Fanfics Brasil - Oito — O centro de aves de rapina recebe uma grande doação (Parte I) De repente (adaptação)

Fanfic: De repente (adaptação) | Tema: Vondy


Capítulo: Oito — O centro de aves de rapina recebe uma grande doação (Parte I)

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O centro de aves de rapina recebe uma grande doação


— MINNESOTA RAPTOR ASSOCIATION


 A viagem até o centro foi longa, mas teria sido mais curta se as pessoas tivessem parado de se virar para olhar para as janelas do carro. Quando paramos no estacionamento onde eu havia encontrado Duvall no dia anterior, desci do carro antes que Christopher pudesse dar a volta e pegar minha mochila de novo.


— Bom, aqui estamos. Última chance de pensar em algo interessante para fazer. Se você ficar aqui, talvez eu arrume trabalho para você. — Olhei para ele sem saber se eu queria que ele ficasse ou fosse embora. Logicamente, eu sabia que conseguiria trabalhar mais se ele não estivesse ali, mas também estava começando a gostar da companhia dele.


— Pode usar e abusar de mim. — Christopher aproximou-se com os olhos cheios de malícia. — Estou à sua disposição.


— Você pode se arrepender disso. — Tentei manter minha voz calma, mas não consegui.


— Duvido. — Ele abriu o portão para mim e entramos no prédio principal. As pessoas pararam para olhar para nós, mas ninguém realmente me incomodou. Pela primeira vez, naquele dia, eu me senti normal, como se pudesse ser eu mesma.


Joguei a mochila num canto do escritório e olhei pela sala procurando por alguma anotação. David havia estado ali mais cedo para olhar as aves. Felizmente, todas pareciam estar lidando bem com o frio.


— Talvez seja melhor você tirar o seu paletó. — Peguei o grande casaco de neve do Dr. Geller no cabideiro e joguei-o para Christopher. Ele vestiu o casaco e pendurou o paletó no cabideiro.


Aquela era a parte do dia pela qual eu tanto esperava. Ali eu não precisava lidar com alunos ou com perguntas idiotas. A maioria das outras pessoas estava indo embora ou indo para seus escritórios para preencher formulários. Eu podia me concentrar em minhas aves, mergulhar na pesquisa e agonizar sobre minha tese. Aquilo era a minha paixão e ali nada mais me atrapalhava. Nada mais vinha em primeiro lugar.


Christopher não falou muita coisa enquanto eu mostrava as instalações para ele: as gaiolas, os recintos e a área onde preparávamos a comida. Havia também uma sala bem pequena onde o Dr. Geller examinava as aves machucadas que eram trazidas até nós. Era uma época meio parada do ano, considerando que as aves que podiam fugir do frio faziam isso. Foi por isso que o Dr. Geller escolheu esta época do ano para levar um grupo de alunos para o Sul. Eles haviam passado um tempo em Everglades e nos pântanos da Louisiana. Acho que também era uma maneira bastante conveniente para ele de se afastar da neve por um tempo.


— Quantos trabalham aqui? — Christopher estava ajudando a tirar algumas aves enquanto eu limpava as gaiolas. Ele não precisou de muita explicação. Era fácil dizer que ele estava acostumado há passar bastante tempo com aves de rapina.


— Depende da estação do ano. — Peguei um balde para usar como lixo. — No verão temos voluntários para nos ajudar. Há exposições e programas educacionais também para levantar dinheiro para cuidar das aves.


— Educação é a chave, não é? Quanto mais as pessoas entendem sobre estas criaturas, mais são capazes de enxergar sua importância vital. — Gentilmente, Christopher pegou a coruja no poleiro e colocou-a em seu braço, coberto por uma luva. — Isso é uma das coisas em que estou trabalhando para quando voltar para casa. Eu coordeno uma instituição de caridade que vai até as escolas e centros para ajudar a educar o público. As crianças adoram.


— Como se chama?


The Future Bird Trust. — Ele não olhou para mim enquanto conversávamos, com os olhos presos no pássaro, e por isso não viu minha expressão boba.


— Você coordena o FBT? Achei que a sede deles fosse na França.


— Sim, trabalhamos junto com o governo francês para defender as leis que protegem estas maravilhas. — Ele olhou para mim sobre a cabeça da coruja, seus olhos estavam cheios de determinação. — Meu objetivo é levar o FBT para os países vizinhos para educar o público sobre a importância das aves de rapina. Espero que, com mais conhecimento, as pessoas entendam por que é tão importante preservar estes pássaros.


— Já li sobre o FBT. — Encostei a pá que estava carregando na parede e fui lavar as mãos. — Eles fizeram algumas coisas importantes.


— Obrigado. — Ele olhou de novo para a coruja, examinando o grande corte no bico. — O que aconteceu com ela?


— Carro. — Voltei para a mesa para terminar de separar a comida. Ratos e camundongos eram a entrada para o jantar. Essa não era minha parte preferida do trabalho, mas àquela altura eu já conseguia desempenhá-lo bem. Todos têm que comer. Levei um ratinho para perto de Dover, a coruja que Christopher estava carregando. Christopher pegou o rato com a mão enluvada e levou-a até o pássaro.


— Vamos lá, bonitinha. Não tenha vergonha. — Christopher se chateou quando Dover virou a cabeça para longe da refeição. — Eu vi você olhando para a comida enquanto a adorável Dulce preparava para você.


— Ela é recatada. — Sorri para ele, sem saber se eu estava mais entretida com seu tom de voz tentando persuadi-la ou por ele ter me chamado de adorável.


Ele resmungou algumas palavras na língua dele, pelo menos achei que era a língua dele, e Dover virou-se para ele. Ele riu e ofereceu o rato de novo, que ela se dignou a aceitar. Não a julguei por olhar para ele. Embora ele falasse bem inglês, com um sotaque quase britânico, aquelas palavras que disse eram lindas.


— Bom, acho que essa foi a primeira vez em que ela aceitou uma refeição tão rapidamente.


— Sério? — Ele sorriu para mim.


— É o sotaque. As mulheres sempre se impressionam com um sotaque. — Revirei os olhos.


— E o sotaque funciona para você?


— Quem me dera! — Eu me atrapalhei tentando colocar as luvas. Olhei para ele sobre meus ombros para ver se ele estava me observando.


— Verdade. — Ele piscou para mim. Meu coração se acelerou e eu me virei para terminar de preparar as refeições. Infelizmente, derrubei a pá e fui recompensada com um alto estrondo que fez com que todas as aves que estavam por ali batessem asas. Eu me abaixei para pegar a pá e olhei para Christopher. Ele estava olhando para meu traseiro descaradamente.


Quando percebeu que havia sido pego em flagrante sorriu e levantou uma sobrancelha.


— Bonito seu jeans.


— Obrigada. — Eu me virei para continuar minha tarefa.


— Não, eu é que agradeço. — Ele riu e eu fiquei vermelha.


— Você sabia o que a sua tia ia me dizer na noite passada? — perguntei, querendo mudar de assunto.


Continuei de costas para ele, sem querer que ele visse minhas bochechas rosadas.


— Não. Ela me pediu para acompanhá-la ao jantar já que eu não tinha outros planos, e eu concordei. Ela mencionou algo sobre a universidade, mas como eu já tinha estado lá naquele dia, eu não tinha motivo para pensar que fosse outra coisa.


— É, eu vi vocês lá. Você estava ocupado paquerando uma loira do lado de fora da biblioteca e eu não pude entrar pela porta da frente. Precisei dar a volta pelos fundos e ainda assim não me deixaram entrar porque o príncipe charmoso estava ali.


Ele riu do meu veneno e eu me lembrei da maneira como ele estava rindo com a garota. Meu peito se apertou. Tentei controlar a emoção, pois eu não tinha nenhum motivo para me importar com aquilo.


— Jackie.


Ele disse o nome dela com carinho e senti minhas costas se enrijecerem. Não havia motivo para eu me importar se ele gostasse dela. O fato de ele estar me paquerando não significava nada. E, de verdade, eu não tinha nenhuma utilidade para um príncipe.


— Ela foi escolhida para nos apresentar o campus. Acho que ela faz parte de um grêmio.


Continuei cortando os pedaços do camundongo e cerrei os dentes. Claro que ela fazia parte do grêmio. Bonitinha, loira, roupas de marca. Provavelmente, aluna de administração para ter um diploma quando começasse a trabalhar na empresa da família. Além disso, ela estava linda ao lado de Christopher para a foto que havia sido tirada para registrar o evento. Eles ficaram bonitos um ao lado do outro. E pareciam confortáveis um na companhia do outro.


Eu resmunguei.


— É, ela era a perfeita anfitriã, tenho certeza.


— Sim, Jackie foi uma… excelente acompanhante. — Acompanhante? Acompanhante? As palavras seguintes de Christopher cortaram meus pensamentos e me divertiram. — De que tamanho você está pensando em cortar isso?


— Merda.


Franzi a testa e olhei para a bagunça que eu havia feito. Coloquei tudo de lado e comecei a mexer em outro camundongo. Eu congelaria aqueles para alimentar os pássaros que precisavam ser alimentados por seringa.


— Sabe, se eu não a conhecesse, pensaria que está com ciúmes.


Eu me virei para olhar para ele. Abri a boca e depois fechei. Se eu negasse, pareceria uma boba, mas não conseguia simplesmente dizer a verdade a ele. Merda, merda, merda. Eu estava com ciúme. Sai dessa, Dul!


— Você tem um ego e tanto, não é?


Olhei para ele enquanto ele colocava Dover no poleiro para acabar de comer.


— Acho que gosto desse seu olhar. — Seus olhos tinham tons diferentes de castanho quando ele me olhava. — Jackie era legal, muito amável e burra como uma porta. Ela nem chega aos seus pés. — Ele tirou as luvas e veio até mim. Eu me espremia contra o balcão a cada passo que ele dava. Colocando uma mão de cada lado do meu corpo, ele se inclinou. — Abaixe esta faca Dulce.


— Por quê?


 



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Autor(a): unbreakableHels

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:49

    posta mais

  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:40

    @dayanerodrigues achei essa fic nos seus favoritos e ameiiii

  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:13

    leitora nova e louca querendo mais capitulos

  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 12:27:59

    menina amando muito essa historia

  • dayanerodrigues Postado em 05/10/2020 - 14:22:42

    Amei a fic

  • stellabarcelos Postado em 20/05/2017 - 01:23:12

    Lindos

  • stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 10:15:10

    A parte boa de tudo isso é que agora eles tem muita certeza de que são um casal para sempre! Lindos

  • stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 10:14:34

    Esse último comentário foi meu

  • Postado em 09/01/2017 - 10:09:49

    Que triste ele ir assim! Eu realmente acreditava que ele pudesse se recuperar

  • stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 09:31:19

    Own que lindooos


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