Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

Nas feições de seu atraente rosto era evidente que estava ansioso, como sempre estava quando se achavam perto de conseguir um resultado positivo. Deus adorava seu entusiasmo e sua determinação.

Gostava da ideia de que as ambições de Alfonso tivessem tanto que ver com as suas. Protegeu os olhos com a mão e esquadrinhou a multidão em busca de Erin. Alfonso leu imediatamente na linguagem de seu corpo e sua voz se suavizou.

-- Vem comigo. Podemos ir em meu carro e em seguida me ocupo de levá-la para casa. Com o diretor nos jogando o fôlego em cima, quanto antes aperfeiçoemos a fórmula, melhor. -- Estava tão perto dela que seu fôlego lhe acariciava o rosto.

Deslizou uma mão ao redor de sua cintura em um gesto protetor e brincou com os cachos loiros escuros de sua nuca. Quando a tocava daquela maneira, como se realmente significasse algo para ele, Anahí não podia evitar tremer sob suas tenras carícias.

Sabia que deveria deter aqueles jogos íntimos, conhecedora do que tinha provocado semelhante excitação nele, mas era incapaz de fazê-lo. A luxúria eclipsava os sentidos e a deixava sem forças para controlar seus desejos.

Anahí respirou fundo. Necessitava tempo antes de voltar a ficar trabalhando até tarde com Alfonso, assim lhe disse:

-- Vá você na frente e se ponha nisso. Irei com Erin. Não trouxe roupa para me trocar, assim terei que passar primeiro em casa.

Ele sacudiu a cabeça e esticou a mandíbula. Anahí o conhecia suficientemente bem para saber que estava a ponto de expor algum raciocínio indiscutível e dizer que podia vestir qualquer avental no laboratório.

-- Necessito umas calcinhas -- sussurrou ela, arqueando uma sobrancelha com picardia. -- As minhas estão rasgadas.

Ele sorriu, divertido.

-- Consigo outras para você -- prometeu com uma falsa inocência na voz.

Alfonso sentiu que sua determinação se debilitava perigosamente.

-- Nos vemos no laboratório -- insistiu ela, sem lhe dar tempo a protestar.

Alfonso encolheu de ombros.

-- Está bem. Não demore. Será incrível.

Seus olhos brilhavam cheios de excitação e a contagiavam com o mesmo sentimento. Assim como ela, Alfonso também adorava aquela parte de seu trabalho.

Anahí procurou entre a multidão, cada vez mais escassa, e encontrou Erin deitada em uma das espreguiçadeiras.

-- Olá -- lhe disse. -- Preparada para sair daqui?

-- Onde esteve? -- perguntou sua amiga, dissimulando um bocejo. -- Estou preparada há mais de uma hora.

Uma hora? Não podia ser que tivessem passado uma hora encerrados no lavabo.

-- Vamos -- disse Anahí a modo de resposta, e lhe ofereceu a mão.

Erin aceitou o oferecimento e deixou que Anahí a puxasse para ficar em pé, e enquanto o fazia, passeou os olhos com lentidão pelo corpo de sua amiga. Logo levou as mãos à cintura e sorriu.

-- Agora me ocorre te dizer isso de “já te disse isso”.

Anahí sequer se incomodou em tratar de ocultar seus sentimentos. Ao fim e ao cabo, era transparente como a água.

-- E... -- disse ao fim, trocando o peso de pé. -- Sei que morre de vontade de elaborar suas conclusões.

Erin andou junto a sua amiga a caminho de seu carro, atravessando o pátio e rodeando a pequena cerca que o rodeava.

-- Ontem à noite te disse que Alfonso se deitou contigo porque gosta, e não pelo potenciador -- respondeu a jovem assistente em voz baixa.

Anahí abriu a porta do carro, deteve-se e olhou sua amiga por cima do teto.

-- Me diga algo, Erin -- perguntou em um tom de voz similar ao de sua amiga -- Você estava presente faz meses, quando provamos o potenciador. Quanto tempo permaneceu ativo no sistema de um homem?

A jovem a olhou com uma expressão que sugeria que estava louca e fez um gesto com as mãos como se cortasse em dois aquele pobre argumento.

-- Não engulo sua teoria nem por um segundo. -- Logo assinalou para o jardim com um gesto de cabeça. -- Embora o potenciador seguisse em seu sistema, o que duvido, poderia ter escolhido a qualquer dessas piranhas, e em troca tornou a escolher você. -- Seu sorriso se voltou malvado -- Esse cara gosta, e muito de você.

O coração de Anahí deu um coice ao ouvir as palavras de Erin. Certo, os efeitos normalmente duravam pouco mais de doze horas, e já tinha passado mais tempo.