mesma coisa do que fingir que está tudo bem depois que se termina um namoro. Isso pode ter repercussões na sua segurança.
— Do que você está falando? Trabalho com aves. Elas não dão a mínima se pertenço à realeza! Mudança demais acontecendo rápido demais. — Eu não tinha nem falado com meu pai ainda. Ah, Meu Deus. — Papai.
— Isso não é verdade, Dul. Você dá aula para uma classe onde quase todos sabem que está nos jornais. Sem falar das pessoas que fazem entregas no centro. — Poncho franziu a testa e encolheu os ombros. — Não posso culpá-la por querer que tudo fique normal, mas neste exato momento isso não vai acontecer.
— Dulce, seremos muito discretos. — A voz calma de Duvall não fez com que eu me sentisse menos frustrada.
— Não estou gostando disso. — A ideia gritava tão alto na minha cabeça que acabou escapando pela boca. Apontei para Duvall e franzi a testa. — Você vai fazer o que eu mandar. Fique fora do meu caminho e tente não ser visto.
— Claro. — Duvall falou na manga da camisa de novo e me controlei para não cair na gargalhada. Não tinha como Duvall ficar invisível. — Tenho um carro esperando na porta, mas a senhora deve se preparar porque a quantidade de jornalistas aumentou desde que cheguei.
— Quantos são? — Eu podia ouvir vozes do lado de fora e senti meu coração acelerar.
— Eles ainda estão chegando.
Gemi e olhei pela sala procurando meu casaco antes de enfiar as pastas na mochila.
— Então vamos acabar logo com isso, antes que cheguem mais pessoas. Acho que não preciso mais da sua carona, Poncho.
— Ligue para mim se precisar de ajuda. — Ele me saudou com a colher e sorri para ele.
— Dulce, talvez eles façam perguntas. Você decide se quer respondê-las, mas eu sugiro que não as responda. Se responder, farão mais perguntas ainda. — Duvall olhou para mim com seriedade.
— Mantenha a cabeça abaixada e sorria. Nada exagerado, apenas um pequeno sorriso — disse Poncho. — Você não vai querer ficar com a testa franzida porque, provavelmente, vai ser fotografada.
— Ah, meu Deus. — Apertei minha mão na alça da mochila.
— Pronta? — Duvall colocou a mão na fechadura.
Balancei a cabeça e forcei um sorriso. O ar frio entrou na casa e segui Duvall para o meio daquela loucura.
Autor(a): unbreakableHels
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
O acesso da imprensa ao campus é negado — WXCV DALE GORDON As luzes dos equipamentos de filmagem e o flash das câmeras me cegaram. Duvall segurou meu cotovelo enquanto descíamos as escadas. As pessoas gritavam meu nome, berravam perguntas e acenavam para tentar chamar minha atenção. Mantive meu olhar para baixo, sem querer ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 90
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:49
posta mais
-
taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:40
@dayanerodrigues achei essa fic nos seus favoritos e ameiiii
-
taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:13
leitora nova e louca querendo mais capitulos
-
taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 12:27:59
menina amando muito essa historia
-
dayanerodrigues Postado em 05/10/2020 - 14:22:42
Amei a fic
-
stellabarcelos Postado em 20/05/2017 - 01:23:12
Lindos
-
stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 10:15:10
A parte boa de tudo isso é que agora eles tem muita certeza de que são um casal para sempre! Lindos
-
stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 10:14:34
Esse último comentário foi meu
-
Postado em 09/01/2017 - 10:09:49
Que triste ele ir assim! Eu realmente acreditava que ele pudesse se recuperar
-
stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 09:31:19
Own que lindooos