Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

Finalmente, ele rompeu aquele agradável silêncio que os envolvia.

-- Suponho que o soro falhou.

-- Ao que parece.

Alfonso prendeu um cacho rebelde por trás da orelha.

-- Sabe o que significa isso?

Ela levantou o queixo para lhe olhar aos olhos e se mordeu o lábio inferior.

-- Que nossas carreiras estão em perigo.

-- Pode ser. -- Uma faísca iluminou os olhos. -- Teremos que trabalhar duro amanhã no laboratório, averiguar o que é o que está errado e voltar a testá-lo à noite.

-- E se o soro falhar outra vez?

Alfonso sorriu.

-- Então teremos que trabalhar duro também, mas de uma maneira totalmente distinta.

Anahí lhe devolveu o sorriso.

-- Sabe que estou disposta a fazer algo pelo bem da ciência, mas não poderemos trabalhar até amanhã pela tarde. Graças à percepção superior das coisas que possui nosso diretor, temos que cumprir com as três normas básicas do bom colega de trabalho: compromisso, beisebol e churrasco.

-- Ao nos relacionarmos fora do trabalho, abrimos as portas para que a felicidade e a harmonia entrem em nossas vidas -- fizeram coro os dois ao uníssono.

Alfonso revirou os olhos em branco.

-- Alguém tem que dizer a esse homem que faz muito que deixamos atrás os anos sessenta, que é de onde procedem aos tipos como ele.

-- Não deixe que seu desejo de que os empregados se relacionem e seu gosto pela decoração sessentista o enganem, Poncho. Esse tipo é um pit bul e não se deve subestimá-lo.

Arqueou uma sobrancelha e assentiu.

-- Sei, mas poderíamos não dar-lhe atenção e lhe dizer que já nos relacionamos o suficiente este mês.

Anahí enrugou o nariz e cravou o dedo indicador no peito dele.

-- Não acredito que este seja o tipo de relação a que ele se refere.

Alfonso soltou uma gargalhada e atraiu ainda mais os quadris de Anahí para os seus.

-- Sim, bom, suponho que isto não é o tipo de conexão entre empregados que ele tenta favorecer.

-- "Isto", como você chama -- disse Anahí, enquanto passeava o olhar por cima de suas roupas pulverizadas pelo chão -- poderia nos pôr de patinhas na rua.

Seus lábios, sensuais e perfeitos, desenharam um sorriso pícaro.

Os pensamentos de Alfonso se dispersaram assim que seus olhos posaram na boca de Anahí. Queria saborear sua doçura de novo e encontrar quietude na delicada calidez de seu corpo. Inclinou-se sobre ela e aprisionou seus lábios com um beijo profundo e sincero. Ela se abriu para receber com toda a paixão que encerrava em seu interior. O tato aveludado da língua de Anahí contra a sua fez que a cabeça lhe desse voltas.

Ring. Ring. Ring.

Anahí interrompeu o beijo e escapuliu fora do círculo que formavam seus braços. Alfonso franziu o cenho.

-- O que aconteceu? -- perguntou, segurando-a pelo cotovelo para atrai-la de novo para si.

-- Esse som...

Alfonso respirou fundo, com certo trabalho.

-- Você também o ouve? - Ela sorriu.

-- Em suas calças.

-- Ouve um som dentro de minhas calças?

Sua suave risada o encheu de um sentimento quente e agradável.

-- Seu celular está tocando.