Fanfics Brasil - Trinta e três — Sua Alteza Real Príncipe Christopher e a Duquesa Saviñon partem para os Estados Unid De repente (adaptação)

Fanfic: De repente (adaptação) | Tema: Vondy


Capítulo: Trinta e três — Sua Alteza Real Príncipe Christopher e a Duquesa Saviñon partem para os Estados Unid

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Sua Alteza Real Príncipe Christopher e a Duquesa Saviñon partem para os Estados Unidos


— LILARIAN DAILY


 


A manhã seguinte chegou rapidamente. Eu me senti como se mal tivesse caído no sono e o sol já estava entrando pela janela. O palácio estava movimentado e era surreal pensar que tudo aquilo era por causa da minha família. Havia segurança extra em todos os portões e os fotógrafos e jornalistas haviam sido afastados do local.


Enquanto a médica me examinava, Christopher delegava suas tarefas a outras pessoas. May era quem estava pior, com os olhos vermelhos e lacrimejantes sempre que olhava para mim. Embora eu dissesse a ela que não tinha culpa, sabia que ela se sentia culpada. Becca quis demitir-se, o que achei ridículo. Quando disse que ficasse quieta ela deu uma risadinha e prometeu nunca mais me perder de vista de novo. Eu não tinha certeza se aquilo era algo bom ou ruim. Christopher recusou-se a sair do meu lado e, já que eu não podia nem pensar em andar, não saímos do quarto dele até chegar a hora de irmos para o aeroporto.


A rainha havia tomado providências para que seu jato nos levasse de volta aos Estados Unidos e ele estava esperando por nós no aeroporto. Christian havia ido para Saviñon no helicóptero da rainha durante a noite para pegar mais roupas para eu levar na viagem. Stanley e Margie haviam mandado comida, o que divertiu a rainha, mas eu gostei. Era isso que se fazia quando alguém estava passando por um momento difícil. Você os alimentava. Era uma tradição em todas as culturas.


Liguei para Patrícia a caminho do aeroporto e fiquei aliviada em saber que papai finalmente havia acordado. Falei rapidamente com ele, mas ainda estava cansado demais. Annie e Poncho também estavam com ele e aquilo ajudou a aliviar a frustração que sentia em meu coração. Os médicos não davam muita informação, pois, tecnicamente, eles não eram da família, mas pelo menos meu pai não estava sozinho. Aquilo parecia tão estranho para mim. Patrícia, Annie e Poncho juntos eram a coisa mais próxima que eu tinha de uma família. Eu falei com um dos médicos a caminho do aeroporto, mas as notícias não eram boas.


As células cancerígenas estavam se espalhando e nada do que eles haviam tentado ajudou. Papai se recusara a fazer mais sessões de quimioterapia e decidiu não contar a ninguém a extensão do problema. Era bem a cara dele não querer ninguém preocupado com ele, mas eu fiquei brava. Sentia como se ele tivesse roubado de mim o tempo que eu poderia passar com ele. Confrontei o Dr. Bielefeld sobre a saúde de meu pai, mas suas mãos estavam atadas. Ele nunca passou nenhuma informação falsa, mas, de acordo com a ética entre médico e paciente, respeitou o desejo de meu pai e só contou o que papai permitiu que ele contasse. Desculpou-se por não ter conseguido fazer nada mais e eu acreditei que ele realmente sentia muito.


Dormi durante a maior parte da viagem, ainda me sentindo muito triste por tudo o que havia acontecido na noite anterior. Eu havia torcido o meu tornozelo e, por isso, precisava usar uma cadeira de rodas e uma muleta para curtas distâncias. A imprensa foi à loucura quando chegamos ao aeroporto e pude sentir a raiva de Christopher como uma força física. A noite anterior estaria para sempre marcada em nossas mentes. Eu também estava brava, mas só queria ir embora dali. A rainha estava cuidando da imprensa e eu confiava nela para fazer o que fosse melhor. Seu primeiro movimento havia sido certificar-se de que não haveria nenhuma acusação de agressão contra  Christopher e eu. Havia fotos provando que o homem que chutei estava me tocando e segurando minha bolsa, o que me dava o direito de me defender.


E quanto a Christopher, parecia que o repórter estava errado por bloquear ajuda pessoal a uma pessoa em apuros. Eu não fazia a menor ideia de como aquilo funcionava, mas estava guardando para provocar Christopher num outro dia. Eu tinha certeza de que poderia, depois, fazer várias brincadeiras sobre o Cavaleiro da Armadura Reluzente. Fotógrafos esperavam por nós nos Estados Unidos, mas decidi ignorá-los. Na verdade, nosso pronunciamento oficial era que não havia nenhum pronunciamento oficial naquele momento e que agradecíamos a todos por respeitarem nossa privacidade durante um momento difícil. Eu não falei nem olhei na direção deles, Christian foi o porta-voz sempre que houve necessidade de dizer alguma coisa. Após o fiasco na casa noturna, a cidade havia fornecido escolta policial para nós e uma equipe de segurança fora deslocada para o hospital para cuidar do meu pai. Eles não estavam dando espaço algum. Dava a impressão de que precisávamos desse tipo de proteção para evitar que pessoas apontassem armas para nós, não máquinas fotográficas.


Chegamos à entrada principal em uma onda de sirenes e luzes piscando. Annie, Poncho e um homem usando um terno esperavam por nós na porta com uma cadeira de rodas. Christopher me ajudou a descer do carro e a sentar na cadeira.


— Sua Alteza. Duquesa. Estou no comando do setor de oncologia. Sinto muito conhecê-los em circunstâncias tão tristes. Se eu puder ajudar de alguma maneira, por favor, não hesitem em falar comigo. - o homem apertou nossas mãos antes de dar espaço para meus amigos.


 Com lágrimas nos olhos, Annie me abraçou e então acariciou minha cabeça como se eu fosse um animalzinho doente. Poncho inclinou-se e abraçou-me com cuidado, encolhendo-se o corpo ao ver o machucado em minha têmpora esquerda.


— Estou bem, pessoal. São minhas pernas. Principalmente. Eu poderia andar se Christopher parasse de reclamar dizendo que estou indo muito devagar.


— Ha, ha. - ele empurrou a cadeira pela porta e entramos no hall do hospital. Alguns pacientes pareciam surpresos em nos ver ali, mas ninguém nos incomodou. O médico responsável pelo setor de oncologia parecia um embaixador, levando-nos até papai e perguntando se precisávamos de alguma coisa.


— Como está o papai? - olhei para Annie.


— Ele estava acordado quando descemos. - ela suspirou. — Dul, ele não está com boa aparência. Você precisa se preparar.


 Balancei a cabeça, mas não disse nada. Uma parte de mim estava aterrorizada pensando no que iria ver, mas a outra parte queria ir logo atrás dele. Alguns funcionários nos observavam enquanto passávamos, mas não me incomodaram. Eles não saíam de onde estavam ou tentavam tirar fotos. Nós é que estávamos interrompendo a rotina deles. Eu me sentia como uma pessoa normal. Quem pensaria que um bando de enfermeiras ocupadas e irritadas faria com que eu me sentisse melhor? Quando chegamos à porta, pedi para Annie parar.


— Não quero entrar aí de cadeira de rodas.


— Eu ajudo você. - Christopher passou o braço em volta do meu ombro e me ajudou a levantar.


— Não dissemos muita coisa a ele. Vocês estão em todos os noticiários, mas sei que você não ia querer que ele visse aquilo - explicou Annie.


— Obrigada.


— Vamos esperar aqui fora.


 Christopher abriu a porta para que eu pudesse entrar primeiro. Ele se mexeu ao meu lado para me ajudar a suportar o meu peso no tornozelo ruim e atravessamos o quarto até chegarmos à cama do hospital. Patrícia estava sentada na poltrona, tricotando. Seu rosto estava pálido e seus olhos, vermelhos. Eu a abraçaria depois de ver meu pai. Primeiro ele.


— Pai? - toquei sua mão, com cuidado para não mexer em nenhum dos tubos ou cordões.


 Annie estava certa. Ele mal parecia meu pai.


Ele abriu os olhos devagar e deu um leve sorriso.


— Ei, minha garotinha.


 Christopher puxou um banquinho para que eu pudesse me sentar e então afastou-se para nos dar um pouco de privacidade.


— Como você está? - dei a mão para ele e segurei as lágrimas que me cegavam.


— Não estou muito mal, não… - ele apertou minha mão.


— Mentiroso. - funguei.


— Sinto muito por estar deixando você. - a voz dele era tão baixa que precisei chegar mais perto para ouvir.


— Então não me deixe.


— Eu sabia que era uma causa perdida. Não vou conseguir ganhar essa.


— Por que não me contou? Por que me deixou ir embora quando estava tão mal? - sacudi minha cabeça. — Eu teria ficado aqui com você.


— Não. - ele levantou a voz. — Você precisava viver a vida. Eu não ia deixar você desistir de algo tão maravilhoso por minha causa.


— Eu poderia ter ido a qualquer momento - respondi frustrada. — Seu velho teimoso.


— Dul, eu não queria que me visse morrer. Você consegue entender isso? Eu queria que se lembrasse de mim. De quem realmente fui. Não desta casca podre.


— Você ainda é você. - as lágrimas escorriam pelo meu rosto. — Eu podia ter jogado palavras cruzadas com você e ter roubado o controle da TV depois que caísse no sono.


— Lembre-se das coisas boas, está bem? - ele levantou a outra mão. Eu me abaixei para que ele tocasse meu rosto e tentei não soluçar. — Você perdeu tanta coisa em tão pouco tempo. Merecia fazer parte de algo duradouro.


— Nossa família é duradoura. - eu me encostei-me à palma da mão dele. Fiquei com o coração partido ao sentir como seus dedos estavam frios. — Eu queria ter estado aqui.


— Não. Eu adorei ouvir sobre suas aventuras e ver as fotos que mandou. - a mão dele caiu e ele olhou pelo quarto. — O Christopher veio com você?


— Estou aqui, senhor. - Christopher veio e ficou atrás de mim.


— Cuide da minha Dul. Ela é mal-humorada, mas alguém precisa amá-la apesar disso - ele apertou meus dedos e eu revirei os olhos.


— Eu a amo e vou cuidar dela. - Christopher abaixou a cabeça. — O senhor tem a minha palavra.


— Ótimo. - papai sorriu para Christopher. — Ótimo.


 Seus dedos soltaram minha mão e eu entrei em pânico.


— Pai?


— Só estou cansado. - ele fechou os olhos e respirou fundo. Ouvi um barulho alto e mordi o lábio — Eu te amo.


— Eu também te amo.


 Não saí do banquinho até os monitores pararem de apitar e os médicos declararem a sua morte. Eu não chorava tanto há anos. A última vez em que chorei daquela maneira foi quando minha mãe morreu no acidente de carro. Quando eles o tiraram do quarto, Christopher me puxou para seus braços e me ninou no seu peito. Eu me senti pequena e emocionalmente ferida. Eu me agarrei em Christopher porque precisava saber que não estava sozinha.



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Autor(a): unbreakableHels

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:49

    posta mais

  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:40

    @dayanerodrigues achei essa fic nos seus favoritos e ameiiii

  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:13

    leitora nova e louca querendo mais capitulos

  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 12:27:59

    menina amando muito essa historia

  • dayanerodrigues Postado em 05/10/2020 - 14:22:42

    Amei a fic

  • stellabarcelos Postado em 20/05/2017 - 01:23:12

    Lindos

  • stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 10:15:10

    A parte boa de tudo isso é que agora eles tem muita certeza de que são um casal para sempre! Lindos

  • stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 10:14:34

    Esse último comentário foi meu

  • Postado em 09/01/2017 - 10:09:49

    Que triste ele ir assim! Eu realmente acreditava que ele pudesse se recuperar

  • stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 09:31:19

    Own que lindooos


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