Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

Alfonso teve que piscar com força para centrar-se.

-- É verdade. -- Olhou ao seu redor -- Onde demônios estão minhas calças? 

Rastreou o som do telefone até que finalmente encontrou os jeans em um canto. Tirou o celular do bolso e o levou rapidamente à orelha.

-- Sim? -- Sequer se incomodou em eliminar o ligeiro tom de chateio de sua voz. Ao outro lado do fio um homem clareou a garganta.

-- É você, Poncho? -- perguntou uma voz grave. Alfonso suspirou impaciente.

-- Sim, quem é? -- respondeu, aborrecido por aquela interrupção tão inoportuna.

-- Gerard, do departamento de segurança do laboratório.

De repente seu interesse pela chamada despertou. Ergueu-se e tratou de concentrar-se. Uma chamada de segurança àquelas horas da noite não podia significar nada bom. Levantou o olhar do chão e se encontrou com o de Anahí, que observava com cara de preocupação. Olhou-a e formou as palavras "segurança" e "laboratório".

Gerard pigarreou de novo e continuou.

-- Houve um problema em seu laboratório.

Alfonso sentiu como os músculos de sua cara se esticavam.

-- O que acontece?

-- Alguém entrou.

Amaldiçoou em voz baixa, enquanto vestia as calças.

-- Agora ligarei para Anahí -- disse Gerard.

-- Não se preocupe, falarei com ela. -- Desligou o telefone e olhou de novo para

Anahí, que observava com uma interrogação no olhar.

-- Pensa me contar o que passou? -- disse ela, percorrendo a distância que os separava.

Formou um nó na boca do estômago. Sacudiu a cabeça, claramente preocupado.

-- Alguém entrou no laboratório.

A cor desapareceu do rosto de Anahí.

-- A investigação... -- murmurou.

Sua voz não era mais que um sussurro apagado. Alfonso a rodeou com os braços e a atraiu para ele.

-- Provavelmente isso seja o que procuravam. Vamos, temos que passar por lá e ver se falta algo.

Anahí tratou de abrir caminho entre os dois fornidos oficiais que bloqueavam a entrada do laboratório.

Um deles segurou-a pelo braço e balbuciou com a boca cheia de donuts e de café quente:

-- Desculpe senhorita, mas não pode entrar aí.

Abriu a boca, disposta a dizer ao detetive Gorducho aonde ia e exatamente aonde podia ir ele, mas Alfonso a deteve e passou os braços ao redor de sua cintura, em um gesto claramente protetor.

-- Ela é Anahí Portilla e eu Alfonso Herrera. É nosso laboratório -- disse ao oficial, mostrando durante um segundo o cartão de identificação que lhes permitia acessar ao edifício.

O oficial liberou o braço da Anahí, afastou-se e fez um gesto com a mão.

-- É obvio, entrem. Estávamos esperando-os. Necessitamos que revisem tudo para saber se levaram algo.

Anahí passou entre os oficiais e em seguida o forte aroma de amônia saturou seus sentidos. O panorama que apareceu ante seus olhos a deixou sem palavras. Levou uma mão ao peito, sem poder afastar o olhar do arquivo, que estava destroçado, e suspirou. Tinham forçado a fechadura e espalhado seu conteúdo por toda a sala. O trabalho de meses perdido ou, pior, roubado.

Seu último experimento era secreto por um motivo. Sabiam que se as pessoas de AdTech, que recebia subvenções, não do governo, e sim de empresas privadas, tivessem acesso à ideia, tratariam por todos os meios de produzir o fármaco antes que alguém e levariam toda a glória, deixando Anahí e Alfonso sem projeto, sem reputação e sem nada.