Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

-- Ao menos Bonnie e Clyde estão ilesos. -- Sua voz acariciou sua pele enquanto o contato de sua mão lhe trazia a mente lembranças doces e pecaminosas.

Um calafrio lhe percorreu as costas. Anahí assentiu com a cabeça e observou seus ratos favoritos.

-- Oxalá o experimento se consistisse em ensiná-los a falar. Assim poderiam confirmar nossas suspeitas a respeito dos quais são os responsáveis por isto.

Ele riu e afastou uma mecha de cabelo da frente. A calidez daquele gesto tão delicado a encheu de uma agradável sensação. Deu meia volta para que Erin não pudesse ver sua reação ante a proximidade de Alfonso. O último que queria era que seu assistente se desse conta do que estava passando entre eles. Não queria que sua vida amorosa fosse o primeiro tema de conversa cada manhã ao redor da máquina de café.

Ele assinalou a montanha de papéis que ainda se amontoavam no chão do laboratório.

-- Revisarei esses arquivos e verei se falta algo enquanto vocês dois se ocupam disto.

Anahí olhou seu traseiro enquanto se afastava. A lembrança do que tinham vivido aquela mesma tarde arrasou com tudo como uma tormenta de fogo. Recordou a forma em que se deixou levar entre seus braços, como a tinha elevado às mais altas cúpulas da paixão unicamente com os dedos, a boca e a língua.

E as coisas que ela tinha feito naquele corpo escultural e masculino... Coisas maravilhosas, deliciosas, que pensava repetir uma e outra vez...

Sentiu um quente comichão entre as pernas e estremeceu de prazer. Recordou que Erin seguia a seu lado e tratou de centrar-se, deixar a um lado seus desejos mais imediatos e concentrar-se no que tinha entre mãos.

Procurou uma pinça de plástico sobre a mesa de trabalho e recolheu o cabelo com ela, voltando assim para que seu estilo profissional.

Erin se inclinou para frente em seu tamborete.

-- Mmm... Do que ia isso?

-- O que? -- Introduziu uma seringa de injeção na primeira proveta e tomou com ela parte do líquido que continha. Logo a passou ao Erin -- Leve isto ao laboratório de análise, por favor.

A garota agarrou o tubo, mas ignorou o resto, e redirigiu a conversa para o tema que sua chefe não tinha intenção alguma de comentar. Percorreu a sala com o olhar e logo se concentrou de novo em Anahí.

Em voz baixa, como se fossem companheiras de crime, perguntou-lhe:

-- O que está acontecendo entre vocês? -- Seus lábios, pintados da cor do café, curvaram-se como se fossem feitos de chocolate.

Anahí sacudiu a cabeça, desgostada pelo rumo que estava tomando a conversa.

-- Nada.

-- Não me diga que nada. Vi como a olhava. -- Entreabriu seus enormes olhos castanhos. -- Agora que parei pra pensar, parece diferente esta noite...

Anahí anotou o número da proveta em seu caderno e agarrou outra seringa de injeção para repetir o procedimento.

-- Suponho que estou um pouco estressada pelo roubo -- mentiu, tratando de trocar de tema e desejando que Erin acreditasse.

A assistente, entretanto, não lhe deu nem uma pausa. De repente abriu os olhos de par em par.

-- OH..., Meu Deus! -- Sua voz soou uma oitava mais aguda.

-- O que?

-- Dormiram -- concluiu, com a boca aberta.

Anahí notou como o sangue lhe tingia as bochechas.

-- Não seja tola. Não me deitei com ele.