Fanfics Brasil - Dezessete — Será que a duquesa americana vai se dar bem? (Parte II) De repente (adaptação)

Fanfic: De repente (adaptação) | Tema: Vondy


Capítulo: Dezessete — Será que a duquesa americana vai se dar bem? (Parte II)

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A luz do sol brilhava no quarto quando acordei com uma batida na porta. Sentei na cama e olhei confusa pelo quarto. Ouvi uma nova batida e saí debaixo dos cobertores para atender. Abri a porta e vi Christian do outro lado.


— Bom dia, duquesa. Trouxe café para a senhora. - ele me entregou uma xícara que peguei sem hesitar. Poderia até ser veneno, mas se tivesse café misturado nele eu morreria feliz. Enquanto bebia o café ele entrou e colocou um computador e um caderno na mesa que ficava no canto. — Já pedi que trouxessem mais uma xícara de café para você e pode pedir comida se estiver com fome. Eu não sabia se você iria querer café da manhã ou almoço.


— Vá mais devagar, por favor. - olhei confusa para ele. — Café da manhã ou almoço?


— Sim, já é quase meio-dia. - parei a xícara antes de pôr na boca.


— Ah, meu Deus. Por que você não me acordou?


— Não havia nenhum compromisso para esta manhã. - ele se sentou e procurou pelas gavetas até achar um lápis. — Achei que talvez precisasse descansar. Você teve uma semana bastante agitada.


— Isso é bem verdade. - eu me sentei na cadeira em frente à mesa.


— Já mexi na sua agenda e marquei algumas reuniões que vai precisar fazer nos próximos dias, e deixei um tempo para conhecer um pouco do país. Christopher insistiu que você precisava passar alguns dias aqui na capital antes de ir para o seu estado. - Christian sentou-se meticulosamente à mesa. — Acho que Maite também quer passear com vocês.


— Tudo bem. - puxei os pés para cima da cadeira e terminei de tomar meu café. — Primeiro, comer, depois fazemos o que precisamos fazer.


— Excelente. Já recebemos solicitações para a sua presença a alguns eventos e você foi convidada para vários jantares aqui na cidade. Disse a eles que tudo dependia da sua aprovação.


— Presença onde? - eu me concentrei no que acreditei ser mais importante.


— A embaixada americana pediu para que você encontrasse a embaixatriz. Acho que eles querem conhecê-la. - ele sorriu afetuosamente como se aquilo fosse bonitinho. — Houve também uma solicitação para que vá a uma escola americana e ao zoológico em algum horário nesta semana.


— Uma embaixatriz, uma escola e um zoológico. - pensei um pouco. — Tecnicamente, ainda não recebi meu título de volta.


— Isso é apenas uma formalidade. Por falar nisso, a rainha gostaria que a cerimônia fosse realizada em dois meses, a não ser que você tenha outros planos? - a voz dele se elevou no final para que eu entendesse que aquilo era uma pergunta.


— Acredito que minha agenda esteja vazia nessa época.


— Na verdade, não, mas entendo o que você quer dizer. Vou avisar o Lord Chamberlain. - ele sorriu para mim. — Também falei com a equipe do Dr. Bielefeld e providenciei para que eles entrem em contato com os médicos de seu pai. Ele, provavelmente, examinará os relatórios dele a qualquer instante.


— Ótimo! Ele está aqui na cidade? - eu me sentei e inclinei para frente.


— Ainda não. Ele estava em Paris participando de um congresso e atendendo alguns pacientes. Mas mantém contato constante com o escritório, e por isso podemos esperar atualizações precisas das informações. - Christian sorriu um pouco maliciosamente. — Parece que o doutor ficou animado em ajudar a duquesa americana.


— Ah, não. Não me diga que ele está apaixonado.


— Ele certamente está. Cativado, se quiser pensar assim. Com certeza existe um fascínio pela realeza na América. Provavelmente porque eles não têm nenhuma realeza por lá. - Christian abriu seu caderno em uma página diferente. — Espero que não se importe, mas olhei a sua bagagem e acredito que seria apropriado você ir às compras. Você tem vários vestidos e roupas adoráveis, mas é fato de que vai precisar de muito mais... - olhei para ele e coloquei a xícara na mesa. Ele pegou minha xícara e colocou um suporte embaixo dela.


— Você olhou as minhas roupas?


— Bom, sim. Isso faz parte do meu serviço. Ajudar a verificar se você tem tudo o que precisa. - ele olhou para mim pacientemente. — Sei que parece uma intromissão, mas tente enxergar isso de outra maneira. Além disso, eu não poderia me interessar pelos seus sutiãs e calcinhas, eles não serviriam em mim. Embora eu recomende que você compre mais roupas para dormir. Você trouxe apenas regatas e camisetas gigantes. - ele falou como se aquilo fosse um crime.


— Ei!


— Sem ofensas. São tops e camisetas gigantes bastante bonitos se você gostar desse tipo de coisa, mas se vai deixar o Príncipe Christopher ajudá-la a se despir todas as noites, talvez queira comprar algo mais sexy para dormir. - ele mexeu as sobrancelhas. — Não que eu vá dizer uma palavra a esse respeito, claro. Nem uma palavra.


— Não é o que você está pensando! - gaguejei. — Ele é meu amigo, e eu não conseguia alcançar o zíper… Eu só… Não é o que você está pensando!


— Claro que não, querida. Mas eu não culparia você se algo estivesse acontecendo. Aquele homem já arrebatou o coração de várias mulheres. - Christian sorriu para mim e piscou. — E, se precisar de ajuda da próxima vez, avise-me. Terei prazer em ajudá-la. Eu vinha ver você, quando vi Christopher saindo de seu quarto. - eu não me sentia muito melhor ao imaginar Christian ajudando-me a tirar a roupa. Ele riu com a minha hesitação.


— Não vou ficar cobiçando você, se é com isso que se preocupa. Nem um pouquinho, está bem?


— Ah. Tudo bem. - aquilo explicava a brincadeira com minhas roupas íntimas. — Ouça, você realmente não pode contar a ninguém o que viu ontem à noite. Não aconteceu nada e Christopher já tem problemas suficientes com a imprensa.


— Você pode confiar em mim, madame. Eu não teria este cargo se houvesse alguma chance de eu deixar alguma informação vazar para a imprensa ou de iniciar algum rumor. – ele sorriu para mim e deu um tapinha na minha mão. — Agora, vou pedir comida enquanto você se troca. Alguma preferência?


— Frutas? Talvez iogurte e aveia?


— Combinado. Eu vestiria o tubinho azul. Vai ficar adorável em você. E seria apropriadamente patriótico.


Christian desapareceu pela porta e fiquei me perguntando o que acabara de acontecer. Mas, fiz o que ele sugeriu, peguei minhas roupas e tomei um banho. Eu me apressei porque não sabia quanto tempo levaria para a comida chegar. Havia um secador no banheiro e então sequei meu cabelo rapidamente e puxei metade dele para tirá-lo do meu rosto. O vestido ficava perfeito em mim, mas eu detestava ter que usar meia-calça com ele. Ele não era bem um tailleur, apenas um vestido simples com um casaco que combinava. Coloquei de novo os brincos de minha mãe e calcei os sapatos de salto alto que Annie havia insistido que eu comprasse.


O café da manhã estava na mesa perto da lareira. Alguém havia acendido o fogo, por isso eu me sentia bem quentinha enquanto comia e assistia a neve cair pelo lado de fora da janela. Christian tomou um prato de sopa enquanto conversávamos sobre meus compromissos para o restante do dia. Assim que fiquei pronta para sair, Becca e outro segurança vieram nos acompanhar. Fomos direto para a embaixada para encontrar a embaixatriz dos Estados Unidos da América. Havia fotógrafos do lado de fora do palácio, e outros mais, quando chegamos à embaixada. Parei e sorri para algumas fotos antes de entrar para me proteger do frio. Se Christian não tivesse me implorado com os olhos, eu não teria parado para foto alguma.


Acabei descobrindo que Christian tinha um valor inestimável. Ele conhecia todos pelo nome e sabia me contar sobre as coisas em que eles estavam trabalhando. A embaixatriz era uma senhora simpática, de cabelos loiros, olhos sérios e sorriso curto. Ela me apresentou a seus assessores e ofereceu ajuda na minha mudança e para trazer meu pai para o país. Fiquei lá por uma hora. Foi como se eu tivesse tido uma aula de história. Havia datas, histórias e fotos. Só consegui torcer para que não tivesse que fazer uma prova sobre aquilo. E então, mais uma vez, Christian mostraria o seu valor. Fomos até uma escola de Ensino Fundamental para filhos de trabalhadores e expatriados americanos. Gostei muito mais daquela visita do que da que fiz à embaixada. As crianças tinham todos os tipos de perguntas a fazer. Tirei foto com uma das classes e uma menininha com cabelo castanho-escuro preso em uma trança subiu no meu colo. O fotógrafo do palácio havia nos encontrado na escola e ele pareceu entender que fotos demais deixariam todos enlouquecidos.


Depois da escola, fomos às compras. Becca parecia gostar de me ver sofrer enquanto fazia compras. E eu realmente sofria. Christian era incansável, sempre me trazendo coisas para experimentar. Foi tão divertido quanto achei que seria, mas fui embora com vários vestidos de uma estilista de Lilaria, calças vistosas e novos suéteres. Eu tinha quase certeza de que havia ofendido Christian com meu estilo. Ele sacudia a cabeça e colocava no balcão algo que, no começo, eu não havia gostado.


— Confie em mim. Se eu não fosse um assessor extraordinário, trabalharia com moda. - ele olhava para mim e eu fingia revirar os olhos. — Isso vai ficar lindo em você, madame.


— Por que precisei vir até aqui se é você quem vai escolher tudo? - olhei para ele com descontentamento.


— Você achou aquele suéter maravilhoso, então o seu caso não está perdido. Pense em mim como um guru da moda e em você como minha protegida relutante.


 Eu ri para ele, feliz por estarmos nos dando tão bem. Era um pouco como se Annie estivesse comigo. Ela havia me enviado uma mensagem de texto para me avisar que eu aparecera na televisão. Parecia que minha chegada havia sido mostrada na TV nos Estados Unidos. Eu ficara horrorizada, mas ela parecia ter adorado me ver. Disse que parecia que estava lá comigo. Meu pai havia feito outro ciclo da quimioterapia e eu estava me sentindo incrivelmente culpada por estar fazendo compras enquanto ele passava por aquela tortura. Patricia havia me enviado uma mensagem para avisar que ele estava bem e que eles haviam me visto na TV.


Eu precisava ligar para o papai logo e anotei mentalmente que tentaria fazer isso ainda naquela noite. Eu queria ouvir a voz dele. Estive ocupada desde o momento em que pus os pés ali, mas sinto mais do que só um pouquinho de saudade.



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Autor(a): unbreakableHels

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:49

    posta mais

  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:40

    @dayanerodrigues achei essa fic nos seus favoritos e ameiiii

  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:13

    leitora nova e louca querendo mais capitulos

  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 12:27:59

    menina amando muito essa historia

  • dayanerodrigues Postado em 05/10/2020 - 14:22:42

    Amei a fic

  • stellabarcelos Postado em 20/05/2017 - 01:23:12

    Lindos

  • stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 10:15:10

    A parte boa de tudo isso é que agora eles tem muita certeza de que são um casal para sempre! Lindos

  • stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 10:14:34

    Esse último comentário foi meu

  • Postado em 09/01/2017 - 10:09:49

    Que triste ele ir assim! Eu realmente acreditava que ele pudesse se recuperar

  • stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 09:31:19

    Own que lindooos


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