Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

Anahí inspirou, saboreando seu aroma masculino, rico em matizes, terrestre.

Ele se aconchegou a seu lado e ela sentiu uma baforada úmida entre as pernas. Deu a volta para olhá-lo aos olhos.

Tinha o cenho franzido e seus olhos não podiam ocultar a preocupação que sentia por ela.

-- Está bem? -- A rica cadência de sua voz provocou uma reação imediata no corpo de Anahí, que inclinou a cabeça tratando de ocultar a expressão que acabava de florescer em seu rosto.

Alfonso segurou seu braço com mãos peritas para poder examinar seu rosto com maior detalhe. Anahí não deixava de surpreender-se do quão reconfortada se sentia quando a tocava. Esfregou sua pele com o polegar, descrevendo pequenos movimentos circulares. Santo Deus! Reprimiu um gemido de prazer enquanto as tenras carícias de Alfonso lhe recordavam que já tinha utilizado aquele mesmo movimento com ela, mas em uma parte muito mais sensível de seu corpo.

-- Deram-lhe uma surra na última corrida.

A fez esticar o braço e ela se queixou de dor.

-- Ah -- protestou, franzindo as sobrancelhas com todas suas forças enquanto rogava que aquilo distraísse a atenção de Alfonso para longe da forma em que seu corpo não deixava de vibrar. -- Bom, não tinha por que ter se lançado em engoma sobre a última base, sabe?

Seus olhos, emoldurados por umas longas e escuras pestanas, pareceram desculpar-se com ela. Inclinou a cabeça a um lado.

-- Sinto muito, foi um acidente -- O tom de sua voz era suave, tanto que Anahí notou como lhe arrepiava o pelo. -- Claro que quando me joguei ao Max na segunda não foi precisamente por acidente.

Olhou-o com a boca aberta, surpresa.

-- Está me tirando o sarro? -- Max Baker, um dos jovens assistentes do quinto andar, levava os últimos dois meses lhe pedindo um encontro. As mesmas quantas vezes lhe disse que não. Ele continuava insistindo.

O sorriso de menino mau de Alfonso adquiriu uma nota de maldade.

-- Não.

-- Por quê?

Repentinamente ele deixou de sorrir e franziu o cenho. Aquela faísca que brilhava em seus olhos não podiam ser ciúmes. Estava equivocada, certamente.

-- Me enche o saco a forma em que te falta com o respeito. Já sei que me disse que podia se ocupar dele sozinha. -- Os músculos de sua mandíbula se esticaram. -- E sei que pode fazê-lo, mas preferiria que me deixasse lhe pôr as coisas claras. É evidente que não capitou a mensagem.

Seus olhos, de um verde intenso, percorreram as linhas de seu rosto e Anahí sentiu que as palavras abandonavam sua garganta. Aquele olhar penetrante era capaz de deixá-la sem fôlego. Era impossível evitar o nó de desejo que se formava na boca do estômago.

-- Olhe, trouxe um pouco de gelo -- aproximou-se ainda mais dela e pôs uma bolsa de plástico sobre o cotovelo.

Aquela entrega, aquela sincera dedicação, acionou algo no interior de Anahí. Quando levantou a vista e olhou aos olhos verdes e sedutores, teve que controlar suas emoções. Tragou saliva e tentou manter o tom de voz.

Umedeceu os lábios e tomou ar, incapaz ainda de encher os pulmões ao máximo.

-- Obrigada. -- Deixou a limonada de lado e segurou a bolsa de gelo. Voltou a levantar o olhar e sorriu. -- Peguei-a. -- Ele retirou a mão e seus dedos se roçaram por um instante. Aquela carícia, tosca e fortuita, despertou todos os sentidos de Anahí e a deixou sumida em uma agradável calidez e necessitada do contato de sua pele.

Também se sentiu molhada.