Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

Avançou para a casa, olhando pela extremidade do olho para não perder um detalhe.

O certo é que não tinha direito a exortar Erin para comportar-se como uma menina de doze anos. Seu lado mais infantil desfrutou extremamente ao escutar o grito histérico da piranh.a segundos antes de cair na piscina.

A voz de Erin ressonou por cima da multidão.

-- Perdoe-me, não tinha te visto.

Anahí mordeu o lábio, dissimulou um sorriso e sacudiu a cabeça enquanto entrava na casa. Precisava sair daquele uniforme asfixiante e refrescar-se na piscina.

-- Não seria mais que outro entalhe na cabeceira de sua cama e sabe disso.

A voz provinha de algum ponto atrás dela. Ficou petrificada. Quando finalmente deu a volta se encontrou cara a cara com Max e em seu rosto desenhou um sorriso forçado.

-- Desculpa?

-- Não seria mais que outro entalhe na cabeceira de sua cama -- repetiu ele.

Erin tinha razão. Seu fôlego cheirava como se acabasse de escapar de um ataúde.

Anahí se ergueu em toda sua estatura, tratando de nivelar seu olhar com o dele. Em seguida, e sem mal dar-se conta, estava defendendo Alfonso.

-- Agradeceria que não falasse assim de meu companheiro de laboratório.

Max tratou de dissimular um sorriso irônico e entreabriu seus pequenos e brilhantes olhos com ar calculista.

-- Talvez já sejam algo mais que isso.

A raiva fez com que Anahí se ruborizasse violentamente.

-- Não acredito que minha vida sentimental seja de sua incumbência.

-- Sentimental? -- respondeu Max com uma gargalhada. -- Isso é o que crê que seja?

O aroma de seu fôlego revolveu seu estômago. Sentiu como seu corpo se esticava.

Abriu a boca para responder, mas ele não a deixou falar.

-- Esse cara não tem nem ideia de como tratar a uma mulher -- disse com uma careta zombadora na cara.

Anahí deu a volta e olhou de esguelha para onde sabia que encontraria Alfonso.

Observou-o enquanto preparava o sanduíche que lhe tinha pedido. Sentiu uma calidez entristecedora no coração. Estava claro que sabia sim como tratar uma mulher.

O problema era que certamente tratava a muitas. Sem dar a satisfação ao Max de saber que suas palavras a tinham afetado, Anahí repetiu com voz firme:

-- Repito que agradeceria que não falasse assim de meu companheiro de laboratório.

Ele ignorou suas palavras e se aproximou ainda mais dela, com um sorriso sedutor nos lábios.

-- O que acha de nos encontrarmos esta noite, Anahí? Você gostaria de ir a algum lugar? Ou talvez, pudéssemos ficar em casa. Poderia comprar comida chinesa e jantar em seu apartamento. Ou então poderia me preparar algo. Encantador.

Que horror! Esse tipo estava se voltando mais atrevido por momentos. Menos mal que seu contrato de três meses estava a ponto de acabar e então o perderia definitivamente de vista. Se não fosse assim, talvez se visse obrigada a denunciá-lo por perseguição sexual.

Recolheu sua mochila do chão e a segurou pelas alças com tanta força que os nódulos ficaram brancos.

-- Esta noite Poncho e eu temos trabalho. -- Olhou para onde estava Alfonso, quem, como se tivesse a capacidade de perceber sua angústia, devolveu seu olhar.

O olhar de Anahí provocou uma reação imediata nele. Era assombrosa a forma em que pareciam estar conectados. Ele arqueou uma sobrancelha e avançou um passo em direção a casa. Olhou-o e assentiu levemente, fazendo-o saber que tinha a situação sob controle.

Max meteu as mãos nos bolsos.

-- Parece bem para você amanhã?

Será que era incapaz de captar uma indireta? Ou inclusive um comentário direto?

--Também trabalharei -- respondeu ela, lhe dando as costas.

-- Gostaria de te ensinar como se deve tratar uma mulher -- murmurou ele em voz baixa.

Anahí apertou os dentes, deu a volta e acrescentou:

-- Só para que fique claro, Max. Sei muito bem como gosto que me tratem.

Alfonso tinha se ocupado de mostrar a lástima que seria nunca mais sentir suas mãos lhe acariciando a pele nua, ou o tato de seus lábios sobre os seus, nos seios e entre as pernas. Um suave comichão percorreu suas costas enquanto recordava todas aquelas carícias.

Não, estava segura que jamais voltaria a experimentar sensações como aquelas. A menos, claro, que trocasse os tubos.

Santo Deus!