Fanfics Brasil - Quatro — Príncipe playboy à solta (Parte I) De repente (adaptação)

Fanfic: De repente (adaptação) | Tema: Vondy


Capítulo: Quatro — Príncipe playboy à solta (Parte I)

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Príncipe playboy à solta


— L.A. CHATTER


Quando pedi a conta, Rose sinalizou para que não a trouxessem.


— Você é nossa convidada. Nós pagaremos a conta.


— Obrigada.


Eu não queria ofendê-la insistindo em pagar, embora me sentisse desconfortável com a situação.


— Espero ouvir notícias suas logo, Dulce. — Rose olhou para trás e Duvall surgiu das sombras do salão. Tentei não demonstrar minha perturbação. O cara me dava medo. Ele entregou uma caneta e um cartão para Rose. Ela escreveu algo no cartão e entregou-o para mim.


— Ligue para mim se tiver alguma dúvida. Este é o meu telefone particular.


— Obrigada. — Guardei o cartão na pequena bolsa que eu havia trazido. Tinha certeza de que Rose não saía por aí distribuindo aquele número, por isso não quis correr o risco de perdê-lo.


— Bom, está na hora de me recolher. Não sou mais tão jovem. Mas não deixe que isso atrapalhe Christopher e você. Ouvi dizer que existem vários lugares interessantes para os jovens se divertirem por aqui.


Rose esticou a mão e me puxou para perto dela. Ela beijou suavemente meu rosto e sorriu.


— Foi um prazer, minha querida. Um prazer.


— Um grande prazer.


Beijei o rosto dela e tentei esconder a sensação incômoda que senti quando ela sugeriu que eu passasse mais tempo com Christopher. Que diabos eu iria fazer com um príncipe? Meu Deus, até mesmo a voz dentro da minha cabeça reclamava quando eu pensava na palavra príncipe.


Observei em silêncio enquanto Christopher dava um beijo de boa-noite na tia antes de Duvall acompanhá-la para fora do restaurante. Olhei para os olhos animados de Christopher enquanto ele limpava a garganta.


— Você quer beber alguma coisa? O barman parece ter bastante conhecimento do assunto. — Ele passou os olhos pelo meu corpo fazendo uma leitura preguiçosa. — Ou, se preferir, podemos ir para outro lugar.


— Acho que eu não deveria.


O homem mais atraente que já conheci na vida havia acabado de me convidar para um drinque e eu disse não? Sou maluca. Tenho certeza de que ele estava apenas tentando ser educado.


— Eu estou dirigindo, por isso não posso mais beber por hoje.


Ele olhou lá de cima para mim e eu me senti pequena.


Não no sentido pessoal, mas no sentido literal. O cara era alto.


— Bom, então deixe que eu a leve até seu carro.


— Obrigada. — Enquanto nos dirigíamos até a entrada, ele colocou uma mão em minhas costas. O calor de sua mão atravessou o tecido fino do meu vestido e senti um arrepio.


— Achei que você não estivesse com frio. — Ele abaixou a cabeça e sua respiração fez cócegas na minha orelha.


— Não estou. — A minha voz parecia um pouco ofegante e engoli para lubrificar a garganta. — Quer dizer, está mais frio agora que estamos perto da porta.


— Hum.


Ao nos aproximarmos da porta, ele tirou a mão das minhas costas e sorriu para a recepcionista.


— Precisamos de nossos casacos, por favor.


— Claro.


Ela piscava os olhos e precisei me controlar para não revirar os meus. Quando voltou com nossos casacos, praticamente jogou o meu casaco em mim e precisei fazer um malabarismo para que ele não caísse no chão. Christopher abaixou-se e pegou o casaco antes que ele tocasse o


chão e segurou-o aberto para que eu o vestisse. Cuidadosamente, ajeitei meu ombro no casaco feio e deixei que ele me ajudasse a arrumá-lo em meu corpo. Depois de colocar seu casaco, ele conduziu-me para fora e fez um gesto para os manobristas. O jovem que havia me entregue o ticket acenou para mim antes de se dirigir ao estacionamento.


— Dulce, espero que não se incomode com o que vou dizer, mas espero que considere a oferta de minha tia. Nosso país se beneficiaria muito tendo outra cabeça pensante no conselho. E nosso sistema de saúde é o melhor. Seu pai seria muito bem cuidado. — Christopher aproximou-se de mim, bloqueando o vento forte do inverno.


— Vou precisar pensar com cuidado sobre isso. — Balancei a cabeça.


Meus olhos estavam praticamente hipnotizados. E seu cheiro era delicioso. Cheiro de homem limpo, gostoso. Quanto mais tempo eu ficava ao lado dele, mais difícil era ignorar sua beleza.


— Claro. — Ele tirou os olhos de mim por um minuto e olhou para o trânsito antes de voltar a olhar para mim. — Sei como é ter sua vida virada de cabeça para baixo.


Principalmente depois de ter se esforçado tanto para conseguir estudar.


— Não faço a menor ideia de como ser uma pessoa da realeza. Não sei nem mesmo falar a língua de Lilaria. — Essa ideia era assustadora. — É muita responsabilidade. Nem sei dizer o que uma duquesa faz.


— Não iríamos jogá-la na cova dos leões. — Ele abaixou a cabeça para olhar nos meus olhos. Eu não jogaria você na cova dos leões.


Sem saber o que dizer, apenas balancei a cabeça. Seus olhos penetraram nos meus e fiquei encantada. Havia algum tipo de emoção girando atrás daquele gelo que eu não conseguia entender. Tive a sensação de que ele não faria aquela promessa a qualquer pessoa.


— Senhorita!


O manobrista correu até nós com as chaves do meu carro na mão. Gemi ao perceber o que aquilo significava.


— Sinto muito, madame, mas não consigo ligar o seu carro.


— De novo, não. — Fechei os olhos por um momento. — Tudo bem. Onde está estacionado?


— No terceiro subsolo. Posso levá-la até lá, mas já abri o capô e verifiquei a bateria e não acho que este seja o problema. — O rapaz estendeu as chaves e eu peguei da mão dele.


— Provavelmente é o motor de arranque. — Eu me virei para Christopher e sorri pesarosa. — Obrigada pelo jantar. Entro em contato com sua tia para falar sobre a nossa conversa de hoje.


— Como você vai para casa? — Christopher aproximou-se e tocou meu ombro quando comecei a me virar.


— Bom, vou ver o que está acontecendo, e acho que vou chamar um táxi. — Estremeci ao pensar nisso. Um táxi até a minha casa custaria uma fortuna.


— Deixe que chamo um carro para você e peço para alguém consertar o seu amanhã de manhã. — Sem esperar pela minha resposta, ele olhou para o manobrista. — O carro pode ficar onde está, por enquanto?


— Sim, senhor.


— Muito bem. Por favor, peça um carro para nós.


— Não, obrigada, mas posso cuidar de mim mesma. — Olhei para Christopher. Ele, definitivamente, estava acostumado a ficar no controle de tudo. Uma pena eu não estar acostumada a ter pessoas decidindo as coisas por mim.


— Dulce, não vou deixar você entrar em um estacionamento escuro para consertar um carro quebrado. — Ele sacudiu a cabeça. — Que tipo de homem eu seria?


— Um homem do século vinte e um.


Christopher jogou a cabeça para trás e riu. O som de sua risada atraiu o olhar dos pedestres e das pessoas que esperavam seus carros.


— Dulce, século não tem nada a ver com cavalheirismo.


— É claro que tem. As mulheres já provaram que são tão capazes quanto os homens.


— Ah, não tenho a menor dúvida de que você é muito capaz. — Ele passou os olhos por mim de modo que me fez sentir um calor por todo o corpo. — Mas ainda assim não vou deixar você entrar em um estacionamento escuro nesse frio quando já sabemos que seu carro não quer pegar. Deixe que eu a leve em casa e então levamos o carro para você amanhã.


— Pelo amor de… Tudo bem. Posso pegar um táxi.


Comecei a pensar no conteúdo da minha bolsa. Talvez eu pudesse pegar um táxi até uma cafeteria a alguns quarteirões dali e então ligar para Annie e Poncho.


— Dulce, vou levar você para casa. Quero ter certeza de que vai chegar lá em segurança. — Ele deu um sorriso arrogante que era irritante e sensual. — Além disso, sei muito bem o que está maquinando nessa sua cabeça. Você pegaria o táxi e daria a volta no quarteirão para então voltar e tentar consertar o seu carro.


— Eu não faria isso… — Uma risada exasperada saiu de minha boca, tirei os olhos de Christopher e mordi o lábio. — Tudo bem, você me leva. Vou deixar você me levar para casa.


— Obrigado. — Christopher alcançou minha mão e apertou-a. — Meu coração cavalheiresco fica muito feliz com isso.


— Detesto pensar que você vai dormir tarde por causa da minha segurança. — O polegar dele correu pelos meus dedos e senti meu coração acelerar.


— Concordo. — Ele aproximou-se de mim, o calor de seu corpo esquentava meu braço. — Há motivos mais agradáveis para se dormir tarde. — Ele piscou elegantemente e olhou para a calçada. — Nosso carro.


A limusine preta parou na frente do hotel e o manobrista abriu a porta para nós. Christopher me conduziu até o carro e eu tentei não pensar no fato de que ele ainda estava segurando minha mão. Eu me senti boba entrando no carro luxuoso. A última vez em que entrara em uma


limusine havia sido no baile de formatura do colégio, mil anos atrás. O meu par estava bêbado e vomitara em meu vestido. Não eram lembranças muito boas.


Christopher sentou-se no carro e olhou para mim. Comecei a me virar desconfortavelmente.


— O que foi?


— Preciso do seu endereço. — Ele sorriu e senti meu rosto ficando vermelho de novo.


Eu disse o nome da rua e observei enquanto Christopher dava o sinal para o motorista. Quando o carro se afastou do meio-fio, o motorista fechou a janela entre a parte da frente e a parte de trás. Eu me encostei no banco e observei as luzes da cidade passando por mim.


— Você divide a casa com alguém? Ou ainda mora com seu pai?


Christopher moveu-se no seu assento. Achei estranho estarmos no carro enorme e estarmos os dois sentados nesse banquinho de trás do carro. Será que eu deveria ter escolhido outro lugar para me sentar quando entrei no carro? Será que existia uma etiqueta para se sentar em uma limusine?


— Sim. Anahí e eu morávamos juntas desde o primeiro ano da faculdade. E o namorado dela, Afonso, praticamente mora conosco.


— E o seu namorado? — Christopher observou meu rosto com cautela.


— Você perguntou mesmo se eu tenho um namorado? — Eu ri.


— Parece que não fui muito sutil. — Ele riu. — Você está se esquivando da pergunta?


— Não tenho namorado. Não tenho tempo para esse tipo de coisa. Namorados precisam de tempo e paciência. Sem mencionar energia, e ultimamente tenho usado tudo isso em minha pós-graduação ou cuidando do meu pai.


Ele murmurou baixinho e senti uma de minhas sobrancelhas se levantarem por curiosidade.


— O que foi? — perguntei.


— Bom, se a única coisa que prende você aqui é a faculdade e o seu pai, então há esperança de que vá embora conosco. Não existe nenhum namorado para se preocupar. — Recostou-se confortavelmente e ficou olhando para o meu rosto. — Além disso, todos os homens se interessarão por você depois que chegar lá. Linda, americana, inteligente e divertida. Sem mencionar seu conhecimento de história de super-heróis. Talvez eu tenha alguns rivais.


Ele tinha acabado de dizer que eu era atraente? Pessoas competindo por mim? Não era bem isso. Ele estava apenas sendo simpático, tentando me convencer a ir. Christopher não poderia estar interessado em alguém como eu. Eu estava a anos-luz de ser o tipo de mulher por quem ele se interessaria. Eu não era sofisticada nem elegante. Merda, nem sabia direito que garfo usar no jantar.


— Por que se importa com isso? — Torci para que ele não percebesse a irritação na minha voz. Eu estava chateada principalmente comigo mesma por ficar decepcionada. — Tem algum problema para você se eu for para Lilaria?


Ele passou a mão no queixo, ganhando tempo antes de responder.


— Não sei. Você é intrigante.


— O que isso significa? Intrigante? — Como se eu fosse uma peça de xadrez que ele poderia manipular? Ideias intrigantes? — Veja, se eu for para Lilaria e ocupar uma cadeira no conselho, não vou concordar em tudo com você só porque me contou que venho de uma família real. Então, se está pensando em me usar para alguma manipulação política, vai ficar totalmente decepcionado.


— E é exatamente por isso que precisamos de você. — Christopher riu. — Meu Deus, você é uma mulher determinada.


Suspirei e comecei a responder, mas fui interrompida pelo toque do meu celular. Peguei o telefone dentro da minha bolsinha e li a mensagem. Annie queria saber se eu estava bem, por isso enviei a ela uma rápida resposta avisando que estava a caminho de casa. Ela respondeu que eu não deveria estar enviando mensagem enquanto dirigia. Mal sabia ela que eu estava em uma limusine.


 



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Autor(a): unbreakableHels

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:49

    posta mais

  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:40

    @dayanerodrigues achei essa fic nos seus favoritos e ameiiii

  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 13:17:13

    leitora nova e louca querendo mais capitulos

  • taianetcn1992 Postado em 27/10/2020 - 12:27:59

    menina amando muito essa historia

  • dayanerodrigues Postado em 05/10/2020 - 14:22:42

    Amei a fic

  • stellabarcelos Postado em 20/05/2017 - 01:23:12

    Lindos

  • stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 10:15:10

    A parte boa de tudo isso é que agora eles tem muita certeza de que são um casal para sempre! Lindos

  • stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 10:14:34

    Esse último comentário foi meu

  • Postado em 09/01/2017 - 10:09:49

    Que triste ele ir assim! Eu realmente acreditava que ele pudesse se recuperar

  • stellabarcelos Postado em 09/01/2017 - 09:31:19

    Own que lindooos


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