Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

E sim, Alfonso poderia ter escolhido a qualquer piranha, em lugar dela. Aquilo era óbvio. Podia ser que Erin tivesse razão? Alfonso gostava dela? Acaso se congelou o inferno?

Anahí se meteu no carro e deixou a mochila no chão, entre seus pés. O forte aroma de ambientador de pinheiro a fez espirrar. Erin se voltou para olhá-la.

-- Assim me conte, ao final acabou o que começaram? É tão bom como dizem por aí?

Anahí sentiu como o ciúme ruborizava suas bochechas. Não suportava a ideia de que Alfonso pudesse ser bom na cama com outras mulheres que não fossem ela.

-- Não -- Baixou a janela e tomou ar.

A jovem assistente se inclinou para diante, com seus olhos escuros abertos desmesuradamente, incapaz de acreditar o que acabava de escutar.

-- Não? O que quer dizer, que não é bom ou que não acabaram o que começaram?

-- Não utilizaria o termo bom, Erin. Ocorrem-me outros, como incrível, alucinante, irreprimível, que o definem melhor. E não, não acabamos o que começamos -- encolheu-se de ombros. -- Não tínhamos camisinhas.

Um suspiro de impaciência encheu o interior do carro.

-- Minha mãe, é que não aprendeu nada de mim? -- Erin abriu o porta-luvas, tirou uma réstia de preservativos de tamanho extra-grande e os agitou no ar. Logo arqueou uma sobrancelha -- Me equivoco ao supor que necessita uma extra grande? -- perguntou, esperançada.

Anahí assentiu e engoliu saliva, enquanto recordava seus maravilhosos atributos.

-- Vá que sim -- respondeu, com as mãos entrelaçadas. Erin sorriu.

-- Se quer estar com ele outra vez e acabar o que começaram, tem que o seduzir. Isso é o que eu faria. -- Colocou os preservativos na bolsa deAnahí -- E leva sempre contigo um contrabando destes. Nunca sabe o que pode acontecer.

Mais tarde, enquanto empurrava a porta de segurança, Alfonso se fez de novo presente nos pensamentos de Anahí. Merda, a quem tentava enganar? Alfonso sempre estava em seus pensamentos.

Ainda não podia acreditar que se lançaram um sobre o outro daquela maneira no lavabo do diretor, e tampouco podia acreditar que tivessem feito todas aquelas coisas, eróticas e estimulantes, com os cubinhos de gelo da limonada. Nunca antes tinha sido tão atrevida, tão ousada. Nem tão temerária.

O sexo era fantástico, isso era evidente, mas quanto mais tempo passava entre os braços de Alfonso, menos poder tinha sobre suas emoções. E pensar que tinham que provar o inibidor de novo. A ideia lhe provocou um calafrio que percorreu todo seu corpo.

Havia dito que sua inteligência o fascinava. De fato, e segundo suas palavras, fazia algo mais que fasciná-lo, tal e como tinha demonstrado de formas tão distintas, todas elas orgásmicas. Anahí considerou a situação por um instante.

Erin teria razão? Podia ser que Alfonso sentisse algo por ela, ou tudo era produto do potenciador da libido?

De repente recordou as palavras do Max.

“Não será mais que outro entalhe na cabeceira de sua cama”.

Podia ser que Alfonso não a achasse atraente. E, além disso, ela sabia que era um autêntico playboy, um de reconhecida fama, que o único que procurava era passar um bom momento.

Certo, deitaram-se. Muita gente se deitava e isso não significava que estivessem apaixonados. Anahíengoliu o nó que acabava de se formar na garganta e apartou aqueles pensamentos de sua mente. Enquanto subia as escadas para seu apartamento, deu-se conta do esgotada que estava. Nada lhe

agradaria mais que ir à cama e dormir uma semana seguida, mas sabia que ainda não podia fazê-lo. Tinha que reunir-se com Alfonso no laboratório para provar sua teoria.

Justo quando estava a ponto de introduzir a chave na fechadura se deu conta de que a porta estava aberta. Deteve-se, surpreendida. A tinha deixado aberta pela manhã com a pressa por chegar à partida?

Quando empurrou a porta uns centímetros, o que unicamente a recebeu foi à escuridão mais absoluta. Deu um passo à frente e procurou o interruptor da luz. Sob seus pés rangeram pedaços de vidros quebrados. Um segundo depois, seu coração pulsava a toda pressa e sua mente trabalhava a marcha forçada.

Antes que tivesse tempo de sair dali, alguém de grande dimensão apareceu de repente correndo para ela e a fez cair de costas no chão. Golpeou a cabeça contra a parede ao perder o equilíbrio. Caiu contra o chão com um som surdo e gemeu de dor.

Pisadas do intruso ressonaram no saguão e logo foram afastando-se escada abaixo até desaparecer além da porta de entrada do edifício.

Anahí necessitou uns minutos para recompor-se e reunir as forças para levantar-se. Ficou ali de pé, imóvel, enjoada, tentando entender que demônio acabava de passar.