Fanfics Brasil - Elevador Amor às avessas - Ponny e Vondy

Fanfic: Amor às avessas - Ponny e Vondy | Tema: RBD


Capítulo: Elevador

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Já era noite e Anahí tinha a sensação de que havia trabalhado muito pouco naquele dia. Foi quando se lembrou que havia passado boa parte da manhã ajudando Dulce María a aprovar um esboço preliminar daquele que prometia ser o vestido de noiva mais deslumbrante que Nova York já tivera notícia, o que logo foi emendado com um almoço com Christopher que durou tantas horas que se transformou também em um café da tarde. Agora, estava sozinha em seu Escritório, trabalhando a todo vapor, e não pretendia ir embora tão cedo. Mas mudou imediatamente de ideia ao olhar pela enorme janela de vidro, que cobria uma parede inteira, e perceber que caía alguns flocos de neve do céu. Era a primeira vez que nevava aquele ano e ela preferiu não esperar a neve engrossar para ter que ir embora, ou então demoraria um pouco mais do que o habitual para chegar em casa. Levantou-se e, após pensar mais um pouco, resolveu mesmo ir embora. Mas claro que levaria consigo um volumoso processo para analisar durante a madrugada. Sempre fazia isso.


Chamou o elevador, que demorou alguns minutos para chegar. Apertou o botão do estacionamento e estava tão distraída cantarolando uma canção qualquer que nem percebeu quando o elevador parou no andar imediatamente abaixo do seu uma figura morena emergiu bem na sua frente.


- Céus, como você canta mal.


Era Alfonso. Ele também costumava trabalhar até tarde e, por isso, não raramente os dois dividiam o mesmo elevador na saida. Os exatos dois minutos que demoravam para descer do vigésimo primeiro andar para o estacionamento eram sempre gastos com uma troca de afinetadas bem acalaroda.


- Lembro de um tempo em que você gostava muito de me ouvir cantar. – Provocou.


- Meus ouvidos não eram tão refinados na época – Rebateu.


- Não seja ridículo.


- Você que está sendo.


E assim se passaram os primeiros trinta segundos.


- Não vá me dizer que você assumiu o caso Rulli – Alfonso quis saber ao ler o nome estampado na capa do processo que a loira carregava debaixo dos braços. 


- Parece que sim, não é? - Respondeu, apontando para o processo, como se tentasse demonstrar o quão estupidamente óbvio foi o comentário.


- Não acho que este seja o tipo de caso que você deva trabalhar nele – Falou, um pouco sério demais, ignorando a ironia da resposta.


Sebástian Rulli é o chefe da máfia nova-iorquina. Bonito, bem vestido, gentil e extremamente agressivo. Impossível listar todos os crimes que já cometeu, porque, além de serem muitos, todo dia ele parece cometer um novo. Apesar de todos os indícios, o Ministério Público jamais conseguiu reunir provas concretas o suficiente para denunciá-lo. Ocorre que, atualmente, Rulli está preso exatamente pelo único crime que parece não ter cometido: o assassinato de sua esposa, Angelique Boyer.


- E por que não? - Ofendeu-se. - Por caso me acha pouco capaz de provar a inocência de Rulli? Ou está dizendo isto por estar frustrado demais por ele ter procurado a mim para defendê-lo e não a você?


E lá se foram mais trinta segundos.


- Nenhuma das duas coisas – Respondeu, mas intimamente reconhecia que Anahí estava muito certa na segunda suposição – Apenas acho que envolver com este tipo de gente talvez seja um tanto perigoso, principalmente para uma mulher.


- Ah, então você está preocupado comigo – Constatou e, em seguida, soltou uma sonora gargalhada.


- Não exagere, Anahí – Alfonso revirou os olhos – Estou dizendo o óbvio e seria muito bom se você pensasse a respeito. Rulli pode não ter cometido este crime, mas não é nem de longe flor que se cheire. Por trás dele opera a Máfia mais perigosa do país, e...


- Você realmente está preocupado comigo – O interrompeu, agora um pouco menos risonha, mas ainda com o tom divertido na voz – Pensei que me odiasse, Alfonso.


- Você ouviu alguma coisa do que eu disse? – Falou entredentes, começando a se irritar – O que estou tentando fazer é te alertar, o que é bem diferente de me preocupar. - Disse, como se estivesse explicando a diferença entre aquelas duas palavras para uma criança – A propósito, não te odeio .


Mais quarenta e cinco segundos se foram.


- Se você não me odeia, suponho, então, que você goste de mim. - Disse aquilo mais para provocá-lo do que por qualquer outro motivo. Era evidente que não se gostavam.


- Para uma advogada tão bem conceituada você tem errado muito nas suas suposições – Provocou, com um sorrisinho cínico. Os dois estranhamente pareciam se divertir com a situação.


- Será que estou mesmo errado? - Desafiou, arqueando a sobrancelha esquerda.


Os quinze segundos finais acabaram e o elevador, finalmente, chegou ao estacionamento.


- Boa noite, Anahí – Disse, fingindo não ter ouvido a última provocação da loira.


- Boa noite, Alfonso.


Despediram-se simplesmente, sem nem um beijo no rosto, ou um aperto de mão, ou um sorrisinho ou até mesmo um aceno. Seus carros estavam diametralmente em lados opostos, motivo pelo qual acabaram esbarrando um no outro quando caminhavam na direção que pretendiam. Os corpos ficaram perigosamente próximos.


- Será que poderia me dar licença? - Foi Anahí quem quebou o silêncio que durou um pouco mais de dois segundos.


- Mas é você quem está no meu caminho. - Respondeu.


Seus rostos estavam tão perto, mas tão perto que um era capaz de sentir o hálito do outro. Quem olhasse de longe, poderia dizer que se tratava de um casal prestes a se beijar. Mas como estamos falando de Anahí e Alfonso, que não é nem de longe um casal, os dois não se beijaram. Apenas trocaram um olhar que era capaz de fuzilar um exercícto inteiro e um abriu passagem para o outro, que tomaram caminhos opostos.


 


 



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Autor(a): anaflaviahr

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • Postado em 04/04/2016 - 12:01:41

    Continua ameii!

  • Nayara_Lima Postado em 03/04/2016 - 22:39:55

    Continua. Ja gostei desse primeiro capitulo


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