Fanfic: Prazer Sob Controle ♡ AyA (Adaptada) | Tema: Anahí e Alfonso

-- Esperemos que, com um pouco de sorte, a fórmula funcione e Clyde te dê uma pausa -- sussurrou, aproximando-a ao rosto.

O pequeno nariz de Bonnie não deixava de mover-se, enquanto tratava de liberar-se. Deixou à fêmea em um extremo da caixa e esperou. Clyde desceu da roda, levantou-se sobre as patas traseiras e farejou ao seu redor.

Alfonso esfregou o queixo, coberto por uma barba incipiente, e observou as reações de Clyde. Olhou o relógio e bocejou. Por que Anahí demorava tanto?

Clyde deixou de farejar, deu voltas sobre si mesmo como um gato e tombou em posição fetal. Em questão de segundos estava dormindo. Um sorriso aflorou no rosto de Alfonso, mas estava muito cansado para ficar a saltar de alegria. Sem dar-se conta do que fazia, deu a volta para dar as boas notícias a Anahí, mas recordou que ela não estava ali. De repente se sentiu sozinho. Era incrível quão acostumado estava a tê-la por perto.

Enquanto avançava para sua mesa para fazer umas notas, seu celular soou. Quem chamava àquelas horas da noite? Tirou o telefone do bolso da calça e atendeu. Talvez fosse  Anahí que chamava para avisar que chegava tarde.

-- Alô.

-- Poncho, é Erin. -- Pelo tom de sua voz, parecia estar nervosa.

-- O que aconteceu?

-- Venha à casa de Anahí o mais rápido que puder. Alguém entrou em seu apartamento e ela está ferida.

Alfonso ficou rígido. Anahí estava ferida. Como? Onde? Quem lhe tinha feito mal? Antes que tivesse tempo de formular todas aquelas perguntas, a jovem desligou.

Deixou tudo e saiu disparado do edifício em direção ao carro. Conduziu até a casa de Anahí a uma velocidade de vertigem e chegou ali em um tempo recorde.

Deteve o veículo detrás de dois carros de polícia, enquanto se formava um nó na boca do estômago. As luzes azuis e vermelhas das patrulhas iluminavam a calçada, bordeada por uma fileira de árvores. Saiu do automóvel, correu para o edifício e subiu as escadas tão depressa como pôde.

A porta do apartamento de Anahí estava aberta e viu que ela estava sentada no sofá, em um canto da sala de estar, sujeitando uma bolsa de gelo contra um lado da cabeça. Erin estava sentada ao seu lado, enquanto os oficiais, os mesmos que tinham ido ao laboratório a noite anterior, revolviam entre a desordem e procuravam pistas.

Cruzou o cômodo com passo firme, pisando em um abajur pelo caminho. Olhou o rosto cinzento de Anahí e sentiu que o sangue gelava nas veias. Parecia tão frágil tão vulnerável... Queria agarrá-la em seus braços e fazer desaparecer qualquer problema de sua vida.

-- Any está bem? -- Fez um gesto a Erin para que se fizesse a um lado e assim poder sentar-se junto a ela.

Anahí se obrigou a sorrir.

-- Estou bem.

-- Não está bem. -- Amaldiçoando entre dentes, Alfonso colocou uma mão sobre a bolsa de gelo para segurá-la. Ela parecia exausta e destemperada. -- Se importaria conseguir uma manta? -- perguntou a Erin.

-- Claro. -- A jovem se levantou e desapareceu pelo corredor. Então ele fixou sua atenção no detetive Doyle.

-- Quem é o responsável por isto?

-- Estamos trabalhando nisso -- respondeu o oficial.

Alfonso atraiu Anahí para seus braços e lhe ofereceu sua calidez. Deveria ter insistido em levá-la para casa. Se ele tivesse estado ali, com ela, aquilo não teria ocorrido. Erin voltou com a manta. Alfonso a agarrou e envolveu os ombros de Anahí com ela. Podia sentir como sua ira aumentava por segundos.

-- Suponho que tudo isto tem a ver com o que aconteceu no laboratório -- disse.

O detetive assentiu.

-- Assim parece -- Anahí interveio.

-- Procurava os arquivos, mas cheguei antes que os encontrasse.

Parecia contente por isso. Alfonso afastou a bolsa de gelo com muito cuidado e examinou a ferida com uma careta de dor.