Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

De repente ao longe se ouviu a voz de Erin. Anahí se voltou e aquele rápido movimento esteve a ponto de fazê-la perder o equilíbrio de novo.

-- Vá -- murmurou, apoiando-se na parede para não cair ao chão.

Sua amiga a segurou pela cintura.

-- O que aconteceu? Vi um homem sair correndo do edifício.

-- Chama o detetive Doyle. Seu cartão está em cima da cômoda. Acredito que acabo de pegar em flagrante ao tipo que entrou no laboratório.

Alfonso se apressou em chegar ao centro de investigação, deu-se uma ducha rápida nos vestuários do laboratório e se vestiu com uns jeans e uma camiseta que guardava em seu armário para uma ocasião como aquela. Passou à hora seguinte preparando e esquentando com supremo cuidado o novo composto.

Uma vez completado, tomou uma dose com uma seringa de injeção e a administrou ao Clyde. Quinze minutos antes lhe tinha dado um potenciador, e após o pobre animal não tinha deixado de dar voltas pela jaula como uma pantera em busca de Bonnie, ou o que é o mesmo, em busca de alívio. E Alfonso conhecia perfeitamente aquela sensação.

Tinha de admitir, isso sim, que o que se passou entre Anahí e ele a noite anterior não tinha tido nada que ver com o potenciador da libido que corria por suas veias. É obvio que não, nem no mais mínimo. Em realidade, estava louco por ela. Tudo o que experimentava com ela, dentro e fora do dormitório, era único, extraordinário, algo que nunca tinha sentido com nenhuma outra mulher. E que não se repetiria. Gostava de tudo nela. A beleza de seu rosto, de seu cabelo e de seu corpo. Inclusive atraía-lhe a forma em que mordia o lábio inferior. Admirava sua energia e dedicação ao trabalho, sua faceta aventureira e como tinha reagido durante a partida de beisebol, inclusive depois de havê-la enrolado. Mas o que mais gostava em Anahí era sua inteligência. Não só excitava-o, mas também o estimulava intelectualmente. Nenhuma mulher tinha conseguido antes algo assim.

Repentinamente viu tudo claro. O que sentia quando estava com ela era a prova de que não era incapaz de amar, como sempre lhe haviam dito. Não era mais um clone dos Hererra. O único que ocorria era que até então não tinha encontrado à mulher certa.

O significado daqueles pensamentos não lhe passou inadvertido. Jamais lhe teria ocorrido que no processo de derreter a Princesa de Gelo acabaria encontrando-se com algo que tanto tinha desejado, sem nem sequer saber.

E agora que finalmente tinha encontrado, se remodelou seu estilo de vida, seu futuro. Até aquela noite não tinha sido consciente do sozinho que se sentia, quão cansado estava da vida de solteiro, de voltar para casa sempre sozinho, de comer sem ninguém que lhe fizesse companhia, de despertar todas as manhãs em uma cama vazia.

Nunca tinha levado mulheres a sua casa. Era menos complicado passar a noite na delas e logo, chegado o momento, escapar.

Pela primeira vez em sua vida queria levar a alguém a seu andar, a seu território. Desejava poder despertar ao lado de uma mulher doce e carinhosa, cálida e de tato agradável. Queria sentir o corpo de Anahí entre seus braços, despertá-la com beijos e passar o fim de semana falando de tudo e de nada com uma xícara de café entre as mãos. Queria compartilhar com ela tristezas e também alegrias.

A noite que tinham passado juntos no apartamento dela não tinha satisfeito seu apetite, como pensava que ocorreria. De fato, a reação tinha sido a oposta. Queria mais, tanto que a tinha assaltado no lavabo da casa do diretor.

Estava se perdendo cada vez mais nela, em corpo e alma.

Ao final, tudo se reduzia ao seguinte: queria Anahí, tão dentro como fora da cama. Podia explicar a ela todos aqueles sentimentos, mas por que teria que lhe acreditar? Todos conheciam sua fama de playboy, e ele sabia. Era muito provável que Anahí pensasse que a tinha enrolado de novo para meter-se outra vez em suas calcinhas. E não é que não a quisesse entre seus lençóis, claro que sim. Afinal, era um homem são e com sangue nas veias.

Mas aquilo teria que esperar, porque agora queria demonstrar que lhe importava que quisesse estar com ela e que os dois podiam estar muito bem além de uma cama. Queria demonstrar que ele era um homem que valia a pena.

Centrou sua atenção no Clyde de novo e viu que estava dando voltas em sua roda de exercício, tratando de queimar o excesso de fogosidade.

-- Se tranquilize amiguinho, ou acabará se machucando.

Abriu a outra jaula que havia sobre a mesa e agarrou Bonnie entre as mãos.